Por: Mateus Schuler
Moçada rubro-negra. Embalado pela boa atuação da base, o Sport recebe o Juventude para seguir ganhando sobrevida na luta contra o Z-4 na Série A do Campeonato Brasileiro. Duelo acontece nesta quarta-feira (6) às 19h, na Arena de Pernambuco, válido pela 24ª rodada.
Separamos tudo sobre o próximo adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Ju.
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O TIME
Para o confronto contra o Leão, o Verdão não tem problemas por suspensão, contudo a única dúvida se deve a uma lesão. O experiente atacante Ricardo Bueno, com desconforto na coxa esquerda, será reavaliado e terá a definição apenas momentos antes da bola rolar; time gaúcho deve ter 4-3-3 mantido da última rodada.

COMO ATACA
Dono do sexto pior ataque, o Juventude tem média abaixo de um gol, com 22 em 23 partidas disputadas. Os números refletem na pouca criatividade do Ju ao ter a bola, pois é o quarto que menos cria grandes chances junto a Ceará, Bragantino e Grêmio, criando 27 oportunidades e desperdiçando 14 dessas; o Verdão também finaliza pouco, sendo o segundo que menos chuta, com 7,6 arremates por duelo.

O início das jogadas tem saída de 3, com o lateral-esquerdo William Matheus auxiliando os zagueiros, além de dois dos meio-campistas mais recuados na cabeça de área. Desse modo, forma um 4-2-3-1 bem ofensivo, com o lateral-direito Michel Macedo ajudando na armação ao lado da trinca de ataque e o centroavante.

“O meio-campo alterna muito. Ora forma com dois volantes e um meia, ora tem um volante e dois meias; raramente muda. Isso faz a saída de 3 ter melhor fluidez, deixando os meias por dentro e uma constante movimentação do meio para frente”
Pedro Petrucci, repórter na Rádio Gaúcha
COMO DEFENDE
Time com menor posse de bola de toda a Série A, somando média de 42,1%, o alviverde passa a maior parte do tempo em seu próprio campo, jogando de maneira mais reativa. Apesar disso, os gaúchos possuem uma defesa muito falha, já que possuem a quinta mais vazada do Brasileirão ao sofrer 26 gols ao lado de Fortaleza, Bragantino e Palmeiras.

“Apesar de ter o 4-3-3 de base, a formatação do meio é que define como a equipe se encaixa na defesa. A variação ocorre pela distribuição das peças, buscando ficar mais compactado ou povoar o meio-campo para fechar melhor os espaços aos adversários”
Pedro Petrucci, repórter na Rádio Gaúcha

As alternativas mais comuns aos comandados de Marquinhos Santos são as duas linhas de 4, que variam conforme o mando da partida. Quando atua no seu estádio, forma um 4-4-2 buscando dar maior compactação ao sistema defensivo em blocos médios, enquanto fora de casa o 4-1-4-1 – pode ocorrer nos jogos em Caxias também – tem relativa frequência, povoando melhor o meio-campo.
PARA FICAR DE OLHO
Michel Macedo (LD) – Um dos principais nomes da defesa dos alviverdes, o lateral-direito tem bons números ofensiva e defensivamente no Brasileirão. Mesmo sem ter dado assistência direta, já criou cinco grandes chances e é o líder da equipe no quesito, além de liderar nas interceptações, somando 33 no total.
Castilho (MC) – Quem mais contribui no setor de armação, no entanto, é este jovem meio-campista. Cria do Atlético-MG e destaque do Confiança na Série B de 2020, o jogador criou três grandes oportunidades e colaborou com dois passes para gol, tendo balançado as redes por três vezes; é o principal nome da bola parada, seja escanteio ou faltas, tendo muita precisão.
Ricardo Bueno (ATA) – Caso atue, precisará de marcação redobrada. Jogou apenas oito jogos até o momento, mas já marcou cinco tentos, que o deixam na vice-artilharia do Ju na Série A; Matheus Peixoto, que deixou o clube após ser negociado com o Metalist-UCR, fez oito. Deu ainda 11 finalizações na meta adversária, sendo o segundo da equipe que mais vezes chutou em direção à barra rival.
Créditos da foto principal: Fernando Alves/EC Juventude