Por: Felipe Holanda
Prejuízo. O Santa Cruz foi derrotado pelo Cianorte e está eliminado da Copa do Brasil. Atuando desde o primeiro tempo com um homem a menos, os corais caíram por 1 x 0 nesta terça-feira (13), no Estádio Albino Turbay, em Cianorte, desperdiçando renda milionária e acumulando mais uma eliminação. A mais “doloro$a” de todas.
Atuando sob o comando do interino Roberto de Jesus, o Mais Querido até mostrou organização, mas foi prejudicado pela expulsão de Augusto Potiguar, ainda no primeiro tempo. Taticamente, Roberto foi a campo com o que tinha de melhor, tendo o retorno do artilheiro Pipico formando tripé de ataque com Chiquinho e Madson.

COMO FOI
O Santa começou apertando a saída de bola dos paranaenses. Marcando em bloco médio/alto, os pernambucanos formavam um 4-2-4, com Chiquinho e Karl se unindo a Pipico e Madson na última linha. Assim, o Cianorte sofria para iniciar a construção de jogadas, provando do próprio veneno.

Com a bola, a principal aposta coral era um 4-3-3, com Chiquinho, Pipico e Madson mais à frente. A estratégia contava com o apoio de Alan Cardoso, pela esquerda, e Augusto Potiguar, pela direita. Faltava um pouco mais de profundidade para incomodar, de fato, o Leão do Vale.

Quando tudo se encaminhava para o equilíbrio, Augusto Potiguar se desentendeu com Grafite e foi expulso em decisão rigorosa da arbitragem. Sem ele, a equipe passou a se postar num 4-3-2 defensivo, com um dos volantes dando o primeiro combate, ora Derley, ora Caetano, e Karl fazendo a função que era de Potiguar.

A organização conseguiu frear o ímpeto cianortino. Após a entrada de Ítalo Melo, na segunda etapa, o time ficou ainda mais bem compactado, chegando a utilizar uma linha de cinco, disposto no 5-3-2. Outra opção era se guarnecer com duas linhas de quatro, no 4-4-1.

Do outro lado, o Cianorte resolveu ir mais ao ataque, colocando Wilson Júnior e ficando com Pachu, mantendo dois atacantes de ofício, com Pachu mais pelos extremos. O gol, por ironia, veio através do zagueiro e capitão Maurício, de cabeça, completando o escanteio de Rael pela esquerda para fuzilar Jordan.
Com um homem a menos, as fragilidades corais começaram a aparecer. Na tentativa de frear o “tiroteio” rival, Roberto colocou o meia Marcos Vinícius na vaga de Derley, adiantado a segunda linha para voltar a pressionar. Na prática e na tática, não surtiu o efeito, o que ajudou nas entradas de Eduardo, Italo Henrique e Péricles, substituindo Alan Cardoso, Caetano e Chiquinho, respectivamente.
Nas últimas cartadas, o Santa não teve a precisão necessária e não levou tanto perigo à meta do goleiro Bruno. Parece que faltou fôlego. Bronca pesada para o próximo treinador, que terá uma série de dores de cabeça para solucionar no Arruda.
Créditos da foto principal: ASCOM/Santa Cruz