Por: Mateus Schuler
Arqui-inimigos em situações opostas. Sport e Bahia travam novo capítulo da rivalidade com objetivos distintos: enquanto o Leão quer se distanciar do Z-4, Esquadrão de Aço mira o G-6. Clássico regional acontece na noite deste domingo (1º) às 18h15, em Pituaçu, pela 14ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.
Separamos tudo sobre o próximo adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Tricolor.
Apoie o Pernambutático e receba conteúdos exclusivos na tela do seu celular. Seja membro Vip clicando aqui
O TIME
Ainda sem Rodallega e Lucas Mugni, que aguardam a abertura da janela de transferências internacional, o técnico Dado Cavalcanti deve optar por seguir com a escalação dos últimos confrontos. Tendo praticamente todo o elenco à disposição, o comandante dos baianos tem ainda algumas dúvidas, mas o 4-2-3-1 é esperado para ser mantido.

COMO ATACA
Dono de um dos ataques mais positivos do campeonato, com 18 gols feitos, o Bahia tem o setor como ponto forte. Constantemente usando o lado direito, o Esquadrão aposta na dobradinha entre Nino Paraíba e Rossi para criação de jogadas, fazendo um jogo posicional e saindo no 4+2, dando liberdade para o time ser dinâmico do meio em diante.

O posicionamento mais frequente do Tricolor de Aço é manter o 4-2-3-1 que tem de base, tendo os blocos próximos para desenvolver melhor os lances. A proximidade ainda faz os extremos correrem por dentro, enquanto os laterais ganham espaços para ajudarem, principalmente usando a velocidade como arma.
“Com a posse, o Bahia busca muito jogadas em profundidade e tendo o lado direito como principal ponto forte na criação. A aproximação da cabeça de área com o setor de armação faz os lances funcionarem melhor, mas as laterais se sobressaem, mesmo com Rodriguinho em campo”
Lucas Cézar, repórter no Canal do LC

COMO DEFENDE
Se o ataque é produtivo, da defesa não se pode dizer o mesmo. Nos 13 jogos disputados até agora, foram 22 gols sofridos, sendo o segundo time que mais foi vazado do Brasileirão – à frente da lanterna Chapecoense – e sofrendo em todos. A postura mais comum do Tricolor de Aço sem ter a posse é o 4-1-4-1, deixando Gilberto isolado e os extremos junto aos demais meio-campistas.

“A marcação do Esquadrão dá muitos espaços pelos lados, principalmente na esquerda, nas costas de Matheus Bahia, já que não tem cobertura pelo setor. Seria uma opção de ataque para o Sport poder explorar”
Lucas Cézar, repórter no Canal do LC
Apesar dos blocos mais recuados, os baianos não possuem compactação e, assim, dão liberdade para infiltrações dos adversários, principalmente pelos lados. Quando contra-atacado, o sistema defensivo costuma ficar exposto, ainda que em alguns momentos a equipe fique retraída, formando uma linha de 5, mas são raros.

PARA FICAR DE OLHO
Nino Paraíba (LD) – Um dos principais nomes do Bahia no campeonato. Com constante presença ao campo ofensivo, o lateral-direito ajuda na criação de jogadas, usando sempre a velocidade como seu principal ponto forte, assim como os cruzamentos; até agora, deu uma assistência e criou quatro boas chances, sendo o líder no quesito.
Rodriguinho (MEI) – Experiente, usa isso em seu favor para ser o responsável pela articulação de jogadas, abrindo de lado com os laterais ou extremos ou na referência, tendo o pivô de Gilberto como alternativa. Além disso, já deu 16 finalizações, se tornando assim o segundo que mais chuta na equipe tricolor; deu também uma assistência e criou três boas chances.
Gilberto (CA) – Conhecido do futebol pernambucano, por ter atuado no Sport e no Santa Cruz, o centroavante do Esquadrão é o principal destaque do time no Brasileirão. Artilheiro da competição com sete gols marcados, ao lado de Matheus Peixoto – que deixou o Juventude, Gilberto figura entre os jogadores de mais finalizações – 26 no total – no Brasileiro, sendo o maior finalizador da equipe.
Créditos da foto principal: Felipe Oliveira/EC Bahia