Por: Felipe Holanda
O Náutico segue sem jogar a toalha na luta contra o rebaixamento na Série B do Brasileiro. Fez jogo duro e buscou o empate em 1 x 1 contra o Botafogo-SP, fora de casa. O resultado poderia ser considerado positivo, não fosse pela situação delicada dos alvirrubros, que fecham a 28ª rodada na 18ª colocação.
Precisando pontuar, Hélio dos Anjos escalou o time com o que tinha de melhor, exceto pelo artilheiro Kieza, que estava suspenso. Taticamente, a formação principal foi o 4-2-3-1 híbrido, podendo ser 4-4-2 ou até 4-3-3 a depender da ocasião.

COMO FOI
O Timbu iniciou a peleja com a marcação adiantada em bloco médio/alto, postado no 4-1-4-1, com Djavan à frente da primeira linha. Travava a investidas do Pantera pelo meio e bloqueava as subidas dos laterais adversários; outra alternativa dos alvirrubros foi o 4-4-2 tradicional, com Jean Carlos e Paiva mais adiantados.

Sem Kieza, Vinícius flutuava entrelinhas para encontrar a melhor opção de passe e assim o Náutico conseguia criar chances de perigo, mas faltava mais precisão na hora do arremate em gol.
Tendo a posse, a principal aposta ofensiva foi o 4-3-3, com troca de passes entre os supracitados Paiva, Jean Carlos e Vinícius. Numa dessas triangulações, Vinícius por pouco não abriu a contagem em Ribeirão Preto, mandando à direita da meta do Botafogo.

Mas o futebol tem suas peculiaridades e, como diz a máxima, “quem não faz, leva”. Após boa jogada pela direita e cruzamento de Ronald, Matheus Anjos cabeceou no canto de Anderson, colocando os donos da casa à frente do placar.
O time da Rosa e Silva sentiu o golpe e continuou falhando na defesa. Podia, inclusive, ter sofrido o segundo gol, que só não foi assinalado porque o mesmo Matheus carimbou o travessão dos pernambucanos.
Em desvantagem, a equipe de Hélio dos Anjos viu o adversário se criar na partida, explorando os contra-ataques e se fechando bem lá atrás. Até conseguiu responder em bela jogada de Erick, que saiu do banco de reservas para quase deixar tudo igual. Jefferson salvou os paulistas.
A reação alvirrubra, enfim, veio. O tento de empate passou diretamente pelos pés de Erick, Dadá e Paiva, com o paraguaio completando boa jogada e igualando a peleja.

A bola nas redes serviu como uma espécie de ansiolítico para o Timba. Mais tranquilo, passou a trocar passes e valorizar a posse de bola, esperando o melhor momento para encaixar outra jogada letal. A virada, entretanto, não aconteceu, mas a atuação pode servir como alento para os próximos jogos.
Foto: José Bazzo/Agência Botafogo