Por: Felipe Holanda
Rubro Veio. Náutico e Sergipe fazem duelo de alvirrubros em “cunho separatista” pela Copa do Nordeste: enquanto o Timbu tem oito pontos e mira voltar ao G-4, o Gipão, com apenas um, já está eliminado. Partida acontece neste domingo (6), Data Magna de Pernambuco, às 18h30, nos Aflitos, pela 7ª rodada do Nordestão.
Separamos tudo sobre o próximo adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Diabo Rubro.
O TIME
Para o confronto com o Timba, a equipe tem um desfalque certo: o lateral-esquerdo Elivelton, expulso na derrota para o Botafogo-PB. Recém-chegado, Daniel Neri deve promover ainda mudanças na dupla da zaga e no meio: Lomar e Lazarini substituindo Silvio e Diego Augusto, além de Aragão e Doda substituírem Ageu e Fabiano. No comando de ataque, a novidade pode ser Paulinho Simionato, que teve nome divulgado no BID.

COMO ATACA
Pouca intensidade. Marcando apenas dois gols na Copa do Nordeste até aqui, o Sergipe amarga o pior ataque de toda a competição. A principal alternativa com a bola é variar entre o 4-3-3 e o 4-2-3-1 para buscar espaços na marcação rival, construindo a maioria de suas jogadas por fora.
Curtindo o conteúdo? Apoie o Pernambutático clicando aqui
“O problema do Gipão é que não é um time com pontas habilidosos, então o ataque é muito estático, os jogadores não tem os movimentos coordenados de forma automatizada. O famoso “não sabem o que fazer com a bola”
Fabrício Santos, repórter da ITTV
Quando tenta organizar a transição de trás, o Diabo Rubro pode contar com a chegada do goleiro para explorar uma saída 3+1 ao lado da dupla de zaga e um dos volantes. Neste cenário, dá mais liberdade aos laterais para ganhar profundidade pelos lados, chegando até a linha de fundo se necessário.

COMO DEFENDE
Se o ataque passa longe do ideal, o sistema defensivo também tem poucas virtudes. Ao todo, foram dez gols sofridos pelo Sergipe até aqui, números inferiores apenas aos de Globo (14) e Floresta (11). A tática mais utilizada quando ameaçado é se fechar com as tradicionais duas linhas de 4, geralmente no 4-4-2.

“Com a chegada do Neri, eu tenho sentido o time um pouco mais exposto defensivamente. Criou-se uma lacuna entre meio e defesa, ele tenta marcar com linhas mais altas, mas como os jogadores ainda não estão habituados a essa pressão, deixam muitos espaços”
Fabrício Santos, repórter da ITTV
Outra possibilidade para o Gipão é explorar um 4-3-3 em fase defensiva, flertando com uma primeira linha de cinco. A situação dá mais segurança, principalmente pelos lados, enquanto os volantes e zagueiros preenchem melhor o meio.

PARA FICAR DE OLHO
Diego Aragão (VOL) – Peça fundamental. Diego Aragão é um dos mais acionados na transição ofensiva do Diabo Rubro, geralmente com passes precisos para progredir a posse sergipana e servir os companheiros. Além disso, pode ser perigoso em finalizações de média/longa distância, tendo a chegada ao ataque como um de seus pontos fortes.
Doda (MEIA) – Organização. Tendo qualidade com a bola nos pés e boa visão do jogo, Doda é o mais perigoso do Sergipe no terço final. Se movimenta bem para encontrar brechas na marcação rival, podendo “pisar” na área adversária com frequência para tentar o arremate. Merece uma atenção especial.
Créditos da foto principal: Antônio Soares/CSS