Por: Mateus Schuler
Sport e Juazeirense protagonizaram um dos episódios mais bizarros do futebol nos últimos anos. Enquanto o Leão tropeçou nas próprias pernas e não mereceu se classificar, o Cancão de Fogo conseguiu os gols necessários, mas foi acusado de retardar o jogo após série de acontecimentos extracampo. O placar em 3×2 a favor do baianos nesta quarta-feira (10), em Juazeiro, ficou em segundo plano; jogo pela 1ª fase da Copa do Brasil fica sob júdice.
Antes, o rubro-negro já havia vivido o pesadelo de cair na estreia após derrotas para Tombemse e Brusque, em 2019 e 2020, respectivamente. O objetivo dos pernambucanos agora passa a ser o Estadual, competição na qual o time da Ilha enfrenta o Santa Cruz no próximo domingo (14), no Arruda, às 16h.
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Diferente das últimas oportunidades, os leoninos foram a campo no 5-4-1, o que já vinha sendo comum na Série A. As novidades ficaram pelas presenças de Pedrão na zaga, Gustavo no meio-campo e Mikael comandando o ataque da equipe, todos formados nas categorias de base do próprio clube.

COMO FOI
Apesar de ter ido a campo com três zagueiros, o Sport entrou desligado nos primeiros minutos de jogo e tomou um susto. Clébson cobrou falta forte e o goleiro Luan Polli não segurou, espalmando dentro da pequena área. Kesley pegou o rebote e, livre de marcação, mandou para o gol.
Passado o nervosismo inicial, o Leão começou a buscar mais o setor ofensivo para tentar evitar novo vexame. Em uma das chances, Sander levantou falta na área e Rafael Thyere cabeceou no travessão, mostrando que estava vivo; logo depois, Patric infiltrou na defesa da Juazeirense e foi derrubado. Ronaldo bateu seguro e deixou tudo igual.
O empate deixou os rubro-negros ainda mais tranquilos na partida, mesmo que precavidos com possíveis investidas do Cancão. Subindo as linhas, veio a virada e pegando a defesa adversária desguarnecida, com os laterais no lugar dos meias. Sander ocupou a posição de Gustavo, desarmou ainda na saída de bola dos baianos e chutou, mas acertou a trave; na sobra, Mikael emendou para o fundo do barbante.

Para a etapa final, o Leão voltou com a mesma postura, sem modificar as peças também. Assim como na primeira metade, voltou a cochilar logo no minuto inicial e os baianos igualaram o marcador mais uma vez, com Pedrão falhando no tempo de bola e o baixinho Clébson, sozinho, cabeceou para o gol.
Com o empate, os rubro-negros voltaram a povoar com mais frequência no ataque para tentar ficar em vantagem novamente, porém sem êxito. Em um dos lances, Ewerthon recebeu de Gustavo e mandou para fora. Logo depois, Patric levantou após boa jogada pela direita e Marcão parou em boa defesa de Rodrigo Calaça.
Se já estava complicado na pontaria, a pressão aumentou quando Carlinhos cruzou, a marcação voltou a cochilar e Dedé foi quem balançou a rede. Com a derrota parcial, Jair Ventura promoveu entradas de Mateusinho e Paulinho, com Pedrão e Ewerthon sendo sacados. O time até chegou a ir ao ataque, formando um 4-2-3-1, entretanto foram eliminados mais uma vez na 1ª fase.

Créditos da foto principal: Anderson Stevens/Sport