Por: Felipe Holanda
Caça-fantasmas. Vindo de três jogos sem vitória, o Náutico enfrenta o Operário para exorcizar o jejum e se manter ainda mais firme na liderança da Série B do Campeonato Brasileiro. A bola rola às 19h desta sexta-feira (2), nos Aflitos, pela nona rodada da Segundona.
Separamos tudo sobre o próximo adversário alvirrubro: principais movimentações táticas, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Fantasma.
Para o confronto com o Timbu, o técnico Matheus Costa ganhou mais uma ausência. Além do zagueiro Rafael Bonfim e dos meias Cleyton e Marcelo Santos, já vetados, o atacante e principal destaque da equipe Ricardo Bueno também está fora após lesão muscular grau 2 na coxa direita. Na lateral esquerda, Silva reassume a titularidade, enquanto Leandro Vilela e Marcelo disputam vaga no meio-campo.

COMO ATACA
Regularidade. Este é o melhor adjetivo para definir o sistema ofensivo do Operário, que acumula oito gols nesta Série B, com média de um por partida. Quando tenta envolver o adversário, costuma formar o 4-2-3-1 característico, com Jean Carlo caindo pela esquerda e Felipe Garcia na direita, além de Paulo Sérgio na referência.

Dudu Guimarães, repórter da Rádio Lagoa Dourada
“É um time que cria muitas oportunidades, até demais, mas não consegue aproveitá-las. Nos últimos dois jogos, foram quase 50 finalizações e apenas um gol feito. Os laterais ajudam na criação, porém o problema é na conclusão”
Disposto no 4-2-3-1, a tendência é que os laterais e pontas deem amplitude para auxiliar na progressão de posse paranaense. Com as peças bem espaçadas em campo, o alvinegro já mostrou que pode ser perigoso, mas peca um pouco em momentos de transição.

Outra postura comum é formar um 4-3-3 na organização ofensiva, tentando confundir a marcação. Neste cenário, o canhoto Jean Carlo se torna um dos protagonistas da criação de jogadas. O meia dá conta do recado caindo por dentro e segura bem a bola, esperando o melhor momento para o passe, além de do poder de finalização de média/curta distância.
COMO DEFENDE
Ataque regular, defesa idem. O sistema defensivo do Operário sofreu os mesmos oito gols e não costuma deixar muitos espaços, geralmente formando um 4-2-3-1 – este mais frequente – ou 4-3-3, sempre em busca da melhor compactação. Além disso, conta com uma dupla de zaga bem entrosada, formada por Reniê e Rodolfo Filemon.

Outra possibilidade, principalmente com o time mais desgastado, é se fechar com duas linhas de quatro, no 4-4-2. Dessa forma, os comandados de Matheus Costa tentam preencher as lacunas pelo meio e segurar as subidas dos laterais adversários, dificultando a troca de passes.

“Defensivamente, o Fantasma é um time bem sólido, com os zagueiros passando muita segurança. Os dois laterais sabem marcar, fazendo o conjunto ser bem equilibrado, mas às vezes a marcação dá um descuido pelo nervosismo ofensivo”
Dudu Guimarães, repórter da Rádio Lagoa Dourada
PARA FICAR DE OLHO
Alex Silva (LD) – Uma das grandes armas do Fantasma, o lateral-direito é responsável pela progressão de posse, geralmente criando chances de perigo no setor. Além disso, acumula média de três interceptações por jogo e também atua como alicerce defensivo.
Tomas Bastos (MC) – É o principal armador do alvinegro paranaense. Com bom passe visão de jogo, Tomas Bastos muitas vezes dita o ritmo na construção, seja com bolas longas ou passes curtos, mas sempre verticais. Tem média 2,4 passes por jogo e é uma espécie de coração do Operário. Por vezes, o cérebro.
Jean Carlo (PE) – Apesar de jogar pela beirada e ajudar constantemente na armação de jogadas, aparece como elemento surpresa e já marcou um gol nesta Segundona, diante do Guarani. Jean Carlo é o mais participativo da equipe no terço final do campo. Merece uma atenção especial.
Créditos da foto principal: Rafael Volski/OFEC