Por: Mateus Schuler
O início, o fim, e o meio. Como o verso de Paulo Coelho, o Sport recebe o América-MG na primeira das três “decisões” seguidas que tem pela frente e devem carimbar futuro leonino na Série A do Campeonato Brasileiro. Confronto será nesta quarta-feira (10) às 21h30, na Arena de Pernambuco, válido pela 31ª rodada.
Separamos tudo sobre o próximo adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais dos alviverdes.
O TIME
Os americanos vão a campo praticamente com o mesmo time que perdeu para o Atlético no clássico mineiro, pois os novos desfalques não aparecem entre os 11 iniciais frequentemente. Além de Eduardo, Berrío e Carlos Alberto, Fabrício Daniel e Bruno Nazário receberam o terceiro amarelo, mantendo o 4-3-3 de Marquinhos Santos.

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COMO ATACA
Apesar de ocupar o meio da tabela, o Coelho tem o sétimo pior ataque com 29 gols marcados, dividindo a marca ao lado do Fluminense. Muito se atribui à falta de pontaria da equipe, já que é quem mais perdeu grandes chances junto ao Flamengo, desperdiçando 38 oportunidades das 54 criadas no total, sendo top-5 no quesito.

O início da criação de lances é em saída 3+2, tendo um dos meio-campistas mais recuado e os demais à frente, fazendo os laterais subirem. Outra opção é formar o 4-3-3, descendo as linhas e os extremos, adiantando os meias no círculo central para povoar o meio e tentar preencher o máximo de espaços e se infiltrar na marcação adversária.

“América é um time que passa por uma mudança gradual na proposta do ataque. Com Mancini, optava mais por ataques diretos, apostando nas bolas longas e projeções dos laterais em profundidade. Agora, busca mais os momentos de ataque posicional, com um jogo apoiado. Neste sentido, o meia Alê tem sido fundamental como uma espécie de organizador e termômetro”
Lucas Bretas, repórter no Superesportes
COMO DEFENDE
Se o ataque mostra pouca efetividade, a defesa demonstra mais segurança, sendo vazada por apenas duas vezes nos três jogos com Marquinhos Santos à frente do time. É o sexto melhor sistema defensivo da competição, já que é muito combativo na marcação e para recuperar a segunda bola, quando for necessário, formando um 4-3-3 de blocos médio/altos.

Apesar da intensidade, há a possibilidade de recuar as peças, performando num 5-4-1, que faz o centroavante ficar mais isolado. Nessa formatação, um dos extremos fica responsável por formar a primeira linha com os defensores e o outro junto aos meio-campistas; assim, sofre menos durante o momento defensivo.
“Defensivamente, o América tem sido bastante sólido. Talvez esse seja o principal fator pra explicar a quarta colocação da equipe no returno do Brasileirão. No início dos jogos, o Coelho sempre busca sufocar o adversário a partir de uma marcação alta com encaixes individuais, fechando as opções de passe e induzindo o adversário ao erro”
Lucas Bretas, repórter no Superesportes

PARA FICAR DE OLHO
Eduardo Bauermann (ZAG) – Se a defesa consegue ter bons números, muito é pelo bom desempenho apresentado pelo zagueiro. O defensor americano é o líder da equipe em interceptações, com 40 no total, e vice-líder em cortes – atrás apenas do parceiro de zaga Ricardo Silva – acumulando 87 e média de 3,2 por partida.
Juninho Valoura (MC) – A constante presença ofensiva dos alviverdes se deve ao meio-campista. Ele é quem faz a bola rodar, sendo o cérebro do time e que cria frequentemente as jogadas, pois é o líder em grandes chances criadas – sete no total – na equipe e vice-líder nas assistências, totalizando três passes para gol; além disso, aparece para finalizar, balançando as redes duas vezes.
Ademir (PD) – Apesar de não ser o centroavante, o ponta direita é o artilheiro do Coelho na Série A, justamente pela sua movimentação no setor ofensivo. Oitavo jogador com mais finalizações na competição e o de maior número de arremates nos mineiros, já foi às redes por sete oportunidades, contudo desperdiçou a mesma quantidade.
Créditos da foto principal: Marina Almeida/América