*Com informações de @RodrigoCout
Por: Felipe Holanda
Para sair da lama e enfrentar os urubus. De olho em abrir margem do Z-4, o Sport recebe o Flamengo na missão de contrariar tese de que “o de cima sobe e o de baixo desce”, como recitou Chico Science em “A Cidade”; confronto de algozes acontece nesta segunda-feira (1º) na Ilha do Retiro, às 20h, válido pela 33ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.
Enquanto os “caranguejos” pernambucanos buscam distância da zona de degola, os cariocas vêm em voo rasante e sonham com o título. Separamos para o torcedor leonino tudo em relação ao próximo adversário: prováveis formações táticas, informações exclusivas de um analista, jogadores para ficar de olho e muito mais sobre o Fla.
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A equipe de Rogério Ceni tem um modelo de jogo formado, algo que foi construído aos poucos e continua em evolução. Para o embate contra Jair Ventura, Ceni tem praticamente força máxima, exceto pela ausência de Rodrigo Caio, lesionado. Já o goleiro Diego Alves, que volta de lesão, é dúvida; caso o camisa 1 não reúna condições de jogo, Hugo será acionado mais uma vez.

COMO ATACA
Prazer pela posse e aproximação. O Flamengo gosta de ter a bola utilizando o 4-2-3-1, tendo Bruno Henrique aberto pela esquerda, Arrascaeta por dentro, Gabigol como uma espécie de falso 9, e Everton Ribeiro na direita. Outra possibilidade é o 4-4-2, com Gabigol e Bruno, que costumam ser decisivos, no ataque. Somada, a dupla tem 15 gols marcados e oito assistências, com participações diretas em 40,3% dos tentos assinalados pelo rubro-negro na Série A.

“Para fazer o time atacar, Rogério tem prendido o Filipe Luis na esquerda para fazer uma saída de três junto com o (William) Arão e o Gustavo Henrique para qualificar o primeiro passe e agilizar a construção. Do outro lado, o Isla se projeta na direita, bem aberto, dando muita amplitude e opção de passe”
Rodrigo Coutinho, colunista do Uol
A transição rubro-negra passa diretamente pelos pés dos dois volantes: Diego e Gérson. A dupla alterna as subidas, quando um infiltra, outro fica. Esta coordenação dos movimentos perto da área fez o time crescer na competição e entrar na briga pela taça. Apesar do nítido crescimento, Ceni ainda busca extrair 100% das qualidades de cada jogador.
COMO DEFENDE
Guarnecendo-se lá atrás, o Fla aposta em uma marcação por zona, com a altura do bloco variando a depender do período do jogo. Nas últimas partidas, o time costumou subir um pouco para apertar a saída de bola do adversário, mas esta intensidade não é regular.

“O time melhorou nas transições com mais tempo para treinar e um intervalo maior entre um jogo e outro. Mas é o ponto que mais oscila do Flamengo (a defesa). Não é tão confiável defendendo e vem encontrando alguns problemas no miolo da zaga com a ausência de Rodrigo Caio e Gustavo Henrique assumindo a posição”
Rodrigo Coutinho, colunista no Uol
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Como os laterais apoiam bastante, o Urubu – inevitavelmente – deixa espaços na defesa para o contragolpe adversário e é lento na transição defensiva, o que ocasionou boa parte dos 43 gols sofridos no certame até aqui. Abaixo, veja a análise em vídeo dos principais movimentos do time da Gávea dentro de campo.
PARA FICAR DE OLHO
William Arão (VOL/ZAG) – Peça fundamental do time de Ceni e um dos maiores responsáveis pelo crescimento do Flamengo nos últimos jogos desde que foi recuado para a zaga. Arão tem um bom passe para iniciar a construção de jogadas, além de não decepcionar na defesa, com média de 1.76 interceptações por partida.
Giorgian De Arrascaeta (MC/PE) – Em sua quinta temporada no futebol brasileiro, o uruguaio está mais à vontade do que nunca. Seus números falam por si só: sete gols e seis assistências só neste Brasileirão. Arrascaeta é o Urubu-rei e não pode ter tempo para pensar com a bola nos pés.
Bruno Henrique e Gabgol (ATA) – Por se entender tão bem no terço final do campo, a dupla merece estar junta na lista de destaques. Bruno costuma cair pela ponta esquerda na tentativa de quebrar linhas adversárias, enquanto Gabigol ronda bem a grande área, trocando de posições. Os dois infernizam a marcação rival e têm o faro de gol apurado. Bronca pesada para a zaga do Leão.
*Rodrigo Coutinho é carioca, jornalista, analista de desempenho e colunista no @Uol
Créditos da foto principal: Alexandre Vidal/Flamengo
Minha preocupação na reta final do campeonato é com a arbitragem. Que arbitragem não deixe margem para desconfiança quanto à seriedade do certame.
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