Náutico na Série B: como joga taticamente o Coritiba

Por: Felipe Holanda

Ultimato. Com chances remotas de acesso e rebaixamento, o Náutico recebe o Coritiba em confronto divisor de águas para as pretensões alvirrubras na Série B do Campeonato Brasileiro – Timbu estacionou nos 45 pontos e vê o G-4 cada vez mais distante. A bola rola às 16h15 deste sábado (6), nos Aflitos, pela 34ª rodada.

Separamos tudo sobre o próximo adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Coxa Branca.

O TIME

O treinador Gustavo Morínigo não tem novos desfalques diante do Timbu, já que Edson Carioca e Nathan Ribeiro continuam de fora por problemas físicos. Em contrapartida, Val retorna de suspensão e disputa por espaço com Matheus Sales, que agradou frente ao Operário; tendência é de manutenção da base no 4-2-3-1 alviverde.

Única dúvida no líder da Segundona é por opção do técnico (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

A máxima de que “a melhor defesa é o ataque” é seguida à risca no Coritiba. Acumulando 43 gols na Segundona, valoriza a posse e tenta envolver o adversário com trocas de passes, variando entre o 4-2-3-1 e o 4-3-3 no terço final, tendo também as constantes investidas dos laterais, Guilherme Biro, o esquerdo, e Natanael, o direito.

Exemplo de movimentação paranaense com a bola (Imagem: Sportv/Premiere)

“O ataque tem velocidade, técnica e eficiência. A velocidade fica com o jovem Igor Paixão e o voluntarioso Waguininho, que se movimentam muito e cumprem funções táticas importantes. A técnica fica com o experiente Rafinha, que consegue bons passes e boas jogadas individuais. Já a eficiência é com o artilheiro Léo Gamalho, autor de 22 gols na temporada”

Daniel Piva, repórter na Rádio Banda B

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O modelo alviverde em fase ofensiva tem flertes frequentes para o 4-2-4. Neste cenário, os volantes participam efetivamente da progressão de posse, com os extremos alargando o campo e deixando o máximo de espaço possível para Léo Gamalho infiltrar entre a defesa. É assim que o Coxa consegue marcar a maioria de seus gols.

Coritiba com todos os homens no campo de ataque (Imagem: Sportv/Premiere)

COMO DEFENDE

Segura quando exigida. Dono da melhor defesa da competição, sendo vazada 26 vezes, a tendência é que o Coxa se feche no 4-4-2 tradicional, apresentando poucas falhas no encaixe. Neste cenário, apenas Léo Gamalho e um dos meias ofensivos, Robinho ou Rafinha, permanecem na última linha; 4-1-4-1 também é frequente.

Compactação defensiva dos paranaenses (Imagem: Sportv/Premiere)

“Liderada pelos experientes goleiro Wilson, zagueiro Henrique e volante Willian Farias, a defesa faz o time sofrer poucos gols. A marcação é formada por duas linhas de quatro, com Igor Paixão e Waguininho fechando a segunda linha e auxiliando os laterais com os extremos dos adversários”

Daniel Piva, repórter na Rádio Banda B

Noutra possibilidade, a depender do andamento do jogo, o Coritiba também pode explorar um 4-5-1 tendo apenas Gamalho na referência. A estratégia acontece quando o adversário tenta impor seu jogo pelos lados. Dessa forma, os pontas invertem de lado para dificultar a troca de passes e ter mais chances de desarme.

Exemplo do 4-5-1 alviverde (Imagem: Sportv/Premiere)

PARA FICAR DE OLHO:

Wilson (GOL) – O principal emblema do Coritiba. Experiente, Wilson consegue se destacar embaixo das traves, apresentando média de 2.2 defesas por jogo, com 73% de aproveitamento nas intervenções. A boa fase da defesa passa diretamente pelas mãos do goleiro de 37 anos, que acumula 14 “Clean Sheets” na competição e é o vice-líder neste quesito, ao lado de Tadeu, do Goiás; Glédson, do Avaí, tem 15.

Igor Paixão (ATA/PONTA) – O ícone da juventude Coxa Branca. Líder de assistências com cinco passes, ao lado de Robinho, Igor Paixão costuma servir bem os companheiros na transição ofensiva. Também tem poderio para chegar ao ataque, com seis gols feitos, número que o coloca como goleador do time na Série B depois de Léo Gamalho.

Léo Gamalho (CA) – Pontaria calibrada e perigo constante. Anotando 15 bolas nas redes, Gamalho é o vice-artilheiro da competição, atrás apenas de Edu (16), do Brusque. Praticamente toda investida ofensiva é finalizada pelo camisa 9, que também foi garçom em duas oportunidades, acumulando 17 participações diretas.

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