Com requintes de crueldade: análise Santa Cruz 1 x 2 Sport

Por: Felipe Holanda

Vivo. O Sport venceu a primeira na Copa do Nordeste e, de quebra, praticamente matou o arquirrival Santa Cruz. Em jogo marcado pela rivalidade, com confusão, expulsões e emoções de sobra, o Leão levou a melhor nesta quarta-feira (31), com um gol de Toró nos últimos minutos.

Em relação à vitória sobre o Central, Jair Ventura optou pela manutenção do 4-2-3-1, mantendo a proposta mais ofensiva. Já os corais foram a campo mais retraídos, com três volantes – um deles o estreante Elicarlos – postados no 4-3-1-2 que variava para o 4-1-4-1 em fases defensivas.

Formações inicias de tricolores e rubro-negros (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Marcando em bloco e formando um 4-1-4-1, o Santa Cruz deu o campo ao Sport nos minutos iniciais. Enquanto os corais tentavam preencher o meio de campo, o Leão começou com mais posse de bola para controlar o jogo. Não surtiu efeito e aos poucos os donos da casa começavam a se soltar, com Chiquinho aberto pela esquerda, a exemplo da goleada sobre o Ypiranga-AP.

Movimentação inicial (Imagem: Fox Sports)

Adiantando a marcação, com Madson se movimentando por todo o terço final, o Mais Querido teve a grande chance de abrir o placar. Karl apareceu livre na direita e cruzou para trás. No rebote, Alan Cardoso conseguiu finalizar, foi derrubtado por Adryelson: pênalti. Na cobrança, quem vacilou foi o atacante Pipico, que carimbou o travessão de Luan Polli e desperdiçou a chance.

O ímpeto preto, branco e vermelho não parou por aí. Após levantamento de Chiquinho na área, Wiliam Alves testou para o fundo das redes, mas estava em posição de impedimento. Uma coisa era fato: a Cobra era superior e criava mais, mesmo com três volantes. Se limitava, entretanto, às bolas paradas e o rubro-negro conseguia se segurar.

Em resposta, os comandados de Jair Ventura passaram a explorar as subidas de Patric pela direita. Mas foi da esquerda que surgiu o gol de Rafael Thyere. Adryelson arrematou e, após a sobra, o zagueiro – que estava impedido – ainda dominou antes de tocar de leve para vencer Jordan e inaugurar a contagem no Arruda, reiterando a tese de “quem não faz, leva”.

Patric no apoio costumeiro pela direita (Imagem: Fox Sports)

Com Toró na vaga de Maxwell, o Sport voltou ainda mais perigoso na etapa final. Até podia ter feito o segundo, mas o goleiro Jordan operou um verdadeiro milagre para evitar o gol de Patric. Acuando a cobra, os leoninos haviam tomado, de fato, as rédeas da peleja; o arqueiro coral ainda apareceria de novo, de novo desviando o arremate de Neílton.

Uma das oportunidades perdidas pelo Leão (Imagem: Nordeste FC)

Do lado tricolor, a entrada de Marcel não deu o mesmo reforço. Deixou, inclusive, mais espaços para o ataque rival, mesmo com mais profundidade. Até que o “quem não faz, leva” voltou a tona. Em outro pênalti, dessa vez mal marcado, Chiquinho bateu e deixou tudo igual – Polli ainda tocou na bola, mas não evitou o empate.

Mais compactado, o Santa preferiu se guarnecer atrás do meio de campo, formando um 4-5-1 imposto por João Brigatti.  Mesmo assim, quase o rubro-negro fez mais uma. Wiliam Alves, meio que sem querer, desviou em cima da linha para evitar o gol – a bola ainda bateu caprichosamente na trave.

Compactação tricolor (Imagem Nordeste FC)

Para agravar o quadro coral, Marcel recebeu vermelho direto por suposta agressão a Thyere e deixou Brigatti com um homem a menos em campo. Thyere, minutos depois, também foi expulso.

Até que no apagar das luzes choveu no Arruda. Após marcação de pênalti, Toró bateu firme no canto direito para selar o vitória rubro-negra, a um minuto do fim.

Créditos da foto principal: Anderson Stevens/Sport

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