Por: Mateus Schuler
Para tirar um coelho da cartola. Sem Florentín, o Sport tem confronto marcado com o Fluminense precisando fazer “mágica” e alimentar o sonho da permanência na Série A do Campeonato Brasileiro. Partida acontecerá neste sábado (6) às 21h, no Maracanã, e é válida pela 30ª rodada.
Separamos tudo sobre o próximo adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais dos tricolores.
O TIME
Para a partida diante dos rubro-negros, o técnico Marcão tem cinco baixas de certeza. Ainda no departamento médico, Ganso, Gabriel Teixeira, Hudson e Caio Paulista seguem de fora, no ataque, John Kennedy volta de suspensão e Fred ganha oportunidade entre os titulares, mantendo o 4-2-3-1; Yago ainda não está 100% e Martinelli entra no meio.

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COMO ATACA
Dono do pior ataque da primeira metade da tabela com 28 gols, ao lado do Cuiabá, o Fluminense tem apresentado muitas dificuldades para propor jogo e criar as jogadas. Não por acaso, é o oitavo time com menor posse de bola, além de ser o quinto que menos finaliza – 8,2 por partida – no campeonato, atrás do próprio Sport.

Com as linhas aproximadas, é o sétimo que mais cria grandes chances – 47 junto ao São Paulo – no Brasileirão, apesar da falta de pontaria. Variando do 4-2-3-1 ao 4-3-3 frequentemente, tem o contra-ataque e a velocidade como principais armas quando tem a posse, o que faz o Flu usar os extremos para fazer a ligação, alternando sempre o lado de cada um; os meio-campistas ajudam na transição.

“Quando tem a posse, o time de Marcão joga utilizando muito a ligação direta e a velocidade dos pontas, apostando na jogada individual de Luiz Henrique para abrir espaços na defesa e procurar John Kennedy, que passa por boa fase. Os pontas alternam muito o seu posicionamento e também fazem trocas com o centroavante para confundir a defesa adversária”
Ronan Erbe, da página Eterno Campeão
COMO DEFENDE
Defensivamente, no entanto, os números são melhores, pois a equipe tricolor é a sexta menos vazada com 31 gols sofridos, dividindo sua marca ao lado do Internacional. Muito disso se deve pela postura retraída demonstrada dentro de campo, ainda que os blocos variem de acordo com o posicionamento do adversário.

A característica marcante do Flu, sem a bola, é a formação de duas linhas de 4 e médias, podendo descer ou subir mais quando preciso. A compactação é apresentada justamente na variação da distribuição das peças, podendo ser 4-4-2 – mais comum – ou até mesmo 4-1-4-1, com o primeiro volante fixo na cabeça de área.
“Diferente do time de Roger Machado, que marcava no campo do adversário, o time de Marcão defende com praticamente todo time atrás da linha do meio. Assim, atrai o adversário para seu campo e tenta sair com velocidade no contra ataque”
Ronan Erbe, da página Eterno Campeão

PARA FICAR DE OLHO
Nino (ZAG) – O defensor pernambucano é o principal pilar da primeira linha do Flu, sendo um dos responsáveis por dar maior solidez ao setor. Não lidera – pela equipe – a lista de desarmes, cortes e interceptações, mas está entre os mais destacáveis; apesar disso, é forte na bola aérea, seja atacando ou defendendo, inclusive marcando dois gols.
André (VOL) – Cria das categorias de base tricolor, o cabeça de área é quem dá estabilidade ao meio-campo e fica responsável por ajudar Yago ao fazer a transição ofensiva. Com bom controle de bola, consegue alternar muito no meio, podendo ser primeiro ou segundo volante a depender da situação que o time esteja; atacando, criou duas grandes chances e deu uma assistência, além de balançar as redes por uma vez.
John Kennedy (ATA) – Titular nos últimos três jogos e indo a campo em nove no total, o centroavante formado pelo Fluminense é a esperança de gols dos cariocas. Até o momento deu 15 finalizações, com média de 1,7 por partida e foi às redes por duas vezes, mostrando boa movimentação para ajudar com pivôs também.
Créditos da foto principal: Mailson Santana/Fluminense F.C