Por Mateus Schuler
A situação de Gilson Kleina à frente do Náutico vem ficando insustentável a cada jogo que passa. Ainda que não tivesse comandado na noite deste sábado (31), o filme de terror voltou a se repetir para a torcida e o Timbu somou mais uma derrota, ao sofrer 3 x 1 do CSA fora de casa, no Rei Pelé, em Maceió.
O resultado negativo deixou os alvirrubros na zona de rebaixamento – ficam em 18º, com 19 pontos – apenas pela terceira vez no campeonato, mas as atuações abaixo das expectivas são o maior problema. O próximo duelo é na sexta-feira (6), diante do Avaí nos Aflitos, às 19h15, em partida que abrirá o returno da Segundona.
COMO FOI
Sem contar com as presenças de Camutanga e Jorge Henrique, suspensos, o interino Juninho Lolo – Gilson Kleina está com Covid-19 – promoveu a entrada de Ronaldo Alves e Erick, sem mexer na estrutura tática. Inicialmente, o Timbu se postou no 4-2-3-1 detendo a posse, com Jean Carlos na armação, Erick na direita e Vinícius na direita; Rhaldney e Jhonnatan fizeram a cabeça de área e Kieza isolado na referência.
Assim como ocorreu no gol diante do Cruzeiro, Kieza se movimentou bem na pequena área puxando a marcação e, em cruzamento perfeito de Kevyn, Erick subiu nas costas de Rafinha para completar de carrinho. Por estar com a vantagem no placar, o Náutico alternou o encaixe ofensivo para pressionar a saída de bola, fechando a linha de passe azulina ora no 4-2-3-1 que utilizou ao atacar, ora no 4-3-3.
As lembranças contra a Raposa se repetiram inclusive defensivamente, com a bola aérea sendo um calo aos alvirrubros. Diego Renan levantou na área e Rafael Bilu, sozinho, testou com força e não deu qualquer possibilidade de defesa a Jefferson. Com a igualdade no marcador, os pernambucanos se fecharam no 4-4-2, com Jean Carlos ficando na dupla de ataque, visando ceder menos espaços na entrelinha e contra-atacar com velocidade.

Nos minutos finais, a linha defensiva do Náutico ficou muito baixa e dando espaço para infiltrações do Azulão do Mutange. No último lance da etapa inicial, em mais um cruzamento, Rafinha alçou da esquerda para a direita, Rodrigo Pimpão encostou para o meio e Yago, surgindo sem ninguém por perto, completou para o fundo do barbante, expondo assim mais um erro da defesa, que estava até bem postada no início.
No segundo tempo, os alagoanos voltaram a ficar pressionando a saída de bola alvirrubra e tentando explorar novo descuido defensivo. Em jogada que não parecia dar em nada vindo da direita, a bola sobrou na esquerda com Rafinha. O lateral-esquerdo, destaque do time pelo número de assistências, soltou o pé e ninguém afastou, com o chute morrendo no fundo da rede.

Sem a bola, o Timbu começou a se portar no 4-1-4-1 tentando povoar mais o meio-campo e fechar os espaços para contra-atacar. O Náutico até chegou a atacar na entrelinha do CSA, quando Paiva se infiltrou muito bem na frente da área e mandou uma bomba. A bola resvalou na defesa e quase enganou Matheus Mendes, mas o goleiro se recuperou e interveio.
Ficha do jogo
CSA: Matheus Mendes; Diego Renan (Norberto), Luciano Castán e Rafinha; Marquinhos, Yago (Lucas Dias) e Rafael Bilu (Andrigo); Rodrigo Pimpão (Victor Silva), Paulo Sérgio (Nadson) e Pedro Lucas. Técnico: Mozart
Náutico: Jefferson; Hereda, Carlão, Ronaldo Alves e Kevyn; Rhaldney e Jhonnatan; Jean Carlos (Marcos Vinícius) e Vinícius (Álvaro); Erick (Dadá Belmonte) e Kieza. Técnico: Gilson Kleina
Gols de Rafael Bilu, Yago e Rafinha para o CSA; Erick para o Náutico
Foto principal: Caio Falcão/Náutico