Por: Ivan Mota
Partida histórica. Com apenas seis anos de idade, o Retrô disputará nesta quinta-feira (21) às 16h30, nos Aflitos, um dos jogos mais importantes da sua história. A partida de ida da grande final do Campeonato Pernambucano Betsson 2022 tem suma importância nas chances da Fênix levantar sua primeira taça no futebol profissional. Por ter a melhor campanha na primeira fase, o time chega com moral para encarar o Náutico no duelo decisivo.
Nesta análise, o Pernambutático destrincha prováveis posicionamentos da Fênix, possível escalação, informações de um setorista e como a equipe de Dico Wooley vem preparada para a grande decisão.
O TIME
Dico Wooley deve manter a base do time que derrotou o Crato na estreia da Série D. Ainda com os possíveis desfalques do volante Gelson e do atacante Rodrigo Fumaça. Com isso, Lucas Silva e Radsley devem ser mantidos no meio de campo ao lado de Charles, e o trio mais ofensivo é esperado para ser armado por João Guilherme, Gustavo Ermel e o artilheiro Renato, permanecendo no 4-3-3.

COMO ATACA
Líder da primeira fase e com uma campanha de impor respeito, o Retrô teve o segundo melhor ataque, com 21 gols em nove partidas, e um começo promissor na Série D, ao derrotar o Crato por 2 x 0 na Ilha do Retiro. Com Renato, artilheiro e candidato a melhor jogador do Pernambucano no comando ofensivo, a Fênix tem nele a principal esperança de gols.
Próximo da grande área adversária, o time pode se manter postado no 4-3-3 original. Apesar de jogar muitas vezes com três volantes, os homens de meio campo conseguem se aproximar do trio de ataque, que atua com dois pontas velozes e Renato centralizado. Por ter mobilidade e boa técnica, o camisa 10 também pode atuar mais recuado, ajudando na criação de jogadas.

“Quando a posse de bola está com o Retrô, o 4-3-3 se torna bastante evidente, com a importância tática do velocista Gustavo Ermel atuando pelos lados, sendo ele o líder de assistências do time. Renato, como artilheiro do campeonato, conhece bem os caminhos do gol, além de ter uma boa visão de jogo e precisão nos passes”
Diego Eduardo, comentarista na TV FPF
Curtindo o conteúdo? Apoie o Pernambutático clicando aqui
Talvez a principal característica da Fênix na temporada se encontre na saída de bola. Charles é o responsável na grande maioria das vezes em iniciar as jogadas ofensivas, se aproximando da dupla de zaga e recebendo a bola ainda no campo de defesa. Por ter um bom passe, o camisa 5 também pode executar lançamentos longos, buscando um rápida transição entre defesa e ataque, fazendo a ligação direta.

COMO DEFENDE
Melhor defesa da competição, com apenas sete gols sofridos nos dez jogos que disputou, o setor defensivo é um dos pilares do time. Muito disso se deve pelo entrosamento das peças. Desde o começo da temporada, Dico Wooley encontrou sua escalação ideal para o setor, tendo a linha de 4 formada por Pedro Costa, Renan Dutra, Guilherme Paraíba e Mayk em praticamente todos os confrontos.
Se fechando quando está em vantagem no placar, a Fênix pode se postar em um 4-2-3-1 com as linhas bastante próximas. Como a partida é decisiva, essa formação pode ser utilizada em ambos os jogos da final, caso o time de Camaragibe consiga ficar em vantagem no placar.

“Defensivamente, a equipe da Fênix conta com o esquema no 4-1-4-1, já com a ausência do volante Gelson, que está lesionado. Nas últimas duas partidas, contra Salgueiro e Crato, o técnico Dico Wooley promoveu as entradas de João Guilherme e de Erivelton Araújo, permitindo a equipe a formar uma segunda linha avançada para reforçar as laterais de campo”
Diego Eduardo, comentarista na TV FPF
PARA FICAR DE OLHO
Pedro Costa (LD) – Uma das grandes surpresas do campeonato, Pedro Costa vem se destacando bastante atuando na lateral direita da Fênix. Por sua força física, o jogador de 28 anos consegue ajudar na defesa e no ataque, chegando bem ao último terço para invadir a área ou servir seus companheiros.
Charles (VOL) – Peça chave no meio de campo. Charles foi mais um dos reforços do Retrô para a temporada que assumiu rapidamente a titularidade, além de se tornar o capitão do time. Ajudando na defesa e no ataque, o camisa 5 se destaca pelos bons lançamentos, forte marcação e também na potência de seus chutes de longa distância.
Renato (MEI/ATA) – O cara. Formado pelo Náutico, Renato se reinventou no Retrô e vive a melhor fase da carreira. Artilheiro da competição com sete gols, o meia-atacante pode atuar em diversas posições no ataque, aparecendo mais recuado na armação, centralizado no ataque ou até mesmo atuando como ponta pelos lados do campo.
Créditos da foto principal: José Felipe/Retrô Fc