Por: Felipe Holanda e Guilherme Batista
No duelo dos desesperados, o Salgueiro levou a melhor sobre o Santa Cruz e chegou à primeira vitória na Copa do Nordeste 2021. Com gol precoce, o Carcará venceu por 1 x 0 nesta quinta-feira (11), no Cornélio de Barros, pela terceira rodada da Lampions, deixando a lanterna de sua chave e agravando ainda mais a má fase da Cobra Coral.
O resultado levou o sertanejo à quinta colocação na tabela, enquanto os tricolores amarguram a última posição do Grupo A, com três derrotas em três jogos. O próximo compromisso do atual campeão pernambucano será contra o poderoso Corinthians, quarta que vem (17), pela Copa do Brasil. Já os corais medem forças com o Sport, domingo (14), pelo Estadual.
Do lado Carcará, Daniel Neri contou com a regularização do lateral-esquerdo Alan Pires, que fez sua estreia com a camisa do Salgueiro. Assim, a equipe sertaneja abandonou o 3-4-3 das últimas partidas e retornou para o seu tradicional 4-3-3, liberando Tarcísio para a ponta direita e puxando Cássio Ortega para a ponta esquerda.
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Precisando do resultado, os tricolores foram ao campo com novidades na escalação. O auxílar Basílio Amaral – João Brigatti cumpre protocola da Covid – abriu mão do esquema com três zagueiros, improvisando Célio Santos na lateral esquerda. Dessa forma, a equipe se postou no 4-1-3-2 em boa parte do confronto. A principal variação foi o 4-2-2-2.

COMO FOI
Com a bola rolando, não precisou de muito tempo para o Carcará encontrar os caminhos da rede. Após cobrança de escanteio, Leozão cabeceou bonito no canto esquerdo de Martín Rodríguez e marcou o seu quarto gol na temporada com a camisa do Carcará.
A linha inicial de quatro, por sua vez, não deu mais segurança ao Santa. Pelo contrário. Com Caetano à frente da defesa, tendo Paulinho, Chiquinho e Didira na terceira linha, os corais foram sufocados pelo Carcará nos minutos iniciais. Além do gol, os sertanejos podiam ter ampliado. O belo chute de Cássio Ortega, entretanto, parou no travessão.
Após o forte início de jogo e com a vantagem no marcador, o Carcará baixou um pouco as suas linhas e começou a dificultar o jogo tricolor. Com Cássio Ortega voltando muito, os comandados de Daniel Neri alternavam a marcação entre o já conhecido 4-1-4-1, mas também um 5-4-1 muito bem compactado e executado.

Quando atacava, o Mais Querido também apresentava fragilidades. Perdendo o meio de campo, praticamente não criava chances claras de perigo à meta de Lucas. Até tinha profundidade pelas bordas, mas pecava nos passes e cruzamentos, déficit que perdurou durante toda a primeira etapa.
A inércia coral deu lugar à intensidade no segundo tempo. Com mais movimentação, principalmente pela esquerda com a entrada de Alan Cardoso, o Tricolor não só igualou as ações como mereceu deixar tudo igual. Forçou Lucas a fazer duas defesas importantes, uma em chute de Léo Gaúcho e outra após arremate de Felipe Almeida – outro que entrou no intervalo, assumindo o posto de Didira.
Atacando em velocidade e sendo bastante vertical, o Carcará levou perigo mais uma vez. Após boa triangulação do trio ofensivo, Ortega finalizou e a bola passou rente à trave direita do Santa. Em seguida, Neri acionou Passira, que entrou no lugar de um cansado Thomas Anderson. Taticamente, no entanto, pouco mudou.
Com Caetano recompondo para fazer a função de líbero, tendo Willian Alves na esquerda e Danny Morais na direita, o Santa dava amplitude aos pontas e laterais na tentativa de furar o bloqueio defensivo dos sertanejos. O time do Arruda insistiu até o fim, mas precisou se contentar com uma nova derrota.

Créditos da foto principal: Darlando Barros/Especial para o Pernambutático