Por: Mateus Schuler
Semelhança só nas cores. Maior campeão estadual, o Sport faz confronto de rubro-negros com o Íbis para jogar o mata-mata como mandante, já o Pássaro Preto amarga quadrangular contra o rebaixamento. Duelo será disputado nesta quarta-feira (16) na Arena de Pernambuco, às 21h, e é válido pela 9ª e última rodada da primeira fase do Campeonato Pernambucano Betsson 2022.
Separamos tudo sobre o adversário leonino: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Pássaro Preto.
O TIME
O duelo marcaria a volta de Lucas Peixe à titularidade, já que sentiu lesão no aquecimento contra o Retrô, mas o goleiro foi expulso e Hélio segue mantido entre os 11. Sem jogadores suspensos ou no departamento médico, tendência é que o técnico Paulo Lima dê sequência a quem vinha jogando, tendo ainda a possibilidade de Felipe Almeida entrar como o armador de jogadas no 4-2-3-1.

COMO ATACA
Segundo pior ataque da competição com quatro gols, à frente somente do lanterna Sete de Setembro, o Íbis tem deixado bastante a desejar durante a temporada. Como na A-2, o setor ofensivo até conseguiu apresentar boas variações no sistema tático, porém não demonstrou efetividade quando teve a bola no pé.

Mantendo a proposta da Segundona do Estadual, o Pássaro Preto busca ter a saída sustentada, formando um 3+3. Com isso, um dos volantes recua junto à dupla de zaga, enquanto o outro se alinha aos laterais, dando liberdade do meio em diante. Já no setor ofensivo, alterna entre 4-2-3-1 — mais comum — e 4-3-3, tendo os jogadores da beirada vindo por dentro.
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“Com Vitor Leão deslocado para a zaga, o Íbis perdeu apoio pelo lado esquerdo. Assim, contra o Retrô, tiveram muitas subidas de Thyego pela direita, fazendo boas dobradinhas com Kelvenny. A cabeça de área é quem tem a função de organizar a transição ofensiva, usando o jogo apoiado”
Bruno Noblat, comentarista na TV FPF
COMO DEFENDE
A defesa do “Pior Time do Mundo”, por outro lado, até que apresenta números menos alarmantes. Nos oito jogos disputados, foram 12 gols sofridos, sendo o melhor do grupo que vai ao quadrangular do rebaixamento, ficando à frente inclusive do Santa Cruz, vazado por 13 vezes. Muito da inconsistência se deve pelos espaços cedidos, além da postura reativa, por ficar pouco com a bola.

Por ter menos a posse, o Pássaro não pressiona o adversário para recuperar de imediato, performando frequentemente num 4-1-4-1 que flerta com o 4-5-1. Outra alternativa para manter essa postura é a manutenção do próprio 4-2-3-1, tendo os volantes mais próximos à linha defensiva, além dos demais meio-campistas à frente.
“Ao contrário do último jogo, Thyego deve ficar um pouco mais recuado, pois foi muito ofensivo e não guarda a posição. Apesar do time ter duas linhas de quatro sem a posse, deixam muitos espaços, principalmente ao serem pegos nos contra-ataques”
Bruno Noblat, comentarista na TV FPF

PARA FICAR DE OLHO
Felipe Almeida (LD) – Apesar do time mesclar experiência com juventude, o lateral-direito vem sendo um dos destaques técnicos, pois é o jogador mais velho. Podendo desempenhar mais de uma função dentro das quatro linhas, o atleta mostra dinamismo e intensidade quando tem a bola no pé, sabendo trabalhar bem a posse.
Roberto (VOL) – Junto a Celestino na cabeça de área, consegue até manter certa estabilidade no setor, mesmo com as fragilidades da equipe. Sendo um dos responsáveis pela transição ofensiva, consegue fazê-la valorizando bem a posse, além de ter qualidade nas bolas paradas, seja cobranças de falta ou escanteios.
Kelven (ATA) – Mesmo sem viver o bom momento da Série A-2, o atacante é quem mais tem se movimentado no setor ofensivo do Pássaro Preto na atual temporada. Dos quatro gols marcados pelo time na volta à elite, dois foram do centroavante, mostrando que o faro ainda está ativo; além disso, é quem mais aparece para finalizar.
Créditos da foto principal: Michael Fotógrafo/Íbis