Por: Guilherme Batista e Mateus Schuler
Em ritmo extremamente lento. Assim como o filme homônimo, o último capítulo do Náutico na Série B do Campeonato Brasileiro teve poucas emoções. Diante do Cruzeiro nesta quinta-feira (25), no Mineirão, o Timbu se mostrou apático e empatou sem gols pela 38ª rodada da Segundona; placar o faz terminar na 8ª posição, com 53 pontos.
Para a última partida da temporada, os alvirrubros foram a campo mantidos no 4-2-3-1, mas a escalação teve novidades. Sem Camutanga e Jean Carlos, de férias, Hélio dos Anjos optou por colocar Carlão e Jacob Murillo entre os 11; Hereda e Júnior Tavares voltaram às lateral direita e esquerda, enquanto que Thássio foi acionado na extrema.

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COMO FOI
Jogando diante do Mineirão lotado e querendo fazer bonito para despedida de Rafael Sóbis, o Cruzeiro partiu para cima do Náutico desde o início. Com os blocos altos e pressionando o portador da bola, a Raposa forçou muito o erro do Timbu. Na primeira boa oportunidade, Marcelo Moreno aproveitou o vacilo da defesa pernambucana e finalizou para fora, escorregando na hora do arremate.
Se fechando num 4-4-2, os alvirrubros se compactaram o máximo que foi possível para dificultar as ações ofensivas dos mineiros, mas sem êxito. Com finalizações de média e longa distância, os celestes seguiram assustando e quase abriram o placar em chute de Claudinho; a forte marcação interveio, por alguns momentos, as investidas.
Nos minutos finais da primeira etapa, os cruzeirenses baixaram suas linhas e começaram a permitir mais troca de passes em seu campo. Ainda assim, os pernambucanos encontraram dificuldades poder para abrir espaço na boa postura adversária. Os anfitriões voltaram a assustar com Giovanni, que foi servido na entrada da área e finalizou colocado para Anderson operar um milagre no Mineirão.

No minuto seguinte, o arqueiro alvirrubro voltou a evitar o gol mineiro após tentativa de Eduardo Brock da intermediária. E foi a equipe da Rosa e Silva que, mesmo aos trancos e barrancos, quem teve a última oportunidade dos 45 minutos iniciais. Após bola alçada na área, Thássio foi mais veloz que os defensores e deu desvio despretensioso; por pouco não abriu o marcador.
Para o segundo tempo, Hélio dos Anjos realizou a primeira substituição e não alterou o sistema tático: Vargas entrou no lugar de Hereda, deixando Thássio na lateral direita. Apesar da mexida, a postura seguiu apática como durante a etapa inicial e os donos da casa tiveram a primeira boa chance depois de um vacilo; Anderson se atrapalhou na saída de bola e, ao lançar, chutou em cima de Marcelo Moreno, contudo saiu pela linha de fundo.

Tentando dar novo fôlego aos seus comandados e testando novas peças, o comandante alvirrubro promoveu Paiva e Giovanny nos lugares de Álvaro e Murillo. As mudanças não surtiram o efeito esperado, mesmo continuando no 4-2-3-1, com os laterais se apresentando no campo ofensivo; poder criativo se manteve nulo.
Do meio para o fim, os alvirrubros ficaram mais retraídos e atraíram a equipe mineira, que passou a ser perigosa. Luiz Henrique e Guilherme Nunes foram a campo nas vagas de Carpina e Trindade, o que fez o Timbu formar um 4-5-1 ao ficar sem a bola, se compactando no setor defensivo e chamando o time cruzeirense.
Nos minutos finais, não por acaso, a Raposa chegou muito perto de balançar as redes. Na primeira tentativa, Rafael Sóbis bateu falta na área e Ariel Cabral cabeceou no chão, com a bola indo no travessão em seguida; na sequência, o mesmo Cabral recebeu na entrada da área e o chute saiu próximo à trave esquerda. No último lance, Felipe Augusto levantou na pequena área e Vitor Roque, de frente para o gol, perdeu chance incrível ao finalizar para fora.

Créditos da foto principal: Gustavo Aleixo/Cruzeiro