Por: Mateus Schuler
Cada “macaco no seu galho”. Enquanto o Náutico vai a Campinas para seguir respirando fora do Z-4 da Série B do Campeonato Brasileiro, no Moisés Lucarelli, a Ponte Preta – adversária deste domingo (17) – quer manter vivo o sonho do acesso à elite, em partida pela 35ª rodada, às 16h, apesar de estar sofrendo muito por problemas extracampo.
Irregular na tabela e com pendências salariais, a Macaca busca ainda mais estabilidade nessa reta final da Segundona. Separamos para a torcida alvirrubra tudo sobre o próximo adversário: provável formação, táticas, informações de um setorista, jogadores para ficar de olho, pontos fortes e fracos e muito mais dos alvinegros.
Sem desfalques por Covid-19 ou suspensão, os pontepretanos deverão ter a ausência apenas do goleiro Ivan e do lateral-esquerdo Guilherme Lazaroni, que seguem em recuperação de lesões. A tendência é de que o treinador Fábio Moreno deva manter o 4-3-3 ofensivo na equipe, com somente um jogador na cabeça de área e dois mais adiantados no meio-campo.

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COMO ATACA
Dona do quarto ataque mais positivo da competição, a Macaca possui muita eficiência com suas peças. Postado com variação entre o 4-1-4-1 e o 4-3-3, o time pontepretano é intenso e chega frequentemente no campo adversário, dando trabalho à marcação principalmente ao usar jogadores das beiradas e alternar o posicionamento com dinâmica.
Não por acaso, foram 42 gols marcados, sendo 29 por algum atleta do setor, representando 69%. Outro ponto destacável é a presença ofensiva de Apodi, seja em jogadas trabalhadas ou de bola parada. O lateral-direito foi às redes por quatro vezes e deu duas assistências, sendo um jogador importante para a criação.
“O principal protagonista é Bruno Rodrigues, com o maior aproveitamento em participação nos gols. Além disso, o time é muito dependente das investidas de Camilo, que nem sempre vai bem, do próprio Bruno e de Apodi, já que os centroavantes são irregulares”
Lucas Rossafa, repórter do portal Esporte News Mundo

COMO DEFENDE
A defesa alvinegra, por outro lado, deixa muito a desejar. Foram 45 gols em 34 jogos disputados, sendo a segundo pior do campeonato junto ao Paraná e atrás apenas do lanterna Oeste. Sob o comando de Fábio Moreno, a equipe paulista foi a campo em seis oportunidades, sendo vazada em todas, além do aproveitamento ser inferior a 50%.
Performando um 4-4-2, o sistema defensivo não tem muita compactação e os adversários têm entrado facilmente. Com as duas linhas de bloco médio-baixo, os atacantes rivais encontram liberdade para se infiltrar entrelinhas e criar jogadas, tanto aéreas como as trabalhadas em velocidade; a primeira linha até se posiciona corretamente, já na segunda as peças se distribuem mal.
“A postura defensiva é muito ruim. Nos últimos 11 jogos, a Ponte foi vazada por 16 vezes; a última vez que não sofreu gols foi na vitória sobre o Oeste, por 1×0, pela 23ª rodada. É a pior sequência sofrendo gols na temporada 2020/21”
Lucas Rossafa, repórter do portal Esporte News Mundo

PARA FICAR DE OLHO
Apodi (LD) – Conhecido desde sempre pela velocidade, Apodi é uma arma da Ponte Preta na Segundona. Intenso na criação e com boa recomposição, o lateral tem mostrado qualidades principalmente no setor ofensivo por ter a possibilidade de atuar mais adiantado, marcando quatro gols e servindo os companheiros duas vezes.
Camilo (MEI) – Jogador mais experiente do atual elenco pontepretano junto a Apodi, o meio-campista não tem contribuído diretamente para os gols, mas é peça importante na criação. Foram três gols marcados, além de uma assistência, ajudando na transição das jogadas ofensivas.
Bruno Rodrigues (PE) – Atuar pela beirada do campo não tem interferido na presença ofensiva do jogador alvinegro. Nos 26 jogos que foi a campo com a camisa da Macaca, contribuiu em 12 gols dos 42, sendo autor de cinco deles e garçom de outros sete; além disso, está entre os que mais finalizaram, com 48 arremates.
Créditos da foto principal: PontePress/ÁlvaroJr