Por: Felipe Holanda, Ivan Mota e Mateus Schuler
De dispensável a decisivo. Antes desacreditado no Sport, o Búfalo recuperou sua força e hoje é peça insubstituível no esquema de Gilmar Dal Pozzo. De quebra, fez o torcedor rubro-negro esquecer a ausência de Mikael, negociado junto ao Salternitana-ITA, após outra grande atuação na vitória por 3 x 1 sobre o CRB, que culminou com classificação leonina à final da Copa do Nordeste.
Nesta análise, o Pernambutático destaca a evolução de Javier Parraguez com principais características táticas, números, posicionamentos e muito mais.
EVOLUÇÃO METEÓRICA
Cada vez mais decisivo. Vindo de sete gols nos cinco último jogos — média de uma bola nas redes a cada 60 minutos —, Búfalo hoje é o grande destaque do Sport ao lado do prata da casa Luciano Juba. Cirúrgico dentro da grande área, o camisa 9 vem se mostrando eficiente, seja finalizando com os pés ou cabeça. Ao todo, foram cinco tentos pelo chão e dois em jogadas aéreas.
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Os gols apenas corroboram a boa fase. Javier Parraguez tem importância tática no time de Dal Pozzo, fazendo bem o pivô e surgindo constantemente como opção de passe. Ou seja, participa de todas as formas possíveis do jogo leonino. Um bom exemplo disso aconteceu na vitória por 3 x 0 em cima do Floresta, também pelo Nordestão, quando o chileno foi às redes uma vez.

DA ÁGUA PARA O VINHO
Chegando sob desconfiança, como boa parte dos estrangeiros que são contratados pelo futebol pernambucano, Búfalo teve um início abaixo das expectativas. Nos sete primeiros jogos com a camisa rubro-negra, além de passar em branco, mostrou falhas de posicionamento e nas finalizações, perdendo “gols feitos”.
A falta de pontaria, inclusive, ocasionou em resultados negativos, pois foram cinco empates e duas derrotas quando não balançou as redes antes até de desencantar. E foi justamente a partir dos últimos cinco duelos que o camisa 9 começou a empolgar e cair nas graças da torcida.
Desde o primeiro gol, na vitória de virada diante do Náutico, aos dois últimos frente ao CRB, o centroavante começou a demonstrar as suas mais diversas facetas dentro de campo. Com muita movimentação, já caiu dos dois lados — próximo à referência — do ataque, conseguindo se desvencilhar bem da marcação e finalizando em maior frequência.

IMPORTÂNCIA DEFENSIVA
Não é só de gols que se alimenta o Búfalo. Por conta de sua movimentação e entrega tática, o centroavante também desempenha funções defensivas ao longo dos duelos. Atuando como um ponta, o camisa 9 do Leão participa da marcação pressão na saída de bola do adversário, apertando os laterais ou volantes, como nesse lance no embate contra o CRB pela semifinal da Copa do Nordeste; pelos leoninos, o chileno já recuperou a posse por 27 vezes.

Outra característica importante, defensiva e ofensiva, é seu jogo aéreo. Se no ataque usa a cabeça para balançar as redes, na defesa é uma das armas para evitar os cruzamentos dos outros times, principalmente em escanteios e cobranças de falta. Quando o Sport precisa jogar mais fechado, o Búfalo também retorna para ajudar, quase sempre ajudando no 4-4-2 defensivo, atuando próximo da segunda linha de quatro.

Créditos da foto principal: Anderson Stevens/Sport