Por: Felipe Holanda
Universos paralelos. A constelação do Náutico mede forças com a estrela solitária do Botafogo para seguir nas nuvens e manter o 100% de aproveitamento na Série B do Campeonato Brasileiro. Duelo está marcado para este domingo (20) às 16h, nos Aflitos, pela quinta rodada da Segundona.
Separamos tudo sobre o próximo adversário alvirrubro: principais movimentações táticas, estilo de jogo, provável escalação, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Fogão.
Além dos desfalques já conhecidos, casos de Cavalieri, Gatito, Jonathan e Kayque, lesionados, Marcelo Chamusca pode ter outra baixa certa para o embate com o Timbu: Ronald, que é dúvida. Caso ele não reúna condições de jogo, Chamusca deve optar por adiantar Warley para a ponta, com Daniel Borges na lateral-direita, mantendo o 4-2-3-1 como base; outra opção é entrar com Diego Gonçalves mais à frente e deixar Warley na linha de defesa.

COMO ATACA
Com oito gols em quatro jogos, o Botafogo é dono do melhor ataque da Série B, junto ao Guarani e com um tento a mais que os sete do Náutico. Quando tenta ser vertical, o time de Chamusca costuma valorizar a posse e iniciar a construção ofensiva lá de trás, formando um 4-2-4 ou 4-2-3-1.

A principal aposta alvinegra é utilizar bolas médias e longas para chegar rapidamente o ataque, contando com as chegadas constantes dos laterais e Rafael Navarro como centroavante. Assim, pode explorar jogadas pelo alto, já que o camisa nove tem um bom aproveitamento nos cabeceios – marcou, inclusive, um dos gols no empate em 2 x 2 contra o Londrina.
Já na transição ofensiva, é tendência é montar um 4-1-3-2 ou 5-3-2, sempre com muita amplitude pelas bordas. Neste cenário, os extremas são peças fundamentais para progredir a posse de bola e gerar espaços nas linhas de defesa do adversário.

“A principal forma de ataque do Botafogo é a transição. O time não faz questão de ter a bola justamente porque alterna momentos de marcação em pressão alta – em menor intensidade – e bloco médio – que acontece com mais recorrência – justamente com a intenção de roubar a bola e explorar os flancos. O problema é que o time não mostrou alternativas quando o adversário minou a possibilidade de o Glorioso ter esses contra-ataques”
Sérgio Santana, setorista do Botafogo no Lance!
COMO DEFENDE
Se o ataque vai bem, a defesa anda literalmente mal das pernas. O grande exemplo disto foi diante do Londrina, quando a equipe sofreu dois gols. Ainda à procura do modelo ideal, a principal aposta utilizada por Chamusca é se fechar com duas linhas de quatro, seja formando um 4-4-2 – o mais nítido – ou 4-1-4-1.

Apesar de explorar blocos baixos e médios, o time costuma adiantar a marcação em algumas situações para bloquear as opções de passe do rival, mantendo o 4-4-2 e tendo os atacantes dando o combate nos zagueiros adversários.

“Defensivamente, é basicamente pressão em bloco médio no portador da bola em busca de roubadas de bola. O Botafogo incomoda bastante quando o adversário ultrapassa o meio-campo. São duas linhas de quatro no momento defensivo. Um dos problemas é que o time, após fazer um gol, parece que não consegue manter o ritmo, acaba recuando”
Sérgio Santana, setorista do Botafogo no Lance!
PARA FICAR DE OLHO
Luís Oyama (VOL/MEIA) – Com dupla nacionalidade – brasileira e japonesa – Oyama é um dos destaques do alvinegro nesta Série B, tendo marcado um dos gols diante do Londrina. Chega bem para “pisar” na área e tentar o arremate de média distância. Além disso, tem um bom aproveitamento nos passes, com média de 79% de acertos na competição. Uma espécie de Rhaldney botafoguense.
Chay (ATA/MEIA) – Líder de assistências do time no certame, com dois passes para gol, Chay assumiu a titularidade com Chamusca, sendo um dos mais participativos do time no terço final do campo. Costuma atuar aberto pela esquerda, finaliza bem e é dotado de boa visão de jogo. Atributos suficientes para preocupar a defesa alvirrubra.
Rafael Navarro (CA) – A principal arma ofensiva dos cariocas. Navarro é o artilheiro da equipe na Série B, com três bolas nas redes rivais. Não costuma desperdiçar chances claras e faz bem o pivô, além de às vezes explorar a amplitude para a chegada dos companheiros por dentro. Merece atenção mais do que especial de Hélio dos Anjos.
Créditos da foto principal: Vitor Silva/Botafogo