Por: Felipe Holanda
Análogos. O Santa Cruz não conseguiu fazer o dever de casa e ficou no empate sem gols diante do Ferroviário neste domingo (15), no Arruda, pela 13ª rodada do Grupo A. Agora, está ainda mais distante de deixar a lanterna, seguindo sem reação na luta contra o rebaixamento na Série C do Campeonato Brasileiro.
Na escalação, Roberto Fernandes conseguiu manter o esqueleto do time que venceu o Floresta, exceto pela ausência de Maycon Lucas, suspenso – Vitinho herdou a vaga. Dessa forma, o treinador tricolor deu manutenção ao sistema com três zagueiros, tendo dois atacantes de ofício, Bruno Moraes e Pipico.
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COMO FOI
Intensidade de lado a lado. O jogo começou elétrico, com o Santa Cruz chegando bem ao ataque e o Ferroviário respondendo na mesma moeda. A primeira chance clara, inclusive, foi do Ferrim, quando Wesley Dias finalizou de longe, a bola desviou na zaga e passou perto da meta de Jordan.
Em resposta, o Mais Querido passou a explorar as subidas dos alas, Leonan pela esquerda, e Lucas Rodrigues na direita, formando um 3-4-3 incisivo que incomodava bastante as linhas cearenses. Por outro lado, com pouco movimentação no funil, não conseguia chegar bem à zona de arremate, mantendo o placar em branco.

A alternativa para o time de Roberto Fernandes foi valorizar a posse de bola à procura de brechas na marcação rival. Dessa forma, fazia uma saída de 3 com a chegada de Vitinho para dar qualidade na progressão, já que os visitantes se fechavam bem na defesa. Sem a bola, a aposta coral era geralmente um 3-3-3-1.

Em todo o primeiro tempo, a equipe do Arruda conseguiu levar perigo apenas em bolas paradas, nitidamente com dificuldades de transição ofensiva. Bruno Moraes ainda arriscou de longe, mas pegou mal na bola. Em resposta, Augusto teve a chance do gol, mas parou em Jordan.
Mais ofensivo com a entrada de Elias Carioca na vaga de Leonan, o Santa tentou encurralar o Ferroviário na etapa final – Júnior Sergipano foi para a lateral esquerda. Apesar da movimentação, principlamente com Jaílson, os homens de frente não vinham sendo bem municiados. Melhor para o Ferrim.
A mudança da sequência foi colocar Levi no posto de Bruno Moraes, deixando Jaílson mais centralizado, com Levi e Elias nas extremidades. Agora no 4-2-3-1, a Cobra Coral abusou dos cruzamentos na área, para desespero de Roberto no banco de reservas.
Quando o Ferrão tentava se lançar ao ataque, o Tricolor se fechava com duas linhas de 4 para recuperar rapidamente a bola e emendar um contragolpe, que àquela altura do jogo, podia ser letal.

Na chance que mudaria o andamento da partida, Levi não pegou bem na bola e parou no goleiro. Em seguida, Pipico ainda teve nova oportunidade, mas escorregou na hora da finalização, selando o empate trágico no Arruda.
Créditos da foto principal: Rafael Melo/Santa Cruz
Um comentário em “Tudo igual no duelo dos corais: análise Santa Cruz 0 x 0 Ferroviário”