Por Mateus Schuler
O Náutico abre o segundo turno da Série B com o sinal de alerta mais do que ligado. Buscando sair da zona de degola – é 17º colocado, com 19 pontos, o Timbu enfrenta o Avaí, que vive momento bem irregular e está estacionado no meio da tabela; a bola rola nesta sexta-feira (5), pela abertura da 20ª rodada, às 19h15, nos Aflitos.
Nesta análise, o Pernambutático separa para a torcida alvirrubra tudo sobre o próximo adversário na Segundona: provável escalação, jogadores para ficar de olho do Leão da Ilha e muito mais.

Ocupando a 9ª posição, com 26 pontos, os avaianos chegam embalados por terem batido o América-MG na última rodada. Em comparação ao time que derrotou o Coelho, o técnico Geninho promove duas modificações, uma por opção – Iury na vaga de Felipe na lateral-direita – e outra obrigatória, já que o atacante Getúlio é ausência com uma lesão muscular; Valdivia é o mais cotado para ser acionado.
COMO ATACA
Os leoninos têm um setor ofensivo bem intenso, ainda que não contem com uma das principais referências. Mesmo assim, um dos pontos fortes do time de Geninho é a alternância tática ao atacar, dependendo muito de como o adversário se porte defensivamente. Mesmo tendo o 4-3-1-2 como base, há a possibilidade ainda de formar um 4-2-3-1, com Rômulo aberto de um lado e Pedro Castro – deslocado da trinca de volantes – no outro; Valdivia ficaria na armação e Ronaldo, que chegou a atuar pelo Sport em 2020, isolado na referência.

A outra opção da equipe catarinense é manter a estrutura tática inicial, com a dupla de ataque ficando alinhada e Valdivia flutuando na entrelinha; por vezes, mesmo sendo camisa 10, o armador entra como um falso 9. Com isso, a cabeça de área fica formada em um triângulo, com Leandrinho – ganhou a vaga de Ralf – mais fixo, enquanto que Jean Martim e Pedro Castro ajudam nas transições ofensivas e defensivas.
Por conta desses comportamentos, algo que a defesa do Timbu precisa ficar atenta é a infiltração. O centroavante e o ponta pela direita entram agudos e apoiados pelas boas jogadas vindas da esquerda. Regularmente Hereda – que pode ficar de fora – cede espaços, o que pode ocasionar na quebra da linha defensiva alvirrubra e, assim, sair um lance perigoso ou até mesmo gol.
COMO DEFENDE

No sistema defensivo, o Avaí também não tem um padrão definido, com o encaixe variando de adversário e da situação do jogo. Diante do Vitória, por exemplo, o time já estava em vantagem no placar e, por isso, o comandante decidiu valorizar o contra-ataque, se fechando assim com duas linhas bem próximas e definidas em um 4-3-3.
Outra alternativa, porém mostrando fragilidades, é o 4-4-2. Apesar das linhas estarem bem notáveis, um espaço entrelinhas fez com que o Guarani tivesse aproveitado o erro no posicionamento. Nem mesmo a inferioridade numérica impediu que o lance tivesse sequência e resultasse em gol, com uma falha no combate.

PRA FICAR DE OLHO
Betão (ZAG) – Capitão e mais experiente da equipe, o zagueiro vem dando uma tranquilidade maior na valorização da posse de bola, ainda que não seja uma das armas. Um de seus pontos fortes é a jogada aérea, pois tem 69% de acertos nesse quesito nos 12 jogos disputados até o momento na Segundona.
Pedro Castro (VOL) – Formado no Santos em uma geração de ouro, que sucedia à geração de Neymar, o volante do Leão é um dos jogadores com maior movimentação no meio-campo. Polivalente, dá suporte nas transições defensivas e ofensivas, conseguindo chegar bem no ataque; foram três gols marcados, sendo um dos vice-artilheiros do time
Valdivia (MEI) – Com passagem por clubes da elite nacional, é o “cérebro” dos catarinenses e quem faz a bola rodar com fluidez no setor ofensivo. O meio-campista azulino consegue atuar em qualquer posição do ataque, o que o faz figurar como maior garçom com três assistências e dividir com Pedro Castro a vice-artilharia.
Créditos da foto principal: Leandro Boeira/Avaí F.C.