Por: Mateus Schuler
Ao contrário dos últimos compromissos, o Náutico teve uma postura mais sólida na defesa, sem muitas falhas. Não foi novidade à torcida, porém, o azar e a falta de pontaria no ataque, além de não somar resultado positivo após os 90 minutos. Em confronto direto com o Vitória na noite desta quarta-feira (25), nos Aflitos, o Timbu ficou no empate em 0x0; duelo fechou a 23ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
Aumentando a sequência negativa para 14 jogos sem vencer, os alvirrubros seguem estacionados na 17ª posição, mas agora chegam a 21 pontos, cinco a menos que o Leão da Barra, primeiro time fora do Z-4. No próximo sábado (28), às 21h, visitam o Juventude, no Alfredo Jaconi, em jogo pela 24ª rodada da Segundona.

COMO FOI
Sentindo a necessidade de reagir para evitar se afundar na tabela, o Náutico até tentou confundir a marcação do Vitória nos primeiros minutos, mas sem sucesso. Ora o time ficava no 4-2-2-2, ora no 4-2-3-1, o posicionamento que mais foi evidente durante todo o primeiro tempo; com isso, Álvaro caía pela esquerda, Jean Carlos centralizado e Ruy pela direita, enquanto Kieza jogou isolado na referência.
Mesmo sem velocidade no campo ofensivo, o Timbu buscou alternativas no intuito de sair à frente. Por não conseguir ser veloz, viu a ligação direta como boa opção; em uma dessas tentativas, Anderson lançou para Kieza que, sem marcação, fez boa jogada pela direita e tocou na entrada da área para Ruy. O camisa 89 emendou de primeira e obrigou Ronaldo a fazer defesa difícil, a única dos 45 minutos iniciais.

Defensivamente, ao contrário das últimas partidas, os pernambucanos até foram mais sólidos, apesar da estreia de Anderson na meta e Hereda fazer a lateral com Kevyn. Álvaro ficou responsável por fazer a transição ofensiva na esquerda, já Rhaldney ocupou o lado direito do campo, deixando Djavan fixo no meio, formando um 4-3-2-1.
Na etapa final, Hélio dos Anjos promoveu entrada de Jorge Henrique na vaga de Ruy, fazendo Erick – que entrou no lugar do lesionado Álvaro – para voltar a fazer o sistema de marcação do primeiro tempo. A mudança até deu novo gás ao setor ofensivo, que transformou o goleiro Ronaldo melhor em campo; Hereda pegou a sobra da intermediária e bateu forte, contudo o camisa 1 do Leão interveio.

Sem fazer loucuras, o comandante dos alvirrubros colocou Wilian Simões no espaço de Kevyn, ganhando assim mais liberdade para atacar. Do outro lado do campo, no entanto, Erick teve a chance de tirar o zero do placar ao chutar de longe, porém também ficou em intervenção do arqueiro leonino. O último disparo de Hélio foi ao tirar Jean Carlos, que estava apagado na criação, por Dadá Belmonte já perto do fim.
Se faltou criatividade para boas jogadas coletivas, restou ao Timbu buscar os lances individuais e finalizar o amargo jejum. Nos acréscimos, Wilian Simões surgiu com liberdade e deixou rolando para o meio da área. Lá estava Dadá que, sozinho na marca do pênalti, finalizou tirando do alcance de Ronaldo e da barra, acertando a trave e mantendo o marcador inalterado.
Ficha do jogo
Náutico: Anderson; Hereda, Camutanga, Ronaldo Alves e Kevyn (Wilian Simões); Rhaldney e Djavan (Matheus Trindade); Ruy (Jorge Henrique) e Álvaro (Erick); Jean Carlos (Dadá) e Kieza. Técnico: Hélio dos Anjos
Vitória: Ronaldo; Léo Morais (Mateusinho), Maurício Ramos, Wallace e Rafael Carioca; Guilherme Rend; Fernando Neto (Gérson Magrão), Matheus Frizzo (Dudu), Vico (Van) e Thiago Lopes (Marcelinho); Léo Ceará. Técnico: Eduardo Barroca
Créditos da foto principal: Caio Falcão/Náutico