Por: Felipe Holanda
Sintomático. O Santa Cruz segue sem reação e somou mais uma derrota na Série C do Campeonato Brasileiro, desta vez para o Paysandu, no Arruda, pela sexta rodada. Com o revés por 2 x 1, neste sábado (3), se isolou ainda mais na lanterna do Grupo A, respirando por aparelhos na luta contra o rebaixamento.
Roberto Fernandes foi a campo com algumas novidades entre os titulares, casos de Rafael Castro na zaga, Gilmar na lateral esquerda, e Maycon Lucas na cabeça de área, além de Bustamante como construtor de jogadas. Na tentativa de espaçar as peças, Roberto explorou o 4-2-3-1 como base tática diante do Papão.

COMO FOI
No início, o Santa tentou dar as cartas do jogo. Mais impositivo no ataque, tendo Bustamante por dentro, parecia que o primeiro gol seria questão de tempo. Por outro lado, foi o adversário quem levou perigo, quando Bruno Paulista cobrou falta precisa e por muito pouco não abriu o placar.
Era a previsão de que o pior estava por vir, e veio. Marcando no 4-2-3-1, os tricolores até mostraram linhas bem definidas, mas viram Nicolas abrir o placar para o Paysandu após erro na saída de bola de Júnior Sergipano. Um balde de água fria para as pretensões do time de Roberto Fernandes.

Apesar da desvantagem, o Mais Querido tentava ser impositivo no terço final do campo, variava entre o mais frequente 4-2-3-1 e 4-3-3. Madson até conseguiu balançar as redes em contragolpe, mas a arbitragem anulou a jogada por impedimento. Ficou no quase.

O Santa seguiu pressionando, principalmente com Wallace Pernambucano na referência. De cabeça, o camisa 9 teve boa oportunidade após cruzamento de Weriton, mas mandou acima da meta bicolor. Na sequência, foi a vez de Gilmar levar perigo em finalização de longe, outra vez sem sucesso.
Na etapa final, Roberto deu fôlego a mais para as investidas de ataque, tirando Karl, Bustamante e Lucas Batatinha, para as entradas de Levi, França e Rondinelly. Assim, a Cobra Coral passou a explorar um 4-2-4, com os laterais chegando ainda mais para o apoio, em busca do empate que, àquela altura, já era merecido.

Presença que não era traduzida em números e quando o Papão se lançava o ataque, era um ‘Deus nos acuda’. A principal aposta dos corais era se fechar com duas linhas de quatro, geralmente no 4-4-2. O suficiente para marcar o sistema ofensivo paraense, que parecia cansado.
Mas quando teve a chance, o Bicolor foi letal. A zaga bateu cabeça de novo e Ratinho aproveitou a bobeira para mandar para o fundo das redes, fazendo 2 x 0. O último suspiro coral veio já no final, quando Pipico encerrou a seca de gols, mas sem evitar a derrota.
Créditos da foto principal: Rafael Melo/Santa Cruz