Por: Felipe Holanda e Mateus Schuler
Duelo de alvirrubros. O Náutico encara o Vila Nova com a missão de manter os 100% de aproveitamento e seguir na liderança da Série B do Campeonato Brasileiro. Confronto entre pernambucanos e goianos acontece nesta terça-feira (15) às 19h, nos Aflitos, pela quarta rodada da Segundona.
Separamos tudo sobre o próximo adversário do Timbu: principais movimentações táticas, estilo de jogo, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Tigrão.
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Diante do líder, o técnico Wagner Lopes terá praticamente força máxima, exceto pela ausência de Dudu, vetado pelo Departamento Médico. Arthur Rezende, ex-Santa Cruz, assume vaga. Dessa forma, Wagner deve seguir apostando no 4-3-3 com variações frequentes para o 4-2-2-2.

COMO ATACA
Objetivo. Este é o melhor adjetivo para definir o ataque do Vila Nova nesta Série B. A equipe goiana não valoriza muito a posse de bola e cria poucas chances, mas costuma aproveitar quando as tem. A aposta mais utilizada é um 4-3-3 com um tridente ofensivo que inferniza às defesas adversárias, principalmente quando explora toques rápidos.

Uma das alternativas aos comandados de Wagner Lopes é contra-atacar. A constante movimentação das peças do meio para frente, com a bola, pode confundir a marcação adversária, ainda mais por conta do jogo apoiado pelos lados. Diante do Avaí, os laterais subiram junto aos meio-campistas e à trinca de ataque, abrindo várias possibilidades de passe.

“Os jogadores da beirada são exigidos para darem velocidade à transição ofensiva. O time tem isso como arma, seja dentro ou fora de casa. Assim, concentra a maioria das jogadas pelas laterais”
Paulo Massad, repórter na Rádio Sagres
Com três gols marcados e média de um por jogo, o Vila espera manter os bons números contra o Náutico. Para isso, terá que vencer a melhor defesa da competição – foi vazada apenas uma vez, na vitória por 3 x 1 sobre o Guarani na rodada passada.
COMO DEFENDE
Na defesa, o Tigrão se fecha com tradicionais duas linhas de quatro, formando geralmente um 4-4-2. Outra alternativa é o 4-1-4-1, mas pouco mais frequente. O objetivo principal é bloquear as investidas laterais, justamente o maior poderio ofensivo do Náutico; Colorado também pode fechar o funil.
“Wagner Lopes gosta muito de uma marcação alta, buscando pressionar o adversário, com os pontas dando suporte para os volantes na segunda linha. A bola aérea defensiva antes era um problema, mas que vem sendo corrigido”
Paulo Massad, repórter na Rádio Sagres
A compactação defensiva dos goianos é um dos pontos fortes. Com blocos médios, por vezes médio-baixos, os vilanovenses tentam jogar mais retraídos para tentar atrair o adversário ao seu campo, usando os pontas ao lado dos volantes na segunda linha para fechar melhor os espaços. Um problema no decorrer da temporada era a bola aérea, fazendo o Vila mostrar fragilidades, porém Wagner Lopes vem corrigindo aos poucos.

PARA FICAR DE OLHO
Georgemy (GOL) – Criado na base do Cruzeiro, passou também pelo futebol português, mas tem a atual como a melhor em sua carreira. Titular absoluto, é o líder de defesas na Segundona, fazendo 14 intervenções até o momento, sendo metade delas em chutes de dentro da área, mostrando segurança ao sistema defensivo.
Willian Formiga (LE) – Com muita rodagem, porém sem estabilizar por onde atuou, o lateral-esquerdo parece viver seu momento mais positivo. Uma das peças responsáveis pela solidez defensiva do Tigrão, é zagueiro de origem, no entanto vem atuando em outra posição e com bom desempenho; foram 11 desarmes na Série B, dividindo a liderança do quesito junto a Zé Mateus e Anderson Uchôa, ambos volantes.
Henan (ATA) – Atacante experiente, tem histórico de goleador, inclusive no próprio Colorado. Em 2020, marcou 12 gols em 32 jogos, contudo deixou a desejar em 2021. O retrospecto anterior, aliado ao bom poder de finalização, pode ser uma inspiração ao centroavante dos alvirrubros goianos, que visa recuperar a boa fase.
Créditos da foto principal: Douglas Monteiro/Vila Nova