Por: Mateus Schuler
Na tentativa de seguir próximo de sair da degola, o Náutico tem mais um jogo de seis pontos na Série B do Campeonato Brasileiro. Na noite deste domingo (13), visitará o vice-lanterna Botafogo-SP no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, às 18h15 em partida válida pela 28ª rodada; o Timbu precisa vencer para manter a briga embolada contra o Z-4.
Separamos para a torcida alvirrubra tudo sobre o próximo adversário: provável formação, táticas, jogadores para ficar de olho, pontos fortes e fracos e muito mais do Pantera.
Em comparação aos titulares que iniciaram na vitória sobre a Ponte Preta, o técnico Moacir Júnior não vai contar, de certeza, com o atacante Wellington Tanque, pois não renovou contrato. Já Rafinha, por ter saído lesionado, virou dúvida; Luqueta, Naldo, Bolt, Ferreira, Martinelli e Matheus Índio deram início à transição e seguem como desfalque, porém o 4-2-3-1 permanece na equipe botafoguense.

COMO ATACA
Apesar de ter vencido o último jogo, o Botafogo não vive bom momento no setor ofensivo. Foram 16 gols marcados em 26 partidas, que o faz ser o pior ataque da competição, atrás até mesmo do lanterna Oeste. Para agravar a situação, Wellington Tanque, artilheiro e referência da equipe, não renovou o vínculo e será desfalque.
Mesmo assim, Moacir Júnior optou por permanecer com o 4-2-3-1 de tática-base, mas atacando no 4-2-1-3. Com isso, Matheus Anjos centraliza todas as jogadas e fica responsável por fazer a criação, jogando muito próximo a seus companheiros, principalmente pelo fato dos pontas não darem amplitude e o centroavante ser bastante móvel.
Nem mesmo essa proximidade dos jogadores tem ajudado, já que a pontaria vem sendo bastante falha durante toda a Segundona. Os laterais não sobem tanto, entretanto o destro Valdemir já deu duas assistências, sendo o líder da equipe no quesito ao lado do meia Bady; o número baixo demonstra como o poder ofensivo é pouco efetivo.

COMO DEFENDE
Defensivamente, por outro lado, pelo menos na parte estatística o Pantera é melhor. Os paulistas possuem a sexta melhor defesa, com 28 gols sofridos, ao lado de Cuiabá, CSA, Sampaio Corrêa e Juventude, todos na briga pelo acesso, o que chega a esconder um pouco da fragilidade do time no setor de marcação.
Taticamente, o comandante botafoguense tem montado duas linhas de 4, o que teoricamente fecharia mais os espaços, porém a descompactação é um tanto evidente. Frequentemente a primeira linha tem algum jogador fora de posição, dando espaço para infiltração do adversário, tal como na segunda, que não fica alinhada de fato.
A postura, no entanto, varia a depender do encaixe proposto pelo outro lado da moeda. Ora o armador recua para ajudar na transição ofensiva, ora faz a dupla de ataque ao lado do centroavante, o que faz o contra-ataque vir com mais intensidade pelos lados, buscando fazer triangulações com a chegada dos meio-campistas.

PARA FICAR DE OLHO
Matheus Anjos (MEI) – Armador botafoguense, Matheus atua um pouco mais atrás do trio ofensivo, mas sempre chegando junto para criar os lances, seja pelos lados com os pontas, seja pelo meio com o centroavante. Com isso, é quem pode levar mais perigo à meta alvirrubra, direta ou indiretamente, na partida.
Judivan (ATA) – Na ausência do artilheiro Wellington Tanque e com a dúvida entre os pontas Rafinha e Ronald, goleadores de destaque do Pantera, cabe a Judivan a responsabilidade de fazer gols. O centroavante marcou apenas um na Segundona, mas tem tido movimentação boa para poder ajudar seus companheiros de ataque.
Créditos da foto principal: Agência Botafogo