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Melancolia: análise Vila Nova 0 x 0 Sport

Por: Mateus Schuler

Uma ilusão criada em vão. Em jogo marcado por seis expulsões, três dentro e três fora de campo, o Sport fechou a Série B do Campeonato Brasileiro com empate sem gols diante do Vila Nova. Neste domingo (6), o Leão não saiu do zero frente ao Tigre, no OBA, pela 38ª rodada da Segundona.

Para o confronto com os alvirrubros, Claudinei Oliveira decidiu manter a base que vinha jogando e dando ofensividade, tendo Gustavo Coutinho ao lado de Vagner Love. Ronaldo continuou mantido junto a Fabinho na cabeça de área, assim como Labandeira e Juba pelas beiradas, repetindo o 4-2-4 usado em outros momentos.

Formação inicial dos rubro-negros diante dos goianos (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Preguiçoso. O Sport começou a partida em ritmo lento, ainda que precisasse da vitória para tentar o milagre do acesso. Mesmo conseguindo ter a posse, o time mostrou muita apatia dentro de campo, sem sequer ser perigoso em direção à meta do Vila Nova, seguro na defesa. Pouco criativo, deixou o jogo morno, ficando assim mais distante do seu objetivo.

Formando um 4-5-1 ao ficar sem a bola, o Leão jogou reativamente tentando achar espaços na marcação do Tigre ao atuar nos contra-ataques. Por estar recuado, deixou brechas e tomou sustos por duas vezes. A principal delas foi quando Daniel Amorim chutou de longe e a bola saiu muito próxima à trave esquerda.

Postura dos pernambucanos em fase defensiva (Imagem: Premiere)

Apesar de demonstrarem segurança, os leoninos visaram mais criatividade e intensidade depois de serem assustados. Errando muitos passes, deixaram o confronto sem muitas emoções nas quatro linhas, mesmo que o Vila estivesse melhor ao chegar no último terço do campo.

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Postada no seu 4-2-4 de base e apoiada pelos laterais, a equipe da Praça da Bandeira até conseguiu fazer boa movimentação do meio para frente e teve uma finalização. Labandeira recebeu livre na direita e arrematou sem sequer assustar, que manteve o placar zerado ao final dos primeiros 45 minutos de bola rolando.

Manutenção da tática-base com a posse (Imagem: Premiere)

Na volta para a etapa final, Claudinei Oliveira decidiu manter a equipe que iniciou tentando buscar uma vitória. Ainda que estivesse mostrando vontade e chegando ao último terço do campo, o Sport continuou sem criatividade nas quatro linhas, deixando o que já estava pouco empolgante em ritmo inferior ao apresentado.

O que parecia estar perdido, por conta dos resultados paralelos, ficou ainda mais praticamente na metade do segundo tempo. Fabinho deu entrada dura em cima de Matheus Souza e recebeu o cartão vermelho direto, fazendo com que o time ficasse retraído, formando um 4-3-2 alternado ao 4-4-1 fechando os espaços.

Compactação defensiva durante os 45 minutos finais (Imagem: Premiere)

Para poder recompor o meio, Claudinei colocou Denner no lugar de Gustavo Coutinho, o que até deu certo equilíbrio e fez o time se postar num 4-2-3 ao atacar para tentar ao menos sair em vantagem. Com isso, Juba e Eduardo foram sacados e tiveram Wanderson e Ezequiel em suas vagas, renovando o fôlego das peças.

Sem mostrar criatividade, o clube rubro-negro foi se perdendo em campo e o desespero aumentou. Tudo se agravou com a expulsão de Ronaldo, injusta. O lance gerou reclamação de Denner e Gustavo Coutinho, já substituído, que também foram expulsos. Marlone bateu falta e parou em defesaça de Saulo, o único bom momento. No fim, Juba e Vagner Love, que também estavam no banco de reservas, receberam o vermelho por ironizarem as marcações da arbitragem.

Tentativa falha de se impor ofensivamente (Imagem: Premiere)

Créditos da foto principal: Rafael Bandeira/SCR

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Sport na Série B: como joga taticamente o Vila Nova

Por: Mateus Schuler

Acreditar em milagres. Precisando reverter uma situação improvável pelo acesso, o Sport fecha a Série B do Campeonato Brasileiro diante do Vila Nova, em Goiânia, assim como 11 anos atrás. Confronto do Leão com o Tigre será neste domingo (6), no OBA, às 18h30, na 38ª rodada da Segundona.

Separamos tudo sobre o adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Colorado.

O TIME

Para o jogo diante dos leoninos, os alvirrubros entrarão modificados, inclusive na área técnica. Allan Aal cumpre suspensão do STJD por confusão, já Rafael Donato é ausência após sofrer entorse no tornozelo. No meio-campo, Sousa se recuperou de lesão e pode ganhar a vaga de Ralf, pois a equipe disputará a semifinal da Copa Verde contra o Brasiliense; Wagner disputa espaço com Matheuzinho no 4-3-3.

Provável formação inicial dos goianos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Ineficiente. Ainda que não tenha sido rebaixado, o ataque do Vila Nova teve o desempenho de um membro do Z-4. Foram apenas 28 gols feitos, o terceiro pior da Segundona, à frente somente de CSA (27) e Brusque (21). Esse índice baixo de aproveitamento é evidenciado nas finalizações, pois acertou 150 de 450 chutes, o que representa exatamente um terço.

Laterais e volantes ajudam na transição ofensiva (Imagem: SporTV/Premiere)

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Buscando construir as jogadas desde o campo de defesa e saindo num jogo apoiado, o Tigre forma uma saída 4+2 com os volantes ajudando a dar mais sustentação. Do meio para frente, há uma constante variação entre o 4-3-3 de base e o 4-2-3-1, já que os jogadores das beiradas podem tanto auxiliar o centroavante, como o meia armador.

Extremos colaboram com o centroavante no setor ofensivo (Imagem: SporTV/Premiere)

“O Vila é um time que gosta de atacar em velocidade, mesmo que seja mais reativo que propositivo, inclusive quando atua como mandante. Dessa maneira, a equipe passou por muitas dificuldades para conseguir criar as jogadas no setor ofensivo e se infiltrar na defesa adversária”

Paulo Massad, repórter na Rádio Band News

COMO DEFENDE

Solução. Se o ataque não corresponde, a defesa é o ponto forte do Colorado. Com apenas 31 gols sofridos, tendo média inferior a um por jogo, o Tigre tem a quarta melhor defesa da Segundona, dividindo sua marca positiva ao lado do próprio Sport e do Criciúma. Pouco agredido, o Vila sofreu 424 finalizações no total, sendo também o quarto no quesito; Grêmio, Cruzeiro e Londrina são os que menos tiveram chutes contra sua meta.

Meio povoado impede troca de passes adversária (Imagem: SporTV/Premiere)

Os números ruins são evidenciados nos problemas de compactação, mesmo que Matheus Costa tenha feito alguns ajustes enquanto esteve no comando. A tendência é que os paranaenses formem um 4-5-1 ao ficarem sem a posse e povoando o meio, tentando impedir as infiltrações. Outra opção é se postar num 4-4-2 e mantendo blocos médios, adiantando as linhas de marcação.

Compactação defensiva dos goianos bloqueia máximo de espaços (Imagem: SporTV/Premiere)

“Com forte entrosamento no setor, o Vila conseguiu segurança e boa postura para controlar os adversários. A bola parada é o principal ponto de solidez, assim como a forte marcação deu a sustentação”

Paulo Massad, repórter na Rádio Band News

PARA FICAR DE OLHO

Willian Formiga (LE) – Segurança. Se o setor defensivo vai bem, o lateral é um dos que se sobressai. Líder da equipe na Segundona em desarmes, com 80, o lateral é ainda o terceiro nas interceptações e vice-líder nos cortes, somando 43 e 78, respectivamente. O jogador é conhecido também pela calma, já que cometeu apenas 1,3 faltas por partida e recebeu dois cartões amarelos, além de nenhum vermelho.

Arthur Rezende (MEI) – Criador. Atuando no setor de armação do Colorado, o meia é um dos que mais criou grandes chances no campeonato, com oito, e o que possui maior número de passes decisivos na equipe: 54. Deu também duas assistências e é quem mais finalizou pelo Tigre, tentando 52 vezes ante os adversários.

Neto Pessoa (CA) – Artilheiro. Contratado com a Série B rolando, em julho, o centroavante é um dos principais símbolos do crescimento do Vila Nova na competição. Praticamente dado como rebaixado ao fim do primeiro turno, o Tigrão evitou a queda com antecedência graças aos seis gols marcados por Neto, que chutou apenas 25 oportunidades, tendo 24% de aproveitamento.

Créditos da foto principal: Fernando Brito/Vila Nova FC

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Capítulo final: análise Náutico 0 x 1 Ponte Preta

Por: Mateus Schuler

Assim como começou. O Náutico encerrou a Série B do Campeonato Brasileiro da mesma maneira que iniciou, sendo derrotado. Desta vez, nesta sexta-feira (4), o Timbu sucumbiu dentro dos Aflitos e terminou sendo superado pela Ponte Preta por 1 x 0 com gol de Léo Naldi, de pênalti, em jogo da 38ª e última rodada.

Para o confronto com a Macaca, Dado Cavalcanti promoveu alterações, seja por opção ou forçadamente depois da derrota sofrida frente à Chapecoense. Na linha defensiva, Arthur Henrique e João Lucas se desligaram da equipe ao longo da semana, tendo Anilson na zaga e Pedro Vitor na lateral esquerda. Já do meio em diante, por outro lado, Thássio substituiu o suspenso Victor Ferraz e Júlio voltou de suspensão; Júlio Vitor ganhou uma vaga entre os 11 e Jobson foi acionado no lugar de Everton no 4-3-3.

Formação inicial do Timba frente aos alvinegros (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Inseguro. O Náutico, por não ter mais metas na competição, teve um começo de jogo bastante tímido, sendo pouco criativo quando foi ao campo ofensivo. Apostando numa postura reativa, até conseguiu ter a bola quando preciso e povoou bem o meio-campo, mas falhou no último terço e sequer deu sustos à meta da Ponte Preta.

Ainda que tivesse um comportamento diferente do habitual atuando como mandante, o Timbu formou um 3-4-3 quando teve a posse, buscando ter os laterais como alas para alargar os espaços no campo. Mesmo estando com a bola, a Ponte foi quem levou perigo primeiro: Amaral desarmou já no setor de ataque e serviu Léo Naldi, que chutou de fora da área e Bruno Lopes tirou usando a ponta dos dedos.

Alas tiveram maior liberdade para atacar (Imagem: SporTV/Premiere)

Sem mostrar objetividade, o Timba até conseguiu chegar ao último terço, no entanto não foi criativo. Com isso, a Macaca passou a dominar o ritmo e ter o controle da partida, entretanto também pecou pela falta de criatividade e os dois goleiros não tiveram muito trabalho ao longo de toda a etapa inicial nos Aflitos.

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Formando um 4-4-2 de blocos médios, buscando recuperar a posse rápido, os alvirrubros seguraram a maior parte das investidas dos alvinegros, o que deixou o confronto muito truncado. Sólidos na defesa e inoperantes quando atacaram, os pernambucanos levaram o placar zerado para o intervalo, mas precisando corrigir os erros.

Composição de duas linhas de 4 em fase defensiva (Imagem: SporTV/Premiere)

Para o segundo tempo, Dado Cavalcanti realizou logo de cara três mexidas, todas do meio para frente buscando ter o mínimo de estabilidade defensiva e arrumar a criação. Ralph, amarelado, foi sacado para a entrada de Mateus Cocão, enquanto o lesionado Lucas Paraíba deu vaga para Souza; Amarildo substituiu Júlio, pouco participativo.

Iniciando mais à vontade, o time da Rosa e Silva criou a primeira boa chance da etapa final antes mesmo dos cinco minutos. Júlio Vitor chutou de fora da área com força e no canto esquerdo, mas Pedrão se esticou e tirou pelo lado, impedindo que o rebote fosse completado ainda dentro da pequena área da equipe pontepretana.

Alvirrubros mudaram postura do sistema defensivo (Imagem: SporTV/Premiere)

Ainda que formassem um 4-5-1 ao ficarem sem a bola, os pernambucanos voltaram a demonstrar fragilidades e, num lance bobo, sofreram o gol. Após receber bom passe de Vitinho, Eliel tentou driblar Bruno Lopes, mas o goleiro o derrubou. Léo Naldi cobrou em segurança no meio da barra, deslocando o camisa 1 do Timbu, e estufou a rede.

Variando frequentemente a postura ofensiva entre 4-2-3-1 e 4-3-3, o Timba até tentou levar perigo, contudo não teve criatividade. Assim, a bola parada foi a solução, inclusive em favor dos alvinegros, pois Bernardo cobrou falta de longe e parou no arqueiro. Em sequência, Souza bateu escanteio no meio da área e João Paulo cabeceou rente à trave, que manteve a derrota até o apito final.

Construção ofensiva ainda no campo defensivo (Imagem: SporTV/Premiere)

Créditos da foto principal: Rafael Vieira/FPF-PE

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Náutico na Série B: como joga taticamente a Ponte Preta

Por: Mateus Schuler

Cada macaco no seu galho. Sem deixar a lanterna, o Náutico encerra participação na atual edição da Série B do Campeonato Brasileiro em jogo antecipado da 38ª e última rodada diante da Ponte Preta nesta sexta-feira (4). Jogo do Timbu contra a Macaca será realizado nos Aflitos, às 21h30, apenas para ambos cumprirem tabela.

Separamos tudo sobre o adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais dos pontepretanos.

O TIME

Os alvinegros chegam, para o reencontro de Hélio dos Anjos diante do Timba, com cinco retornos. Mateus Silva, Norberto, Artur, Léo Naldi e Echaporã voltam de suspensão e ficam à disposição do comandante, que deverá escalar uma equipe composta por jogadores pouco utilizados e aproveitados ao longo da Segundona, mas mantendo o 4-3-3.

Provável formção dos paulistas contra os pernambucanos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Mal das pernas. Com 33 gols e média inferior a um por jogo, a Ponte Preta é o sexto pior ataque da Segundona, mesmo que mostre constante presença ao atacar. Muito do número ruim se deve ao baixo aproveitamento dos chutes a gol, pois finalizaram certo 135 vezes — quarto índice mais negativo — dos 440 no total, acertando 30,68%.

Manutenção da base tática com apoio pelos lados (Imagem: SporTV/Premiere)

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Ao ter a bola, a Macaca se posta frequentemente no seu 4-3-3 de base com apoio pelos lados, alternando a presença dos laterais durante a criação das jogadas. Outra possibilidade é se postar num 4-2-3-1, o que faz o meia mais armador atuar junto aos extremos e isolar o centroavante, porém fazendo os volantes ajudarem na armação.

Maior distribuição dos meio-campistas (Imagem: SporTV/Premiere)

“O time aposta, mais uma vez, na sua força de marcação com a manutenção de Amaral, Léo Naldi e Wallisson. Desta vez, no entanto, não terá a presença do meia Elvis, que é quem faz a articulação das jogadas do meio para o ataque”

Elcio Paiola, repórter no Futebol Interior

COMO DEFENDE

Meio termo. Com 36 gols sofridos, o time alvinegro tem a sétima defesa mais vazada da Série B, expondo as fragilidades em meio à estabilidade na média por partida. Foram 142 finalizações certas contra sua meta de 425 no total, o que dá 33,41% de aproveitamento, fazendo a equipe figurar entre as piores do campeonato no quesito.

Marcação mais adiantada para tentar recuperar a posse (Imagem: SporTV/Premiere)

O mais comum é os pontepretanos povoarem o meio-campo e adiantarem as linhas de marcação, formando um 4-5-1 de blocos médio/altos tentando recuperar a posse. Outra alternativa, mas mantendo uma postura adiantada, é performar duas linhas de 4, deixando assim meia armador e centroavante à frente.

Compactação defensiva dos alvinegros em duas linhas de 4 (Imagem: SporTV/Premiere)

“Sem Élvis, a equipe ficará muita dependente da boa atuação de Fessin, pois ele precisará que se desdobrar para girar entre meio-campo e ataque. Dessa maneira, o sistema defensivo, o principal problema, continua preocupando por conta da sua instabilidade”

Elcio Paiola, repórter no Futebol Interior

PARA FICAR DE OLHO

Fábio Sanches (ZAG) – Sustentação. Mostrando força no sistema defensivo, o defensor é um dos principais jogadores do campeonato dentre os que são de mesma posição. Com 107 cortes, lidera a equipe no quesito, tal como nas interceptações, ao acumular 59 e figurar no top-10; zagueiro soma ainda 23 desarmes.

Léo Naldi (MC) – Pensador. Cria da base pontepretana, Naldi é quem fica na responsabilidade de fazer a transição da defesa para o ataque com a baixa de Élvis, poupado. Ainda assim, já conseguiu dar 28 passes decisivos, assim como também deu quatro assistências, acumulando também 59 desarmes e sendo importante sem a bola.

Lucca (ATA) – Goleador. Atuando na referência, é o artilheiro da Macaca na Segundona, balançando as redes por 15 oportunidades até o momento. Seu histórico positivo e a boa movimentação na pequena área pela mobilidade o fazem ser o maior finalizador da Ponte, acumulando 61 finalizações, a melhor marca do time.

Créditos da foto principal: Diego Almeida/Ponte Press

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Interminável: análise Chapecoense 1 x 0 Náutico

Por: Mateus Schuler

Filme de terror. O Náutico segue afundado na lanterna da Série B do Campeonato Brasileiro após sofrer nova derrota. Neste sábado (29), na Arena Condá, o Timbu foi superado pela Chapecoense por 1 x 0 em jogo da 37ª rodada; gol marcado por Willian Popp, de pênalti, ainda durante a etapa inicial.

Para o duelo contra o Verdão, Dado Cavalcanti promoveu duas modificações depois da derrota sofrida frente ao Grêmio, sendo ambas forçadas. As baixas de Júlio, suspenso, e Geuvânio, expulso e que se desligou do clube, o técnico promoveu as entradas de Pedro Vitor e Lucas Paraíba, respectivamente, que fez o time se postar num 3-5-2.

Escalação inicial do Timba diante dos alviverdes (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Cauteloso. O Náutico, mesmo sem objetivos concretos na competição, teve o começo mais retraído, mas buscando surpreender para tentar não fazer sua pior campanha da história na Série B. E foi jogando com postura reativa que a Chapecoense não conseguiu demonstrar poder criativo e esbarrar na forte marcação.

Por conta da cautela, o Timbu formou um 5-2-3, fechando os espaços com o intuito de evitar infiltrações e passes entrelinhas. Ainda assim, Marcelo Freitas recebeu na entrada da área e mandou para fora, perdendo boa chance. Em sequência, após levantamento na pequena área, Arthur Henrique derrubou Perotti puxando pela camisa: Willian Popp bateu seguro e abriu o placar.

Linha de 5 em fase defensiva neutralizou criatividade alviverde (Imagem: Premiere)

Apresentando maior posse mesmo sem mostrar objetividade, o Timba falhou dentro das quatro linhas e pouco chegou ao setor ofensivo. Perdido quando teve a bola, não criou bons momentos, sem sequer levar perigo em direção à meta dos catarinenses, que até deram brechas para a criação das jogadas alvirrubras.

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Mantendo o 3-5-2 de base em fase ofensiva, os pernambucanos chegaram a equilibrar a partida, porém voltaram a sofrer perigo no último lance antes do intervalo. Numa troca de passes rápidos e curtos, a bola sobrou na direita para Thomás, que concluiu na saída de Bruno Lopes tentando achar Perotti, contudo Anilson afastou em cima da linha.

Manutenção da base tática já no ataque (Imagem: Premiere)

Para a etapa final, Dado Cavalcanti promoveu uma mudança, buscando ter o mínimo de estabilidade defensiva e na criação. Arthur Henrique, que gerou o gol da Chape, saiu para a entrada de Jobson, sem mudar tanto o desenho da equipe apesar de maior ofensividade. E foi assim que o Náutico ficou bem próximo do empate: Everton cruzou pela direita e Lucas Paraíba, sozinho, erra ao tentar cabecear, perdendo boa chance.

Formando um 4-2-3-1, o Timbu se manteve presente ao setor ofensivo, mas o poder criativo foi praticamente nulo, sem objetividade. Dessa maneira, Ralph e Lucas Paraíba acabaram sacados para entradas de Mateus Cocão e Júlio Vitor, respectivamente, sem mexer mais uma vez na estrutura tática do time pernambucano.

Imposição ofensiva sem sucesso no segundo tempo (Imagem: Premiere)

Sólida defensivamente, ainda que expusesse algumas fragilidades, a equipe da Rosa e Silva passou a tentar encontrar espaços na defesa da Chape, que não mostrou criatividade. Assim, o Timba teve a oportunidade de aproximar do empate novamente: Jobson lançou em profundidade para João Lucas e o lateral-esquerdo saiu de frente para Saulo tentando encobrir, mas parou no goleiro, mandando na sequência para fora.

Postado em duas linhas de 4 blocos médio/altos, os alvirrubros pressionaram e acabaram sendo derrotados ao desperdiçaram a última chance. Júlio Vitor recebeu de Victor Ferraz na entrada da área e finalizou de primeira, contudo rente à trave esquerda. No fim, Djavan e Victor Ferraz ainda foram sacados e tiveram Franco e Thássio em seus lugares, entretanto sem sucesso.

Solidez defensiva na etapa final impediu aumento da desvantagem (Imagem: Premiere)

Créditos da foto principal: Tiago Meneghini/Chapecoense

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Sobrevida: análise Sport 5 x 1 Operário

Por: Mateus Schuler

Sonhar mais um sonho impossível. Exorcizando o Fantasma, o Sport se mantém vivo pelo acesso na Série B do Campeonato Brasileiro, mesmo em situação complicadíssima. O Leão atropelou o Operário nesta sexta-feira (28), na Arena de Pernambuco, por 5 x 1 pela 37ª rodada com hat-trick de Vagner Love e dois gols de Fabinho; Pavani descontou.

Para o duelo com os paranaenses, Claudinei Oliveira decidiu manter a base que vinha jogando e dois centroavantes, tendo Gustavo Coutinho ao lado de Vagner Love, mas a novidade foi no meio. O volante Ronaldo, que cumpriu a suspensão automática, substituiu Denner e repetiu o 4-2-4 de outrora, porém visando mais ofensividade.

Escalação inicial dos rubro-negros contra os alvinegros (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Avassalador. Ainda sonhando com uma das vagas pelo acesso, o Sport foi a campo intenso, mesmo sem a presença da torcida para apoiar. Na pressão, teve maior volume de jogo, sendo recompensado logo no início: após trocar passes no ataque, Gustavo Coutinho deixou de calcanhar para Vagner Love, que dominou e acertou belo chute de fora da área.

Formando um 4-3-3 com a bola, o Leão manteve a intensidade, pois reverter o saldo de gols era um dos objetivos. E foi apertando a saída do Operário que quase ampliou. Depois de uma saída errada de Thiago Braga, Labandeira fez o cruzamento rasteiro e Love tentou completar de carrinho, mas esbarrou na trave.

Laterais participaram da criação dos pernambucanos (Imagem: Premiere)

Apesar de mostrarem segurança sem a posse, os leoninos foram assustados quando Felipe Garcia foi servido por Pavani e finalizou, parando na defesa de Saulo. Ainda assim, a rede alvinegra voltou a ser balançada. E com golaço. O lateral-direito avançou bem e levantou na medida para o camisa 99, que fez o domínio no peito — livre de marcação — e emendou um voleio.

Curtindo o conteúdo? Apoie nosso projeto clicando aqui ou via pix. Chave: pernambutatico@gmail.com

Se segurando num 4-5-1 de blocos médios, alternando para médio/altos, os rubro-negros tiveram a bola parada também como arma para marcar gols. Juba cobrou escanteio na primeira trave, Fabinho apareceu em liberdade e cabeceou no chão, enganando o goleiro adversário. Logo depois, Juba bateu forte ao receber de Coutinho e viu Thiago defender.

Compactação defensiva neutralizou os paranaenses (Imagem: Premiere)

Na volta do segundo tempo, Claudinei Oliveira decidiu manter a equipe que iniciou para seguir intenso em fase ofensiva. Mesmo sem conseguir criar as jogadas, continuou tendo a bola e ocupando o campo do Fantasma, que o deixou mais próximo do quarto gol. Com ritmo reduzido, faltou poder criativo para assustar.

Para permanecer atacando, o Leão teve as primeiras duas mexidas: saíram Sander e Gustavo Coutinho, entrando Wanderson e Giovanni, o que deslocou Juba para a lateral esquerda. Antes disso, o time da Praça da Bandeira teve uma postura mais recuada, formando duas linhas de 4 e descendo os blocos de marcação.

Formação de duas linhas de 4 durante o segundo tempo (Imagem: Premiere)

Recuado, o Leão viu o Operário diminuir a desvantagem. Reina levantou bem na pequena área, a defesa não afastou e a bola sobrou para Pavani, que fez o cabeceio para o gol. Na sequência, os leoninos quase marcaram mais um: Giovanni arrematou com força da entrada da área e Thiago Braga afastou o perigo para escanteio.

Performando um 4-2-4 em fase ofensiva, os pernambucanos voltaram a ir ao setor ofensivo, tendo Denner e Ezequiel substitutos de Ronaldo e Eduardo, respectivamente. E o time voltou às redes quando Denner arriscou de longe e Thiago espalmou no pé de Love, que chegou para completar. No fim, o golpe de misercórdia. Juba cobrou falta e parou numa defesaça de Thiago Braga, porém Denner tentou completar e o goleiro tirou; a sobra ficou com Fabinho, que mandou para o gol e deu números finais.

Imposição para aumentar saldo de gols (Imagem: Premiere)

Créditos da foto principal: Rafael Bandeira/SCR

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Náutico na Série B: como joga taticamente a Chapecoense

Por: Mateus Schuler

Estafado. Tentando ao menos deixar a lanterna, o Náutico busca última meta na Série B do Campeonato Brasileiro por apenas cumprir tabela. O Timbu reencontra o técnico Gilmar dal Pozzo ao enfrentar a Chapecoense na Arena Condá, pelo encerramento da 37ª rodada da Segundona, às 19h deste sábado (29).

Separamos tudo sobre o adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Verdão do Oeste.

O TIME

Os alviverdes chegam com praticamente o que possuem de melhor para o jogo diante do Timba. O técnico Gilmar Dal Pozzo não possui nenhuma baixa da vitória sobre o Tombense, nem ganha nenhum retorno, o que o faz manter o 4-3-3. A Chape ainda disputa contra o rebaixamento e ter a força máxima é um dos pontos fortes.

Provável escalação dos catarinenses frente aos pernambucanos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

No limite. Com 36 gols e média de um por jogo, a Chapecoense possui o segundo melhor ataque da segunda metade da tabela, atrás apenas do Novorizontino. Foram nove jogos desde a volta de Dal Pozzo, deixando de balançar as redes em apenas um; Verdão detém ainda o quinto pior aproveitamento das finalizações, acertando 31,4% dos chutes.

Laterais participam da criação com manutenção da base tática (Imagem: SporTV/Premiere)

Curtindo o conteúdo? Apoie nosso projeto clicando aqui ou via pix. Chave: pernambutatico@gmail.com

Quando está com a bola, a Chape costuma se postar no seu 4-3-3 de base, mas deixando apenas um dos volantes mais fixos. Além disso, os laterais são bastante participativos das jogadas, indo para finalizar ou criar. Outra opção, para dar maior poder ofensivo, é formar um 4-2-4, preenchendo o campo adversário.

Chape pode ter linha de 4 para ter maior ofensividade (Imagem: SporTV/Premiere)

“O time aposta muito no apoio pelos lados, já que Maílton e Fernando são bem agudos. O meio-campo tem dois jogadores que fazem transição e criação, explorando a velocidade como ponto forte para quebrar as linhas do adversário”

Rodrigo Goulart, repórter na Rádio Chapecó

COMO DEFENDE

Inoperante. Com 38 gols sofridos, o time alviverde tem a sexta defesa mais vazada da Segundona, expondo as fragilidades. A inconsistência se manteve também após a chegada do novo treinador, pois tiveram 12 tentos contra sua meta. Por outro lado, foram 138 finalizações certas na direção da barra, equivalentes a 31,08%, ambos deixando o Verdão em quinto lugar de maneira positiva.

Verdão povoa meio-campo para impedir troca de passes (Imagem: SporTV/Premiere)

A postura defensiva é destacada pela forte marcação, mesmo mostrando os problemas pontuais. O desenho mais frequente é o 4-5-1, povoando o meio e a entrelinha para poder impedir a criação adversária. Uma alternativa, ainda que pouco usual em campo, é formar duas linhas de 4 e manter o máximo de compactação, fazendo o adversário ficar sem espaços.

Compactação defensiva dos alviverdes em duas linhas de 4 (Imagem: SporTV/Premiere)

“A tendência é que a Chape faça uma marcação pressão, subindo as linhas e blocos para não dar sossego ao Náutico. A dupla de zaga é bem móvel e isso ajuda a ter maior dinâmica sem a bola, tentando deixar o máximo de compactação com os volantes”

Rodrigo Goulart, repórter na Rádio Chapecó

PARA FICAR DE OLHO

Fernando (LE) – Sustentação. Principal jogador da Chapecoense na temporada, seja em fase defensiva ou ofensiva, o lateral-esquerdo já chamou a atenção de outros clubes. Defensivamente, se destaca nas interceptações, sendo o terceiro da competição com 65; defensor tem ainda 46 desarmes e 58 cortes. Lateral acumula ainda três assistências e 38 passes decisivos, liderando a equipe.

Thomás (MEI) – Pensador. Contratado no meio do ano, mas com apenas 13 jogos, o jogador é o responsável pela bola parada, principalmente escanteios. Com a camisa da Chape, balançou as redes por duas oportunidades e serviu seus companheiros em outras duas, além de criar 16 passes decisivos.

Perotti (ATA) – Homem-gol. Atuando na referência, é o artilheiro do Verdão nesta Segundona, já que balançou as redes por seis vezes até o momento. Demonstrando boa movimentação na pequena área pela mobilidade, deu duas assistências, além de ter 52 finalizações, segunda melhor marca do time.

Créditos da foto principal: Tiago Meneghini/ACF

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Sport na Série B: como joga taticamente o Operário

Por: Mateus Schuler

Assombroso. Sem a presença do torcedor, o Sport enfrenta o Operário ainda com chances remotas de acesso na Série B do Campeonato Brasileiro, precisando de milagre. Leão vai a campo frente ao Fantasma na Arena de Pernambuco após interdição da Ilha do Retiro, pela 37ª rodada da Segundona, às 19h desta sexta-feira (28).

Separamos tudo sobre o adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do OFEC.

O TIME

Para o jogo diante dos leoninos, os alvinegros entrarão modificados, inclusive na área técnica. Matheus Costa foi desligado e deixou Sandro Forner, do Sub-20, comandando o time interinamente nas duas últimas rodadas. Além dele, seis jogadores foram dispensados, sem interferir na escalação: Simão, Pablo Diogo, Thales, Rafael Chorão, Jean Carlo e Tomas Bastos. Lesionados, Reniê e Vanderlei seguem de fora, enquanto Lucas Mendes volta a ficar à disposição após suspensão no 4-3-3.

Provável escalação inicial dos paranaenses (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Inoperante. Se o Operário teve o rebaixamento antecipado, muito se deve ao setor ofensivo, um dos piores do campeonato. Com apenas 30 gols, ficando à frente de Vila Nova, CSA e Brusque, o Fantasma não foi muito assustador e deixou a desejar também nas finalizações. Segundo time que menos chutou em direção às metas adversárias, acertou o alvo 128 vezes, que equivalem a 29,7%.

Manutenção da tática-base nos paranaenses (Imagem: SporTV/Premiere)

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Quando estão com a bola, os alvinegros costumam se postar em seu 4-3-3 de base, tendo apoio pelos lados com as chegadas dos laterais, buscando a criação também por dentro. Outra possibilidade é variar ao 4-2-3-1, tendo os extremos dando amplitude e os volantes sendo responsáveis por fazerem as jogadas fluírem.

Alternância do OFEC em fase ofensiva (Imagem: SporTV/Premiere)

“A postura ofensiva fica indefinida por conta da alteração no time, mas a tendência é de manter o que vinha acontecendo. O time explora a velocidade pelos lados, tendo Fernando Neto na construção das jogadas por dentro junto ao meia armador para dar fluidez”

Dudu Guimarães, repórter na Rádio Lagoa Dourada

COMO DEFENDE

Problema. Se o ataque não corresponde, a defesa descarrilhou junto. Com 45 gols sofridos, o setor defensivo do Trem Fantasma é o segundo mais vazado ao lado do Novorizontino, ficando à frente apenas do Náutico, que sofreu 63. Foram também 518 finalizações contra sua meta, sendo a quarta pior equipe no critério; 181 foram certas, a segunda marca mais negativa no geral.

Meio-campo povoado para impedir troca de passes do adversário (Imagem: SporTV/Premiere)

Os números ruins são evidenciados nos problemas de compactação, mesmo que Matheus Costa tenha feito alguns ajustes enquanto esteve no comando. A tendência é que os paranaenses formem um 4-5-1 ao ficarem sem a posse e povoando o meio, tentando impedir as infiltrações. Outra opção é se postar num 4-4-2 e mantendo blocos médios, adiantando as linhas de marcação.

Marcação mais adiantada dos alvinegros (Imagem: SporTV/Premiere)

“Apesar dos problemas defensivos, o lado esquerdo é o ponto forte. Fabiano e Reniê conseguem dar certa solidez ao setor. O meio-campo não tem volante marcador de origem, mas há a possibilidade do meio ficar povoado para reforçar o poder de marcação”

Dudu Guimarães, repórter na Rádio Lagoa Dourada

PARA FICAR DE OLHO

Fabiano (LE) – Segurança. Apesar do setor defensivo não ir bem, o zagueiro é quem se sobressai. Líder da equipe na Segundona em cortes, interceptações e desarmes com 90, 57 e 81 no total, respectivamente, consegue ser seguro. O lateral-esquerdo também aparece no ataque quando preciso, pois já deu duas assistências.

Reina (MEI) – Pensador. Ainda que não tenha dado nenhuma assistência na Série B, o meia é quem dita o ritmo no setor. Com a maior parte das jogadas saindo dos seus pés, deu 36 passes decisivos e criou três grandes chances, sendo também o responsável pela bola parada. Apesar disso, já balançou as redes por quatro vezes em 21 finalizações tentadas.

Júnior Brandão (CA) – Goleador. Com boa movimentação, o centroavante é quem fica mais perto da barra adversária e assumiu a responsabilidade de substituir o artilheiro Paulo Sérgio, que rescindiu contrato no fim de setembro. O atacante alvinegro marcou apenas três gols, mas é o quarto com o maior número de finalizações — 31 — com a camisa do Fantasma na Segundona.

Créditos da foto principal: André Jonsson/OFEC

Em destaque

Marcha fúnebre: análise Náutico 0 x 3 Grêmio

Por: Mateus Schuler

Clima de velório. Já rebaixado matematicamente, o Náutico voltou a decepcionar mais uma vez seu torcedor ao ser derrotado pelo Grêmio por 3 x 0 neste domingo (23), nos Aflitos, mantendo o calvário na Série B do Campeonato Brasileiro. Gols da vitória, em jogo pela 36ª rodada, foram de Bitello — duas vezes — e Lucas Leiva.

Para a partida diante do Imortal, Dado Cavalcanti promoveu mudanças após a queda decretada. Na defesa, Anilson foi acionado como lateral-direito, já o meio foi composto por Djavan, Victor Ferraz e Ralph. Fechando o 4-3-3 no trio ofensivo, Geuvânio recuperou a titularidade no lugar de Jean Carlos, que não figurou nem entre os reservas.

Formação inicial dos alvirrubros contra os gaúchos (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Voluntarioso. Ainda que entrasse em campo sem compromisso, o Náutico fez um início de jogo totalmente diferente dos últimos, demonstrando vontade e indo ao ataque. Ter maior volume gerou a primeira boa oportunidade antes dos 10 minutos: Ralph tabelou com Júlio e chutou forte, mas Brenno tirou para escanteio.

Postado no 4-3-3 quando teve a bola, o Timbu se manteve presente ao setor ofensivo, porém sem mostrar objetividade para criar e concluir as jogadas. O Grêmio, que dependia da vitória para conquistar o acesso, passou a gostar e controlou o ritmo da partida tentando sair em vantagem, esbarrando na boa marcação.

Manutenção tática dos alvirrubros durante a fase ofensiva (Imagem: SporTV/Premiere)

Mesmo faltando criatividade, o Imortal valorizou a posse e seguiu apostando no erro do Timba para tentar sair em vantagem. E foi num desses lances que obteve êxito, aproveitando a queda de produção dos donos da casa. Em boa jogada pela direita, Léo Gomes chutou forte e Bruno Lopes espalmou; atento, Bitello surgiu no meio da pequena área para completar no rebote.

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Sem um desenho definido durante a fase defensiva, os pernambucanos até ficaram menos inseguros quando defenderam, entretanto recuaram demais e perderam os ímpetos ofensivos. Com os blocos médios, a aposta para ter a igualdade no placar foi recuperar a bola de imediato, formando inclusive um 3-5-2, contudo foram ao intervalo em desvantagem.

Linhas mais altas para tentar retomar a posse (Imagem: SporTV/Premiere)

Para o segundo tempo, Dado Cavalcanti optou por não mexer no time, mas o castigo veio logo no começo. Geuvânio deu entrada dura em Kannemann e recebeu o vermelho direto, deixando o panorama ainda mais complicado. Os gremistas, superiores numericamente, tiveram mais posse e foram ficando na iminência do segundo gol.

Tentando fechar os espaços para evitar infiltrações adversárias num 4-4-1, o Náutico não demonstrou forças e expôs fragilidades ao se compactar. Numa dessas, Lucas Leiva recebeu bom passe de Bitello na pequena área e chutou na saída de Bruno Lopes, ampliando a vantagem sem muita dificuldade. Foi a deixa para as primeiras mudanças.

Falhas defensivas culminaram em derrota mais larga (Imagem: SporTV/Premiere)

Precisando reduzir os danos, o treinador alvirrubro promoveu as entradas de Pedro Vitor e Júlio Vitor, sacando Everton e Victor Ferraz, pois o setor ofensivo estava inoperante. E assim continuou mesmo com as substituições, deixando a equipe exposta defensivamente a cada investida no ataque mal sucedida e pouco criativa.

Quase como um replay do gol que abriu o marcador, os gaúchos passaram a régua e deram números finais ao jogo. Guilherme bateu cruzado e o goleiro do Timba defendeu parcialmente, entretanto Bitello completou no rebote. Os pernambucanos ainda tentaram atacar formando um 3-5-1, contudo pouco chegaram ao último terço e amargaram nova derrota.

Alteração no desenho do ataque não surtiu efeito positivo (Imagem: SporTV/Premiere)

Créditos da foto principal: Tiago Caldas/CNC

Em destaque

O sonho terminou: análise Londrina 2 x 1 Sport

Por: Mateus Schuler

Chega de sofrer. Após sequência colado no G-4, o Sport perdeu para o Londrina por 2 x 1 e encerrou as possibilidades de acesso na Série B do Campeonato Brasileiro. Neste sábado (22), o Leão foi derrotado de virada no Estádio do Café, pela 36ª rodada, após sair em vantagem com gol de Vagner Love; Gegê e Caprini fizeram pelo Tubarão.

Para o jogo ante os paranaenses, Claudinei Oliveira decidiu manter a equipe com dois centroavantes, tendo Gustavo Coutinho junto a Vagner Love, mas a novidade foi no meio. Sem o volante Ronaldo, suspenso, o técnico optou pela entrada de Denner em seu lugar e repetiu o 4-2-4 de outrora, porém visando maior ofensividade.

Formação inicial dos rubro-negros diante dos cariocas (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Equilibrado. Ainda que precisasse da vitória a todo custo, o Sport começou o jogo sem muita intensidade, ficando mais cauteloso para tentar jogar no erro do Londrina. O primeiro bom momento, porém, foi do Tubarão, que bateu um lateral em velocidade e Douglas Coutinho fez o pivô para Caprini mandar de primeira e Saulo defender seguro.

Apesar do susto no início, o Leão mostrou bastante segurança quando ficou sem a bola, alternando entre 4-4-2 — mais comum — e 4-5-1, buscando ter o meio povoado e contra atacar quando preciso. Ainda assim, sobrou vontade e faltou poder criativo, deixando a partida com pouca emoção e muito passe errado dos dois lados.

Formação de duas linhas de 4 para neutralizar o Tubarão (Imagem: Premiere)

Com a segurança na defesa, coube aos leoninos passarem a atacar e tentar a abertura do placar. E foi inesperadamente que conseguiram. Saulo bateu o tiro de meta, Gustavo Coutinho subiu e ganhou da marcação, fazendo a bola cair no pé de Labandeira; em velocidade, o ponta fez cruzamento na medida para Vagner Love, que completou de carrinho.

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O gol deu novo ânimo aos pernambucanos, pois mantiveram a presença no ataque tentando ampliar a vantagem. Mesmo formando um 4-3-3 quando tiveram a posse, foi por meio da bola parada que quase fizeram o segundo. Juba bateu falta colocada e com força de média distância, entretanto parou na intervenção de Matheus Albino.

Imposição no ataque colheu frutos antes do intervalo (Imagem: Premiere)

Na volta da etapa final, Claudinei Oliveira decidiu não modificar a equipe que iniciou, porém desatento defensivamente. Falho na defesa e pouco operante atacando, o Sport cedeu o empate logo no começo: Matheus Lucas recebeu cruzamento na pequena área e fez o pivô para Gegê, que bateu no cantinho sem dar chances a Saulo.

Para corrigir os erros cometidos no início, o Leão teve as entradas de William Oliveira e Wanderson nos lugares de Denner e Gustavo Coutinho, povoando o meio-campo em maior intensidade. Dessa maneira, passou a formar um 4-1-4-1, tendo os blocos médios para buscar a recuperação da bola já mais à frente.

Compactação defensiva rubro-negra durante o segundo tempo (Imagem: Premiere)

As substituições até ajustaram o poder de marcação, já que o Londrina ficou menos criativo e o ritmo da partida diminuiu drasticamente. O time da Praça da Bandeira não demonstrou força ofensiva e sequer conseguiu voltar a ser perigoso contra a defesa paranaense, fazendo Claudinei promover entradas de Giovanni e Thiago Lopes nas vagas de Juba e Labandeira.

Performando um 4-2-3-1 em fase ofensiva, os pernambucanos quase foram às redes novamente quando Wanderson chutou de fora da área e Matheus Albino afastou para escanteio. No fim, o golpe de misercórdia. Gegê cobrou falta e acertou a trave, mas Caprini surgiu livre de marcação para completar e sacramentar o revés leonino.

Laterais ajudaram na construção já no campo ofensivo (Imagem: Premiere)

Créditos da foto principal: Rafael Bandeira/SCR

Em destaque

Náutico na Série B: como joga taticamente o Grêmio

Por: Mateus Schuler

Férias permanentes. Já rebaixado matematicamente à Série C, o Náutico entra em campo para a reta final da Série B do Campeonato Brasileiro apenas cumprindo tabela. O Timbu reencontra o Grêmio nos Aflitos, pela Segundona, após 17 anos, neste domingo (23), às 16h; confronto finaliza a 36ª rodada.

Separamos tudo sobre o adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Imortal.

O TIME

Os gremistas chegam com praticamente o que têm de melhor para encarar o Timba. Renato Gaúcho terá a volta do zagueiro Kannemann, que cumpriu a suspensão automática pelo terceiro amarelo diante do Bahia. Já Biel, por sua vez, sofreu lesão na coxa e será desfalque pelo restante da competição, com Guilherme sendo acionado em seu lugar no 4-3-3 dos gaúchos.

Provável formação dos tricolores contra os pernambucanos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Efetividade. Com 42 gols e o terceiro melhor ataque, o Grêmio busca manter a consistência para encaminhar o retorno à elite. Foram sete jogos desde a volta de Renato, deixando de balançar as redes em apenas um; Imortal tem ainda o segundo melhor aproveitamento das finalizações, acertando 36,67% dos chutes.

Volantes dão suporte na transição em jogo apoiado (Imagem: Premiere)

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Muito da pontaria estar calibrada se deve à distribuição das peças. A criação é feita ainda antes do círculo central, formando uma saída 4+2, buscando ter maior liberdade dos atletas mais ofensivos. Quando têm a posse do meio em diante, os tricolores mantêm o 4-3-3 explorando mais a cadência por dentro e a velocidade pelos lados.

Manutenção da tática-base dos gremistas em fase ofensiva (Imagem: Premiere)

“Com Roger, o time variou bastante o sistema tático inicial, no entanto o 4-2-3-1 foi o que deu maior estabilidade. Os laterais dão amplitude, tendo liberdade enquanto Villasanti recua ao lado dos zagueiros, deixando os jogadores da beirada ficando responsáveis pela velocidade”

Filipe Duarte, repórter na Rádio Gaúcha

COMO DEFENDE

Se ofensivamente os números são positivos, defensivamente vão na mesma toada. São 28 gols sofridos até agora, que fazem o Imortal possuir a segunda melhor defesa da Série B, atrás apenas do campeão Cruzeiro. Além disso, é o sistema defensivo que menos sofreu finalizações contra sua meta, tendo 108 chutes certos de 386, equivalentes a 27,98%.

Villasanti atuando entrelinhas para tentar o combate (Imagem: Premiere)

A solidez defensiva é destacada pela forte marcação, tendo o 4-1-4-1 como a postura mais comum ao ficarem sem a bola, povoando a entrelinha para impedir a criação. A alternativa, ainda que varie ao 4-4-2 mantendo as duas linhas de 4, é povoar mais o meio-campo formando um 4-5-1, que faz Diego Souza ter menos intensidade.

Tricolor gaúcho neutraliza investidas adversárias por dentro (Imagem: Premiere)

“O Grêmio não consegue fazer uma marcação pressão, já que Diego Souza não tem o mesmo fôlego. Geralmente o time fica em duas linhas de 4, tentando deixar blocos médios para não cansar tanto os jogadores. Desse modo, tenta induzir ao erro e fechar o máximo de espaços”

Filipe Duarte, repórter na Rádio Gaúcha

PARA FICAR DE OLHO

Geromel (ZAG) – Sustentação. Se a defesa tem bons números na Série B, é o zagueiro quem melhor representa o setor. Figurando no top-10 de cortes com 132, o experiente defensor vem sendo o principal pilar defensivo tricolor, tendo ainda 56 interceptações e 36 desarmes. Tem média, inclusive, inferior a uma falta por partida, mostrando bom posicionamento para o combate.

Bitello (MC) – Lá e lô. Um dos principais meio-campistas desta Segundona, o jovem Bitello é uma das peças essenciais ao sistema tático do Imortal. Com 73 desarmes, é o vice-líder da equipe no quesito, demonstrando força sem a bola, mas também se destaca em fase ofensiva. Já marcou seis gols e criou três grandes chances, dando ainda duas assistências.

Diego Souza (ATA) – Goleador. Atuando na referência desde sua passagem pelo Sport, o atacante é o homem-gol do gremista na competição. Segundo jogador tricolor que mais chutou, com 57 finalizações, balançou as redes por 14 vezes até o momento, sendo o vice-artilheiro do certame junto a Lucca, da Ponte Preta.

Créditos da foto principal: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Em destaque

Sport na Série B: como joga taticamente o Londrina

Por: Mateus Schuler

Se ficar o bicho come. Para não virar comida de tubarão, o Sport visita o Londrina ainda sonhando com o acesso na Série B do Campeonato Brasileiro. Leão vai a campo frente aos paranaenses no Estádio do Café, às 16h30 deste sábado (22), em partida válida pela 36ª rodada da Segundona.

Separamos tudo sobre o adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do LEC.

O TIME

Para o jogo diante dos leoninos, Adilson Batista tem apenas uma ausência já certa: o lateral-esquerdo Alan Ruschel, que cumprirá suspensão pelo terceiro amarelo. Em seu lugar, Felipe Vieira foi o escolhido, enquanto uma dúvida faz a escalação ser definida somente momentos antes da bola rolar: Mossoró e Gabriel Santos disputam a vaga no ataque.

Provável formação inicial dos azulinos contra os pernambucanos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Pouco letal. Ainda que tivesse brigado por acesso recentemente, o Londrina não tem bom desempenho quando ataca, pois marcou 33 gols, tendo média inferior a um por partida. O baixo rendimento também é evidente nos chutes a gol, já que é o quarto que menos finalizou no total — 393 finalizações — e no alvo, sendo 126 acertos.

Laterais e volantes dão suporte à transição londrinense (Imagem: Premiere)

Curtindo o conteúdo? Apoie nosso projeto clicando aqui ou via pix. Chave: pernambutatico@gmail.com

O início da construção ofensiva se dá numa saída 4+2, apesar de ter tripé de meio-campistas na escalação inicial, com os volantes auxiliando a linha dos defensores. Do meio em diante, a tendência é que mantenham a tática-base e aposta na troca de passes e velocidade pelos lados, utilizando pontas e/ou laterais.

Manutenção da tática-base em fase ofensiva (Imagem: SporTV/Premiere)

“O time jogou o campeonato todo com a mesma base tática e, além disso, no mesmo modelo, utilizando dois pontas e um centroavante. É também uma equipe de transição rápida que usa frequentemente as beiradas, pois os dois laterais apoiam bastante”

Lúcio Flávio, repórter na Rádio Paiquerê

COMO DEFENDE

Estável. Se o ataque não corresponde, o sistema defensivo do Tubarão é seu principal ponto. Com apenas 32 gols sofridos, possui a sexta melhor defesa e muito da solidez se deve ao modelo de jogo usado por Adilson Batista. Não é por acaso, inclusive, que o time é ainda o que menos tem finalizações contra sua meta: 373 no total.

Blocos médio/altos do Tubarão durante os jogos em casa (Imagem: Premiere)

Sem muita compactação, o que faz os adversários acertarem 37,27% dos chutes, os paranaenses têm o segundo pior aproveitamento total, acima apenas do Novorizontino. O mais comum é a formação de um 4-4-2, de blocos médio/altos, quando atuam como mandante, tentando recuperar a posse de imediato, podendo variar à tática-base se preciso.

Mesmo adiantada, defesa dos paranaenses figura entre menos vazadas (Imagem: SporTV/Premiere)

“Quando joga em casa, o time costuma adiantar a marcação e formar duas linhas de 4, buscando ter a recuperação mais rápida da posse. Além de dois volantes que protegem bem os espaços, é uma equipe que os laterais recompõem e evitam a infiltração”

Lúcio Flávio, repórter na Rádio Paiquerê

PARA FICAR DE OLHO

Vilar (ZAG) – Segurança. Se o sistema defensivo tem bom desempenho, é o zagueiro que mais se destaca. Um dos líderes da Segundona em cortes, com 139 no total, consegue ser seguro e pouco comete faltas, tendo média de 0,7 por partida, além de 28 desarmes e 39 interceptações; recebeu somente um cartão amarelo até o momento.

Caprini (PD) – Garçom. Principal passador do time nesta Série B, servindo por cinco oportunidades, é quem faz a bola rodar no ataque, mesmo sem ser um armador de origem. Mostrando velocidade com a posse e driblando quando preciso, criou seis grandes chances, dando ainda 47 passes decisivos; já deu 81 finalizações, o quarto da competição no quesito, e balançou as redes três vezes.

Douglas Coutinho (CA) – Goleador. Mesmo se movimentando bastante, é o jogador que geralmente cai como centroavante, buscando sempre confundir a marcação adversária. Vice-líder do Tubarão em chute a gol, finalizando 54 oportunidades, marcou sete gols e deu três assistências, fazendo pivôs para os companheiros.

Créditos da foto principal: Sheyla Dantas/Londrina EC

Em destaque

Vergonhoso: análise Sport 1 x 1 Vasco

Por: Mateus Schuler

Confusão generalizada. Em partida nervosa dentro e fora de campo, o Sport tropeçou no Vasco e deixou a disputa pelo acesso na Série B do Campeonato Brasileiro indefinida. Neste domingo (16), o Leão saiu à frente na Ilha do Retiro com gol de Labandeira no 1 x 1, já Raniel deixou tudo igual pela 35ª rodada.

Para o duelo contra os Cruzmaltinos, Claudinei Oliveira decidiu voltar a jogar com dois centroavantes, já que Gustavo Coutinho voltou da suspensão para formar dupla junto a Vagner Love. Zagueiro Sabino e lateral-esquerdo Sander também estavam suspensos e retornaram à titularidade, colocando o 4-2-4 de outrora.

Formação inicial dos rubro-negros diante dos cariocas (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Intenso. Foi assim que o Sport começou o confronto direto diante do Vasco e, empurrado pela torcida, teve domínio tanto do ritmo como da partida. Muito pelo fato de estar com um sistema tático formado por quatro atacantes, pois apenas a vitória interessava, enquanto o Vasco apostou numa postura mais cautelosa para criar nos contra-ataques.

A imposição teve manutenção do 4-2-4 de base, tendo apoio dos laterais já no campo ofensivo. A primeira tentativa veio quando Sander chutou forte de fora da área e o Thiago Rodrigues não segurou. Pouco antes, a torcida ficou na reclamação de um pênalti não marcado depois da bola bater na mão de Anderson Conceição dentro da pequena área.

Imposição dos mandantes durante a etapa inicial (Imagem: SporTV/Premiere)

Mantendo a pressão sem dar brechas ao Cruzmaltino, o Leão voltou a cobrar pênalti da arbitragem após Gustavo Coutinho ser deslocado em cruzamento que veio da direita; nada marcado novamente. Ainda assim, o time da Praça da Bandeira assustou quando Eduardo lançou do meio-campo e Sabino deu um cabeceio meio despretensioso, quase surpreendendo o goleiro vascaíno.

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Pouco exigidos defensivamente, os rubro-negros formaram um 4-5-1 de forte compactação e neutralizaram bem as investidas dos cariocas. Seguros sem a posse, tiveram ainda mais uma boa oportunidade para sair em vantagem, no entanto esbarraram no camisa 1 alvinegro, que impediu tentativa de Juba num cruzamento direto para o gol.

Postura dos anfitriões sem a posse (Imagem: SporTV/Premiere)

Na volta para o segundo tempo, Claudinei Oliveira decidiu não mudar a base que iniciou sem promover mudanças. Inicialmente, a equipe pernambucana até tentou seguir intensa ao atacar, porém não mostrou poder criativo como na etapa inicial. Desse modo, os cariocas passaram a ter domínio dentro das quatro linhas, baixando a marcação leonina.

Formando duas linhas de 4 e demonstrando mais fragilidades do que antes, o Sport tomou o primeiro susto quando Alex Teixeira bateu escanteio fechado e Anderson Conceição, na primeira trave, subiu para cabecear no travessão. Para melhorar a produtividade ofensiva e ter o meio mais povoado, Claudinei promoveu a entrada de Wanderson no lugar de Gustavo Coutinho, fazendo o time se postar num 4-2-3-1.

Fragilidades defensivas expostas durante o segundo tempo (Imagem: SporTV/Premiere)

A substituição deu mais ânimo aos rubro-negros, que passaram a atacar em maior volume. Assim, abriram o placar. Fabinho pegou sobra de fora da área e chutou, parando no pé de Vagner Love, que finalizou e Thiago Rodrigues fez um milagre. Labandeira ficou atento para o rebote na direita e mandou para o gol.

Com a vantagem, foram realizadas as quatro substituições restantes, tendo Denner, Chico, Giovanni e William Oliveira acionados, sacando Juba, Sabino, Labandeira e Ronaldo. Passando a formar um 4-2-3-1, o Leão chegou perto do segundo quando Giovanni arrematou rente à trave direita. Do meio para o fim, o panorama mudou e a arbitragem marcou pênalti de Saulo em cima de Alex Teixeira num lance duvidoso; Raniel acertou no canto e iniciou confusão generalizada, tendo invasão por parte da torcida.

Alternância no posicionamento ofensivo (Imagem: SporTV/Premiere)

Créditos da foto principal: Rafael Bandeira/SCR

Em destaque

Sport na Série B: como joga taticamente o Vasco

Por: Mateus Schuler

Mil pontos. Em confronto direto por uma das vagas no G-4, o Sport recebe o Vasco para seguir próximo à zona de acesso na Série B do Campeonato Brasileiro. Partida do Leão frente ao Cruzmaltino será neste domingo (16), às 16h, pela 35ª rodada da Segundona e tem nova promessa de casa cheia na Ilha do Retiro.

Separamos tudo sobre o adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Gigante da Colina.

O TIME

Para o embate contra os leoninos, Jorginho tem seus 11 iniciais praticamente definidos antecipadamente. Única certeza será a baixa do lateral-direito Léo Matos, suspenso pelo terceiro amarelo, tendo Matheus Ribeiro ou Miranda na vaga. Já na lateral esquerda, Edimar foi substituído por dores na posterior da coxa direita e Luiz Henrique pode ganhar o espaço no 4-2-3-1 vascaíno.

Provável escalação inicial dos cariocas ante os pernambucanos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Eficiente. Dono de um dos melhores ataques da Série B com 42 gols e média superior a um por jogo, o Vasco vem sendo muito objetivo ao ter a posse. É o terceiro time que mais chuta certo em direção às metas adversárias no total do aproveitamento, sendo 135 finalizações das 376 no alvo, o que representa 35,9%.

Início de transição dos vascaínos ainda no campo defensivo (Imagem: Brasileirão Play)

Curtindo o conteúdo? Apoie nosso projeto clicando aqui ou via pix. Chave: pernambutatico@gmail.com

Apesar de ter uma linha de 4 na defesa, o Cruzmaltino forma uma saída de 3 para iniciar sua transição, dando liberdade aos laterais para atacarem e um dos volantes — geralmente Andrey — recua. Do meio para frente, geralmente é formado um 4-3-3, buscando ter amplitude dos alas e os extremos ficando próximos a meio-campistas e centroavante.

Jogadas dos cariocas fluem mais por dentro (Imagem: Premiere)

“Geralmente o time ataca da mesma forma, com Nenê tendo liberdade para circular durante a fase ofensiva. Por vezes, ele avança da linha de meias e chega a ficar como um segundo atacante, enquanto o grande nome e o motor da equipe é o volante Andrey”

Henrique Monteiro, analista no Scout Vasco

COMO DEFENDE

Instável. Se o acesso antecipado não veio, muito se deve a tantos problemas defensivos. De 31 gols sofridos, a equipe da Cruz de Malta teve 20 ao longo de todo returno, expondo a fragilidade desde a chegada de Jorginho. A defesa é até sólida, considerando que os adversários acertaram 144 — equivalentes a 32,21% — de 447 finalizações, sendo a oitava melhor no quesito.

Vascaínos com blocos médio/altos buscando recuperação da posse (Imagem: Premiere)

Para fechar os espaços e impedir a criação dos adversários, os alvinegros se postam em duas linhas de 4 num 4-4-2, formando blocos médios para evitar infiltrações. Outra alternativa, povoando o meio, é performar num 4-5-1, com o máximo de compactação para neutralizar a troca de passes e jogadas de velocidade.

Compactação cruzmaltina com meio-campo cheio (Imagem: Brasileirão Play)

“Na fase defensiva, é mais comum a formação de duas linhas de 4, tendo Eguinaldo e Nenê à frente da segunda linha de 4. Fora de casa, é mais comum ver a equipe alternando postura da marcação, ora formando em blocos baixos, ora em blocos médios”

Henrique Monteiro, analista no Scout Vasco

PARA FICAR DE OLHO

Thiago Rodrigues (GOL) – Intervenção. Em meio aos problemas na defesa do Cruzmaltino, o goleiro tem conseguido minimizá-los e vem se destacando na posição. Com 106 defesas até o momento, figura no top-5 do campeonato e é o segundo no número de jogos — 14 — sem ser vazado; defendeu ainda um pênalti.

Andrey (MC) – Lá e cá. Vice-líder com 90 desarmes, ficando atrás apenas de Yuri, o prata da casa é peça essencial ao sistema tático vascaíno, pois ajuda ainda na fase ofensiva. Mesmo sem dar assistências diretas ou criar grandes chances, o meio-campista aparece para balançar as redes, marcando sete gols em 43 finalizações e sendo o vice-artilheiro da equipe na Segundona.

Nenê (MEI) – Experiente. Jogador mais velho do elenco do Vasco, o camisa 10 é quem faz a bola rodar do meio em diante, o principal responsável por fazer a criação. Com sete assistências, lidera a Série B no quesito junto ao lateral-esquerdo Jamerson, do Guarani, tal como é o vice-líder nos passes decisivos, dando 71; além disso, é quem cobra os escanteios, ajudando na bola parada.

Créditos da foto principal: Daniel Ramalho/Vasco

Em destaque

Mega-Sena: análise Novorizontino 6 x 0 Náutico

Por: Mateus Schuler

Presente de grego. Com atuação muito desastrosa, o Náutico tem o rebaixamento praticamente certo na Série B do Campeonato Brasileiro. O Timbu visitou o Novorizontino nesta sexta-feira (14) no Jorjão, em duelo da 35ª rodada, e foi atropelado por 6 x 0, vendo a queda mais perto; dois gols de Douglas Baggio, e um de Ronald, Diego Torres, Rômulo e Hélio Borges, cada.

Para a partida diante do Tigre, Dado Cavalcanti fez quatro modificações em relação à derrota frente ao Criciúma. Suspensos, João Paulo e Souza tiveram o retorno à titularidade nos lugares de Anilson e Jobson, já Júlio voltou aos 11 na vaga de Amarildo. A maior novidade foi no gol, pois Jean perdeu espaço e teve o prata da casa Bruno Lopes, estreando como profissional, acionado no gol.

Escalação inicial dos alvirrubros frente aos aurinegros (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

O fator decisivo fez o confronto começar muito truncado e equilibrado, com o Náutico apostando em uma postura mais cautelosa por estar fora de casa. O contra-ataque foi a principal arma e, tendo o controle da bola, se atirou mais ao setor ofensivo, trocando passes buscando chegar ao campo defensivo do Novorizontino.

Formando um 4-1-4-1 apoiado pelos laterais, o Timbu até conseguiu valorizar a posse quando a teve, tentando encontrar espaços na defesa adversária. A melhor chance, porém, veio de maneira despretensiosa, já que Franco fez um cruzamento na direita e o vento levou a bola ao travessão, contudo saiu pela linha de fundo.

Postura dos alvirrubros durante a fase ofensiva (Imagem: SporTV/Premiere)

Com o susto, os alvirrubros até cresceram dentro das quatro linhas e foram à procura da estabilidade no ataque, já o Tigre optou pelo contra-golpe como alternativa à falta de criatividade. Num desses, saiu em vantagem no placar. Diego Torres abriu na direita para Ronald, que avançou e cruzou rasteiro para Douglas Baggio emendar de primeira.

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Sem poder criativo após ficar atrás, o Timba buscou se fechar ao máximo no 4-5-1 tendo o intuito de impedir um prejuízo ainda maior. De nada adiantou. Everton demorou para a transição depois de Victor Ferraz deixar de cabeça e Gustavo Bochecha fez a tabela com Danielzinho e chutou, parando na trave; Douglas Baggio chegou para completar. Depois, Jean Carlos ainda tentou ao arrematar forte de fora da área, porém Lucas espalmou.

Compactação dos pernambucanos sem a bola (Imagem: SporTV/Premiere)

Para o segundo tempo, Dado Cavalcanti optou por promover duas mexidas, ambas do meio para frente com o propósito de corrigir os problemas. Djavan e Franco foram sacados dos 11, tendo Kieza e Júnior Tavares nas respectivas vagas. Nem assim deu jeito, pois Diego Torres e Gustavo Bochecha chutaram da intermediária assustando.

Mesmo se fechando num 5-3-2 de blocos baixos, para segurar infiltrações e tentar puxar contra-ataques, o Náutico voltou a sofrer com o próprio veneno. Ronald recebeu bom passe pela direita numa falha de João Lucas, disparou em velocidade driblando Arthur Henrique e bateu firme para o gol. Com três gols na sacola, coube ao Timbu tentar a redução de danos.

Alvirrubros formaram linha de 5 no campo defensivo (Imagem: SporTV/Premiere)

O que já estava complicado, foi se agravando com o passar do tempo. Felipe Albuquerque inverteu para Diego Torres, que dominou livre, avançou e deu o chute à meia-altura. Assim, Dado colocou Pedro Vitor e Ralph nos lugares de João Lucas e Souza, visando recuperar o poder de marcação tanto pelo lado, como no meio.

Nada pareceu dar certo para os pernambucanos. Em ritmo de treino, o Tigre fez mais um: Rômulo tabelou com Danielzinho e mandou para o gol sem ter dificuldades. Não demorou e Hélio Borges recebeu de Douglas Baggio depois de contra-ataque veloz e completou. O Timba ainda formou um 4-3-3 com a bola, porém sem sucesso e a goleada vexatória foi confirmada ao apito final.

Nova formatação no ataque não surtiu efeito (Imagem: SporTV/Premiere)

Créditos da foto principal: Gustavo Ribeiro/Novorizontino

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Maior planejamento: o que esperar taticamente de Ranielle Ribeiro no Santa Cruz

Por: Mateus Schuler

Presente de Natal antecipado. O Santa Cruz confirmou Ranielle Ribeiro como técnico para 2023 buscando evitar correria na montagem do elenco. Nascido na capital potiguar, o novo comandante coral chega com a responsabilidade de conquistar o acesso à Série C.

Nesta análise, o Pernambutático destrincha taticamente as principais características do treinador, com conceitos, modelos de jogo, pontos fortes e fracos, números históricos, e tudo que se pode esperar da passagem de Ranielle pelo Arruda.

SEQUÊNCIA NO NORDESTE

Apesar de uma curta carreira, já que ocupa a função de técnico desde 2018, Ranielle busca usar suas passagens por ABC e Campinense como principais trunfos à frente do Santa Cruz. Em ambos, foi campeão estadual, título que o Mais Querido não conquista desde 2016, tentando dar fim ao incômodo jejum e visando deixar a Série D.

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Em meio a um elenco que vem passando por reformulação após eliminação na Série D, a tendência é que o modelo de jogo usado nos seus últimos times do futebol nordestino seja mantido. Assim, a expectativa gira em torno de um 4-3-3 como tática-base, que é reutilizado também nos momentos sob posse e no ataque.

Mais Querido de Ranielle postado na sua base inicial (Imagem: Esporte Interativo)

Tal postura foi vista com mais frequência no ABC, onde comandou entre 2018 e 2019. Nos alvinegros, teve um dos volantes mais fixos durante as transições e os laterais tiveram liberdade para atacar, já outros dois meio-campistas se aproximaram mais do trio ofensivo; este, inclusive, tem os atletas da beirada próximos ao centroavante, dando menos amplitude que os alas.

Uma das alternãncias dos paraibanos com a bola (Imagem: N Sports)

Pelo Campinense, a variação era mais simples, pois teve também o 4-3-3, no entanto alternado frequentemente ao 4-2-3-1. Dessa maneira, os extremos e o armador se movimentaram bastante, ora indo junto aos cabeças de área, ora ao centroavante. A construção ofensiva, caso mantenha sua proposta do Lagarto, é numa saída de 3, que pode ser ainda 4+1, dependendo do encaixe dos laterais.

Saída de bola da equipe sergipana (Imagem: Lagarto TV)

CARACTERÍSTICAS DEFENSIVAS

As semelhanças com as características de Marcelo Martelotte e Leston Júnior são mais evidentes em fase defensiva. Sem a bola, as equipes de Ranielle se postam geralmente num 4-5-1, que aconteceu quando esteve no comando do Lagarto em 2020. Nesses casos, os pontas recuam, atuando ao lado dos volantes e do meia, formando a linha de cinco para povoar o meio-campo.

Meio mais cheio dos lagartenses (Imagem: Lagarto TV)

Caso opte pela formação de duas linhas de 4, a tendência é que mantenha a proposta utilizada na Raposa, seu último trabalho. Assim, forma um 4-4-2 que pode variar entre blocos médios e médio/baixos, mas visando o mesmo objetivo: contra-atacar em velocidade, tendo uma postura mais reativa em campo.

Compactação dos raposeiros em duas linhas de 4 (Imagem: TV Retrô)

A alternativa para variar é performar num 4-1-4-1, conforme foi visto à frente do ABC. Desse modo, as linhas ficam mais adiantadas e os meio-campistas que caem por dentro podem pressionar a saída junto ao centroavante ou se precaverem, se postando ao lado dos extremos; o primeiro volante sustenta o setor, flutuando entrelinhas.

Desenho dos abecedistas em fase defensiva (Imagem: Esporte Interativo)

CURRÍCULO

Nascido em Natal, Ranielle Ribeiro surgiu para o mundo da bola no futsal como atleta, atuando por ABC e América-RN, além de ser professor nas escolas da capital potiguar. No futebol, inicialmente foi preparador físico, defendendo o Botafogo-PB no primeiro trabalho profissional, em 2005, sendo convidado por Ferdinando Teixeira.

Tendo Ferdinando como mentor, seguiu ainda por CSA e Ceará antes de ir ao Guamaré, onde garantiu acesso à elite do Rio Grande do Norte na comissão técnica. Em 2016, teve a oportunidade de comandar o Mais Querido de Natal, interinamente, com a saída de Narciso por um jogo, bem como em 2017, mas passou a ser efetivo apenas na temporada seguinte apesar de ser rebaixado à Série C.

Pelos alvinegros, conquistou o Estadual logo no primeiro ano como técnico e a Copa Cidade de Natal de 2019, equivalente ao primeiro turno. Sem voltar à Segundona, foi demitido ainda durante a Terceirona, totalizando 75 partidas no comando da equipe, sendo 38 vitórias, 14 empates e 23 derrotas. Já no Lagarto, foram nove jogos, já que sofreu eliminação na Copa do Brasil ainda na segunda fase e o clube havia sido rebaixado no Sergipano, ficando sem calendário.

Antes do Campinense, teve no Anápolis seu pior desempenho à frente de um time, pois venceu somente uma vez em sete duelos, empatando e perdendo outros três. Na Raposa, foi bicampeão estadual entre 2021 e 2022, além de 67 confrontos disputados; destes, triunfou por 27 oportunidades, empatou 25 e foi derrotado nas 15 restantes. Ainda que tenha conquistado títulos, não teve atuações empolgantes, o que custaram a demissão durante a Série C.

Créditos da arte principal: MVN Designers sobre foto de Samy Oliveira/Campinense

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Náutico na Série B: como joga taticamente o Novorizontino

Por: Mateus Schuler

À espera do milagre. Sem depender de si para se manter na Série B do Campeonato Brasileiro em 2023, o Náutico duela com o Novorizontino apenas visando a vitória. Confronto do Timbu contra o Tigre será disputado nesta sexta-feira (14), às 21h30, no Jorjão pela 35ª rodada da Segundona.

Separamos tudo sobre o adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais dos aurinegros.

O TIME

Os paulistas chegam com o que possuem de melhor para enfrentar o Timba. O técnico Mazola Júnior terá a ausência do lateral-direito Willean Lepo, já que recebeu o terceiro amarelo diante do Vasco, enquanto Giovanni, Bruno Silva e Lucas Tocantins seguem de fora por estarem vetados pelo departamento médico; o meia Diego Torres, no entanto, volta de suspensão como titular no 4-2-3-1 e Reverson deve ganhar a vaga de Paulinho, que sentiu lesão.

Provável escalação do Tigrão frente aos pernambucanos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Pouca ferocidade. Com 32 gols e o sexto pior ataque, o Novorizontino busca mais consistência para tentar evitar o rebaixamento. Nos cinco jogos em que esteve sob o comando de Mazola Júnior, balançou as redes por três vezes, tal como acertou apenas 146 de 471 finalizações, que representa exatamente 31% do total.

Um dos volantes ajuda constantemente na criação (Imagem: Premiere)

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Apesar da pontaria não estar calibrada, o time paulista busca ter a transição no jogo apoiado, tentando valorizar ao máximo os momentos sob posse com o 4-3-3 sendo utilizado na maior parte das vezes. A alternativa, deixando seu meio-campo mais povoado, é formar um 4-2-3-1, recuando os pontas junto a um meia armador e isolando o centroavante.

Manutenção da tática-base dos aurinegros (Imagem: Brasileirão Play)

“Apesar de estar precisando vencer os últimos jogos, Mazola tem optado por uma postura mais cautelosa no ataque e isso não vem dando tão certo. O time tem característica ofensiva e até busca atacar, mas vem jogando por um gol e sem arriscar muito”

Kleberson Benevenuto, repórter na Rádio Amizade

COMO DEFENDE

Se ofensivamente os números não são positivos, defensivamente são ainda piores. São 42 gols sofridos até o momento, que fazem o Tigre ter a segunda pior defesa da Série B, dividindo a marca com o Operário e à frente somente do Náutico. Além disso, tem 159 chutes certos de 399 contra sua meta, tendo os 39,85% como maior índice.

Fragilidades expostas mesmo formando duas linhas de 4 (Imagem: Brasileirão Play)

Mesmo com problemas de compactação, a postura mais comum ao ficarem sem a bola é um 4-4-2 de linhas baixas, que tenta criar situações de contra-ataque. Outra opção, caso queiram fechar o máximo de espaços para evitar infiltração adversária, é se postar no 4-5-1 de blocos médios, neutralizando a entrelinha.

Equipe paulista consegue deixar meio mais povoado (Imagem: Premiere)

“Na defesa, Mazola opta por priorizar o máximo de experiência possível e jogar bastante cauteloso. Em alguns jogos, chega a usar três volantes com poder de marcação, tentando fechar o cadeado para evitar que os adversários encontrem espaços e troquem passes”

Kleberson Benevenuto, repórter na Rádio Amizade

PARA FICAR DE OLHO

Gustavo Bochecha (VOL) – Combatente. Em meio aos inúmeros problemas na defesa, o volante do Novorizontino tenta minimizá-los, sendo um dos raros destaques da equipe no setor. Em 27 jogos disputados até o momento, foram 46 desarmes, liderando o time no quesito, bem como deu 27 interceptações e 18 cortes.

Douglas Baggio (PD) – Criador. Apesar de cair pela beirada, é o responsável por armar as jogadas ofensivas do Tigre, tendo também a velocidade como arma. Foram cinco grandes chances criadas, além de 34 passes decisivos e três assistências diretas. Além disso, marcou ainda seis gols, que o fazem ser o vice-artilheiro dos aurinegros, sendo o maior finalizador com 58 chutes.

Ronaldo (ATA) – Artilheiro. Atuando na referência e mostrando mobilidade, o centroavante é o homem-gol do Tigrão nesta Segundona. Segundo jogador que mais chutou, com 48 finalizações, balançou as redes por oito vezes até o momento, sendo o goleador da equipe no certame. A movimentação dentro da pequena área pode, ainda, abrir espaço aos companheiros para criarem jogadas pelas beiradas.

Créditos da foto principal: Ozzair Jr/Novorizontino

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Embolando: análise Sport 3 x 1 Cruzeiro

Por: Mateus Schuler

Na briga. O Sport manteve as chances de entrar no G-4 da Série B do Campeonato Brasileiro mais do que vivas. O Leão recebeu o Cruzeiro na Ilha do Retiro, neste domingo (9), e venceu pela 34ª rodada por 3 x 1 com gols de Chico, Vagner Love e Labandeira; Bruno Rodrigues descontou para a Raposa.

Para a partida diante dos Celestes, Claudinei Oliveira decidiu abriu mão dos dois centroavantes, já que Gustavo Coutinho estava suspenso e Denner foi o escolhido em seu lugar no 4-2-3-1. O zagueiro Sabino também ficou ausente por suspensão, sendo substituído por Chico; Lucas Hernández ocupou a vaga de Sander na lateral esquerda.

Escalação inicial dos rubro-negros contra os mineiros (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Acelerado. O jogo começou em ritmo intenso e favorável ao Sport, que pegou embalo na força da torcida para pressionar o Cruzeiro desde o apito inicial e não sossegou. Logo a cinco minutos de bola rolando, a primeira boa chance: após cruzamento na pequena área, Vagner Love furou, mas Juba dominou e obrigou Rafael Cabral a intervir.

Alternando 3-4-3 e 4-2-3-1 quando tinha a posse, pois variou de acordo com o posicionamento de Ronaldo, o time pernambucano voltou a levar perigo ao adversário. Labandeira foi lançado em profundidade e parou num milagre do goleiro cruzeirense. De tanta pressão, acabou recompensado: em cobrança ensaiada de escanteio, Eduardo cruzou na pequena área e Chico apareceu como uma bala para cabecear firme.

Imposição leonina ao longo da etapa inicial (Imagem: SporTV/Premiere)

Com a vantagem, os rubro-negros passaram a valorizar muito o resultado e se mantiveram ofensivos para tentar ampliar o quanto antes. Aproveitando a postura mais cautelosa dos mineiros, que ficaram acuados e buscando ter o contra-ataque como arma. Apesar do volume de jogo, faltou poder criativo e o placar foi caminhando para uma vantagem mínima no intervalo.

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Neutralizando as poucas investidas dos celestes num 4-5-1 de blocos médios e seguro em fase defensiva, a equipe da Praça da Bandeira balançou a rede no fim do primeiro tempo. Lucas Hernández pegou sobra de um cruzamento na entrada da área e rolou para Vagner Love, que fez o domínio na meia-lua, girou para a esquerda e bateu no canto oposto do camisa 1.

Compactação com linhas bastante próximas (Imagem: SporTV/Premiere)

Na volta para os 45 minutos finais, Claudinei Oliveira mostrou satisfação com a atuação e não realizou nenhuma mudança. O que voltou diferente, porém, foi a postura do Sport, pois ficou mais retraído e chamando o Cruzeiro para o campo de defesa. Em uma das brechas, Lincoln apareceu livre na entrada da área e chutou obrigando Saulo a fazer boa intervenção.

Variando entre 5-3-2 e 4-4-2, conforme a posição de Juba, o Leão cedeu o gol de honra. Após corte de escanteio, a bola sobrou para Bruno Rodrigues, que dominou e soltou o pé da intermediária; Saulo não colocou a mão firme e deu um novo panorama à partida. Logo de imediato, veio a resposta com Labandeira, que avançou pela direita e tentou surpreender em chute cruzado no alto, mas Rafael afastou.

Leoninos formaram linha de 5 sem a posse (Imagem: SporTV/Premiere)

Para recuperar o meio-campo e se manter intenso no ataque, Claudinei teve de fazer as primeiras substituições. Denner e Lucas Hernández saíram, tendo Giovanni e Wanderson nas respectivas vagas, fazendo Juba ser deslocado à lateral esquerda. E o terceiro tento se aproximou quando a bola chegou em Vagner Love, contudo o camisa 99 parou no travessão; arbitragem marcou impedimento de Labandeira na origem do lance.

Mesmo no equilíbrio dentro das quatro linhas, os donos da casa sossegaram a torcida e tiveram tranquilidade do meio para o final do confronto. Intensos num 4-3-3, os leoninos sacramentaram o triunfo quando Juba lançou ainda da defesa, Willian falhou na tentativa do domínio e Labandeira o combateu; o uruguaio disparou veloz e emendou para o fundo do barbante na saída do arqueiro celeste.

Duas trincas do meio para frente mesmo com vantagem confortável (Imagem: SporTV/Premiere)

Créditos da foto principal: Rafael Bandeira/SCR

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Sport na Série B: como joga taticamente o Cruzeiro

Por: Mateus Schuler

Soberania versus malandragem. Ainda sonhando com acesso, o Sport recebe o já campeão Cruzeiro para manter a invencibilidade dentro da Ilha do Retiro na Série B do Campeonato Brasileiro e próximo ao G-4. Partida do Leão contra a Raposa será neste domingo (9), às 16h, pela 34ª rodada e tem promessa de casa cheia.

Separamos tudo sobre o adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais dos Celestes.

O TIME

Para o duelo com os leoninos, o técnico Paulo Pezzolano ainda não tem os 11 iniciais definidos antecipadamente. Única certeza é que não terá a presença do volante Machado, suspenso por expulsão, e tendo Pedro Castro como seu substituto, enquanto o zagueiro Eduardo Brock retorna à equipe substituindo Jajá. Luvannor, Bidu e Zé Ivaldo deverão ser poupados, fazendo Marquinhos Cipriano e Kaike disputarem a ala esquerda no 3-5-2.

Provável formação inicial dos mineiros diante dos pernambucanos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Calibrado. Melhor ataque da Série B com 49 gols, tendo média muito superior a um por jogo, o Cruzeiro vem sendo bastante objetivo quando tem a posse. É o time que mais chuta certo nas metas adversárias, sendo 166 finalizações no alvo, e lidera ainda o número total de chutes, com 506, acertando 32,81% destes.

Início de transição sustentada dos cruzeirenses (Imagem: Brasileirão Play)

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A postura varia conforme o sistema tático inicial, pois a base mais usada foi com três zagueiros, o que faz a saída ser em 3+2 ou 4+2 quando tem linha de 4. Do meio para frente, a Raposa pode formar um 3-4-3, deixando os laterais como alas ou o 4-2-3-1 de constantes apoios pelos lados, porém fazendo os extremos darem amplitude nas jogadas velozes.

Laterais auxiliam na criação de jogadas (Imagem: SporTV/Premiere)

“O Cruzeiro tem a intensidade como principal marca. A equipe ataca com velocidade e movimentação intensa em todos os setores do campo, dando liberdade aos alas para o ataque. O grande número de opções deixou o treinador celeste muito à vontade para alternar jogadores sem interferir na atuação”

Vinícius Silveira, repórter na Rede 98

COMO DEFENDE

Como uma rocha. O título da Segundona e acesso antecipados não vieram por acaso. Dona da melhor defesa, a Raposa consegue mostrar solidez sem a bola, sofrendo apenas 18 gols, quatro a menos que o Grêmio, vice-líder no quesito. Tamanha eficiência se deve ao bom trabalho de Paulo Pezzolano, já que as alternâncias fecham bem os espaços.

Mineiros podem formar linha de 5 para neutralizar infiltrações (Imagem: Brasileirão Play)

Quando usam um sistema tático formado por três zagueiros, o mais comum é a formação de uma linha inicial de 5, que varia entre 5-4-1 e 5-3-2 durante a fase defensiva. A alternativa é performar no 4-5-1, tentando fazer com que o meio-campo fique povoado e, dessa maneira, aumente a compactação, o que deixa os blocos médios.

Compactação celeste com meio-campo povoado (Imagem: SporTV/Premiere)

“O time celeste defende muito bem e, na maioria das partidas, jogou com três zagueiros, tendo um modelo de jogo que gerou segurança ao setor. A intensidade nunca mudou de um jogo para o outro, seja jogando com linha de 4 na defesa ou com a manutenção dos três zagueiros”

Vinícius Silveira, repórter na Rede 98

PARA FICAR DE OLHO

Oliveira (ZAG) – Sustentação. Se a retaguarda cruzeirense tem segurança, o principal responsável é o ex-zagueiro do Atlético-GO. Maior pilar do sistema defensivo, o defensor lidera o time em dois importantes critérios: cortes (89) e interceptações (65); além disso, ajuda na transição ofensiva, dando duas assistências.

Bruno Rodrigues (PE/ATA) – Velocista. Com passagem destacada na Ponte Preta, vem mantendo o bom futebol defendendo a Raposa, principalmente ao trabalhar pelos lados do campo. Rápido, abre espaços, dá assistências e ainda marca gols importantes, servindo os companheiros pelas mesmas três vezes que balançou as redes.

Edu (CA) – Goleador. Ponto-chave da equipe, é finalizador nato, contudo se movimenta constantemente como centroavante e possui velocidade para romper a zaga adversária. Com 59 finalizações na competição, divide junto a Luvannor a marca de maior finalizador do Cruzeiro, mas marcou 11 gols e é o quarto artilheiro da Série B.

Créditos da foto principal: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

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Caçado: análise Criciúma 2 x 1 Náutico

Por: Mateus Schuler

Presa fácil. Mesmo tendo feito jogo equilibrado, o Náutico sofreu nova derrota na Série B do Campeonato Brasileiro e vê a queda próxima. Em confronto disputado no Heriberto Hülse, nesta sexta-feira (7), o Timbu perdeu por 2 x 1 com gol de Everton; Hygor e Lohan marcaram a favor do Criciúma na 34ª rodada.

Para a partida diante do Carvoeiro, Dado Cavalcanti fez quatro modificações em relação à vitória contra o Tombense. Vetados com uma lesão muscular, o zagueiro Wellington e o atacante Júlio tiveram Anilson e Amarildo ocupando suas vagas, enquanto João Paulo e Souza, suspensos, foram substituídos por Arthur Henrique e Jobson no 4-3-1-2.

Formação inicial dos alvirrubros frente aos tricolores (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Apesar de entrar em campo com objetivo oposto ao do Criciúma, ainda que a vitória fosse um ponto comum a ambos, o Náutico começou a partida sem intensidade e mais retraído. Falhando na saída de jogo, devido à ausência de Souza, o Timbu viu o Tigre criar a primeira boa chance: Cristovam ganhou na velocidade pela direita e cruzou para Caio Dantas, que furou ao chutar.

Formando um 4-5-1 de blocos médios, os pernambucanos até conseguiram mostrar boa compactação e, assim, fecharam bem os espaços, mas um erro custou caro. Após tiro de meta mal cobrado, Ítalo Melo levantou na segunda trave e Hygor aproveitou um cochilo defensivo para dar cabeceio por baixo de Jean.

Postura alvirrubra em fase defensiva (Imagem: SporTV/Premiere)

A desvantagem não desanimou os comandados de Dado Cavalcanti, já que seguiram dispostos a buscar o empate. Mesmo trocando passes rápidos do meio em diante, faltou o mais importante: criatividade, que foi anulada pela forte marcação dos catarinenses. Ainda assim, a saída sustentada num jogo apoiado passou a ter maior incisão.

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Alternando os lados da criação, usando os laterais como principal base para ser perigoso, o Timba conseguiu achar o gol da igualdade. João Lucas cruzou com precisão dentro da área e Everton testou firme no canto; Gustavo ainda tentou afastar, mas a bola morreu no fundo do barbante. Em sequência, Jean Carlos passou para Amarildo pela direita, que soltou o pé e, dessa vez, parou no goleiro.

Manutenção da tática-base resultou no empate (Imagem: SporTV/Premiere)

Para o segundo tempo, Dado Cavalcanti optou por não realizar substituições, o que manteve a postura cautelosa sem a bola e incisiva quando necessária ao atacar. Assim, o Carvoeiro voltou a ter maior volume de partida, contudo o poder criativo foi praticamente nulo, facilitando a vida dos pernambucanos e deixando o duelo sem emoções.

Se fechando no 4-4-2 de blocos médios, para segurar infiltrações tricolores, o Náutico até conseguiu controlar o ritmo, entretanto deu espaços para que as jogadas fossem criadas. O desenho se manteve mesmo depois de Franco dar espaço para entrada de Júnior Tavares, que ficou à frente de João Lucas nas quatro linhas.

Formação de duas linhas de 4 sem a posse (Imagem: SporTV/Premiere)

Apesar da alteração, o treinador dos alvirrubros teve uma baixa inesperada. O volante Jobson recebeu cartão vermelho direto por ofender o árbitro após marcação de uma falta, o que fez Everton e Amarildo serem sacados, tendo Ralph e Pedro Vitor acionados. De início, o efeito foi negativo, pois Hélder fez o cruzamento para Hygor, no entanto a arbitragem assinalou o impedimento.

Logo em seguida, não deu jeito. Jean afastou mal uma bola cruzada e Lohan, que recebeu o corte, dominou e completou para o gol. A tentativa de chegar à zona ofensiva foi performar um 4-3-2, porém quem criou bom lance foram os donos da casa: Claudinho cruzou na pequena área e Lohan cabeceou no chão, mas parou em defesaça de Jean, mantendo o resultado até o fim.

Nova formatação no ataque surtiu efeito positivo (Imagem: SporTV/Premiere)

Créditos da foto principal: Celso da Luz/Cricúma E.C.

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Náutico na Série B: como joga taticamente o Criciúma

Por: Mateus Schuler

Morto, vivo. Para seguir de pé e não ficar distraído na luta contra a degola, o Náutico visita o Criciúma pela Série B do Campeonato Brasileiro. Confronto do Timbu contra o Tigre será disputado nesta sexta-feira (6), no Heriberto Hülse, às 19h e é válido pela 34ª rodada da Segundona.

Separamos tudo sobre o adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Carvoeiro.

O TIME

Os catarinenses chegam praticamente com força máxima para enfrentar os alvirrubros. Após ser derrotado pelo Vila Nova fora de casa, o Tricolor tem um único desfalque: o volante Marcos Serrato recebeu o terceiro amarelo e terá de cumprir suspensão automática. Em seu lugar, Léo Costa é esperado para substituí-lo no 4-2-3-1, mesmo sem ter sido testado no decorrer do jogo.

Provável escalação do Tigrão contra os pernambucanos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Eficiente. Com 34 gols marcados e o sexto melhor ataque, o Criciúma é uma das equipes que demonstra pouca força dentro de seus domínios, figurando no meio da tabela como mandante; do total de vezes que balançou as redes nesta Segundona, 19 foram em casa. Apesar de ter finalizado por 460 vezes e ser o terceiro time que mais chutou, o aproveitamento é de 30,43%, segundo pior no quesito, ficando à frente apenas do Sport.

Início da construção ofensiva do Carvoeiro (Imagem: Premiere)

Curtindo o conteúdo? Apoie nosso projeto clicando aqui ou via pix. Chave: pernambutatico@gmail.com

As jogadas ofensivas do time de Tencati são geradas ainda na defesa, com a formação de uma saída em 4+1, tendo o primeiro volante dando suporte aos defensores. Quando têm a bola, os jogadores da equipe catarinense formam um 4-3-3 que tem alternância frequente ao próprio 4-2-3-1 de base, variado conforme o posicionamento da trinca de frente.

Meio-campistas ainda podem ser apoiados por um dos laterais na criação (Imagem: Premiere)

“Desde a saída do Marquinhos Gabriel, a equipe joga de forma mais coletiva, sem dependência na criação. As jogadas fluem principalmente pelo lado esquerdo, com força e explosão. No ataque, tem muita coletividade e lances mais trabalhados por parte das peças”

Mateus Mastella, repórter no Tabelando

COMO DEFENDE

Se ofensivamente os números são positivos, defensivamente vão na mesma toada. Foram 27 gols sofridos até o momento, que fazem o Tigre ter a quinta melhor defesa da Série B, principalmente quando atua em casa, já que teve sua meta vazada por apenas oito vezes: menos de um terço do total; além disso, os adversários acertaram 131 de 401 finalizações, representando 32,67%.

Compactação dos catarinenses formando duas linhas de 4 (Imagem: Premiere)

A postura mais comum dos tricolores, ao ficarem sem a bola, é formarem um 4-4-2 com flertes ao 4-1-4-1, que busca ter o meio povoado e compactação em seu campo. Outra opção, caso queiram fechar mais espaços para evitar infiltração adversária, é se postar no 5-4-1 de blocos baixos, neutralizando as entrelinhas.

Linha de 5 pode neutralizar mais jogadas (Imagem: Premiere)

“Na defesa, há mais consistência e solidez. Mais grupo do que individual. A tendência era que esse coletivo pudesse cair com a saída de Marquinhos Gabriel, já que a base tática girava em torno dele, mas não foi. O time conseguiu emendar sua melhor sequência”

Mateus Mastella, repórter no Tabelando

PARA FICAR DE OLHO

Rodrigo (ZAG) – Experiente. Aos 35 anos, o zagueiro vem se destacando na Segundona, principalmente nos cortes. Até o momento, foram 115, figurando no top-10 do critério, assim como deu 45 interceptações e 22 desarmes. Com a experiência, tem demonstrado bom posicionamento e força na bola aérea, sendo um dos melhores da posição.

Thiago Alagoano (MEI) – Criador. Responsável pela armação de jogadas do Tigre, o meia se movimenta com muita frequência, mesmo centralizado em maior minutagem. Foram seis grandes chances criadas, além de 36 passes decisivos e uma assistência direta, sendo responsável ainda por fazer a bola parada; marcou também dois gols.

Hygor (PD) – Artilheiro. Com a saída de Marquinhos Gabriel para o Goiás, o ponta direita foi quem assumiu a artilharia da equipe, mesmo dividindo os mesmos seis gols junto ao ex-companheiro de time. E o aproveitamento nas finalizações é até positivo, pois tentou apenas 30 chutes na competição: 20% de acerto.

Créditos da foto principal: Celso da Luz/Criciúma E.C.

Em destaque

Virando o jogo: análise Náutico 3 x 1 Ceará

Por: Mateus Schuler

De virada. Após tomar um susto no início, o Náutico demonstrou poder de reação e derrotou o Ceará, nesta quarta-feira (5), nos Aflitos por 3 x 1. No jogo de ida das oitavas de final, o Timbu levou a melhor diante do Vozão com gols marcados por Pedro Henrique, Cauê e Tagarela, de pênalti; Daniel descontou.

Da partida de estreia na competição, a vitória e classificação sobre o CSE, os alvirrubros foram a campo com duas mudanças, sendo uma forçada. Sem o volante Mateus Cocão, expulso, o técnico Filipe Mattos colocou Pedrinho, já a extrema direita foi ocupada por Neto, substituto de Adriel Lucas no 4-2-3-1 do Timba.

Escalação inicial do time pernambucano (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Mesmo vindo resultado positivo, o Náutico começou o jogo bastante disperso e dando espaços no seu campo. Falho defensivamente e pouco criativo sob a posse, deixou o Ceará dominar o ritmo das ações ofensivas e, assim, sair à frente: depois de jogada ensaiada no escanteio, Daniel fez o cruzamento na pequena área, ninguém afastou na pequena área e a bola morreu no fundo do gol.

Como não mostrou criatividade, o Timbu tentou fechar as brechas num 4-1-4-1 de blocos médios, buscando desarme já mais próximo ao setor ofensivo. E foi dessa maneira que passou a pressionar, sendo recompensado após um erro do Vozão. Em lateral cobrado dentro da área, a defesa cortou errado e a sobra ficou para Pedro Henrique, que dominou e bateu no canto direito.

Compactação defensiva dos alvirrubros (Imagem: TV FPF)

O empate animou os pernambucanos, que conseguiram dominar as ações e foram mais intensos. Formando um 4-3-3 ao atacar, viraram o placar antes do intervalo num lance semelhante ao do primeiro gol. Após troca de passes, Pedro Henrique dessa vez virou garçom e deixou na medida para Cauê, que acertou belo chute tirando de Cristian.

Na volta para o segundo tempo, o técnico Filipe Mattos optou por repetir os 11 iniciais, o que deixou o duelo sem muitas emoções. Assim, logo promoveu as duas primeiras mexidas, colocando Tiago André e Leandro Kauã nos lugares de Ryan e Rodrigo Leal, respectivamente, buscando dar nova movimentação do meio para frente.

Disposição do Náutico em fase ofensiva (Imagem: TV FPF)

Na primeira grande chegada dos 45 minutos finais, o Timbu teve um pênalti em seu favor quando Tagarela recebeu de Cauê e foi atropelado dentro da pequena área. O próprio camisa 7 cobrou com segurança, deslocou Cristian e estufou o barbante, deixando a vantagem ainda mais segura sobre o time alvinegro.

Variando ao 4-2-3-1, o Timba se manteve presente ao ataque e procurou as melhores alternativas para transformar a vitória em goleada. Desse modo, o treinador dos pernambucanos promoveu as últimas mexidas: Índio, Tagarela, Café e Pedro Henrique saíram, tendo Michael, Adriel Lucas, Daflon e Kayon em campo nas respectivas vagas. Marcos Paulo ainda tentou fazer o segundo do Vozão, mas parou numa defesaça de Bruno após troca de passes.

Postura dos donos da casa com a posse (Imagem: TV FPF)

Créditos da foto principal: Tiago Caldas/CNC

Em destaque

Segunda faixa: análise Náutico 4 x 3 Tombense

Por: Mateus Schuler

Tirando a quadra. Sufocado na lanterna da Série B do Campeonato Brasileiro, o Náutico ganhou novo respiro contra a degola ao bater o Tombense em jogo eletrizante por 4 x 3. Nesta terça-feira (4), nos Aflitos, o Timbu venceu pela 33ª rodada com gols de Wellington, Victor Ferraz, Everton e Jean Carlos; Kleiton, Igor Henrique e Jean Lucas descontaram.

Para o confronto alvirrubro, Dado Cavalcanti fez duas mudanças do clássico com o Sport, sendo uma forçada. Vetado por lesão muscular sofrida justo no duelo diante do Leão, o atacante Geuvânio foi substituído pelo prata da casa Júlio, enquanto Djavan ganhou o lugar de Thomaz no meio-campo, fazendo o time ser escalado no 4-3-1-2.

Escalação inicial da equipe da Rosa e Silva (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Com o rebaixamento quase certo, o Náutico começou o jogo perdido dentro de campo, enquanto o Tombense teve maior domínio. Acuado, o Timbu viu o Gavião-Carcará ter a primeira boa chance quando Jean Lucas recebeu bom passe na esquerda, deixou Victor Ferraz para trás e bateu cruzado, mas Jean fez a defesa.

Na sequência, porém, a defesa cochilou em cruzamento de David pela direita e Kleiton subiu para cabecear no fundo do gol. A torcida jogou mais pressão ao passar a vaiar, mas o time, postado no 4-3-3 sob posse, reagiu de modo positivo. Após um escanteio sem sucesso, Everton fez o cruzamento na área e Wellington, como centroavante, testou com precisão.

Disposição ofensiva dos donos da casa (Imagem: SporTV/Premiere)

O empate deu novo ânimo à equipe de Dado Cavalcanti, que começou a ter o ritmo favorável na partida. Dessa maneira, se aproximaram da virada com chute de fora da área pelos pés de Souza, contudo direto para fora. Sólido na defesa, o Timba passou à frente quando Jean Carlos levantou falta lateral e Victor Ferraz, na primeira trave, estufou a rede.

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Postado no 4-4-2 de blocos médios nos momentos de fase defensiva, o time pernambucano segurou os ímpetos dos mineiros e aproveitou a fragilidade. Em contra-ataque veloz pelo meio, Júlio foi servido e soltou o pé, parando no goleiro Felipe. A bola ficou para Everton que, com a barra aberta, só precisou encostar e levar os torcedores ao delírio.

Solidez defensiva ao longo do primeiro tempo (Imagem: SporTV/Premiere)

Na volta para a etapa final, Dado Cavalcanti optou por não realizar nenhuma modificação, porém tomou um susto logo no início. Sentindo lesão, Júlio teve de ser sacado e Pedro Vitor foi acionado em seu lugar, que fez o time mudar de postura. Assim, o ímpeto ofensivo diminuiu em relação ao primeiro tempo, já os visitantes ficaram mais à vontade dentro das quatro linhas.

Se fechando num 4-1-4-1 de blocos médio/altos, tentando pressionar a saída adversária, o Náutico até conseguiu controlar o ritmo, mas a bola parada fez a diferença. Jean Lucas bateu escanteio na primeira trave, a defesa cochilou e Igor Henrique cabeceou em liberdade. Com isso, Souza e Everton saíram e tiveram Jobson e Júlio Vitor nos respectivos espaços, buscando recuperação do fôlego no meio-campo.

Compactação dos pernambucanos sem a posse (Imagem: SporTV/Premiere)

Nem com as novas mudanças pareceu dar certo. Após bola cruzada na área e chamada do VAR, o árbitro marcou pênalti para o Gavião-Carcará quando Kleiton testou e a bola foi na mão de João Paulo. Jean Lucas cobrou seguro e, deslocando Jean, deixou tudo igual no placar, o que gerou clima apreensivo nos Aflitos.

Além de Wellington, também machucado, o comandante do Timba sacou o meio-campista Franco, colocando Arthur Henrique e Júnior Tavares, fazendo assim a equipe ir ao 4-2-3-1 quando teve a bola. Numa cobrança de falta de longe, Jean Carlos parou em defesaça de Felipe, o que recuperou o ânimo ao público presente. Na sequência, o camisa 10 do Timbu pegou a sobra depois de cruzamento cortado pela defesa, dominou e acertou o canto direito, que deu números finais ao confronto.

Nova formatação no ataque surtiu efeito positivo (Imagem: SporTV/Premiere)

Créditos da foto principal: Tiago Caldas/CNC

Em destaque

Quase lá: análise Brusque 0 x 1 Sport

Por: Mateus Schuler

O acesso não está perdido. O Sport teve uma chance de ouro para ficar colado no G-4 da Série B do Campeonato Brasileiro e a aproveitou. O Leão visitou o Brusque no Augusto Bauer, nesta terça-feira (4), e conseguiu a vitória suada pelo placar mínimo com gol de Wanderson, em jogo válido pela 33ª rodada.

Para a partida contra o Marreco, Claudinei Oliveira optou por ser audacioso e não realizou nenhuma mudança nas peças que iniciaram o clássico contra o Náutico. Assim, decidiu manter a ofensividade mesmo jogando fora de casa, fazendo a equipe ser escalada no 4-2-4, tendo Labandeira e Juba ao lado de Vagner Love e Gustavo Coutinho.

Formação inicial dos leoninos frente aos catarinenses (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

O caráter decisivo aos dois lados fez a partida começar equilibrada, porém o Sport apostou mais nos contra-ataques, buscando explorar a velocidade nos lados do campo. O Brusque, apoiado pela torcida, tentou ter maior presença ao ataque, mas não demonstrou eficiência e foi deixando o jogo sem muitas emoções.

Formando um 4-4-2 sem a bola, foi justo num contra-golpe que o Leão teve sua primeira boa chance para abrir o placar. Após disparar pela direita com velocidade e boa troca de passes, Fabinho deu o toque no meio da pequena área para Vagner Love, que girou sobre a marcação e finalizou em cima de Belliato.

Compactação leonina durante etapa inicial (Imagem: SporTV/Premiere)

Por estarem mais cautelosos, apesar da proposta ofensiva, os rubro-negros viram o Quadricolor crescer e se aproximarem do gol. Paulo Baya recebeu de Fernandinho pela esquerda e tentou surpreender, contudo Saulo saiu bem da barra e impediu. Logo na sequência, numa falta levantada, Trindade desviou na primeira trave e Diego Jardel, impedido, completou; a arbitragem já havia impugnado.

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Quando teve a posse, o time da Praça da Bandeira se postou num 2-4-4, que deixou apenas a dupla de zaga mais recuada, enquanto os laterais ficaram ao lado dos volantes. Mesmo intenso, foi pouco criativo e não conseguiu ser perigoso, tendo a situação piorada quando Sander recebeu cartão vermelho após desentendimento com Fernandinho.

Distribuição das peças em transição ofensiva (Imagem: SporTV/Premiere)

Na volta para o segundo tempo, Claudinei Oliveira decidiu não mexer em sua equipe, mantendo assim a postura, mas deslocando Juba à lateral esquerda. Ainda que o equilíbrio seguisse como tônica do duelo, o Sport tentou chegar à zona ofensiva explorando as fragilidades dos catarinenses, porém sem ser intenso.

Tendo maior volume e mais posse, o Leão foi quem levou perigo primeiro na etapa final. Formando um 2-3-4 com apenas a dupla de zaga atrás do meio e buscando alternativas de como atacar, teve a oportunidade de tirar o zero do placar quando Eduardo levantou pelo lado direito e Gustavo Coutinho fez o cabeceio rente à trave.

Manutenção da imposição do meio para frente (Imagem: SporTV/Premiere)

Para renovar o fôlego ofensivo e preservar o meio-campo, o comandante da equipe rubro-negra promoveu as duas primeiras substituições: Vagner Love e Ronaldo foram sacados, acionando Wanderson e William Oliveira. Mesmo assim, o susto em direção à meta do Quadricolor veio na bola parada, já que Juba bateu falta de longe e Belliato se esticou todo afastando.

Marcando com blocos médio/altos num 4-4-1, os leoninos passaram a ter o domínio do confronto e voltaram a levar perigo. Juba tocou para Wanderson, que tentou passar e marcação interveio; Gustavo Coutinho pegou a sobra e encheu o pé de primeira, também parando no goleiro adversário. A pressão, no entanto, surtiu efeito no final: Saulo lançou da defesa, Búfalo — entrou na vaga de Coutinho — ganhou do zagueiro e serviu Wanderson, que já chegou batendo; a bola entrou devagar e morreu no fundo do barbante.

Marcação adiantada dos pernambucanos (Imagem: SporTV/Premiere)

Créditos da foto principal: Rafael Bandeira/SCR

Em destaque

Náutico na Série B: como joga taticamente o Tombense

Por: Mateus Schuler

Tombar ou não tombar, eis a questão. Sem margem de erro, o Náutico recebe o Tombense precisando desesperadamente voltar a vencer e manter chances matemáticas de permanência na Série B do Campeonato Brasileiro. Partida do Timbu com o Gavião-Carcará será nesta terça-feira (4), nos Aflitos, às 21h30.

Separamos tudo sobre o adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Valente de Tombos.

O TIME

Os mineiros chegam para enfrentar o Timba com apenas uma mudança da vitória sobre o Novorizontino, conquistada na última rodada, dentro de casa. O time de Bruno Pivetti terá o desfalque do zagueiro Joseph, que sofreu uma fratura na testa após levar chute de um adversário, tendo Marcondes como o substituto no 4-2-3-1; David e Diego Ferreira disputam pela lateral direita.

Provável escalação dos alvirrubros frente aos pernambucanos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Sem muita força. Com 30 gols marcados e o sexto pior ataque, o Tombense é um dos times que mostra mais força dentro de seus domínios, já que longe é pouco produtivo. Do total de vezes que balançou as redes nesta Segundona, nove foram como visitante, sendo o quarto menos produtivo e marcando em sete de 16 jogos.

Meio-campistas e pontas fazem bola chegar ao centroavante (Imagem: SporTV/Premiere)

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Para dar mais fluidez às jogadas, que tanto podem vir por dentro, como pelos lados, Bruno Pivetti pode formar o 4-3-3, deixando os dois volantes e o meia armador mais próximos. A alternativa é manter seu próprio 4-2-3-1 de base e ter a sustentação vinda dos laterais, povoando mais o campo adversário e ir com maior volume.

Laterais aparecem no ataque e ajudam na criação (Imagem: SporTV/Premiere)

“Pivetti não joga com volantes fixos, tanto que os denomina de meio-campistas, já que todos aparecem como opção para a criação e finalização. Dessa maneira, as jogadas criadas são variadas, podendo ter a exploração da chegada dos laterais ou por dentro”

Bruno Ribeiro, repórter do ge.com

COMO DEFENDE

Se ofensivamente os números não são bons, defensivamente vão na mesma toada. Foram 34 gols sofridos até o momento, que faz o Gavião-Carcará ser a quarta pior defesa da competição, principalmente quando é visitante, pois teve sua meta vazada por 25 vezes: 73,5% do total. A principal justificativa é a instabilidade do setor, que teve problemas constantes de lesão, seja no miolo de zaga ou cabeça de área.

Compactação defensiva em duas linhas de 4 (Imagem: SporTV/Premiere)

O mais comum dos mineiros, ao ficarem sem a bola, é formarem duas linhas de 4 num 4-4-2 com flertes ao 4-1-4-1, tentando ficar bastante compactado no seu campo. Outra opção, caso queiram fechar mais espaços para evitar a infiltração adversária, é se postar no 5-4-1 de blocos médios, o que favorece geração de contra-ataques pelos lados.

Cadeado fechado para neutralizar poder de criação (Imagem: SporTV/Premiere)

“Os jogadores da beirada do campo são peças essenciais na recomposição, pois ajudam os laterais a fazerem a marcação pelos lados. Guilherme Rend e Zé Ricardo ficam por dentro, já que são os mais marcadores dos três meio-campistas. Fora de casa, o time faz pressão menor, além do time ter postura diferente”

Bruno Ribeiro, repórter do ge.com

PARA FICAR DE OLHO

David (LD) – Lá e cá. Criado na base do Náutico, o lateral-direito é uma das peças de destaque do time de Tombos, seja em fase ofensiva ou defensiva. Vice-líder da equipe em interceptações, com 44 no total, tem ainda 49 cortes e 29 desarmes; atacando, acumula duas assistências e criou duas grandes chances.

Zé Ricardo (MC) – Combatente. Uma das principais revelações da Série B, o meio-campista do Gavião-Carcará não deixa a desejar na marcação. Foram 66 desarmes e 45 interceptações, liderando o time em ambos os quesitos na competição. Além disso, já marcou dois gols e deu passe para outros dois, o que mostra sua força também no ataque.

Ciel (ATA) – Artilheiro. Aos 40 anos, o atacante pernambucano figura como um dos destaques alvirrubros. Artilheiro dos mineiros nesta Segundona, com nove gols, figura ainda como o atleta que mais finalizou pelo time no torneio, pois tentou por 47 oportunidades. Apesar da idade avançada, demonstra ter ritmo de jogo, se movimentando frequentemente na pequena área e sendo opção de passe.

Créditos da foto principal: Victor Souza/Tombense FC

Em destaque

Sport na Série B: como joga taticamente o Brusque

Por: Mateus Schuler

“Bruscando” metas. Ainda brigando por acesso na Série B do Campeonato Brasileiro, o Sport faz confronto de opostos diante do Brusque. Em duelo no Augusto Bauer, pela 33ª rodada, o Leão tenta permanecer próximo ao G-4 e tem pela frente o Marreco, que está na disputa contra o rebaixamento, às 19h desta terça-feira (4).

Separamos tudo sobre o adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Quadricolor.

O TIME

Para enfrentar os pernambucanos, o técnico Gilson Kleina ainda não tem seu time titular definido antecipadamente. Certo é que não poderá contar com a presença do volante Luiz Antônio, suspenso pelo terceiro amarelo, enquanto o centroavante Crislan volta de suspensão no lugar de Mascote. Indefinição é no meio-campo, pois Trindade foi acionado no decorrer da derrota frente ao Criciúma e Felipe Manoel pode ganhar a vaga de Diego Jardel, dando maior segurança ao setor.

Provável formação inicial dos catarinenses (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Inoperante. Pior ataque da Série B com 19 gols, tendo média inferior a um por jogo, o Brusque tem a maior parte — foram 12 — desses quando joga em seus domínios. Ainda assim, é o terceiro time que mais chuta certo em direção às metas adversárias, sendo 149 finalizações no alvo; é o quinto no número total de aproveitamento, acumulando 35,22%.

Construção do Bruscão ainda no campo de defesa (Imagem: Premiere)

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Quando têm a posse, os catarinenses formam uma saída 4+2, buscando dar sustentação à transição e usar os laterais para apoiar do meio em diante. E é assim que as jogadas se alternam durante a criação, já que tanto podem ser pelos lados, como por dentro; Marreco varia entre 4-3-3 — mais comum — e 4-2-3-1, dando amplitude pelos extremos.

Cabeças de área ajudam na armação (Imagem: Premiere)

“É um time que mudou muito a postura desde a chegada de Kleina, porém sem conseguir corresponder. Atualmente, joga com um meia mais armador (Diego Jardel) e três atacantes, sendo um deles na referência. Nem Mascote, nem Crislan tem marcado gols”

Rodrigo Santos, repórter na TV Brusque

COMO DEFENDE

Nem lá, nem cá. Mesmo ocupando uma das posições do Z-4, o Quadricolor sofreu 31 gols, resultantes em média inferior a um por partida, dividindo sua marca de defesa menos vazada junto ao CSA dentre os integrantes da zona da degola. O desempenho é positivo considerando o aproveitamento contra sua meta, já que os 125 chutes certos dos adversários equivalem a 33,33% do total.

Meio-campo povoado e blocos médio/altos para controlar troca de passes (Imagem: Premiere)

Atuando como mandantes, os catarinenses buscam evitar os adversários de trocarem passes quando estão sob a posse, formando assim um 4-5-1, mas tendo pouca compactação e gerando contra-ataques. Ao ficar sem a bola, o Marreco pode se postar em duas linhas de 4, geralmente num 4-4-2, fazendo a dupla mais adiantada ficar responsável pelo primeiro combate.

Postura da equipe de Gilson Kleina em fase defensiva (Imagem: Premiere)

“Além da primeira linha de 4, Rodolfo Potiguar é quem ajuda a dar sustentação. Por ele variar entre cabeça de área e líbero, o setor até consegue ficar bem povoado, mas a equipe mostra sua fragilidade na compactação, pois deixam espaços pelas costas das laterais e entrelinhas”

Rodrigo Santos, repórter na TV Brusque

PARA FICAR DE OLHO

Wallace (ZAG) – Experiente. Ainda que a defesa do Brusque não demonstre o máximo de segurança, o jogador de 34 anos tem ajudado diretamente para o setor ter certa estabilidade. Forte nos combates pelo chão e na bola aérea, tendo 72% e 66% de desarmes certos nos respectivos quesitos, se destaca ao atacar, já marcou dois gols, sendo arma importante em cruzamentos.

Rodolfo Potiguar (VOL) – Cão de guarda. Acumulando passagens no futebol pernambucano, foi no Marreco que conseguiu consolidar o seu nome a nível nacional. Nesta Segundona, é o quinto com mais desarmes (84), figura entre os dez melhores em interceptações (52) e ainda contribui ofensivamente, já que marcou uma vez e criou quatro grandes chances.

Diego Jardel (MEI) – Goleador. Apesar do papel de armador em campo, vem sendo o responsável por balançar as redes pelos catarinenses. Em 13 duelos disputados, fez três gols, sendo dois de pênalti, além de dar uma assistência. É de seus pés que a maior parte das jogadas são criadas, pois é quem faz a transição do meio para frente.

Créditos da foto principal: Lara Vantzen/Brusque FC

Em destaque

Ainda dá: análise Sport 2 x 1 Náutico

Por: Mateus Schuler

A força da persistência. Mostrando que ainda está vivo na briga pelo acesso, o Sport manteve o retrospecto positivo contra o Náutico em 2022 ao vencer de virada por 2 x 1. Nesta quarta-feira (28), na Ilha do Retiro, o Leão derrotou com gols de Fabinho e Vagner Love pela 31ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro; Geuvânio descontou.

Para o confronto estadual, Claudinei Oliveira promoveu apenas uma mexida da última rodada: Labandeira ganhou a vaga de Giovanni, mantendo assim o 4-4-2. Já Dado Cavalcanti, por outro lado, colocou Wellington substituindo o suspenso Arthur Henrique e Geuvânio retornando ao ataque, após lesão, no lugar de Júlio, repetindo o 4-2-3-1.

Escalações iniciais dos leoninos e dos alvirrubros (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Intenso. Por precisar da vitória a todo custo para seguir na briga pelo acesso, o Sport mostrou mais imposição no ataque, enquanto o Náutico apostou nos contra-ataques. E foi num desses que saiu em vantagem. Após boa troca de passes, Everton recebeu de Jean Carlos no lado direito e serviu Geuvânio, que dominou, driblou Thyere e chutou forte.

Formando um 4-2-4 para manter a intensidade, que resultou em mais posse, o Leão permaneceu pressionando e teve boa chance de empatar. Depois de bola levantada na pequena área, Sander pegou a sobra e mandou próximo à trave direita. Mesmo assim, a pressão surtiu efeito: numa cobrança rápida de lateral, Sander passou para Fabinho, que finalizou forte da intermediária e Wellington desviou; a trajetória tirou de Jean e morreu no fundo do barbante.

Superioridade dos donos da casa quando atacaram (Imagem: TV Globo)

Logo após o gol sofrido, Dado Cavalcanti foi obrigado a realizar sua primeira substituição: Geuvânio, que voltou a sentir a mesma lesão de outrora, teve o companheiro de posição Júlio como substituto. A mudança não deu impacto nos alvirrubros, que continuaram mais retraídos e jogando no erro dos rubro-negros.

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Atuando no 4-5-1 durante a fase defensiva, o Timba fechou bem os espaços e conseguiu neutralizar melhor as investidas dos leoninos. Forte na marcação e preenchendo as lacunas, impediu que novas jogadas fossem criadas, com boa compactação. O time da Praça da Bandeira, por sua vez, pecou no setor de criação e o placar foi igualado para o intervalo.

Solidez defensiva da equipe da Rosa e Silva (Imagem: TV Globo)

Na volta para a etapa final, os dois técnicos optaram por não realizar mexidas, demonstrando satisfação pelas respectivas atuações. Sem apresentar muita criatividade quando teve a posse, o Sport teve a bola parada como solução para virar e quase alcançou: Juba cobrou falta colocada da entrada da área, acertando o travessão.

Apesar de formar um 4-4-2 na fase defensiva, o Leão manteve a intensidade e voltou a assustar quando Labandeira levantou escanteio na segunda trave e Fabinho cabeceou com perigo. Logo depois, tendo Wanderson acionado na vaga de Juba, Vagner Love arriscou de fora da área e parou na trave; a bola voltou nas costas de Jean e morreu dentro da barra.

Compactação dos leoninos durante o segundo tempo (Imagem: TV Globo)

A desvantagem no placar fez Dado Cavalcanti promover duas alterações em sua equipe, buscando igualar novamente. Jobson e Júnior Tavares entraram nas vagas de Franco e Thomaz, porém quem conseguiu criar um bom lance foram os anfitriões: após bola lançada na pequena área, Vagner Love fez um pivô perfeito para Gustavo Coutinho, que bateu rente à trave direita de Jean.

Performando um 4-3-3 durante os momentos de ataque, o Timba até ficou perto do empate quando Jean Carlos rolou para Júnior Tavares, que finalizou com muito perigo. No final, depois de saída errada alvirrubra, Denner tentou de fora da área e a finalização saiu próxima à trave direita, o que manteve a vitória ao apito final.

Timba mostrando volume ofensivo em busca do empate (Imagem: TV Globo)

Créditos da foto principal: Rafael Bandeira/SCR

Em destaque

Disputas antagônicas: o que esperar taticamente de Sport x Náutico

Por: Gabryele Martins e Mateus Schuler

Clássico das definições. Ainda no sonho pelo acesso, o Sport encara um Náutico que busca adiar ao máximo o rebaixamento. Confronto pernambucano entre Leão e Timbu, válido pela 32ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, será disputado na Ilha do Retiro, às 21h45 desta quarta-feira (28).

Nesta análise, o Pernambutático destrincha o que esperar de rubro-negros e alvirrubros, com principais movimentações táticas, números, modelos de jogo de cada treinador, os candidatos a protagonistas, e muito mais.

SPORT: AGORA OU NUNCA

Sem novos desfalques para a partida contra os arquirrivais, seja por lesão ou suspensão, os leoninos deverão ter a manutenção da equipe titular que foi a campo na derrota para o Grêmio. A única modificação que poderá ocorrer é na lateral-direita, já que Eduardo e Ewerthon disputam uma vaga entre os 11 iniciais no 4-4-2 de Claudinei Oliveira.

Time da Praça da Bandeira pode ter uma novidade (Feito no Tactical Pad)

ATAQUE

Evolutivo. Dos 24 gols marcados pelo Sport nesta Segundona, 11 foram desde a chegada de Claudinei Oliveira, o que dá média exata de um por partida. Os rubro-negros, apesar de apresentarem evolução, possuem o pior número da história na competição durante a era dos pontos corridos. Muito da melhora se deve à mudança no sistema tático, já que o time tem iniciado mais num 4-4-2 de base, abdicando do 4-2-3-1 usado outrora.

Manutenção da tática-base com maior poderio ofensivo (Imagem: Premiere)

Quando estão com a bola, os leoninos costumam ter o 4-1-3-2 para chegar ao ataque, variando ainda ao 4-3-3 deixando um dos centroavantes caindo na beirada. A alternativa, se precisar aumentar a ofensividade, é formar um 4-2-4, buscando povoar o último terço do campo e dar velocidade de lado, o que faz os meio-campistas ajudarem na transição e na criação.

Imposição dos leoninos frente ao Bahia (Imagem: SporTV/Premiere)

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O baixo aproveitamento das finalizações é o maior reflexo da produtividade. Nos 31 jogos disputados até o momento, foram 407 chutes — quinto maior na competição — e apenas 112 certos, equivalentes a 27,5% do total. Além disso, o Leão é o quarto time que menos chuta no alvo por jogo, tendo média de 3,6 e possui vantagem somente para Ponte Preta (3,58), CRB e Operário (3,55), e Tombense (3,29).

DEFESA

Antes referência na Série B, hoje a defesa dos rubro-negros não consegue ter a mesma solidez. Ainda assim, figura entre as melhores do campeonato, pois foi vazada por 25 oportunidades no total, sendo 17 apenas no returno. Como mandante, os números contrastam mais, já que o sistema defensivo, ao lado do Cruzeiro, teve apenas quatro gols em sua meta, que o faz ser o melhor no quesito.

A mais comum dentre as alternâncias usadas por Claudinei Oliveira é usar a tática-base, formando blocos médios/altos para tentar recuperar a posse já de imediato. Em outras situações, pode baixar as linhas, mas com o intuito de contra-atacar e apostar na velocidade pelos lados, buscando ter o máximo de compactação possível.

Postura leonina sem a bola com duas linhas de 4 (Imagem: Premiere)

Caso queira impedir a troca de passes do Timbu e fechar melhor os espaços, a equipe da Praça da Bandeira pode performar no 4-5-1. Dessa maneira, um dos centroavantes — geralmente Vagner Love — recua para ajudar os meio-campistas na marcação, deixando os volantes próximos à primeira linha e os armadores junto a Love.

Meio-campo mais preenchido para fechar lacunas (Imagem: SporTV/Premiere)

DESTAQUES

Fabinho (VOL) – Sustentação. Pilar do meio-campo do Sport, o volante usa a experiência como um de seus principais trunfos, mostrando evolução desde a chegada. Apesar da estreia não ter sido positiva, o cabeça de área tem se destacado a cada jogo, fazendo mais de uma função e demonstrando ser capaz de encaixar conforme as variações.

Gustavo Coutinho (ATA) – Finalizador. Contratado após se destacar com a camisa do Botafogo-PB, o centroavante tem formado uma boa dupla junto a Vagner Love e busca se consolidar como titular após lesão sofrida por Kayke. Diante do Bahia, quando fez sua estreia entre os 11 iniciais, assinalou o gol da vitória, assim como no jogo contra o Novorizontino; até o momento, já deu 1,6 finalizações por partida.

NÁUTICO: ADIAR O DRAMA

Ainda que Dado Cavalcanti tenha dado uma nova cara ao Timba, o time não tem correspondido totalmente dentro de campo, tendo o rebaixamento bem próximo. E o objetivo no clássico é prorrogar a queda, buscando permanecer vivo por mais tempo, apesar de ter ao menos uma alteração: zagueiro Arthur Henrique, suspenso, vê Wellington — saindo da transição — e Diego, criado na base, surgirem como substitutos no 4-2-3-1.

Alvirrubros possuem indefinição na zaga (Feito no Tactical Pad)

ATAQUE

Inconstante. Ainda que ocupe a lanterna, o Náutico já balançou as redes por 26 vezes, ficando à frente do arquirrival e dos outros três times que estão no Z-4. Muito desse número ruim se deve às finalizações resultantes em gol, pois a equipe é a sexta que mais chuta certo (140) e a quinta no aproveitamento geral, somando 35,1%.

Manutenção da tática-base dos alvirrubros (Imagem: SporTV/Premiere)

Ao ter a posse, o Timbu costuma ter poucas alternâncias e uma delas é usar a tática-base, contando ainda com o apoio dos laterais na criação. Assim, o time ganha em dinâmica pelo meio, tendo os extremos caindo por dentro e o centroavante fica mais móvel, buscando confundir a marcação adversária e usar jogadas velozes.

Caso queira apostar em maior troca de passes, Dado Cavalcanti pode fazer o time se postar num 4-3-3, mantendo a intensidade ofensiva. Desse modo, no entanto, os meio-campistas ficam mais próximos e o atacante ganha um suporte pelos lados. Os alas ficam mais livres para se movimentarem, tendo a possibilidade também de uma ligação direta vinda dos zagueiros.

Timba formando duas trincas do meio para frente (Imagem: SporTV/Premiere)

DEFESA

Frouxidão. Se o Náutico está na lanterna, o principal problema é sua defesa. A equipe não conseguiu engrenar no setor desde o começo do campeonato e, até o momento, foram 47 gols sofridos, o pior de toda a Segundona; segundo mais negativo é o Operário, com o sistema defensivo vazado em 38 vezes na competição.

Compactação do time da Rosa e Silva (Imagem: SporTV/Premiere)

Além desse número ruim, o Timbu mostra problemas no setor, já que é quem mais cede finalizações certas (160), gerando uma média de 5,16 por partida e 36,3% de 441. Por conta do 4-2-3-1 de base, que varia ao 4-3-3 com bastante frequência, o mais comum é a formação de um 4-5-1 nos momentos de fase defensiva.

Outra alternância é compor duas linhas de 4 num 4-4-2 de blocos médios, o que faz Jean Carlos se juntar ao centroavante e tentar o desarme já do meio para frente. Os extremos ficam alinhados aos demais meio-campistas, com a compactação se aproximando dos laterais e zagueiros, responsáveis pelo último combate.

Variação alvirrubra ao ficar sem a bola (Imagem: SporTV/Premiere)

DESTAQUES

Souza (MC) – Experiência. Contratado durante a Segundona para melhorar a transição do meio para o ataque, voltou ao Náutico após nove anos e vem se destacando desde a volta, tanto na bola parada como nas jogadas criadas. O meio-campista já criou cinco grandes chances, dando 19 passes decisivos e uma assistência.

Jean Carlos (MEI) – Passador. Apesar de viver a pior temporada pelo Timbu, o armador ainda consegue ser um dos principais nomes da equipe na Série B. O camisa 10 criou seis grandes chances e deu dois passes para gol de seus companheiros, além de 61 passes decisivos, o terceiro neste quesito. É ainda o maior finalizador da competição, dando 83 finalizações, resultadas em dois gols.

Créditos da arte principal: MVN Designers

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Tudo azul: análise Maguary 2 x 1 Porto

Por: Mateus Schuler

Essa cor não sai de mim. No ritmo do vira, a Maguary deu sequência ao bom início na Série A-2 do Campeonato Pernambucano após vencer o Porto, de virada, por 2 x 1 no Arturzão. Com gols de Jefferson durante a etapa final, neste domingo (25), o Azulão bateu o Gavião, que saiu em vantagem no jogo da 2ª rodada do Grupo C pelos pés de Ramon Tanque.

Na partida entre campeões da competição, mudanças dos dois lados depois da estreia. Os bonitenses tiveram somente uma mexida: a entrada de Cássio Ortega na vaga de Memo, que iniciou no banco após uma lesão muscular, os caruaruenses foram a campo com duas novidades entre os 11: Wildson teve a chance no lugar de Daniel e Carioca substituiu Júnior Sergipe; ambos num 4-3-3.

Escalação inicial de azulinos e tricolores (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Apesar dos resultados adversos na abertura da Segundona, Maguary e Porto tiveram um início amplamente favorável aos visitantes, que surpreenderam. Logo no primeiro bom momento, o Gavião aproveitou falha na marcação dos bonitenses para sair em vantagem: Charles avançou pela esquerda e cruzou para Ramon Tanque completar.

A desvantagem no começo fez a torcida do time mandante cantar mais alto, mas sem a resposta dentro de campo. Ao longo de todo o primeiro tempo, a única boa chance do Azulão veio na sequência do gol sofrido e falhando na pontaria; o lateral-direito Peixoto recebeu aberto após troca de passes e deu chute na rede pelo lado de fora.

Imposição pouco criativa dos anfitriões no primeiro tempo (Imagem: TV FPF)

Na volta para a etapa final, os técnicos optaram por não promover nenhuma substituição, o que manteve o ritmo abaixo. Precisando do resultado positivo, Nilson promoveu a entrada de Kelvin no lugar de Cássio Ortega, que não teve boa atuação. E a substituição surtiu efeito imediato. Em seu primeiro lance no jogo, o camisa 19 sofreu pênalti, que Jefferson cobrou seguro e empatou.

Não demorou muito e os torcedores bonitenses foram ao delírio novamente. Depois de troca intensa de passes do meio para frente, Mayco Félix, autor dos gols na estreia, virou garçom e serviu o camisa 10. O armador azulino finalizou tirando de Mondragon e deixou sua equipe em vantagem no placar, o que fez os caruaruenses corrigirem os erros.

Marcação em blocos médios do Tricolor do Agreste (Imagem: TV FPF)

Assim, Geninho e Diego Eduardo ganharam os lugares de Geyson e Edvaine, adiantando as linhas de ataque. Gui e Jeferson, por outro lado, entraram nas vagas de João Guilherme e Dani Basso, respectivamente, o que controlou os tricolores. Quando o Porto pareceu esboçar uma reação, Gustavo Henrique cometeu falta dura em Mayco Félix e recebeu vermelho direto.

As vantagens, tanto numérica como no placar, fizeram os donos da casa ter maior tranquilidade quando tiveram a bola, além de evitarem infiltrações em sua defesa. Alternando entre 4-3-3 e 4-5-1 na fase defensiva, a Maguary teve segurança e impediu as investidas adversárias, mantendo os 100% no torneio estadual.

Composição defensiva dos azulinos (Imagem: TV FPF)

Créditos da foto principal: Rafael Vieira/FPF-PE

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Luz fraca: análise Náutico 1 x 3 Sampaio Corrêa

Por: Gabryele Martins

Sem energia. Lanterna isolado, o Náutico vê o rebaixamento na Série B do Campeonato Brasileiro cada vez mais próximo. Nesta sexta-feira (23), o Timbu não mostrou forças nos Aflitos e perdeu para o Sampaio Corrêa por 3×1, pela 31ª rodada, com gol de Júlio; Poveda, Rafael Costa e Nadson viraram.

Sem surpresas. Após derrota para o Vasco, a equipe de Dado Cavalcanti foi a campo um pouco diferente. Na zaga, Arthur Henrique voltou de lesão e teve a vaga como titular, já o lateral-esquerdo João Lucas e o volante Franco foram acionados depois de suspensão. Júlio assumiu a função de centroavante no lugar de Geuvânio, que sentiu a coxa direita no treinamento, deixando Kieza entre os reservas.

Escalação inicial do Timba frente ao tricolor maranhense (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Pressionado por ocupar a lanterna da Série B, o Timbu entrou propondo jogo e marcando forte a Bolívia Querida. Com maior volume ofensivo, o alvirrubro se postou no 4-3-3, tendo uma linha de três no meio-campo, composta por Souza mais centralizado, Franco pela direita e Thomaz na esquerda. O trio de ataque tinha Júlio como centroavante, Everton Brito ocupando o lado direito e Jean Carlos o esquerdo.

O camisa 10 tinha liberdade para sair da ponta e armar o jogo pelo meio e, nestas situações, Thomaz ficou encarregado de preencher o lado esquerdo ofensivo transformando a formação inicial num 4-2-3-1. O Timba conseguiu abrir o placar logo aos cinco minutos, quando Júlio recebeu a bola, acionou João Lucas na lateral e correu para área a tempo de cabecear para o fundo da rede.

Construção ofensiva na manutenção da tática-base (Imagem: SporTV/Premiere)

Após o gol, a equipe recifense foi esfriando gradativamente e as tentativas de chegar ao ataque se tornaram falhas. Desperdiçando algumas chances, o alvirrubro não levou perigo à meta adversária e viu seu oponente melhorar o rendimento. Sem a bola, o Timba apostou num 4-4-2, povoando o meio de campo e tentando evitar a ultrapassagem em velocidade dos tricolores.

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Passados 35 minutos da etapa inicial, porém, Eloir lançou na cabeça de Ygor Catatau, que deixou para Poveda igualar o marcador nos Aflitos. O empate veio no espaço de tempo que o Sampaio Corrêa estava melhor na partida; o Tubarão ainda chegou com perigo duas vezes, desarmando os anfitriões já no fim do primeiro tempo.

Formação de duas linhas de 4 durante a fase defensiva (Imagem: SporTV/Premiere)

Voltando do intervalo e tentando solucionar os problemas de intensidade e precisão, Dado Cavalcanti sacou o pouco acionado Everton e colocou Pedro Vitor, que logo respondeu criando uma boa chance pelo lado direito. A outra substituição foi a de Thomaz, que deu lugar a Luís Felipe, recuperando fôlego no meio.

As alterações fizeram efeito e o Náutico começou a segunda etapa superior à primeira e logo aos 10 minutos o arqueiro adversário teve que trabalhar em chute fraco de Franco. O Sampaio respondeu imediatamente num arremate de longe, de Ygor Catatau, mas sem assustar. A partida esquentou quando o time pernambucano, precisando do resultado, deu espaço e teve início um lá e cá, e muitas chances de gol.

Alteração ao 4-3-3 dos alvirrubros com a posse (Imagem: SporTV/Premiere)

Na metade dos 45 minutos finais, outras duas substituições foram feitas na equipe dos Aflitos. Trocando um atacante por outro, Kieza entrou na vaga de Júlio, enquanto Franco foi sacado para a entrada de Jobson. Sem novidades técnica e tática, o Timba passou a atacar no 4-3-3 e levou perigo com Pedro Vitor e João Lucas.

A entrada de Pimentinha deixou o Tubarão mais criativo e forçou o alvirrubro a se fechar defensivamente no 4-5-1. Sem sucesso. Com o jogo chegando ao fim, Ygor Catatau tentou duas vezes para servir Rafael Costa, que aproveitou e fez a virada. Após o gol, Souza saiu e Luís Phelipe entrou, insuficiente para a reação, dando tempo ainda dos maranhenses fazerem o terceiro. No contra-ataque, Pimentinha arrancou e serviu Nadson, que tirou do goleiro e estufou o barbante.

Compactação defensiva dos pernambucanos na segunda metade (Imagem: SporTV/Premiere)

Créditos da foto principal: Tiago Caldas/CNC

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Náutico na Série B: como joga taticamente o Sampaio Corrêa

Por: Gabryele Martins

Sem esmorecer. Na incansável luta contra o rebaixamento, o Náutico enfrenta o Sampaio Corrêa nesta sexta-feira (23), às 19h, nos Aflitos. Ainda na lanterna da competição, o Timba recebe o atual 12º colocado e tenta garantir os três pontos antes do difícil clássico da próxima semana. Jogo é válido pela 31ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

Separamos tudo sobre o adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais da Bolívia Querida.

O TIME

Os comandados de Leonardo Condé chegam a Recife para encarar o Timbu com apenas uma baixa. O zagueiro Paulo Sérgio deve iniciar a partida como titular, mesmo após ser substituído no duelo diante do Criciúma, enquanto o volante Maurício entra na vaga do lateral-direito Mateusinho, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. O treinador deve manter o 4-3-3 de linhas baixas e variar ao 4-2-3-1.

Provável escalação dos maranhenses frente aos pernambucanos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Quarto melhor ataque da Série B, perdendo apenas para Cruzeiro, Grêmio e Vasco (três dos quatro times do G-4), o Tricolor possui 34 gols marcados na competição. Apesar do alto número de tentos, a equipe maranhense finaliza pouco e peca no setor de criação. Optando pelo 4+1 na saída de bola, tem o primeiro volante apoiando a linha defensiva no início da transição e gosta de explorar os contra-ataques, com poucos toques de bola e muita velocidade.

Início da transição dos Tricolores (Imagem: SporTV/Premiere)

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Em fase ofensiva, o Sampaio, que ainda não venceu fora de casa, costuma se postar no 4-3-3, mantendo a base deixando o centroavante adiantado e dois jogadores caindo pelas beiradas à frente dos meio-campistas. Assim, a equipe consegue ter muita fluidez pelos lados, fazendo a construção usando os lados do campo.

Manutenção da tática-base da Bolívia Querida com amplitude dos pontas (Imagem: SporTV/Premiere)

“Fora de casa, Condé é muito precavido e receoso, explorando muito o contra-ataque. Mas se tratando de um adversário na situação que o Náutico se encontra e como ainda não venceu fora de casa, ele deve soltar mais a equipe e dar liberdade aos jogadores para atacar”

Weslley Maranhão, repórter da Rádio Timbira

COMO DEFENDE

Se por um lado o Sampaio tem 34 gols marcados e o quarto melhor ataque, por outro sofreu os mesmos 34, sendo dono da quarta pior defesa do torneio. Apenas Náutico, Novorizontino e CRB ficam em desvantagem no quesito defensivo. Nos 11 jogos do returno, os tricolores saíram de campo vazados por oito oportunidades, com 11 tentos.

Tricolores se postando sem a bola num 4-5-1 (Imagem: SporTV/Premiere)

Quando perdem a bola, os maranhenses se apresentam no 4-5-1 ou 4-3-3. Na primeira situação, o meio-campo povoado tende a segurar o avanço rival e marcar forte a saída de bola adversária. Quando optam por duas linhas de 3 do meio para frente, as fragilidades aparecem junto à falta de organização e de velocidade. Nas situações de contra-ataque, a recomposição lenta sofre em embates com adversários velozes e os tricolores ficam para trás.

Tentativa de impedir infiltrações dos adversários (Imagem: SporTV/Premiere)

“Desde o início do campeonato, o Sampaio apresenta muitas dificuldades na bola aérea, assim como a lateral esquerda se mostra bastante falha, com muitas jogadas sendo criadas nas costas do lateral. Na zaga, Godói vem muito bem e já é titular absoluto, mas às vezes um companheiro desatento prejudica e a equipe sofre”

Weslley Maranhão, repórter da Rádio Timbira

PARA FICAR DE OLHO

André Luiz (VOL) – Cirúrgico. O atleta de 27 anos chegou da Ponte Preta em abril deste ano e mostrou segurança no setor de transição da Bolívia. Nos 28 jogos defendendo o tricolor do Maranhão, o camisa 5 realizou 56 desarmes certos (média de dois por partida), acertou 842 passes, marcou três gols e já deu duas assistências, sendo um dos principais nomes do meio-campo.

Pimentinha (PD) – Criador. Com muita rodagem pelo futebol nordestino, o experiente jogador de 35 é ambidestro e pode atuar pelas duas pontas. Seu passe apurado costuma render boas chances de gol, assim como o drible e a velocidade. Nos 22 jogos que esteve em campo, já criou 35 oportunidades e fez cinco assistências, além de ter balançado as redes por duas vezes.

Poveda (ATA) – Goleador. Aos 24 anos, o atacante vindo do Brasil-RS para a atual temporada, é maior o destaque do ataque tricolor. Artilheiro da Série B, com 14 gols feitos — total de 20 na temporada — e duas assistências, é ainda o segundo maior finalizador da competição, somando 67 finalizações em 29 partidas.

Créditos da foto principal: Ronald Felipe/Sampaio Corrêa

Em destaque

Roupa nova: análise Grêmio 3 x 0 Sport

Por: Mateus Schuler

Um sonho a mais não faz mal. De novo uniforme, o Sport perdeu chance de seguir colado no G-4 da Série B do Campeonato Brasileiro. Em jogo nesta terça-feira (20) na Arena, abrindo a 31ª rodada, o Leão foi vencido por 3 x 0 para o Grêmio; gols marcados por Biel, Lucas Leiva e Bitello.

Nenhuma surpresa. Embalado pela vitória sobre o Bahia e sem desfalques, o técnico Claudinei Oliveira optou por manter quem já vinha atuando, mas fez apenas uma mudança. Recuperado de lesão e acionado na última rodada, o zagueiro e capitão voltou à titularidade na vaga de Fábio Alemão, enquanto o lateral-direito Ewerthon e o atacante Kayke foram vetados, repetindo assim o 4-4-2.

Escalação da equipe leonina frente aos gaúchos (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

O caráter decisivo fez o confronto começar bastante movimentado dos dois lados, mas com leve vantagem para o Grêmio, que apostou na força da sua torcida. Inicialmente, até que este fator fez a diferença, pois o Sport teve uma postura mais reativa, buscando usar o contra-ataque como arma ofensiva; o objetivo não obteve êxito.

Formando um 4-4-2 variado ao 4-1-3-2 quando não teve a bola, o Leão viu o Imortal chegar primeiro com perigo. Bitello pegou sobra da entrada da área e chutou de primeira na direção do gol; bola bateu em Thyere e Saulo, mas o zagueiro afastou em cima da linha e impediu a abertura do placar em favor dos gremistas.

Compactação defensiva dos pernambucanos (Imagem: Premiere)

Como não mostraram efetividade ao contra-atacar, os rubro-negros foram atrás de uma alternativa para conseguir levar algum perigo em direção ao gol gremista. Apostando no jogo apoiado, trocou passes na transição, o que fez a equipe ser facilmente anulada na criação, já que não teve criatividade com a posse.

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As raras tentativas dos leoninos de povoarem o campo ofensivo foram num 4-1-3-2, que buscou ter os meio-campistas aproximados dos atacantes, no entanto com pouco apoio pelos lados. Nem assim, porém, foi perigoso e não finalizou na barra tricolor; a única tentativa veio em chute de fora da área de Giovanni, que subiu demais.

Dupla ofensiva teve apoio dos meio-campistas (Imagem: Premiere)

Na volta do intervalo, Claudinei Oliveira optou pela manutenção dos titulares e não realizou nenhuma substituição, que manteve a proposta para a etapa final. A baixa produtividade no ataque teve castigo logo de imediato. Depois de troca de passes intensa, Biel recebeu de Diego Souza e finalizou no fundo do gol.

Buscando recuperar maior presença no setor ofensivo e ficar mais agudo, os rubro-negros tiveram as saídas de Sander e Giovanni, entrando Labandeira e Wanderson. Sem sucesso. No minuto seguinte, em falta cobrada na pequena área, a defesa do Sport não afastou, Lucas Leiva dominou e, de imediato, deu um forte chute.

Erros pontuais na primeira linha geraram resultado negativo (Imagem: Premiere)

Se o sistema defensivo estava falho na marcação, uma baixa deixou dúvidas para o restante da partida. Thyere, apresentando cansaço, foi sacado para o companheiro de posição Fábio Alemão, mas sem mexer na estrutura tática. O time, que vinha se fechando num 4-5-1 de blocos médio/altos, assustou na bola parada: Juba bateu falta lateral direto para o gol e Brenno afastou com um soco.

Do meio para o fim, a produção ofensiva voltou a cair, fazendo os mandantes se fazerem mais presentes do meio em diante. Em maior volume, o Imortal foi letal e sacramentou a vitória, neutralizando o 4-2-3-1 leonino: Rodrigo cruzou na pequena área, Guilherme encostou e Bitello chegou completando. Thiago Lopes e Denner ainda ganharam espaços de Vagner Love e Ronaldo, contudo nada mudou até o apito final.

Tentativa de imposição dos pernambucanos com apoio dos laterais (Imagem: Premiere)

Créditos da foto principal: Rafael Bandeira/SCR

Em destaque

Sport na Série B: como joga taticamente o Grêmio

Por: Mateus Schuler

Para não morrer no final. Ainda tentando seguir na disputa pelo acesso na Série B do Campeonato Brasileiro, o Sport enfrenta o Grêmio nesta terça-feira (20), Dia do Gaúcho, às 19h na Arena. Confronto diante do Imortal é válido pela abertura da 31ª rodada e uma vitória mantém o Leão próximo ao Vasco na tabela.

Separamos tudo sobre o adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Tricolor.

O TIME

Para o confronto com os leoninos, o técnico Renato Portaluppi indica mexidas na cabeça de área, sendo uma forçada. O paraguaio Villasanti, convocado à seleção na Data Fifa, desfalcará a equipe, tendo Thiago Santos e Lucas Leiva — sacado por atuações ruins — como potenciais substitutos. A única certeza é o retorno de Bitello, que estava suspenso, mantendo o 4-3-3.

Provável escalação dos gaúchos frente aos pernambucanos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Eficiente. Terceiro melhor ataque da Série B com 34 gols, ao lado do Sampaio Corrêa, o Grêmio tem a maior parte — foram 28 — desses quando joga como mandante. Muito do número positivo se deve ao aproveitamento nos chutes a gol, pois acertou 136 de 379, representando 35,88% do total; é o segundo de mais acertos, ficando atrás apenas do Guarani, que tem 40,22%.

Blocos adiantados do meio para frente (Imagem: SporTV/Premiere)

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Apesar de ter pouco tempo, Renato não mudou tanto o sistema de jogo que o Imortal vinha atuando. Quando está com a bola, a equipe forma um 4-2-3-1, tendo os meio-campistas auxiliando na criação. A alternativa é atuar no 4-3-3, buscando ter amplitude dos laterais, pois ajudam do meio para frente e a construção varia, podendo ser pelas beiradas ou por dentro.

Jogadas ofensivas têm muita sustentação pelos lados (Imagem: Premiere)

“Quando ataca, não tem nada muito destacável no Grêmio, já que o time aposta muito na velocidade do Biel e o apoio pelos laterais. Diogo Barbosa tem mais liberdade, enquanto Edílson fica mais postado por conta da condição física, mas sempre buscando bola aérea para Diego Souza”

Pedro Petrucci, repórter no Zero Hora

COMO DEFENDE

Sustentação. Se o Tricolor ocupa uma das posições no G-4, o principal fator é a consolidação defensiva. Foram 20 gols sofridos até o momento, o que o faz ter a terceira defesa menos vazada do campeonato, em desvantagem para Cruzeiro (16) e Bahia (19), líder e vice-líder, respectivamente. O time é, ainda, o time que menos teve finalizações na direção de sua meta, somando 94 dos 342 totais, equivalentes a 27,5%.

Meio-campo cheio impede que os adversários se infiltrem (Imagem: TV Globo)

Os números positivos são consequência de uma marcação forte. O desenho mais frequente é o 4-5-1, que deixa o meio-campo povoado e, desse modo, impede que o adversário troque passes e se infiltre entrelinhas. Outra opção é formar um 4-4-2 de blocos médio/altos, buscando pressionar a saída, mas acaba deixando espaços na compactação.

Tricolores se postando com duas linhas de 4 sem a bola (Imagem: Premiere)

“O time forma muito duas linhas de 4 quando fica sem a bola e é bem desequilibrado. Tem uma transição defensiva lenta e tem sofrido gols assim, muito pelos problemas de encaixe dos meio-campistas junto aos defensores, como Lucas Leiva, que vem jogando muito mal”

Pedro Petrucci, repórter no Zero Hora

PARA FICAR DE OLHO

Geromel (ZAG) – Capitão. Se a defesa do Grêmio tem bons números, o maior responsável é o defensor, que capitaneia a equipe desde os tempos áureos, inclusive na conquista da Libertadores em 2017. Nesta Segundona, Geromel já lidera a equipe em cortes (122) e interceptações (48), sendo o pilar defensivo tricolor.

Bitelo (MC) – Transição. Apesar de criado no FC Cascavel, foi no Imortal que o meio-campista apareceu para o futebol. Titular ao longo da temporada, é um dos principais nomes no setor, seja em fase defensiva ou ofensiva. Tem o desarme como uma das armas (57 no total), sendo o vice-líder gremista no quesito, e a visão de jogo qualificada, dando 35 passes decisivos, sendo três grandes chances e duas assistências para seus companheiros.

Diego Souza (ATA) – Goleador. Dos 34 gols marcados pelo Grêmio na Série B, 12 foram do camisa 29 e outros quatro vieram na sua condição de garçom, o que representa quase metade. Com faro apurado e reconhecido como ídolo para alguns torcedores do Sport, é a principal referência técnica do Tricolor e tem bom desempenho nas finalizações, chutando 51 vezes e convertendo em bola na rede 23,5%; é o segundo melhor aproveitamento dos cinco principais artilheiros.

Créditos da foto principal: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Em destaque

Pedra na cruz: análise Vasco 4 x 1 Náutico

Por: Mateus Schuler

Pagando pelos pecados. O Náutico perdeu a oportunidade de deixar a lanterna e embolar a disputa contra o rebaixamento ao ser derrotado pelo Vasco. Nesta sexta-feira (16), em São Januário, o Timbu perdeu por 4 x 1 na 30ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro; gols de Raniel, Eguinaldo, Andrey e Figueiredo; Everton descontou.

Poucas mudanças. Recuperado de lesão, Maurício ganhou a vaga de Arthur Henrique — agora lesionado — ao lado de João Paulo, já Júnior Tavares foi o substituto do suspenso João Lucas na lateral esquerda. No meio, Jean Carlos recuperou a titularidade no lugar de Kieza, tendo também Jobson ocupando o espaço de Franco, que cumpriu suspensão.

Formação inicial do Timba contra os alvinegros (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Apesar de brigas distintas, Vasco e Náutico entraram em campo com a meta igual: vencer. Por conta disso, a partida teve um começo muito movimentado e os dois lados pecando na criação, mostrando ansiedade quando tiveram a bola. Ainda assim, o Timbu não se intimidou jogando fora de casa e tendo os torcedores contra, procurando ter o controle do jogo.

Formando um 4-3-3 quando deteve a posse, demonstrou mais criatividade e passou a levar perigo na direção da meta do Cruzmaltino. A primeira chance veio quando Jean Carlos cobrou escanteio rasteiro dentro da pequena área, confundindo a marcação, e Souza bateu à meia-altura, mas a defesa tirou. A pressão persistiu e, na sequência, Jobson recebeu de Souza na intermediária e chutou rasteiro; Thiago Rodrigues não encaixou, afastando para escanteio.

Alvirrubros formando duas trincas do meio para frente (Imagem: SporTV/Premiere)

Apesar de ser mais intenso, o Timba tomou o primeiro susto, já que o Gigante da Colina chegou a balançar as redes e teve o lance impugnado. Em contra-ataque, Eguinaldo serviu Raniel na direita, que saiu de frente para Jean e deu o toque para o gol na saída do goleiro, porém o impedimento foi marcado. O duelo teve menor ritmo, contudo a superioridade passou a ser dos cariocas.

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Alternando entre 4-4-2 e 4-5-1 em fase defensiva, os pernambucanos viram os alvinegros abrirem o placar num pênalti polêmico. Andrey completou bom cruzamento na pequena área e foi marcada mão de Maurício; Raniel cobrou seguro e estufou a rede. Na sequência, Eguinaldo recebeu pela esquerda, fez boa jogada individual e acertou o canto direito.

Marcação em blocos médios sem a bola (Imagem: SporTV/Premiere)

O Náutico voltou a campo sem mudanças, entretanto precisando ajustar seu sistema defensivo. O castigo veio de imediato. Andrey pegou bem a sobra na entrada da área e emendou o chute com desvio em Victor Ferraz, mas a bola morreu no fundo do barbante. Um banho de água gelada no primeiro minuto da etapa final.

Com a desvantagem ficando cada vez maior, Dado Cavalcanti teve de fazer a primeira substituição por lesão. O zagueiro Maurício saiu para a entrada de Anilson, que variou com Victor Ferraz na lateral direita. Ainda assim, o time se mostrou vivo no confronto e conseguiu levar perigo, mesmo fechado num 4-5-1, quando Thomaz arrematou da intermediária, Thiago Rodrigues resvalou e a bola parou no travessão.

Postura defensiva permaneceu inalterada (Imagem: SporTV/Premiere)

Observando a evolução mesmo na inferioridade, Dado colcou a equipe para cima tentando ao menos o tento de honra. Júnior Tavares, Thomaz e Jobson foram sacados e tiveram Pedro Vitor, Júlio e Luís Felipe em suas vagas, nesta ordem. E deu certo. Jean Carlos lançou Everton em profundidade pela direita, que dominou nas costas da defesa e bateu na saída de Thiago Rodrigues.

A ligação direta permaneceu sendo a alternativa para os alvirrubros, já que a marcação vascaína demonstrou solidez, mesmo vacilando no gol. Kieza foi a campo no lugar de Geuvânio, mantendo a saída 4+2, contudo os alvinegros transformaram a vitória em goleada na reta final: Figueiredo deu chutaço de fora da área e fez um golaço.

Timba apostou na ligação direta para atacar (Imagem: SporTV/Premiere)

Créditos da foto principal: Daniel Ramalho/CRVG

Em destaque

Náutico na Série B: como joga taticamente o Vasco

Por: Gabryele Martins

Plano cruzado. O Náutico tem um duelo complicado, ao visitar o Vasco, para se estabilizar na luta contra o rebaixamento na Série B do Campeonato Brasileiro. Confronto do Timbu com o Cruzmaltino será nesta sexta-feira (16), às 19h, em São Januário pela 30ª rodada da Segundona.

Separamos tudo sobre o adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Gigante da Colina.

O TIME

No duelo contra o Timba, Jorginho fará seu segundo jogo como comandante do Vasco. A equipe alvinegra ainda não perdeu em São Januário e tem uma campanha forte como mandante. Sem desfalques para a partida, o técnico deve manter a escalação do jogo diante do Grêmio, com a possibilidade de mexer no ataque, mesmo precisando resolver os problemas defensivos que assombram no returno.

Provável formação inicial dos alvinegros cariocas (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Sexto melhor ataque da Série B, o Vasco tem média de 1,07 gols por partida e já marcou 31 vezes nas 29 rodadas da Segundona. Porém, apesar de marcar consideravelmente, o time finaliza mal e precisa arrumar a mira, pois acertou apenas 110 chutes nesta Segundona e acumula 202 finalizações erradas, que representa 64,74%.

Saída de bola com apoio dos volantes (Imagem: SporTV/Premiere)

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Ainda se ajustando ao estilo de Jorginho, a equipe gosta de ter a bola no pé e, nessas condições, sai no jogo apoiado formando um 4+2, sustentando as saídas com os volantes. Já em fase ofensiva, se baseia no 4-3-3 para poder estruturar as jogadas, tendo três jogadores fazendo a transição e outros três mais adiantados, onde dois caem pelas pontas e um centroavante.

Meio-campistas ajudam trio de ataque na criação de jogadas (Imagem: Premiere)

“O ataque do Vasco passa pelo Andrey, promessa que acabou de renovar e tem muita qualidade, e pela experiência de Nenê. Andrey vem jogando como gente grande e sem sentir o peso da camisa, assim como outros criados na base, como Marlon Gomes e Eguinaldo, que deram oxigenada no time e poderão ser os trunfos do Vasco”

Matheus Guimarães, repórter no portal Lance!

COMO DEFENDE

Atual quarto colocado da Segundona, o Gigante da Colina sofreu 24 gols em 29 rodadas, o que dá média próxima a 0,8 por jogo. A situação do alvinegro, no entanto, mudou drasticamente desde o returno, e a defesa sólida que era maior exemplo de compactação no primeiro turno, agora está entre as mais vazadas da competição; nas últimas 10 partidas, foram 13 tentos.

Defesa vascaína estruturada no 4-1-4-1 (Imagem: Premiere)

A fase defensiva é marcada pela presença de duas linhas de 4 e o sistema é variado conforme o adversário se poste. No 4-1-4-1, o time tem um volante e o centroavante cumprindo suas funções e recebem apoio das linhas de 4, o que faz o atacante marcar alto a saída de bola. Já no mais tradicional 4-4-2, mantendo as linhas, fecham os espaços e impedem infiltração adversária no seu campo de defesa, mesmo tendo duas peças mais adiantadas.

Maior compactação do Cruzmaltino ao ficar sem a posse (Imagem: SporTV/Premiere)

“O ponto fraco do time. Desde que Zé Ricardo pediu demissão, o Vasco perdeu toda a consistência defensiva. Na época, era uma das defesas menos vazadas da Série B; hoje, é uma das mais vazadas no returno. A ansiedade pelo acesso atrapalha, pois maior parte dos planos para o próximo ano são contando com o time na Série A”

Matheus Guimarães, repórter no portal Lance!

PARA FICAR DE OLHO

Yuri (VOL) – Toca e desarma. Vindo do CSA no início do ano, o jogador de 28 anos é o maior ladrão de bolas da competição, pois fez 73 desarmes nos 26 jogos que atuou. Além disso, toca a bola com qualidade muitas vezes, o que resulta em 638 passes certos, correspondendo a 89,23% do total; volante tem ainda uma assistência.

Nenê (MEI) – Criador. O experiente jogador de 41 anos é peça-chave no setor de criação vascaíno. Em 24 jogos na Segundona, tem sete assistências e 46 grandes chances criadas. Na atual temporada, acumula nove passes diretos para gol e já marcou por 10 vezes, sendo cinco apenas durante a competição nacional.

Raniel (ATA) – Artilheiro. Recifense e velho conhecido dos pernambucanos, o camisa 9 é o goleador do Cruzmaltino no campeonato. Dos 15 gols marcados nesta temporada, oito foram na Série B e, além disso, é também o jogador de mais finalizações; foram 43 finalizações no total ao longo dos 25 partidas que atuou.

Créditos da foto principal: Daniel Ramalho/CRVG

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Nos trilhos: análise Jaguar 0 x 1 Ferroviário do Cabo

Por: Mateus Schuler

Caminho certo. Sem descarrilhar no confronto de estreia da Série A-2 do Campeonato Pernambucano, o Ferroviário do Cabo mostrou mais eficiência e venceu o Jaguar por 1 x 0. Nesta quarta-feira (14), finalizando a 1ª rodada do Grupo D da Segundona, o Trinca-Ferro levou a melhor com gol de Igor Moura.

Sem nunca ter empolgado na história da competição, a equipe de Jaboatão dos Guararapes apostou nas peneiras para formar seu elenco, com o técnico Dedeco Recife, que já passou em outros clubes. Os tricolores, por outro lado, optaram por algo tradicional para formar seu 4-3-3: mesclaram juventude e experiência sob o comando do novato Breno Gadelha.

Escalação inicial de azulinos e tricolores (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

O histórico dos times na Segundona foi o maior diferencial dentro de campo no início do confronto. Mostrando maior volume de jogo, o Ferroviário impôs o ritmo ofensivo diante do Jaguar, mas não era efetivo na criação, pecando no último terço e criando poucas jogadas, sem conseguir assustar quando teve a bola.

Com bastante insistência e boa movimentação do meio para frente, alternou entre o 4-3-3 de base e o 4-2-3-1, tentando encontrar espaços na defesa da equipe jaboatonense. Até balançaram as redes quando Zé Paulo fez a tabela com Rosivaldo, ao receber de Diego Recife, porém o centroavante do Trinca-Ferro estava impedido.

Imposição pouco criativa do tricolor do Cabo (Imagem: TV FPF)

Se trabalhando as jogadas o Ferrim não demonstrou poder criativo, foi a bola parada que surgiu como alternativa, já que os azulinos formaram um 4-5-1 e bloquearam bem as investidas. Em lance ensaiado, Diego Recife levantou na pequena área, a defesa não subiu e Felipe Ramos cabeceou, contudo parou no goleiro Neri.

Na volta para a etapa final, os técnicos optaram por não promover nenhuma substituição, deixando a partida sem muitas emoções. Ainda assim, foram os visitantes que buscaram renovar o fôlego do setor ofensivo para voltar a ter a superioridade em campo: Rosivaldo saiu para a entrada de Elthy, repetindo a proposta de Breno Gadelha.

Compactação defensiva do Arsenal do Litoral (Imagem: TV FPF)

Apresentando cansaço quando impediram as investidas, os donos da casa também realizaram sua primeira modificação: Paulo saiu para a entrada de Raul. Mesmo com as mudanças, o equilíbrio foi tomando conta do duelo e o Jaguar passando a se fazer cada vez mais presente ao ataque, embora não tivesse poder criativo.

E foi atacando em maior intensidade que os jaboatonenses quase saíram à frente. Depois de boa jogada pela direita, Pedro tabelou com Elber e finalizou à meia-altura, parando na trave. Pouco depois, o duro golpe. Guilherme Leal se desvencilhou da marcação e bateu cruzado, porém o arqueiro adversário não encaixou; Igor Moura, que acabara de entrar no lugar de Telo, completou tocando para o fundo do barbante, dando o triunfo ao Trinca-Ferro.

Composição defensiva dos tricolores (Imagem: TV FPF)

Créditos da foto principal: Ascom/FPF

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Enquanto houver sol: análise Sport 1 x 0 Bahia

Por: Mateus Schuler

O pulso ainda pulsa. Em duelo de titãs, o Sport mostrou que ainda está vivo na briga pelo acesso na Série B do Campeonato Brasileiro. Nesta segunda-feira (12), na Ilha do Retiro, o Leão recebeu o Bahia na abertura da 30ª rodada e venceu no clássico nordestino por 1 x 0, com gol marcado por Gustavo Coutinho.

Novidades. Após ser derrotado pela Ponte Preta, o treinador Claudinei Oliveira realizou apenas três alterações, sendo uma forçada. Sander se recuperou de uma entorse no tornozelo, tendo Lucas Hernández, o substituto, desfalque por lesão no joelho. Fábio Alemão fez a dupla de zaga junto a Sabino, já o ataque teve Gustavo Coutinho substituindo Kayke, baixa ao sentir um desconforto na panturrilha, formando um 4-4-2.

Escalação dos rubro-negros em partida diante dos alvinegros (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

A rivalidade regional foi um aperitivo a mais para o confronto. Empurrado por sua torcida, o Sport começou pressionando, mas sem demonstrar eficiência, principalmente na criação. Buscando imposição, tentou povoar o meio para conseguir ser melhor produtivo no último terço do campo, deixando o Bahia retraído.

O primeiro grande momento do Leão, que alternou entre 3-5-2 e 4-2-4 com a bola, teve participação da dupla de ataque. Vagner Love recebeu passe de Gustavo Coutinho já dentro da pequena área, porém dominou e bateu fraco, parando no goleiro Mateus Claus. Depois, o outro grande lance veio quando Love pegou a sobra na intermediária e emendou de trivela muito próximo ao travessão.

Ronaldo ficou como um líbero na transição leonina (Imagem: SporTV/Premiere)

Os rubro-negros, contudo, ficaram na reclamação com a arbitragem. Depois de lançamento em profundidade pela direita, Gustavo Coutinho arrancou e foi empurrado por Gabriel Xavier na área; nada marcado. Logo na sequência, a bola parada virou alternativa: Giovanni cobrou escanteio fechado e Mateus Claus impediu o gol olímpico.

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Apesar de pouco exigidos defensivamente, os pernambucanos formaram um 4-5-1 buscando fechar o máximo de espaços. Num descuido da marcação, o Esquadrão de Aço até balançou as redes, no entanto um impedimento de Raí Nascimento foi assinalado. Raí recebeu passe de Danielzinho e ficou na trave, com Rodallega também sendo servido pelo camisa 10 e completando para o fundo do barbante.

Compactação do time da Praça da Bandeira em fase defensiva (Imagem: SporTV/Premiere)

Na volta da etapa final, Claudinei Oliveira optou inicialmente pela sequência das peças que iniciaram o confronto, mantendo certo volume ofensivo, mas sem ter muito poder criativo. Por não conseguir levar perigo, o comandante agiu rápido e promoveu as duas primeiras substituições antes mesmo de 10 minutos: Giovanni e Sander saíram, tendo Wanderson e Labandeira nas suas vagas.

Ainda que tivesse mostrado intensidade, o Sport não foi criativo e pouco fez jogadas para assustar a meta tricolor, performando num 4-2-4. No momento em que o Bahia passou a ficar mais ofensivo, festa dos donos da casa. Após boa troca de passes no lado direito, Labandeira recebeu de Eduardo e serviu Gustavo Coutinho; o camisa 91 dominou e mandou para o gol.

Maior volume ofensivo nos 45 minutos finais (Imagem: SporTV/Premiere)

Tranquilo depois de ficar em vantagem no placar, o Leão passou a valorizar o resultado parcial e buscou apostar nos erros adversários para poder ampliar. Assim, a partida foi tomando ares dramáticos, pois nenhuma das equipes se atirou ao ataque com qualidade ao ter a posse; ambas não conseguiram ser perigosas.

As substituições fizeram os leoninos formarem duas linhas de 4 num 4-4-2 e, desse modo, controlaram mais os ímpetos dos baianos. As últimas cartadas para segurar as investidas foram as entradas de Denner, Thyere e Búfalo nos lugares de Vagner Love, Juba e Gustavo Coutinho, o que surtiu efeito positivo e a vitória se confirmou ao apito final.

Postura da equipe pernambucana em fase defensiva (Imagem: SporTV/Premiere)

Créditos da foto principal: Rafael Bandeira/SCR

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Sport na Série B: como joga taticamente o Bahia

Por: Mateus Schuler

Clássico é clássico. Apesar de ter distanciado da briga pelo acesso na Série B do Campeonato Brasileiro, o Sport mede forças com o Bahia para manter a rivalidade em dia. Partida nordestina entre Leão e Esquadrão será realizada nesta segunda-feira (12) na Ilha do Retiro, às 20h, válida pela abertura da 30ª rodada.

Separamos tudo sobre o adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Tricolor de Aço.

O TIME

Para o duelo regional contra os pernambucanos, o técnico Enderson Moreira sinaliza duas mudanças, mesmo sem ter novos desfalques. Na lateral direita, André e Marcinho disputam o espaço, já que ambos iniciaram os últimos dois jogos e não empolgaram. Já pela esquerda, Rezende substituiu Luiz Henrique — ainda que o titular voltasse de suspensão — e Copete ganhou o espaço de Danielzinho, mas tiveram a atuação abaixo do aquém e podem ser sacados justo pelos respectivos, repetindo os demais da base inicial ante o Criciúma.

Provável escalação do time da Boa Terra (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Avassalador, mas não muito. Segundo melhor ataque da Série B com 33 gols, ao lado do Sampaio Corrêa, o Bahia não tem correspondido quando joga de visitante. Desses, balançaram as redes por apenas nove vezes, equivalente a 27,3%. O bom desempenho geral é reflexo da constante presença ao ataque, pois é o terceiro time que mais finaliza, seja certo (135) ou no total (413).

Laterais ajudam, mesmo com manutenção da tática-base (Imagem: SporTV/Premiere)

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Muito do poderio tricolor se deve à intensidade dada por Enderson Moreira. O Esquadrão apresenta poucas variações, porém valorizando a distribuição de cada uma das peças. O mais comum é a repetição do próprio 4-3-3 inicial, o que conta ainda com a presença dos laterais no campo adversário. Se quiser ser mais cauteloso, pode formar um 4-2-3-1, deixando os meio-campistas no papel da armação abrindo pelas beiradas.

Jogadas ofensivas fluem mais pelos lados (Imagem: SporTV/Premiere)

“A filosofia de Enderson é bastante semelhante à de Guto, mas Jacaré vem fazendo uma função diferente. O time, porém, tem usado bastante as jogadas pelos lados do campo, priorizando o direito, já que a força era pela esquerda com Matheus Bahia e Marcinho ou André tentam apoiar na construção”

Lucas Cézar, repórter no Canal do LC

COMO DEFENDE

Se o Tricolor de Aço ocupa uma das posições no G-4, o mérito é também dos defensores. Dos 29 jogos até o momento, a equipe sofreu 18 gols, o que a faz ser a terceira defesa menos vazada da competição, ficando atrás apenas de Cruzeiro (16) e Grêmio (17); ambos também estão no grupo de acesso à elite. O time também é o terceiro de menor número das finalizações certas contra sua meta (104), dando média de 3,6 por partida.

Meio-campo povoado evita infiltrações adversárias (Imagem: SporTV/Premiere)

Os números positivos são consequência de uma marcação forte, ainda que fora de casa tenham sido 11 tentos sofridos. A postura mais frequente é um 4-5-1, que busca deixar o meio-campo recheado de atletas para impedir que o adversário consiga trocar passes, possibilitando a formação das duas linhas de 4 com forte compactação.

Tricolores se postando com duas linhas de 4 sem a bola (Imagem: SporTV/Premiere)

“Os jogadores da ponta costumam recompor com muita força e, assim, ajudam na marcação. A ausência de Luiz Otávio fez o time cair muito nesse quesito, mesmo que os espaços sigam sendo fechados para poder impedir a criação adversária”

Lucas Cézar, repórter no Canal do LC

PARA FICAR DE OLHO

Ignácio (ZAG) – Sustentação. Um dos responsáveis pelos números positivos, o zagueiro não lidera a equipe em nenhum quesito defensivo, mas tem bom desempenho. Assim, consegue dar solidez ao setor, já que totaliza 90 cortes, 36 interceptações e 41 desarmes, figurando como um dos melhores no time em cada critério.

Mugni (MC) – Garçom. Velho conhecido da Praça da Bandeira, por atuar em 2020, o meio-campista caiu como uma luva e vem sendo peça importante. Quando Danielzinho não está em campo, é o argentino quem dita o ritmo de ataque, pois é o vice-líder do Esquadrão em passes decisivos (30) e lidera as assistências, servindo os companheiros por quatro vezes; já marcou três gols e deu 14 finalizações.

Davó (ATA) – Goleador. Emprestado pelo Corinthians para disputa da Série B, o atacante tem correspondido às expectativas geradas. É o sexto jogador de mais finalizações (60) na competição nacional, que resultaram em oito gols até o momento; números o fazem o quinto artilheiro da Segundona, dividindo a marca junto a Edu, Raniel e Ciel.

Créditos da foto principal: Felipe Oliveira/EC Bahia

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PatAtiva: análise Central 1 x 0 Belo Jardim

Por: Mateus Schuler

A Patativa está on. Na partida de estreia da Série A-2 do Campeonato Pernambucano, o Central foi mais eficiente e venceu o Belo Jardim no Antônio Inácio por 1 x 0. Vitória dos centralinos diante do Calango teve gol de Leandro Soares e foi disputado neste domingo (11), em Caruaru, pelo Grupo B da Segundona do Estadual.

Os alvinegros foram escalados com alguns jogadores já conhecidos, como o volante Henrique Silva, o meia Tarcísio e o atacante Leandro Soares, atuando no 4-2-3-1. Já os alviverdes, por sua vez, tiveram reforço de atletas que foram da Série A-1 pelo Caruaru City, capitaneados pelo técnico Thyago Marcolino; 4-3-3 foi a tática-base.

Escalação inicial de centralinos e belo-jardinenses (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Repetindo duelo que já aconteceu pela Série A-1, as equipes começaram se estudando bastante, mas quem controlou o ritmo no início foi o Belo Jardim. Mais seguros, os visitantes tiveram maior posse, porém improdutiva, já que o último passe não teve êxito, o que deu certa tranquilidade ao Central em seu campo de defesa.

Para segurar os ímpetos do Calango, a Patativa formou blocos médios e teve boa postura ao longo de todo primeiro tempo, já que poucas chances de gol foram criadas. Ainda assim, o único momento perigoso veio por meio de um chute de fora da área, mas Stuart parou na intervenção tranquila do goleiro Thiago Passos.

Centralinos vieram bem postados sem a bola (Imagem: TV FPF)

Na volta para a etapa final, os dois comandantes buscaram corrigir os erros das respectivas equipes. Betinho foi mais ousado, colocando Leandro Costa no lugar do volante Flávio, recuando Tarcísio. Já Thyago Marcolino, por outro lado, optou pela cautela, promovendo Grafite na vaga de Bravo, deslocando Stuart à referência no 4-3-3.

Apesar disso, quem conseguiu a primeira grande oportunidade no segundo tempo foram os centralinos, mesmo despretensiosamente. Cesinha recebeu no meio-campo, dominou e lançou em direção à pequena área, achando o passe preciso para Leandro Soares; o centroavante emendou de primeira e mandou rente à trave direita.

Postura belo-jardinense durante a fase ofensiva (Imagem: TV FPF)

Sentindo a superioridade dos caruaruenses, o comandante do Belo fez outras duas mudanças: Juninho e Stuart foram sacados por Anderson e Ikson, nesta ordem. Para continuar intenso, o técnico alvinegro colocou Maycon Alagoano e tirou Tarcísio. Mesmo assim, foi o Calango que perdeu uma grande chance: Ikson recebeu em profundidade e, de frente para a barra, bateu em cima do arqueiro do Central.

O duelo, que já estava nervoso, ficou ainda mais quando Maycon Alagoano e Grafite se desentenderam após uma falta e ambos foram expulsos, deixando os dois times com 10. Logo na sequência, os donos da casa marcaram o gol da vitória: após jogada rápida pela esquerda, a bola sobrou viva no meio da pequena área na medida para Leandro Soares, que já fez domínio tirando da marcação e deu o arremate na saída do goleiro adversário.

Distribuição das peças de ataque da Patativa (Imagem: TV FPF)

Créditos da foto principal: Michael Silva/Central

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Tradição: análise Vitória 2 x 0 Santa Fé

Por: Mateus Schuler

Sem surpresas. O Vitória não deu brecha para o estreante Santa Fé e largou com o pé direito na Série A-2 do Campeonato Pernambucano. Neste sábado (10), no Arruda, o Tricolor das Tabocas bateu a Águia por 2 x 0 com gols de Jeorge Belmonte e Jussimar, em partida válida pela abertura do Grupo C na Segundona do Estadual.

Comandado por Sérgio China, o Taboquito já teve alguns nomes conhecidos em sua escalação: goleiro Jerfesson, zagueiro Janelson e volante Bruno Sena, todos ex-Salgueiro, formando um 4-2-3-1. Já a equipe de Palhinha, por outro lado, fez a estreia na competição utilizando o Sub-20 como a maior parte do elenco e entrou num 4-3-3.

Formação inicial de tricolores e da Laranja Mecânica (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

No jogo marcado pela tradição contra a juventude, o início foi bem truncado e pouco movimentado, com Vitória e Santa Fé tentando afastar a pressão da estreia. Tendo a experiência como principal trunfo, o Taboquito conseguiu ter a primeira chance: Gilmar levantou pela esquerda e Jeorge Belmonte testou para fora.

Variando a tática-base ao 4-3-3 quando teve a posse, a equipe de Vitória de Santo Antão passou a explorar as fragilidades da Águia, que buscou fechar a casinha no 4-5-1 para povoar o meio. Assim, as jogadas fluíram pelos lados e foi dessa maneira que abriu o placar: Danielzinho cruzou pela direita e, agora, o camisa 9 não titubeou e tirou do alcance de Mandela.

Tentativa de compactação dos igarassuenses (Imagem: TV FPF)

Com o placar favorável aos vitorienses, a Laranja Mecânica passou a sair ao setor ofensivo sem mostrar abatimento. Mostrando pouco poder criativo sob posse, a equipe estreante na Segundona usou o contra-ataque como arma e quase empatou: João Victor recebeu em velocidade de Lukaku depois de tabelar e fez o cruzamento no pé do zagueiro Marlon que, apesar de ter o gol aberto, se assustou e perdeu bom momento.

Na volta para o segundo tempo, Palhinha optou por fazer duas modificações: saíram Neemias e Xuxa, tendo Kayk e Willian acionados. Por estar precisando do empate, o time igarassuense se atirou ofensivamente, mas deixando mais espaços defensivamente, que resultou no segundo tento tricolor: em contra-ataque veloz, Danielzinho cruzou na medida para Jeorge, que cabeceou sem força e Jussimar chegou completando.

Postura do Tricolor das Tabocas em fase ofensiva (Imagem: TV FPF)

A vantagem mais segura no placar deixou o Taboquito tranquilo em campo, passando a controlar melhor o ritmo da partida e jogar nos erros da Laranja Mecânica. Desse modo, Sérgio China fez sua equipe performar um 4-4-2 sem a bola, o que impediu as infiltrações adversárias, tanto pelas beiradas como por dentro.

Para evitar ficar com a marcação cansada, o comandante tricolor promoveu as entradas de Ronaldo e Diogo Batista nos lugares de Danielzinho e Alisson, respectivamente. No final, outras três mexidas confirmaram o triunfo: saíram Jussimar, Jeorge Belmonte e Mineiro, colocando David, Lucas Arruda e Nego de Brejão em campo.

Vitorienses formando duas linhas de 4 sem a posse (Imagem: TV FPF)

Créditos da foto principal: Klebson Roberto/Vitória-PE

Em destaque

Timbalado: análise Náutico 1 x 0 Brusque

Por: Mateus Schuler

Suando a camisa. Em jogo bastante equilibrado, nesta sexta-feira (9), o Náutico venceu — a segunda seguida — o Brusque e permanece vivo na briga contra o rebaixamento na Série B do Campeonato Brasileiro. Pela 29ª rodada, o Timbu bateu o Marreco por 1 x 0 com gol heroico de Geuvânio.

Sem novidades. Apesar de ter as voltas do zagueiro Wellington e meia Jean Carlos, que cumpriram suspensão, e do volante Jobson, gripado, o treinador Dado Cavalcanti optou por manter Arthur Henrique e Everton nas vagas entre os 11 iniciais. Se contra o Ituano Júlio foi acionado ao lado de Kieza no ataque, substituindo o cabeça de área, contra o Quadricolor o comandante escolheu Geuvânio para entrar no time.

Escalação inicial do Timba frente aos catarinenses (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Motivado pelo resultado positivo do último jogo e empurrado por sua torcida, o Náutico pressionou o Brusque, buscando sair em vantagem desde o apito inicial. Se faltou criatividade com a posse, apesar de ter maior volume, a bola parada surgiu como boa alternativa: Souza cobrou falta com força de longe e parou na intervenção de Belliato.

Usando o 4-2-3-1 de base para se manter presente ao setor ofensivo e fazer o Marreco ficar preso no seu campo, o Timbu manteve a proposta tentando pressionar. Ainda assim, os catarinenses também conseguiram levar perigo quando Luiz Antônio recebeu na intermediária e chutou forte, porém Jean fez a defesa.

Manutenção da tática-base em fase ofensiva (Imagem: SporTV/Premiere)

Por não mostrar poder criativo ao atacar, o Timba foi deixando a partida bem equilibrada, com os dois lados tentando gerar bons momentos, entretanto se perderam ao chegar no último terço. Os alvirrubros, seguros na defesa, foram os primeiros a realizar uma substituição: Arthur Henrique, lesionado, saiu para entrada de Wellington.

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Com blocos médios, ora médio/altos, os pernambucanos controlaram bem o ritmo dos catarinenses, o que fechou os espaços para novas oportunidades. E foi bloqueando a — rara — criação adversária que o confronto terminou no zero a primeira etapa, reservando todas as emoções para o segundo tempo nos Aflitos.

Compactação defensiva da equipe da Rosa e Silva (Imagem: SporTV/Premiere)

O Náutico voltou a campo com mais uma mudança. Kieza, que não teve boa atuação, deixou o gramado e teve Jean Carlos acionado, deixando Geuvânio na referência. E a primeira boa chance não demorou muito para sair. Depois de boa troca de passes na direita, Everton viu Victor Ferraz chegando livre na pequena área e passou; o camisa 4 dominou tirando da marcação e chutou para defesa de Belliato.

De tanto que se fez presente ao ataque, o Timbu foi confundindo a defesa do Quadricolor, já que alternou constantemente entre a tática-base e o 4-3-3. O último desenho tinha Souza fixo na cabeça de área, fazendo a ligação direta para achar espaços. E a intensa movimentação levou a torcida ao delírio: em boa jogada pela esquerda, Jean Carlos levantou na medida para Geuvânio, que cabeceou tirando do alcance do goleiro.

Pernambucanos deram imposição com duas trincas (Imagem: SporTV/Premiere)

Com a vantagem no placar, Dado resolveu renovar o fôlego do meio-campo, já que a marcação precisou segurar mais os possíveis ímpetos do Marreco e demonstrou cansaço. Assim, Franco foi sacado para a entrada de Jobson, o que deu certa consistência ao setor. Depois, Thiago Ennes e Pedro Vitor foram acionados nos lugares de Victor Ferraz e Geuvânio, respectivamente, para ter o controle por completo.

Formando duas linhas de 4 ao se defender, o Timba mostrou solidez e fechou as brechas, segurando as ações ofensivas dos catarinenses do meio para o fim. Nos últimos minutos, Diego Jardel ainda recebeu o cartão vermelho após falta em cima de Jean Carlos, ajudando na consolidação da vitória alvirrubra pelo placar mínimo.

Espaços foram fechados para infiltrações do Bruscão (Imagem: SporTV/Premiere)

Créditos da foto principal: Tiago Caldas/CNC

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Náutico na Série B: como joga taticamente o Brusque

Por: Gabryele Martins

Lá vem o pato. Em confronto para ver o que ainda há de possível na Série B do Campeonato Brasileiro, o Náutico recebe o Brusque nos Aflitos. Jogo do Timbu diante do Marreco será válido pela 29ª rodada e disputado nesta sexta-feira (8), às 21h30.

Separamos tudo sobre o adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Quadricolor.

O TIME

O confronto contra o Timba será o primeiro desafio do técnico Gilson Kleina, já que chegou ao time catarinense um dia antes do duelo com o Vasco. Para a partida, o treinador deve ter dificuldades quanto à escalação, já que possui muitos desfalques por lesões. À exceção de Diego Jardel, que retorna do DM e está sem ritmo, não há meias armadores disponíveis. Também voltando de contusão, Pará deve ser o titular como lateral-direito, já os meio-campistas Álvaro, Crislan, Patrick e Taliari, e os laterais Edílson e Airton estão lesionados.

Provável formação inicial dos time das quatro cores (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Apesar de estar na parte de baixo da tabela, o Brusque é o segundo maior finalizador da Série B, perdendo apenas para o Bahia. Com 128 finalizações certas — média de 4,57 — e 18 gols marcados em 28 rodadas, o Marreco tem volume criativo em fase ofensiva, mas não consegue ser efetivo e “brinca” de perder gols. Até o momento, finalizou errado 233 vezes, o que totaliza 8,32 por jogo.

Postura dos catarinenses com a bola já no campo ofensivo (Imagem: Premiere)

Curtindo o conteúdo? Apoie nosso projeto clicando aqui ou via pix. Chave: pernambutatico@gmail.com

O ataque dos catarinenses deixa muito a desejar, já que seus jogadores mais adiantados perdem muitas chances e não conseguem exercer a marcação alta nos adversários, sobrecarregando o setor defensivo. Na construção das jogadas, costumam formar uma linha de 4 para garantir segurança e variar com a posse, podendo alternar entre 4-2-3-1, tendo o meio povoado, e 4-2-4, exercendo pressão na defesa adversário para induzir ao erro e encontrar o caminho do gol.

Quadricolor pode formar quarteto no último terço (Imagem: Premiere)

“O ponto fraco do Brusque é seu ataque, marca muito pouco e é um dos piores do campeonato. Os atacantes Fernandinho e Alex Sandro vêm jogando há muito tempo, mas também não marcam e podem ser substituídos no comando do ataque da equipe de Gilson Kleina”

Jerry de Oliveira, repórter da rádio CM Esportes

COMO DEFENDE

Com 25 gols sofridos — 0,89 por jogo — em 28 rodadas, o sistema defensivo do Quadricolor sofre com desfalques e inconstâncias, apesar de não ser calo ao novo comandante. A solução acaba sendo improvisar para poder suprir a ausência dos jogadores de origem, tanto que a lateral esquerda do Brusque já está no seu terceiro nome; a lateral direita vinha sendo do zagueiro Éverton Alemão, que cumpriu satisfatoriamente na vaga de Pará e poderá atuar pelo setor.

Duas linhas de 4 dos catarinenses em fase defensiva (Imagem: Premiere)

Com a postura combativa pretendida por Gilson Kleina, o Marreco tende a se postar firme sem a bola e se apoiar no setor de marcação para neutralizar os avanços do Náutico. Para estruturar a defesa de forma mais compactada, os catarinenses apostam num meio de campo povoado, abusando da pressão defensiva e variando entre 4-4-2, tendo dois jogadores adiantados, e 4-5-1, o que deixa um centroavante isolado.

Meio mais povoado para tentar evitar troca de passes (Imagem: Premiere)

“O destaque positivo do Brusque é o forte poder de marcação. Rodolfo Potiguar e Balotelli chamam atenção pelo alto índice de desarmes e por serem muito fortes tecnicamente. Ambos deram conta do recado dentro no sistema tático jogado com o ex-técnico e contra o Vasco”

Jerry de Oliveira, repórter da rádio CM Esportes

PARA FICAR DE OLHO

Éverton Alemão (ZAG) – Versátil. O jogador de 29 anos, contratado pelo time quadricolor em 2019 vindo do São José-RS, se tornou uma peça essencial. Por ser polivalente, podendo atuar tanto na zaga, quanto improvisado na lateral direita, consegue ter bom desempenho. O zagueiro tem demonstrado bom posicionamento, se destacando nos duelos no chão e aéreos.

Rodolfo Potiguar (VOL) – Cão de guarda. No Brusque desde 2019, o jogador de 34 anos é o nome das roubadas de bola nesta Série B. Com 63 desarmes certos em 24 partidas, o atleta é essencial ao setor de marcação do Marreco. Além do posicionamento, que garante vantagem no combate 1 x 1, o volante tem um passe preciso, que costuma originar jogadas decisivas.

Alex Sandro (CA) – Artilheiro. Vindo do Asan Mugunghwa, da segunda divisão da Coreia do Sul, o jogador de 27 anos divide a artilharia na Segundona pelos catarinenses junto ao meia Diego Jardel. Dono de um excelente controle de bola, soma três gols e uma assistência nos 22 jogos que atuou pelo Brusque. Forma dupla de ataque ao lado de Fernandinho e, apesar do jejum de gols, pode ser importante para o setor ofensivo de Kleina.

Créditos da foto principal: Jefferson Alves/Brusque FC

Em destaque

Abaixo de zero: análise Ponte Preta 1 x 0 Sport

Por: Mateus Schuler

Infrutífero. O Sport voltou a tropeçar e segue afastado do G-4 da Série B do Campeonato Brasileiro. Nesta quarta-feira (7), o Leão perdeu a segunda partida consecutiva, pela 29ª rodada da Segundona, ao ser derrotado pela Ponte Preta no Moisés Lucarelli por 1 x 0 com gol marcado por Lucca.

Sem surpresas. Em relação à derrota para o CRB, o técnico Claudinei Oliveira fez apenas duas mudanças, sendo uma forçada. Na zaga, Fábio Alemão teve Chico na sua vaga, já que cumpriu suspensão pelo terceiro amarelo e Thyere ainda permanece vetado, dessa vez com tendinite. No meio-campo, Juba foi acionado no lugar de Denner, pois antes estava suspenso.

Escalação dos rubro-negros em partida diante dos alvinegros (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

O jogo teve um início muito equilibrado, mas com a Ponte Preta saindo para o ataque buscando imposição. O Sport, mais recuado, usou mais os contra-ataques como alternativa, pois não conseguiu mostrar criatividade para ser perigoso em direção à meta adversária, o que foi deixando o ritmo lento em campo.

Ainda assim, por meio da bola parada, a Macaca saiu em vantagem, apesar de dúvidas. Numa falta levantada dentro da área, Sabino foi empurrado pelo zagueiro Mateus Silva e deslocou Walisson, tendo sua interferência marcada. Lucca bateu e Saulo até defendeu, porém o camisa 10 pontepretano mandou o rebote para o gol.

Marcação adiantada para neutralizar criação alvinegra (Imagem: SporTV/Premiere)

Os rubro-negros, contudo, não mostraram ficar abatidos pelo gol sofrido e se atiraram em busca do empate, deixando as linhas mais à frente. Assim, saiu a primeira boa chance: Giovanni achou bom passe para Kayke pela direita, que levantou na pequena área e Mateus Silva se enrolou, quase marcando contra.

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Formando um 4-3-3 quando teve a posse no setor ofensivo, tendo os meio-campistas próximos aos jogadores de ataque, o time da Praça da Bandeira ainda teve Kayke parando no goleiro Caíque França. E até balançou as redes, num levantamento de Eduardo que Sabino encostou e Vagner Love fez o camisa 1 paulista trabalhar; Kayke completou, no entanto um impedimento de Love foi assinalado.

Formatação pernambucana com a bola ao atacar (Imagem: SporTV/Premiere)

Na volta da etapa final, Claudinei Oliveira optou pela manutenção das peças que iniciaram o confronto, o que manteve certo volume, entretanto sem ter o poder criativo de outrora. Por não conseguir levar perigo, a Ponte foi quem mostrou qualidade para dar o primeiro susto: Élvis recebeu na entrada da área e deu o chute colocado, ficando em defesa segura de Saulo.

Para ampliar a intensidade e tentar o empate o quanto antes, o comandante leonino promoveu três mudanças de uma vez só, todas no setor ofensivo, já que estava bem inoperante. Juba, Giovanni e Kayke saíram para as entradas de Wanderson, Labandeira e Gustavo Coutinho, respectivamente, o que fez a equipe passar a se postar num 4-2-4 apoiado pelos laterais já do meio para frente.

Maior volume ofensivo ao longo do segundo tempo (Imagem: SporTV/Premiere)

As substituições até deram mais intensidade ao Leão nas quatro linhas, mas o último terço do campo seguiu pouco efetivo, ainda que trocassem passes velozes. Por faltar eficiência do meio para frente, o comandante buscou ter o fôlego renovado também na linha de defesa, tentando não ser surpreendido nos contra-ataques.

Formando um 4-5-1 em fase defensiva, os rubro-negros controlaram bem os ímpetos pontepretanos e passaram a agredir para ao menos evitar o revés. E assim ainda criaram duas grandes oportunidades com Gustavo Coutinho. Na primeira, Ewerthon cobrou lateral ao centroavante, que dominou e tirou a marcação antes de chutar forte na trave. Depois, no último lance, Wanderson bateu falta na cabeça do camisa 91, que mandou para fora.

Postura da equipe da Praça da Bandeira em fase defensiva (Imagem: SporTV/Premiere)

Créditos da foto principal: Karen Fontes/SCR

Em destaque

Sport na Série B: como joga taticamente a Ponte Preta

Por: Mateus Schuler

Sobre águas turbulentas. Em momento inconstante na briga do acesso, o Sport busca seguir vivo e evitar a turbulência diante da Ponte Preta. Partida do Leão contra a Macaca será realizada nesta quarta-feira (7) no Moisés Lucarelli, em Campinas, às 19h, válida pela 29ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

Separamos tudo sobre o adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais dos pontepretanos.

O TIME

Para o duelo frente aos pernambucanos, o treinador Hélio dos Anjos promove quatro mexidas da derrota para a Chapecoense. A ausência do volante Léo Naldi, suspenso pelo terceiro amarelo, abre lugar para Rithely. Já o zagueiro Mateus Silva, o lateral-esquerdo Artur e o meio-campista Wallisson, por outro lado, voltam de suspensão, substituindo Thiago Lopes, Jean Carlos e Leandro Barcia.

Provável formação inicial dos pontepretanos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Nem lá, nem cá. Com 25 gols e média inferior a um gol por jogo, a Ponte Preta tem um dos ataques menos positivos da Série B, o que reflete na campanha irregular, pois venceu nove vezes e perdeu 10. Além disso, tem produtividade abaixo do volume imprimido, já que a Macaca deu apenas 96 chutes certos — segunda menor marca — e 324 no total, sendo o quinto de baixo para cima no quesito.

Volantes ajudam laterais durante a transição (Imagem: SporTV/Premiere)

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Apesar de não demonstrarem poder finalizador, os alvinegros costumam ter muito volume no campo ofensivo, algo já tradicional dos times de Hélio dos Anjos. Dessa maneira, o mais comum é formarem o 4-3-3 de base, apoiados pelos laterais na criação. A alternativa é a manutenção do apoio pelos lados, porém formando um 4-2-3-1, com a trinca mais próxima do centroavante e a cabeça de área tendo poder criativo.

Manutenção da tática-base com apoio constante pelos lados (Imagem: Premiere)

“A Ponte Preta chega com qualidade pelos lados do campo e todas as jogadas passam pelos pés de Elvis, principal reforço nesta última janela de transferência. Desde a sua chegada, a bola parada tem sido uma arma bastante utilizada, tendo os volantes como elemento surpresa”

André Esmeriz, repórter no Futebol Interior

COMO DEFENDE

Se hoje a Ponte ocupa o meio da tabela, muito se deve ao sistema defensivo. Foram sofridos os mesmos 25 gols feitos, possuindo a melhor defesa — junto ao Brusque — da segunda metade da classificação, sendo apenas quatro na condição da mandante; tais números fazem os paulistas dividirem a marca positiva ao lado do próprio Sport, bem como Cruzeiro e Vasco.

Marcação atuando mais adiantada ecom meio-campo povoado (Imagem: Premiere)

O mais frequente é ver os pontepretanos bloqueando o máximo de espaços para infiltrações dos adversários, formando assim um 4-5-1 deixando ainda o meio povoado. Ao descer mais os blocos, principalmente quando buscam o contra-ataque, podem compor duas linhas de 4 mais próximas à pequena área, deixando dois jogadores adiantados visando fazer uma transição veloz.

Compactação feita para neutralizar investidas rivais (Imagem: SporTV/Premiere)

“A dupla de zaga, formada por Mateus Silva e Fábio Sanches, encaixou e a Ponte Preta sofre poucos gols quando eles atuam juntos. Hélio aposta numa marcação alta, principalmente com ajuda da dinâmica trinca de volantes, que preenche o campo quase todo. Os adversários costumam explorar a deficiência que o lateral-direito Igor Formiga tem deixado na marcação”

André Esmeriz, repórter no Futebol Interior

PARA FICAR DE OLHO

Fábio Sanches (ZAG) – Sustentação. Responsável pelos números positivos do time alvinegro na defesa, o experiente zagueiro é quem dita o ritmo no setor. Não por caso, lidera os paulistas em interceptações (44) e cortes (75), tendo também bom posicionamento nos respectivos rankings desta Segundona. O defensor foi, ainda, titular em todas as 21 partidas que disputou até agora.

Walisson (VOL/MC) – Constante. O meio-campista é um atleta que merece ter uma atenção especial. Além de ajudar na marcação, dando 53 desarmes e sendo o líder da equipe no critério, tem ainda liberdade para entrar na área adversária, aparecendo muitas vezes como elemento surpresa. Desse modo, já marcou quatro gols e tem 1,2 finalizações de média por jogo.

Lucca (ATA) – Artilheiro. Vestir a camisa da Ponte Preta é sinônimo de gols ao atacante. Apesar de ter aparecido no futebol como destaque do Criciúma, é na Macaca que ele se transforma num goleador. Na primeira passagem, em 2017, balançou as redes por 24 vezes, sendo 13 apenas na Série A; na ocasião, foi o terceiro que mais marcou, ficando atrás de Jô (Corinthians) e Henrique Dourado (Fluminense), com 18, e André (Sport), que fez 16; nesta temporada, fez 18 tentos em 32 partidas.

Créditos da foto principal: Diego Almeida/Ponte Press

Em destaque

Tempo perdido: análise CRB 2 x 0 Sport

Por: Mateus Schuler

Sem o tempo que passou. O Sport perdeu uma chance de ouro para se manter colado no G-4 da Série B do Campeonato Brasileiro. Em duelo neste sábado (3) no Rei Pelé, pela 28ª rodada, o Leão foi derrotado por 2 x 0 com gols marcados por Anselmo Ramon e Fabinho, um em cada tempo.

Lado esquerdo alterado. Seja por lesão ou suspensão, os rubro-negros foram a campo com duas mudanças da vitória sobre o Novorizontino. A primeira foi na lateral esquerda, pois Sander sofreu entorse no tornozelo e abriu espaço a Lucas Hernández, já Juba recebeu o terceiro amarelo e teve Denner acionado em seu lugar entre os 11.

Formação inicial dos pernambucanos contra os alagoanos (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

O confronto começou bastante equilibrado, mas com o CRB indo para cima no início para tentar impor o ritmo ofensivo. O Sport, mais retraído, usou mais os contra-ataques como alternativa ao atacar, já que ficou preso no próprio campo. Ainda que tivesse maior volume, o Galo não conseguiu levar perigo à meta do Leão.

Fechado em duas linhas de 4, o time pernambucano criou a primeira grande chance da partida quando Lucas Hernández fez boa jogada pela esquerda e cruzou rasteiro na pequena área para Vagner Love; o camisa 99 dominou já tirando da marcação e bateu próximo à trave direita. Em seguida, um banho de água gelada: Emerson tocou na pequena área, Paulinho Moccelin furou o chute e gerou passe para Anselmo Ramon, que completou de primeira.

Problemas de compactação dos leoninos (Imagem: SporTV/Premiere)

Os rubro-negros, contudo, não mostraram estar abatidos com o gol sofrido e seguiram tentando balançar as redes. Pouco depois, a jogada mais perigosa de toda etapa inicial: Kayke levantou na pequena área, Vagner Love dominou e fez pivô preciso para Denner, que soltou o pé e parou apenas no travessão. Faltou pouco.

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Formando o 4-3-3 de base para chegar ofensivamente, deixando os meio-campistas ora mais próximos à linha de defesa, ora junto ao trio de ataque, a equipe da Praça da Bandeira ainda teve uma última oportunidade antes do intervalo. Kayke foi servido em profundidade pela direita e bateu na saída de Diogo Silva; bola saiu rente à trave direita.

Tentativa de transição ofensiva do Sport (Imagem: SporTV/Premiere)

Para a etapa final, Claudinei Oliveira decidiu voltar com três mudanças logo de cara, tentando aumentar a intensidade. Denner, Giovanni e Kayke foram sacados, tendo Wanderson, Gustavo Coutinho e Labandeira acionados em campo. Antes mesmo dos cinco minutos, a primeira boa chance veio depois de escanteio cobrado na primeira trave, completado por Coutinho para fora.

Ainda que mostrasse mais volume de jogo, o Leão era pouco criativo do meio para frente, sem conseguir levar perigo em direção à meta adversária. Tendo uma alternância entre 2-4-4 e 4-2-4 quando teve a posse, não demonstrou qualidade no último terço do campo, facilitando a vida regatiana dentro das quatro linhas.

Imposição dos leoninos durante o segundo tempo (Imagem: SporTV/Premiere)

A falta de efetividade gerou novo castigo aos pernambucanos. Mais uma vez falho na transição defensiva, o Sport praticamente teve os planos do empate indo por água abaixo. Fabinho recebeu bom passe pela direita, limpou para a esquerda e mandou no canto esquerdo para ampliar. Sem chances para o goleiro Saulo.

Com a desvantagem ampliada, o comandante promoveu suas duas últimas alterações tentando pelo menos marcar um gol, performando um 4-5-1 em fase defensiva. Ewerthon e Thiago Lopes ganharam os lugares de Eduardo e Vagner Love. Na reta final, Labandeira foi servido na esquerda, puxou para a direita e parou em Diogo Silva.

Postura da equipe da Praça da Bandeira em fase defensiva (Imagem: SporTV/Premiere)

Créditos da foto principal: Francisco Cedrim/CRB

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Sobrevivendo no inferno: análise Náutico 2 x 0 Ituano

Por: Mateus Schuler

Vitória racional. Mostrando um pouco de lucidez contra o rebaixamento, o Náutico ganhou uma sobrevida no inferno tentando achar a fórmula mágica da paz para se salvar do descenso. Nesta sexta-feira (2), nos Aflitos, o Timbu bateu o Ituano por 2 x 0 com gols de Geuvânio e Souza em jogo pela 28ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

Novidades entre os titulares. Sem as presenças de Wellington e Jean Carlos, suspensos, o técnico Dado Cavalcanti optou por promover Arthur Henrique e Everton nos 11 iniciais. Maurício também ficou como ausência, mas por lesão muscular, e João Paulo — voltando de suspensão — foi escolhido na vaga. Já Júlio ganhou espaço ao lado de Kieza no ataque, substituindo Jobson, baixa após uma gripe.

Formação inicial do Timba contra os paulistas (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Apesar de necessitar do triunfo a todo custo, por conta da situação ruim na tabela, o Náutico começou a partida mais retraído, mesmo jogando dentro de casa. E isso fez o Ituano conseguir a primeira boa chance: Gabriel Ramos cruzou na pequena área e Léo Ceará cabeceou para defesa em dois tempos de Jean.

Por estar no seu próprio campo, o Timbu alternou entre 4-4-2 e 4-5-1 quando ficou sem a bola, mas passou a tentar chegar mais vezes ao setor ofensivo e mostrou dificuldades. Num contra-ataque, o Galo voltou a levar perigo para a equipe pernambucana, com Kaio recebendo livre pela direita e chutando cruzado; finalização também ficou no goleiro.

Timba postado em fase defensiva (Imagem: SporTV/Premiere)

Tais lances deixaram a torcida impaciente, tendo reflexo quase que imediato dentro de campo, tentando aumentar o poder de fogo dos alvirrubros. Ainda assim, faltou criatividade no último terço, o que era insuficiente para alterar o placar. Falho nos passes-chave, o time anfitrião buscou alternativas para ter a vantagem antes do intervalo.

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Formando o próprio 4-2-3-1 de base, os donos da casa enfim deram sustos à meta rubro-negra. E em lances praticamente sequenciados. Thomaz deu um passe na medida para Kieza que, de frente para o gol, arrematou forte sobre o goleiro Jefferson Paulino. Depois, Júlio foi servido já na pequena área e deu o chute próximo à trave esquerda.

Manutenção da tática-base no campo ofensivo (Imagem: SporTV/Premiere)

O Náutico voltou a campo no segundo tempo modificado. Kieza, que teve de fazer pontos após choque na cabeça, saiu para entrada de Geuvânio, já Júlio foi sacado por Luís Phelipe. As mudanças até deram maior presença ao setor de ataque, tendo a primeira boa chance antes até dos cinco minutos: Franco recebeu na pequena área, girou sobre a marcação e soltou o pé, ficando em defesa de Jefferson Paulino.

Ainda que estivesse demonstrando volume ofensivo, o Timbu não conseguiu achar espaços na defesa do Galo, caindo de produtividade. Com o equilíbrio dentro de campo, a equipe de Dado Cavalcanti passou a formar um 4-5-1 de blocos médio/altos, tentando pressionar a saída adversária para recuperar a posse de imediato.

Linhas mais altas para buscar desarmar já no ataque (Imagem: SporTV/Premiere)

Tentando novas opções para atacar, o comandante alvirrubro promoveu as entradas de Luís Felipe e Pedro Vitor, tirando Franco e Everton. Apesar disso, o time de Itu foi quem conseguiu levar perigo. Vinícius Paula disparou livre com velocidade no contra-ataque, mas finalizou em cima de Jean e desperdiçou bom momento.

Passando a atacar num 4-3-3, os pernambucanos mostraram eficiência nas finalizações e, como quem não faz, leva, saíram em vantagem no marcador. Pedro Vitor arrancou pela direita e fez o cruzamento na primeira trave para a chegada de Geuvânio, que completou para o gol. Pouco depois, Jean lançou de uma área à outra e Lucas Dias derrubou Geuvânio já dentro da pequena área; Souza bateu com categoria e deu números finais ao confronto.

Trinca no meio-campo deu mais sustentação à criação ofensiva (Imagem: SporTV/Premiere)

Créditos da foto principal: Tiago Caldas/CNC

Em destaque

Sport na Série B: como joga taticamente o CRB

Por: Mateus Schuler

Bons ventos. O Sport visita o CRB, no Rei Pelé, para continuar rumando na direção do acesso à elite. Confronto do Leão contra os regatianos será realizado neste sábado (3) em Maceió, às 17h, pela 28ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

Separamos tudo sobre o adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais dos alvirrubros.

O TIME

Para o embate com os pernambucanos, o técnico Daniel Paulista entra com apenas uma substituição da derrota para o Londrina. Por força contratual, o atacante Paulinho Moccelin volta a ficar à disposição entre os titulares, o que faz Emerson ser opção no banco de reservas. Não há nenhum desfalque, seja por suspensão ou lesão.

Provável formação dos alagoanos ante os leoninos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Meio termo. Autor de 25 gols, o CRB ocupa a parte de baixo da tabela quando balança as redes, já que é o sexto ataque menos positivo da Segundona. Tal número se reflete na baixa produtividade da equipe, pois figura ainda como a segunda pior no número de finalizações totais (266) e certas (93), à frente apenas do Tombense.

Volantes ajudam linha defensiva na transição (Imagem: SporTV/Premiere)

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Ainda que as peças se aproximem na construção ofensiva, fazendo o time ir ao ataque num 4+2, em alguns momentos a ligação direta vira solução para encontrar o trio ofensivo. Quando consegue trabalhar melhor a posse, com as jogadas fluindo pelas beiradas em velocidade, o Galo se posta no seu 4-3-3 de base.

Manutenção da tática-base com apoio pelos lados (Imagem: SporTV/Premiere)

“A principal referência ofensiva vive uma longa sequência sem marcar. Apesar de ser o artilheiro do CRB na temporada com 14 gols, Anselmo Ramon não marca já há oito rodadas e ainda está indisciplinado. O meio-campo é formado por três peças: um volante com características de marcação, outro volante com melhor trânsito entre defesa e ataque, e um meia mais criativo”

Taynã Melo, editor na VAVEL Brasil

COMO DEFENDE

Ainda que ocupem o meio da tabela na Série B, os regatianos não estão bem na defesa. De 27 partidas disputadas até o momento, foram 32 gols sofridos, sendo o terceiro sistema defensivo mais vazado do torneio, à frente somente de Operário (34) e Náutico (40); ambos estão ocupando uma das vagas no Z-4.

Composição defensiva dos alagoanos em duas linhas de 4 (Imagem: SporTV/Premiere)

Muito das fragilidades apresentadas pelos alvirrubros se deve pelas peças se compactarem deixando espaços entrelinhas, ainda que formem um 4-1-4-1 de blocos médios. A alternativa para tentar povoar o meio-campo e impedir as infiltrações é a formatação de um 4-5-1, fazendo somente o centroavante pressionar mais à frente.

Apenas o centroavante pressiona a saída adversária (Imagem: SporTV/Premiere)

“O Galo usa a experiência de Gum e Diego Ivo na zaga como o fator diferencial, mas há devidas falhas de cobertura em jogo aéreo. Há também falta de proteção nos lados, pois os laterais são rápidos para atacar, mas para recompor não possuem a mesma velocidade”

Taynã Melo, editor na VAVEL Brasil

PARA FICAR DE OLHO

Reginaldo (LD) – Apoiador. Ficando de fora de apenas três jogos nesta Série B, o lateral-direito alvirrubro sempre usa a velocidade pelas pontas, sendo de suma importância na construção de jogadas, principalmente quando fluem pelos lados. Além disso, é importante nos contra-ataques, mostrando força nos cruzamentos e, por vezes, na bola parada.

Juninho (VOL/MC) – Consistente. Experiente, o meio-campista foi uma das últimas contratações para a Segundona, porém logo assumiu a titularidade. Demonstrando segurança no meio de campo e vivendo melhor fase que os concorrentes da posição, por não conseguirem fazer o jogo fluir, é quem tem o papel de transição por dentro.

Anselmo Ramon (ATA) – Goleador. Ainda que não esteja vivendo o momento mais positivo pelo Galo da Pajuçara, o centroavante é bastante elogiado por Daniel Paulista pela atuação tática dentro de campo. Assim, pode funcionar como pivô ou atrair a marcação para que outro jogador tenha mais espaço na finalização.

Créditos da foto principal: Francisco Cedrim/CRB

Em destaque

Náutico na Série B: como joga taticamente o Ituano

Por: Gabryele Martins

Túnel do tempo. O Náutico reencontra o Ituano nos Aflitos, após 16 anos, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Em momento conturbado, o Timbu encara o Galo na abertura da 28ª rodada tentando respirar por aparelhos contra o rebaixamento, às 19h.

Separamos tudo sobre o adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Galo.

O TIME

Para a partida contra o Timba, Carlos Pimentel deverá montar seu time no 4-3-3, tendo dois zagueiros e dois laterais formando a primeira linha, três meio-campistas e três homens mais à frente. O treinador contará com o retorno de Caíque, que havia sido poupado no último jogo por um desgaste muscular, figura como opção no lugar de Rafael Pereira, suspenso após levar o terceiro cartão amarelo; pelo meio, Kaio deve ser opção.

Provável escalação dos rubro-negros contra os alvirrubros (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Líder do returno, com 17 pontos somados de 24 possíveis, o Ituano é o sétimo maior finalizador desta Série B. Nos 27 jogos disputados, o Galo já contabiliza 330 finalizações, sendo 120 no alvo, uma média de 4,44 por jogo. Esse volume de criação se reflete na efetividade do sistema ofensivo, que marcou 29 gols nesta Segundona. Desde a saída do artilheiro Rafael Elias, para o Baniyas, dos Emirados Árabes Unidos, o ataque parece não ter se reencontrado sem o seu homem de referência.

Manutenção da tática-base durante a fase ofensiva (Imagem: SporTV/Premiere)

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Em sua fase ofensiva, costuma atuar no 4-3-3 de base, tendo um dos meio-campistas à frente da linha de 4, dois mais centralizados e distribuindo para os três atacantes, sendo um deles na referência. Outra opção do rubro-negro de Itu é fazer uma variação ao 4-2-3-1, onde os volantes ficam numa postura mais defensiva e os extremos têm apoio dos laterais para dar amplitude.

Ataque do Galo de Itu com trinca atrás do centroavante (Imagem: Premiere)

“O principal problema do Ituano nesta Série B é na ligação da defesa ao ataque. Gerson Magrão era titular, perdeu espaço e já recuperou a vaga. A criação do time, com ou sem ele, é algo que precisa ser corrigido, por conta da baixa produtividade do setor”

Renato Alves, repórter da Rádio Cidade FM

COMO DEFENDE

No setor defensivo, o Galo mostra inconsistências e, nas 27 rodadas jogadas, levou 25 gols, uma média de 0,93. O maior problema do time foi pela lateral direita, setor obrigado a conviver com rodízio de peças devido a lesões, o que dificultou no entrosamento, mas que segue buscando a consolidação. Uma característica importante dos defensores rubro-negros é que todos eles têm participações em gols, sendo utilizados em jogadas de bola parada.

Defesa compactada em duas linhas de 4 (Imagem: Premiere)

Quando perdem a bola, se postam defensivamente estruturados num 4-4-2, com uma equipe mais compactada e fechando os espaços, povoando bem o meio de campo. O time também pode variar para o 4-5-1, mantendo suas linhas recuadas e blocos médios, exercendo uma marcação alta, que podem se apoiar em situações de contra-ataque facilitando a fluidez da transição.

Tentativa de fechar mais espaços para infiltrações (Imagem: SporTV/Premiere)

“O sistema defensivo vem passando muita segurança, tanto que sofreu poucas alterações ao longo de todo o campeonato. A dupla de zaga vem mostrando consistência, encaixada com a cabeça de área, deixando inclusive a defesa ficar sem sair vazada por três jogos seguidos”

Renato Alves, repórter da Rádio Cidade FM

PARA FICAR DE OLHO

Jefferson Paulino (GOL) – Confiança. O arqueiro de 25 anos, que chegou da Ferroviária por empréstimo agora em agosto, jogou apenas cinco jogos com a camisa do time de Itu, o suficiente para demonstrar bom posicionamento e segurança na meta. O goleiro passou três rodadas sem sofrer gols e tem nove defesas, incluindo chutes de longa distância, sendo sete difíceis.

Mário Sérgio (LE) – Peça-chave. O atleta de 28 anos foi contratado pelo Galo em 2021 e tem sido peça estratégica para construção das jogadas ofensivas. Com toque de bola afinado, já deu três assistências, além de 18 passes para finalizações e 29 cruzamentos certos na área nos 20 jogos que atuou. Por sua vez, a equipe ficou seis jogos sem ser vazada na sua presença.

Kaio (MEI) – Toque de qualidade. Cria do Grêmio, o jogador veio emprestado pelo Paraná e, na Segundona, tem um toque de bola preciso, com 84,83% de acertos por partida. Participou de 23 jogos na competição, se movimentando bem pelo lado direito do campo, já contabilizando 32 cruzamentos certos e 21 finalizações totais, sendo nove na direção da meta. Nesta temporada, possui cinco gols e três assistências.

Créditos da foto principal: Flávio Torres/Ituano FC

Em destaque

Sem maturidade: análise Cuiabá 2 x 0 Sport

Por: Mateus Schuler

Verde. Mesmo tendo superioridade numérica por boa parte do jogo, o Sport deu adeus ao Brasileirão de Aspirantes ao ser derrotado pelo Cuiabá. Leão não aproveitou vantagem e perdeu para o Dourado por 2 x 0, nesta quarta-feira (31), na partida de volta das quartas de final com gols de Lucas Cardoso e Vinícius Boff.

Modificado. Os rubro-negros entraram em campo com apenas uma novidade entre os 11 iniciais. Para povoar mais o meio-campo, um dos pontos frágeis na partida de ida, o técnico Sued Lima optou pela entrada de Pedro Victor no setor, abrindo mão de usar um meio-campista mais armador. O restante, no entanto, foi mantido do empate em 1 x 1 na Ilha do Retiro, mas indo do 4-2-3-1 de antes ao 4-3-3.

Formação inicial dos pernambucanos contra os matogrossenses (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

O fator decisão fez o jogo começar bastante equilibrado e pouco movimentado, já que apenas a vitória interessou a ambos. Mesmo fora de casa, o Sport mostrou ousadia e saiu em vantagem no início, mas no quesito numérico. Gustavo Nescau fez confusão com o goleiro Denival ao reclamar de um possível pênalti não marcado e foi expulso.

A superioridade numérica deixou o Leão ainda mais tranquilo dentro de campo, tentando aproveitar para sair à frente. Na única vez que conseguiu mostrar criatividade, chegou com perigo: Deyvson pegou a sobra após troca de passes e cruzou na medida para Flávio, que cabeceou e parou em boa defesa de Vinícius Barreta.

Leoninos mantiveram tática-base em fase ofensiva (Imagem: TV Cuiabá)

Por conta da pouca criatividade, os rubro-negros deixaram o Cuiabá à vontade no confronto. Em uma falha na compactação defensiva, que variou entre 4-5-1 — mais comum — abrindo espaço entrelinhas, o Dourado balançou as redes. Christian Rivas lançou em profundidade nos pés de Lucas Cardoso, que dominou e fuzilou.

Na volta para o segundo tempo, Sued Lima optou por fazer apenas uma substituição, suficiente para dar o ajuste necessário no poder criativo. Juan Xavier, antes titular, ganhou o espaço de Pedro Victor, o que fez o time voltar ao 4-2-3-1 quando atacou, entretanto os erros continuaram os mesmos de antes: falta de criação.

Compactação defensiva dos pernambucanos (Imagem: TV Cuiabá)

Por não assustar a meta cuiabana, os leoninos foram demonstrando fragilidades no campo defensivo e permitindo maior presença adversária no ataque. Assim, quase sofreram o segundo gol: Vinícius Boff recebeu bom passe e chutou no ângulo, contudo Denival afastou. Em seguida, o camisa 10 do Cuiabá foi servido por Lucas Cardoso e, dessa vez, marcou, acertando a trave antes.

Tentando se fechar num 4-4-2, o Leão sofreu duro golpe logo na sequência. Ítalo recebeu o segundo amarelo e foi expulso, igualando novamente o número de peças das equipes. Falho na marcação, teve ainda a entrada de Francisco no lugar do cansado Paulinho, sendo insuficiente para diminuir a desvantagem até o fim.

Maior ofensividade dos donos da casa para saírem vitoriosos (Imagem: TV Sport)

Créditos da foto principal: AssCom Dourado

Em destaque

Na UTI: análise CSA 2 x 0 Náutico

Por: Gabryele Martins

Sinal de emergência. Ancorado na última posição, o Náutico sofreu mais uma derrota e chega à terceira rodada consecutiva sem pontuar na Série B do Campeonato Brasileiro. Nesta terça-feira (30), o Timbu perdeu por 2 x 0 para o CSA no Rei Pelé com gols de Élton e Lucas Barcelos, em jogo pela 27ª rodada.

No sua segunda partida como técnico do alvirrubro, Dado Cavalcanti optou por continuar com as primeira linha formada por quatro jogadores, mas com algumas diferenças na escalação em relação ao último duelo. Wellington foi quem entrou na zaga substituindo o suspenso João Paulo, expulso diante do Cruzeiro, enquanto Franco voltou à titularidade na vaga de Thomaz; o goleiro Jean, ex-Retrô, fez a estreia.

Formação inicial do Timba frente ao Azulão do Mutange (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

A partida tinha um peso importantíssimo, pois era um confronto direto entre dois times na zona de rebaixamento. O CSA começou a ensaiar uma pressão no início do jogo, mas sem muita organização e chutes sem perigo ao gol de Jean. O Azulão criou bastante pelo lado esquerdo, nos pés do atacante Lucas Barcelos, porém não teve chances reais de abrir o placar.

Mais retraído, o Náutico ficou num 4-4-2 de blocos médio/baixos, deixando a dupla ofensiva mais adiantada e as duas linhas recuadas. Dessa maneira, foi eficiente e neutralizou bem as investidas dos alagoanos, que tentaram sair à frente e ficaram presos na forte marcação dos pernambucanos ao longo de toda etapa inicial.

Timba postado em duas linhas de 4 sem a bola (Imagem: SporTV/Premiere)

Em suas primeiras tentativas de ataque, o Timbu se postou num 4-2-3-1, com Jean Carlos ficando responsável por articular as jogadas e Jobson ajudando Souza na transição. Assim, o melhor lance do jogo veio numa rara vez que os alvirrubros atacaram. Em finalização de fora de área, Franco fez a bola quicar à frente do goleiro Marcelo Carné, que tirou para escanteio dando manchete de vôlei.

Curtindo o conteúdo? Apoie nosso projeto clicando aqui ou via pix. Chave: pernambutatico@gmail.com

Conforme a primeira etapa se aproximou do fim, o Timba conseguiu variar o posicionamento e equilibrar a partida, passando a ter mais posse de bola. No entanto, com os passes curtos ineficazes, a saída foi forçar a ligação direta e cruzamentos na área, que acabaram não oferecendo perigo ao arqueiro dos azulinos.

Alvirrubros tiveram apoio dos laterais em fase ofensiva (Imagem: SporTV/Premiere)

O Náutico voltou a campo para a etapa final sem alterações e assistiu o CSA dominar, abrindo o placar aos seis minutos numa jogada de contra-ataque. Lourenço lançou para Lucas Barcelos, que tentou dominar com o peito, mas acabou dando uma assistência ao deixar na medida para Élton, finalizando de primeira.

Após o gol, Dado Cavalcanti fez três substituições e abdicou das duas linhas de 4. Júlio entrou no lugar de Franco e Everton, sem fixar posição, passou a ser o responsável por ocupar o lado esquerdo do ataque, função que foi de Júlio Vitor. Victor Ferraz substituiu Anilson na lateral direita, buscando crescer a criação pelos lados.

Disposição ofensiva após ficar em desvantagem (Imagem: SporTV/Premiere)

Sem dar tempo de reação, o Azulão do Mutange ampliou logo depois que as mudanças foram realizadas. Marcelo Carné cobrou tiro de meta em direção ao ataque e João Lucas, lateral-esquerdo do Timbu, cabeceou para trás, que gerou bom passe para Lucas Barcelos. O camisa 9 aproveitou bem e chutou na saída de Jean, que deu rebote para o próprio camisa 9 marcar.

Os pernambucanos, que estavam atacando no 3-5-2, passaram a fechar os espaços para infiltrações num 4-5-1. Assim, acordaram e passaram a deter o controle da dinâmica do jogo, chegando inclusive a ter maior posse, mas de nada adiantou ter a bola no pé. De oito chutes no segundo tempo, somente um foi no alvo e a partida terminou em 2 x 0 para o time de Alagoas.

Marcação mais adiantada para tentar balançar as redes (Imagem: SporTV/Premiere)

Créditos da foto principal: Morgana Oliveira/CSA

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