Por: Felipe Holanda
O sistema ofensivo do Santa Cruz foi da fartura à seca na Série C do Brasileiro. Após início avassalador, caiu de rendimento justo quando os corais precisam mais do que nunca do ataque diante do Brusque, neste domingo (18), valendo o acesso à Segundona. Em descrédito, alguns medalhões podem ser barrados e as interrogações sobre a escalação só serão desvendadas minutos antes da bola rolar no Arruda.
Nesta análise, o Pernambutático lista as opções de Marcelo Martelotte escalar o time no embate decisivo frente ao Quadricolor, com possíveis formações táticas, números e um um comparativo entre a primeira e a segunda fase.
INCÓGNITAS OFENSIVAS
Na prática, Pipico deve atuar como titular. Ainda com confiança do comandante tricolor, mesmo em má fase, o camisa 9 tem tudo para ser escalado na referência, o que não minimizaria a incógnita em relação aos 11 que começam jogando.
Se Martelotte optar por Victor Rangel com Pipico, o que é mais provável, Rangel tende a cair mais pela esquerda na manutenção do 4-2-3-1 utilizado pelo treinador desde de seu retorno ao Arruda, tendo Didira no lado oposto.

Outra opção bem plausível é o 4-4-2 com os atacantes mais adiantados. A estratégia pode chamar mais a atenção da marcação catarinense e surtir efeito, mas Pipico e Rangel precisam ter a pontaria calibrada quando a bola chegar.

Além de atuar por dentro, Chiquinho também costuma revezar de posição com Didira na tentativa de confundir a defesa rival, formando um 4-3-3. Foi desta forma, inclusive, que nasceu o gol de Didira contra o Ituano, há três rodadas, tendo Leonan no apoio.

O 4-3-3 é uma estratégia que vem sendo muito utilizada por Martelotte, com os pontas dando amplitude e agressividade; caso Rangel não atue como extremo, Lourenço e Jaderson podem ser acionados entre os titulares do Mais Querido.

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MERITOCRACIA
Um fato a ser considerado é que Pipico pode ser barrado, mesmo que seja pouco provável. Apesar de ter crédito com a torcida e o apoio público do técnico coral, ele vem acumulando atuações apagadas nas últimas rodadas, somadas à seca de gols, já que não marca há seis partidas.
Sem o ídolo, o Santa pode ter Victor Rangel na referência do ataque e dois pontas mais “leves” nos corredores. Atuando como pivô, Rangel já mostrou ser decisivo, como na vitória sobre o Náutico ainda no início da temporada, pelo Pernambucano.

MANCHA, A SOMBRA
Quem corre por fora para começar jogando ante o Brusque é Caio Mancha, que foi bem contra o Vila Nova, apesar do resultado negativo, e tem chances de ser o centroavante. Se acontecer, Rangel poderia atuar na extremidade ou chegando por dentro.

No único tento assinalado diante do Tigre, Rangel abriu pela esquerda, com Mancha na referência e Chiquinho por dentro. O camisa 10 aproveitou o rebote após finalização na trave e estufou as redes para selar o placar em 2 x 1.

Já que o futebol costuma reservar algumas surpresas, principalmente em jogos decisivos, a única certeza é que um dos três estarão em campo. O objetivo, todavia, é o mesmo: balançar as redes e alimentar o sonho do acesso.
Matematicamente, a Cobra precisa impreterivelmente da vitória e ainda conta com combinações do confronto entre Ituano e Vila. Qualquer vitória dos goianos elimina os corais, independente do que aconteça no Arruda.
DECLÍNIO EM TRÊS CORES
Melhor ataque da primeira fase com 32 tentos assinalados, o Santa Cruz amarga o menor número de gols no quadrangular final, com apenas cinco. Destes, três foram marcados por Chiquinho, que costuma pisar muito na área, mas é um meia.
O único atacante a ir às redes adversárias neste recorte foi Victor Rangel. Ele anotou o de honra para o Tricolor na derrota também por 2 x 1 para o Vila Nova, dentro de casa, ainda pela 2ª rodada do Grupo C.
No lance, Rangel atuou como referência no 4-1-2-3, com Pipico aberto na direita, Jáderson na esquerda, e Chiquinho e Didira por trás, aproveitando outro bom cruzamento de Leonan para cabecear no canto direito do goleiro goiano.

Quem também contribuiu com gol foi Didira, outro que costuma chegar bem ao ataque, seja para armar jogadas ou finalizar. Foi dele o tento coral no empate em 1 x 1 diante do Ituano, quando o Santa atuou na maior parte do jogo com um homem a menos.
Na primeira fase, por exemplo, os atacantes de ofício marcaram 14 vezes, o equivalente a mais de 40% dos gols gerais, sendo quatro de Pipico, três de Lourenço, dois de Rangel, Caio Mancha e Mayco Félix, e um de Jáderson.
Em números gerais, com 37 gols, o Tricolor caiu para o segundo ataque mais positivo desta Série C, tendo um a menos em relação ao Ypiranga-RS, que marcou nove vezes pelo Grupo D, no qual é lanterna da chave, mas tem chances de subir.
Arte: João Rodrigues
Excelente análise. Agora é esperar o final do jogo.
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Tem que dar sangue jogar xom raça como ele jogou na 1 fase
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