Sport na Série A: como joga taticamente o Atlético-GO

Por: Mateus Schuler

Caça às bruxas. Na noite de Halloween, o Sport encara o Atlético-GO com a missão de fugir das chamas do Dragão e afastar o fantasma do rebaixamento na Série A do Campeonato Brasileiro. Confronto de rubro-negros acontece neste domingo (31), às 20h30, na Arena de Pernambuco, válido pela 29ª rodada.

Separamos tudo sobre o próximo adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais dos dragolinos.

O TIME

Vindo embalados após duas vitórias seguidas dentro de casa, os atleticanos vão a campo com ao menos uma mudança, forçada. Suspenso pelo terceiro amarelo, o volante Willian Maranhão é a única ausência certa, enquanto que Ronald é dúvida por cansaço; Baralhas entra no meio-campo e João Paulo é o potencial substituto no ataque, mantendo o 4-2-3-1 mesmo tendo Matheus Barbosa e Dudu voltando a ser opção depois de lesão.

Base tática deve ser mantida nos atleticanos frente aos leoninos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Inconstante. É assim que se resume, em uma palavra, o ataque do Atlético-GO neste Brasileirão. Não por acaso, figura entre os piores do campeonato ao dividir a quarta marca mais negativa com a lanterna Chapecoense, fazendo 24 gols. Apesar do 4-2-3-1 bastante ofensivo, tendo os laterais presentes no setor ofensivo, o Dragão é o time que menos finaliza – média de sete por jogo – em geral e na direção da barra, totalizando 3,1 por partida.

Meio-campistas chegam frequentemente ao ataque (Imagem: Brasileirão Play)

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“É um time muito equilibrado, que não marca muitos gols e nem sofre muitos, tanto que atualmente o saldo de gols é 0. Apesar das duas últimas vitórias, importantes, contra Atlético-MG e Grêmio, dos quatro gols marcados, apenas um foi por um atacante”

Felipe André, repórter no Jornal O Hoje
Outra alternativa é povoar mais o meio e recuar a linha ofensiva (Imagem: Brasileirão Play)

Quando não conseguem criar com aproximação das linhas, a alternativa é o adiantamento de laterais e zagueiros, que auxiliam os companheiros a ficar do meio para frente. Desse modo, os atacantes recuam e formam um 4-3-3, cabendo aos meio-campistas fazendo a bola rodar horizontalmente – mais frequentemente – e/ou verticalmente, tentando achar espaços entrelinhas.

COMO DEFENDE

Se o ataque tem deixado a desejar, do mesmo não se pode falar da defesa. Os atleticanos possuem a segunda melhor da Série A, ao lado do vice-líder Flamengo com 24 gols sofridos e perdem apenas para o líder Atlético-MG, que foi vazado por 20 vezes. Muito se deve às duas linhas de marcação bem compactas, geralmente formando um 4-4-2 para fechar as brechas.

Sistema defensivo é o ponto forte dos dragolinos (Imagem: Brasileirão Play)

Goianos conseguem ainda bloquear os espaços aos adversários variando ao 4-2-3-1, seu sistema-base. Ainda que tenha a alternântica tática, a transição defensiva é falha, o que permite a quem contra-ataca ter muita liberdade na entrelinha. Com a variação, no entanto, os extremos costumam ficar próximo aos volantes, tentando fechar o cadeado.

“Defesa vive bom momento. Fernando Miguel vem fazendo um grande campeonato, tal como Éder, que já passou pelo Sport, sendo muito cobiçados para próxima temporada. Time sofreu quatro gols nos últimos cinco jogos, sendo que não foi vazado contra Fluminense e Grêmio”

Felipe André, repórter no Jornal O Hoje

PARA FICAR DE OLHO

Éder (ZAG) – Um dos responsáveis por ser o pilar defensivo, como o próprio setorista informou, o defensor tem se consolidado cada vez mais na equipe titular. Muito se deve pelo alto número de cortes, sendo o nono no quesito na competição, com 109 no total; com bom posicionamento, tem ainda a bola aérea de arma ofensiva.

João Paulo (MEI) – Não é titular absoluto, contudo é quem mais participa da criação de jogadas quando está em campo. A constante presença ao setor ofensivo o faz ser o jogador que mais criou grandes chances pelo time, com apenas cinco, mas deu uma assistência; além disso, tem a finalização como arma, seja de curta ou média distância, marcando três gols.

Zé Roberto (ATA) – O centroavante atleticano é a maior referência do setor. O bom posicionamento, seja na área ou próximo à pequena área, o transforma no maior finalizador da equipe goiana, somando 29 arremates. Desses, cinco resultaram em gols, mas sem fazer muito o pivô aos demais companheiros, pois não se movimenta tanto para isso.

Créditos da foto principal: Paulo Marcos/ACG

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