Por: Felipe Holanda
Anjo caído. Em período de transição, o Náutico enfrenta o Fortaleza para se manter vivo na Copa do Nordeste e recolher os cacos após saída da comissão técnica. Partida está marcada para este sábado (12) às 17h45, nos Aflitos, válida pela quarta rodada do Nordestão; Timbu será comandado pelo auxiliar Marcelo Rocha.
Separamos tudo sobre o próximo adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho e muito mais do Tricolor do Pici.
O TIME
Para o duelo diante dos alvirrubros, o treinador Juan Pablo Vojvoda tem problemas na escalação inicial, a começar pelas ausências de Romarinho, suspenso, e Robson, edema na panturrilha esquerda. Além deles, atacante Renato Kayzer, apesar de regularizado, sequer viajou com a delegação.

COMO ATACA
Intensidade. O Fortaleza de Vojvoda se destaca pela objetividade que tem com a bola nos pés, explorando um 3-4-3 ou 3-5-2 para encontrar brechas nas linhas inimigas. A média de gols é boa. Só na Copa do Nordeste 2022, foram oito marcados em três jogos, tendo o Tricolor sempre perigoso no terço final e mostrando variações na forma de atacar.

Construindo a maioria de suas jogadas por fora, o Leão do Pici valoriza bem a posse com o objetivo de cansar a defesa rival. Além disso, tem a participação do goleiro Fernando Miguel na saída de bola, chegando a formar um 1-4-4-2 desde o tiro de meta, com dois atacantes mais adiantados.

Em outras situações, principalmente se estiver em desvantagem no placar, a equipe pode apresentar um 4-2-4 contando com as subidas dos laterais, ao mesmo tempo em que coíbe as investidas adversárias pelos lados. Neste cenário, o meia central, geralmente Lucas Lima, é o principal responsável por organizar o jogo.
“Pikachu é quem mais agrega na ligação da defesa ao ataque, enquanto Crispim é peça fundamental alternando entre lado esquerdo e armação. Lucas Lima é o maior destaque para fazer a transição, inclusive sendo o responsável pela sustentação do meio”
Well Soares, do perfil @comentaristatricolor
COMO DEFENDE
Efetivo. O sistema defensivo do Fortaleza tem suas falhas, mas em geral apresenta estabilidade quando atacado, fluindo entre o 3-5-2 e o 5-3-2 sem a bola. A estratégia pede muito esforço dos homens de meio campo, que podem cair pelos lados ou fechar por dentro em momentos de recomposição.

“Defensivamente é um time bem agrupado, com um trio bastante entrosado desde a temporada passada. Ora a primeira linha tem a composição de um dos volantes, deixando quatro peças, ora mantém o trio, mas tendo sempre muita solidez. São jogadores que se antecipam bastante aos adversários”
Well Soares, do perfil @comentaristatricolor
Outra alternativa de Vojvoda ao defender é se fechar com duas linhas de 4, flertando entre o 4-2-3-1 e o 4-4-2. Nos três jogos que fez pela temporada, todos pelo Nordestão, o Leão do Pici foi vazado apenas uma vez, justamente no duelo de algozes contra o Ceará, que terminou empatado em 1 x 1, na última rodada.

PARA FICAR DE OLHO
Marcelo Benevenuto (ZAG) – Acima da média. O ex-botafoguense esbanja qualidades como zagueiro, seja fazendo a função de líbero – esta mais recorrente – ou caindo mais pela esquerda. Preciso em passes longos, Marcelo Benevenuto também pode se destacar com a bola nos pés, além de sua chegada ao ataque no jogo aéreo.
Lucas Lima (MEIA) – O cérebro do time. Quando a defesa se rival de fecha atrás da pequena área, cabe a Lucas Lima construir a posse e achar algum companheiro desmarcado. Apesar da precisão nos passes chaves, o meia ainda não acumula nenhum tento ou assistência pelo Leão do Pici em 2022.
Moisés (ATA) – Cajado na mão. Ex-Ponte Preta e com boas atuações contra o próprio Náutico, Moisés é um dos mais perigosos do ataque cearense. Costuma cair pela esquerda, tendo marcado o único gol do Tricolor no clássico frente ao Ceará. É um daqueles extremos que não pode ter espaço por dentro, ou por fora.
Créditos da foto principal: Leandro Moreira/Fortaleza EC