Por: Mateus Schuler
De plano C a plano A. O Sport foca suas atenções na disputa do Campeonato Pernambucano após eliminações frustrantes na Copa do Nordeste e Copa do Brasil, que culminaram com a saída de Jair Ventura. Encara o Afogados nesta quarta-feira (7) às 20h no Vianão, no Sertão do Pajeú, pela quinta rodada do Estadual, e precisa mostrar serviço.
Leão agora gira a chave para a única competição a disputar antes do Brasileirão, buscando esquecer um 2020 sem títulos. Separamos para a torcida leonina tudo sobre o próximo adversário: prováveis formações táticas, números, pontos fortes e fracos, jogadores para ficar de olho e muito mais da Coruja.
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Sob o comando de Sérgio China, os afogadenses vivem momento bem irregular, pois venceram e perderam apenas uma vez, além de dois empates. Para a partida com os rubro-negros, uma única ausência: atacante Índio, cria da base da equipe da Praça da Bandeira, tem dores musculares. Na lateral esquerda, Thalison ganha a vaga de Janelson, em relação ao time que empatou com o Sete de Setembro.

COMO ATACA
Bastante vertical, o Afogados se posta com variações ao atacar, dependendo mais de como o adversário está defendendo. Intenso, pode ficar no 4-1-2-3 se quiser ter maior presença no campo ofensivo, com constantes alternâncias entre jogadas no meio ou pelos lados, utilizando a velocidade e o poder criativo dos meio-campistas que chegam infiltrados entrelinhas, mesmo sem serem armadores de origem.
Outra possibilidade é ter uma postura mais cautelosa, apesar do desenho ser até semelhante. Ao ficar no 4-1-4-1, tende a pegar o rival desprevinido, deixando uma peça mais isolada na referência, contudo trocando o posicionamento da segunda linha para tentar confundir a marcação e mantendo como principal arma o gás de quem atue pela beirada, inclusive os laterais.
Geralmente os lances são criados ainda na defesa, com um dos volantes fazendo a saída de 3 junto aos zagueiros, assim os alas ganham mais liberdade para sair. Curiosamente, dos quatro gols marcados no campeonato, três vieram criados nos lados, seja pela direita ou esquerda, mostrando a força criativa usando as beiradas frequentemente.

COMO DEFENDE
Com blocos médios, por vezes baixos, os afogadenses tentam povoar ao máximo o campo defensivo. Apesar de ficar o mais retraído possível, performa um 4-1-4-1 de variações ao 5-4-1 e 4-5-1. A alternância das primeira e segunda linha se deve ao fato de quão incisivo o ataque adversário se posta, tentando fechar espaços pelos lados ou meio.
Na maioria das situações, porém, busca ter um jogador mais adiantado para que o rival saia pelas laterais em vez de centralizar as jogadas. Assim, força a quebra do primeiro bloco de combate, deixando uma armadilha para segurar lances velozes, segurando mais solidamente os ímpetos e sem expor frequentemente a defesa ao ser agredida.
Com três gols sofridos, é o terceiro time menos vazado, atrás apenas de Salgueiro – um, e Náutico e Santa Cruz, dois ambos. O principal responsável pela segurança é o goleiro Léo, que vem se destacando com intervenções fundamentais, como na derrota para o Carcará, evitando um placar mais elástico, e no empate diante do Sete, impedindo o resultado negativo.

PARA FICAR DE OLHO
Léo (GOL) – Com rodagem no futebol nordestino, se consolidou melhor ao atuar no Fluminense de Feira, em 2019, sendo destaque por sofrer menos de um gol por jogo. Na Coruja, vem voltando a repetir o bom momento, evitando resultados negativos e sendo paredão, garantindo também a única vitória da equipe sertaneja no início de temporada.
Cal (VOL) – Formado na base do Náutico, o meio-campista afogadense joga mais recuado sob o comando de Sérgio China. Fazendo mais a transição entre defesa e ataque, apesar de ser volante, Cal acumula passagem pelo futebol do Chipre para tentar deixar de lado a pouca experiência. Pilar no meio-campo, é peça essencial a China.
Frank (PE) – Jogar pelo lado do campo poderia torná-lo destaque como garçom, no entanto é fazendo gols que chama atenção. Esse é Fauver Frank ou Frank. Com três tentos marcados nos quatro confrontos disputados, é a principal arma, já que tem mostrado faro de gol e bom poder de finalização; atacante da Coruja só não fez mais do que Kieza, artilheiro com cinco, e está empatado com Erick.
Crédito da foto principal: Romário Silva/Afogados FC