Por: Felipe Holanda
Pela Ressureição. O Náutico tem confronto marcado com o Brusque para se manter matematicamente vivo na sonho do acesso na Série B do Campeonato Brasileiro. Duelo acontece neste feriado de Finados (2) às 19h no Estádio Augusto Bauer, em Santa Catarina, pela 33ª rodada – distância atual do Timbu para o G-4 é de oito pontos, restando 18 em disputa.
Separamos tudo sobre o próximo adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Marreco.
O TIME
Perda irreparável. Ao que tudo indica, o time do treinador Waguinho Dias deve ir a campo sem o seu principal jogador: Edu, artilheiro do time e do campeonato com 16 gols. Sentindo um desconforto na parte anterior da coxa, o camisa 9 deve ser substituído por Tony. Já na defesa, Claudinho pode perder espaço para Everton Alemão, que treinou entre os titulares.

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COMO ATACA
Pouco ameaçador. Com 33 gols marcados na Segundona, o Brusque ainda busca o melhor modelo de jogo em fase ofensiva, variando entre o – mais frequente 4-3-3 – e o 4-2-3-1 quando tem a bola. A principal estratégia é explorar a movimentação dos homens de meio, enquanto os laterais dão profundidade e amplitude para “rasgar” a marcação adversária.

Quando quer valorizar um pouco mais a bola, forma um 2-4-4 com a chegada dos laterais, Toty (ex-Santa) e Airton (ex-Náutico), para ter vantagem numérica pelo meio do campo. A proposta pode confundir o sistema defensivo rival, mas deixa espaços caso o Marreco perca a posse.

“Tem como ponto forte as jogadas pelas beiradas do campo, graças às investidas de Garcez e Thiago Alagoano. Já o elemento surpresa fica por conta de John Clay, que atua à frente da dupla de volantes, tendo mais liberdade para chegar no trio de ataque”
Sidney Silva, repórter no Esporte SC
COMO DEFENDE
Avassalado. Dono da pior defesa do certame com expressivos 46 gols sofridos em 32 jogos – média de 1,44 por partida – o Marreco apresenta um sistema defensivo dos mais frágeis. Geralmente no 4-4-2, tendo a última linha desgarrada das demais, costuma dar espaço para as investidas rivais, principalmente por dentro.

“A defesa tem sido o grande calcanhar de Aquiles do Brusque na competição, mostrando muita vulnerabilidade nas bolas aéreas. Todos os jogadores da posição já tiveram a oportunidade de iniciar como titular, mas nenhum correspondeu até o momento”
Sidney Silva, repórter no Esporte SC
Quando busca se fechar ainda mais, um dos homens mais adiantados recompõe para formar um 4-5-1. O mais encarregado neste cenário é John Cley, enquanto apenas o centroavante se mantém na última linha de defesa. É justamente aí que os lados do campo viram o “mapa da mina” para os adversários do Marreco.

PARA FICAR DE OLHO
Airton (LE) – Servindo de bandeja. Airton é o garçom do Brusque na Série B, com seis passes para gol, e costuma ter o apoio como ponto forte. Apresenta profundidade e velocidade, somadas a um bom passe. Em contrapartida, já mostrou vulnerabilidades quando exigido em fase defensiva, deixando espaços pelas costas.
Thiago Alagoano (MEIA/ATA) – A principal referência técnica, com sobras, na ausência de Edu. Thiago é um típico camisa 10 que tem bons números na competição: cinco tentos e três assistências, acumulando oito participações diretas. Sabe organizar bem o jogo catarinense, mas também se destaca nas finalizações, ou vice-versa.
Maurício Garcez (PE/ATA) – O “motorzinho” do time. Peça fundamental na progressão de posse, Garcez é a principal válvula de escape e também pode surgir como elemento surpresa. Já foi às redes quatro vezes no certame, sendo uma delas na derrota para o Vila Nova na última rodada. Merece uma atenção a mais.