Com informações de Taynã Melo*
Por: Mateus Schuler
Em rotas opostas. Enquanto o Náutico mareia com tranquilidade por ter garantido a permanência, o CSA joga sua vida pelo acesso para não morrer na praia. Precisando aprender a mexer no leme e as batatas descascar, o Marujo tem de vencer e torcer contra o Juventude para se casar com a Série A; embate está marcado para os Aflitos nesta sexta-feira (27), às 21h30, pela última rodada da Segundona.
Com a última tentativa para ascender à elite, os alagoanos tentam melhorar ainda a campanha como visitante. Separamos para a torcida do Timbu tudo sobre o próximo adversário: provável formação tática, informações exclusivas de um setorista, números no campeonato, jogadores para ficar de olho, pontos fortes e fracos, e muito mais sobre o Azulão.
Para a partida, Mozart vai tentar reger a equipe azulina no 4-3-3, algo que já vem sendo padrão nos últimos compromissos. O zagueiro Luciano Castán e o atacante Rodrigo Pimpão, suspensos por expulsão e pelo terceiro amarelo, respectivamente, serão desfalques, com Rodolfo entrando na zaga e Pedro Júnior no ataque; o lateral-direito Norberto, recuperado de lesão, pode ser acionado entre os titulares, mas ainda é dúvida.

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COMO ATACA
Intenso. Letal. Efetivo. Esses são alguns dos adjetivos que podem caracterizar o ataque do CSA, pois é o segundo mais positivo dessa Segundona, com 49 gols marcados, empatado com o Sampaio Corrêa. Muito da letalidade e da efetividade se deve pelo baixo número de finalizações da equipe, já que são apenas 9,3 chutes por jogo.
Outro ponto destacável desse setor ofensivo do Azulão do Mutange é como se posta em campo. Sempre com uma trinca na frente, a criação é reforçada pelos laterais, que são presenças constantes nas jogadas, tal como os meio-campistas, o que faz o time ficar performado no 4-1-2-3 ao atacar, além da frequente troca de posições.
“Muito da intensidade ofensiva é vista na troca de posições. Um meio-campista ou um lateral com profundidade pode aparecer bem na linha de fundo e cruzar para algum ponta finalizar, assim como o centroavante não fixa dentro da área”
Taynã Melo, jornalista independente

COMO DEFENDE
Quinta melhor defesa da Série B com 36 gols, igualada ao Cuiabá, a equipe alagoana tem até um pouco mais de solidez quando regida por Mozart. Nos 27 jogos que comandou, viu o sistema defensivo ser vazado por 19 vezes, o que é praticamente metade do total, mas resultando em média inferior aos números dos antecessores, Eduardo Baptista e Argel Fucks.
A segurança no setor passa por dois pilares: o goleiro Matheus Mendes, com defesas importantes, e o volante Geovane, bem postado na segunda linha e responsável por muitas interceptações. Em contrapartida, a ofensividade dos laterais azulinos geram muitos espaços na recomposição, provocando ainda uma descompactação entrelinhas, apesar da alternância entre 4-4-2 e 4-4-1-1.
“A fraca marcação nas costas dos laterais, principalmente Diego Renan, gera espaços e os adversários exploram com frequência. Com isso, vai gerando a descompactação e os defensores veem os atacantes rivais entrarem infiltrados”
Taynã Melo, jornalista independente

PARA FICAR DE OLHO
Matheus Mendes (GOL) – Titular da meta azulina, o goleiro tem boa saída de jogo e segurança nas defesas em 99% dos jogos. Completamente encaixado no sistema de jogo de Mozart, é um dos responsáveis por manter o time vivo pelo acesso na última rodada, já que fez 77 intervenções, igualado a Ronaldo – do Vitória – na 9ª posição no quesito.
Geovane (VOL) – Importante na marcação e peça fundamental na transição entre defesa e ataque. Roubo de bola e desenvolvimento de jogadas passam por ele, sendo um dos jogadores de mais destaque no campeonato quanto a interceptações, pois acumula 54; meio-campista do Azulão é quem inicia os lances ofensivos da equipe.
Paulo Sérgio (CA) – Artilheiro com dez gols na Série B e quatro assistências, o ex-atacante alvirrubro tem tido participações diretas e indiretas. Retornando de suspensão para ser decisivo, também em seu posicionamento, tem como característica puxar a atenção da defesa para permitir infiltração dos meias na área e eventuais finalizações de mais perigo.
Créditos da foto principal: Augusto Oliveira/CSA
*Taynã Melo é jornalista independente