Por: Felipe Holanda
Vinícius, 27, é um atacante de beirada, que costuma servir bem os centroavantes na referência e também tem um bom arremate a gol. Tem uma boa amplitude e bom passe, mas peca um pouco em algumas tomadas de decisão próximas a grande área.
Em seu último clube, o AE Larissa, da Grécia, Vinícius atuou na maioria das vezes como ponta esquerda, geralmente jogando por fora e dando mais fluidez ao jogo. Porém, teve passagem apagada por lá, sem ter feito nenhum gol e dado assistência em 14 jogos.

A última boa temporada de Vinícius foi a de 2019, no Criciúma, quando trabalhou com Gilson Kleina. Lá, ele fazia sua principal função na carreira: aberto pela esquerda do ataque. Dava amplitude e fazia muito bem o facão.

Mas quando aparecia pela direita no Tigre, o novo reforço do Náutico conseguia se destacar e protagonizou boa dupla ofensiva com Léo Gamalho, decidindo alguns jogos para o time de Kleina. Naquela Série B, ele deu três passes para gol em 33 partidas disputadas.

Vinícius foi mais perigoso, entretanto, atuando pela esquerda. Geralmente levava vantagem no um contra um e gerava oportunidades para a equipe catarinense. Além disso, tinha uma precisão razoável nos cruzamentos na área (veja no vídeo abaixo).
Ainda pelo lado esquerdo, o ponta tem qualidade técnica para “rasgar” as linhas da defesa adversária e gostava de experimentar em gol, cortando para a perna boa e tentando a finalização.

Defensivamente, Vinícius tenha sua importância tática para o Criciúma. Conseguia recompor bem com frequência pela esquerda do Tigre e, quando roubava a bola, iniciava a transição ofensiva rapidamente.

Ainda por Santa Catarina, Vinícius também trabalhou com Gilson na Chapecoense, um ano antes. No Verdão do Oeste, ele não era titular com frequência, mas quando atuava, formava um 4-2-2-2.

Na Chape, ele conseguiu deixar alguns gols. Um deles foi numa jogada muito bem executada, quando o time de Kleina iniciou de um tiro de meta e trocou passes com paciência durante mais de um minuto, envolvendo a marcação do Avaí. De quebra, Vinícius acertou um chutaço.
Sua outra passagem pela Europa foi no Adanaspor da Turquia, na temporada 2016/2017. Por lá, atacando aberto pela esquerda, era a principal e referência técnica e costumava infernizar as defesas adversárias quando tinha a bola.

Auxiliando na recomposição, Vinícius era peça-chave por ter corpo e velocidade para iniciar a transição. Mas, pecou em algumas tomadas de decisões, como dissemos acima, e errou passes.
Com a bola, contudo, ele conseguiu ser decisivo. Geralmente dando assistências precisas e participando efetivamente de gols do Adanaspor, com três assistências e um gol em 16 jogos pela liga turca.

Em 2016, em outro chamado de Gilson Kleina, Vinícius chega ao Coritiba. Pelo Coxa, atuou como ponta esquerdo na maioria dos jogos e já jogou junto com Ruy, que também chegou ao Náutico por indicação de Kleina.

No clube paranaense, porém, Vinícius apareceu mais na reserva do que como titular. Quando acionado, foi útil ao time e tentou alguns arremates interessantes ao gol.

Além das finalizações, ele pôde se destacar na criação de jogadas e deu assistências pelo Coritiba, como aconteceu na tabela com Kléber Gladiador. Vinícius recebeu pela esquerda, fez boa jogada e deixou o companheiro na boa para marcar diante do Cruzeiro.
Outro ponto positivo de Vinícius no Coxa foi a recomposição defensiva pelo lado esquerdo. Ele costumava acompanhar as subidas do adversário por lá e às vezes conseguia roubar a bola.
Antes, entre 2014 e 2015, Vinícius passou por outros três clubes do futebol brasileiro, mas não conseguiu ter muito destaque. Foram eles: Capivariano-SP, Ceará e Vitória, pela ordem, todos sem Kleina.
O primeiro encontro de Vinícius e Kleina foi no Palmeiras, clube onde o atleta deu os primeiros passes na carreira. No Porco, ele atuava como um verdadeiro atacante no esquema 4-2-2-2 imposto por Gilson.

Pelo Alviverde, Vinícius surgiu como um bom finalizador, inclusive, nos arremates de cabeça. Chegou a marcar um gol no clássico contra o Corinthians após cobrança de falta de Wesley.
O meia-atacante não costuma desistir das jogadas, mesmo quando é derrubado pela marcação adversária. Contra o Flamengo, sofreu falta, cobrou rápido e se lançou ao ataque para acertar um belo chute que estufou as redes rubro-negras.
Além das finalizações, o novo contratado do Náutico também se destacava armando jogadas para os companheiros do Palmeiras. Na Libertadores de 2013, foram três assistências em sete partidas disputadas.

Com qualidade nos passes no terço final, Vinícius repetia a precisão nos lançamentos no meio de campo. Diante do ABC, pela Série B, deu belíssimo passe para Leandro, que dominou e finalizou encobrindo o goleiro.