Por: Mateus Schuler
Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Após sair na frente, o Sport se segurou até onde pôde e levou a virada por 2 x 1 do Palmeiras nesta segunda-feira (25), no Allianz Parque, se mantendo no Z-4 da Série A do Campeonato Brasileiro. Leandro Barcia marcou para o Leão, enquanto Luiz Adriano e Felipe Melo garantiram o triunfo palmeirense.
Para a partida, Gustavo Florentín não teve as presenças do lateral-esquerdo Sander – suspenso – e o atacante Everaldo, vetado com dores no adutor da coxa direita. Hernanes, poupado diante do Santos, ficou no banco depois de apresentar desconforto na panturrilha esquerda; assim o comandante optou por seguir no 4-2-3-1, com o zagueiro Chico na lateral e Leandro Barcia pela extrema direita.

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COMO FOI
A necessidade de vencer era mútua, ainda que os objetivos fossem distintos. Enquanto o Sport buscou usar o contra-ataque como arma, o Palmeiras foi à zona ofensiva para tentar impor seu estilo, afinal estava em seu estádio. Não esperavam, no entanto, que o primeiro lance fosse do Leão e letal: após bom desarme no campo defensivo, Zé Welison lançou Luciano Juba na esquerda e o lateral, improvisado de ponta, cruzou para Barcia completar de primeira.
Em vantagem no placar, os leoninos passaram a ficar mais retraídos, porém ligados em possíveis falhas para fazer o segundo gol. Antes mesmo dos 20 minutos, contudo, Gustavo Florentín teve de sacar o autor do tento inaugural – por dores no adutor da coxa direita – colocar Paulinho Moccelin, mas sem alterar a formatação da marcação, que foi – mais frequente – um 5-4-1.

Além de bem postados defensivamente, os rubro-negros contaram também com a sorte como aliada. Em um dos lances, Sabino se atrapalhou na saída de bola, fazendo Luiz Adriano ficar em liberdade e chutar cruzado para a boa defesa de Maílson. Pouco depois, Raphael Veiga levantou escanteio na área, o goleiro pernambucano saiu mal e Luiz Adriano cabeceou para fora próximo à trave esquerda.
Apesar de formarem o 3-5-2 ao atacar, com Moccelin junto a Mikael fazendo a dupla de ataque, faltou mais poder criativo aos pernambucanos, já que só se seguraram na defesa. Assim, viram os palmeirenses terem amplo domínio do jogo, criando mais duas boas oportunidades, entretanto sem sucesso; na primeira, Rony recebeu pela esquerda, limpou para a direita e finalizou perto da trave. Em seguida, depois de jogada pela direita, Piquerez soltou o pé em bom chute e Thyere afastou o perigo junto a Maílson.

Para a etapa final, Florentín optou por não realizar mudanças, seja nas peças como na proposta do duelo. Desse modo, ficou muito recuado e atraiu cada vez mais os alviverdes a seu campo, o que acabou gerando um castigo logo no início: Gustavo Scarpa cobrou escanteio e Luiz Adriano desviou para o gol, sem querer, para deixar tudo igual.
O empate no placar deixou os paulistas mais ligados na partida, passando a se fazerem mais presentes ao setor ofensivo. Percebendo o amplo domínio, o treinador do Sport decidiu fazer duas mudanças para tentar corrigir os erros e dar nova dinâmica à partida: Tréllez e Hayner foram acionados nos lugares de Mikael e Gustavo, respectivamente, mas sem mexer o desenho do ataque.

As alterações não surtiram tanto efeito, pois o Verdão seguiu pressionando e cansando os defensores leoninos. Explorando a falta de fôlego da marcação, os donos da casa chegaram com perigo por duas vezes na bola aérea, mas ambas tiveram belíssimas intervenções de Maílson, que evitou a virada dos anfitriões.
A última cartada do paraguaio foi tirar Ewerthon, cansado, por Cristiano, que fez Hayner ficar na lateral direita, sua posição de origem. Nem assim, porém, resistiu à pressão do Palmeiras: em novo escanteio na primeira trave, Willian desviou e a bola caiu nos pés de Felipe Melo; único trabalho do volante foi de empurrá-la ao fundo do barbante, dando números finais ao confronto.

Créditos da foto principal: Anderson Stevens/Sport