Por: Mateus Schuler
Embalado depois de quebrar o jejum de vitórias, o Náutico tem mais um obstáculo para tentar sair do Z-4. O Timbu vai até Florianópolis na noite deste domingo (6), enfrentar o Figueirense em confronto direto da zona da degola, às 18h15 pelo encerramento da 26ª rodada da Série B; partida será disputada no Orlando Scarpelli.
Separamos para a torcida alvirrubra tudo sobre o próximo adversário: provável formação, táticas, jogadores para ficar de olho, pontos fortes e fracos e muito mais do Furacão do Estreito.
Sob o comando de Jorginho, o Figueira ainda não venceu, mas sonha com a permanência. O time contará com retorno de cinco jogadores, sendo que um estava suspenso e outros quatro se recuperaram de lesão: Patrick volta após cumprir suspensão, já Lucas Carvalho e Sánchez, Paulo Ricardo e Alecsandro saíram do DM; Patrick e Alecsandro são os únicos cotados para iniciarem na titularidade.

COMO ATACA
Segundo pior ataque com 16 gols, à frente apenas do Botafogo-SP que fez 14, o alvinegro vem sofrendo no setor ofensivo. Os números não são por acaso, já que a postura e distribuição das peças é totalmente desordenada, sem os jogadores conseguirem um desenho tático. Há erros também na conclusão e criação das jogadas, pois a pontaria é muito falha nas finalizações.
Ainda assim, Jorginho tem dado ajustes pontuais e importantes, pois o time foi às redes em três oportunidades nos quatro duelos que o treinador esteve no comando. Com o técnico, o ataque dos catarinenses performa no 4-2-1-3, alternando para o 4-2-3-1 a depender da intensidade que chegue na defesa adversária.
Tal sistema vem ajudando na transição, uma vez que o meia armador tem se resguardado mais e fazendo ligação com o trio de frente. Este, por outro lado, não dá muita amplitude, jogando próximo e os lances sendo mais incisivos e criativos. Em contra-ataques, porém, o centroavante recua mais e os atletas da beirada entram infiltrados, explorando uma recomposição mais falha dos rivais.

COMO DEFENDE
Na defesa, o Figueira também não tem sido tão positivo, sofrendo 27 tentos e sendo a oitava pior equipe nesse quesito. Nem mesmo a troca de comando foi suficiente para corrigir algumas das falhas, já que a linha defensiva tem dado descuidos muito bobos, principalmente na recomposição dos laterais e algum dos zagueiros se posicionando errado.
O meio-campo também tem cedido brechas, com o primeiro volante fixando na cabeça de área e os meio-campistas responsáveis por fazer a marcação demorarem a descer a linha. Assim, o time fica no 4-1-4-1, o que permite os adversários a infiltrarem nas entrelinhas, algo que vem acontecendo com frequência.
A inconsistência alvinegra também é notada no gol, com três goleiros tendo atuado ao longo dessa Segundona pelos catarinenses. Um deles, Sidão, não renovou o contrato encerrado na última segunda-feira (30) e foi vazado por 13 vezes, o mesmo número que Rodolfo, agora titular e entrou em campo por menos jogos.

PARA FICAR DE OLHO
Bruno Michel (MEI) – Responsável pela articulação do time, Bruno tem dado suporte também na criação, sendo o criador das jogadas ofensivas. O meia, que atuou em praticamente metade dos jogos da equipe na Segundona, só deu uma assistência direta, mas tem substituído o experiente Marquinho no setor.
Diego Gonçalves (PD) – Atacante pelo lado direito do Furacão, Diego é quem mais contribuiu nos gols marcados pelo time na competição nacional. Dos 16 tentos, marcou três e deu outras três assistências, o que representa 38% do total; além disso, participou de 22 dos 25 duelos disputados pelo Figueira no torneio.
Créditos da foto principal: Patrick Floriani/Figueirense