Por: Ivan Mota
Hegemonia alvirrubra. No peso da camisa, o Náutico conseguiu remontada heroica e venceu o Retrô para se sagrar bicampeão do Pernambucano. Timbu levou a melhor por 1 x 0 no tempo normal, com gol de Pedro Vitor, selando a conquista nos pênaltis neste domingo (30), na Arena de Pernambuco.
Mudanças no Timbu para a final. Em relação ao jogo de ida da final, Roberto Fernandes optou por quatro novidades. Ralph, Eduardo Teixeira, Pedro Vitor e Léo Passos apareceram no time titular. Já Dico Wooley, treinador da Fênix, realizou apenas uma alteração. Radsley ganhou a vaga de João Guilherme e entrou de frente para a grande decisão.

COMO FOI
A partida começou com amplo domínio do Náutico. Sabendo que precisariam vencer para ter chances de levantar o troféu, os alvirrubros tinham mais posse e chegaram mais vezes com perigo ao gol de Jean. Nos poucos avanços da Fênix, o time se fechou em um 4-4-2, tendo Jean Carlos atuando mais avançado ao lado de Léo Passos.

Os minutos seguintes mantiveram a mesma toada, porém o Timbu não conseguiu levar real perigo ao goleiro Jean, chegando apenas por meio de bolas paradas. Mesmo assim, tinha maior posse e não deixava o Retrô trocar passes no meio de campo, evitando mais investidas da Fênix.
Tentando avançar, os recifenses saíram para o jogo com um 4+2, onde os volantes se aproximaram da linha defensiva, com os laterais participando do início das jogadas ofensivas. Sem a posse, o Retrô tentou chegar por meio de contragolpes e teve algumas boas chances, mas todas paradas pela defesa do Timba.

Mas aos 19 minutos um lance mudou a história do jogo. Após consulta ao VAR, a árbitra expulsou Jean Carlos por conta de uma cotovelada em Yuri Bigode. O camisa 10 perdeu a cabeça e, em uma atitude lamentável e covarde, foi para cima da árbitra, sendo contido pelos companheiros e adversários.
Pouco antes da expulsão, o Retrô se fechou num 4-1-4-1 para evitar chegadas mais ofensivas dos alvirrubros. Quando a marcação não deu conta, o goleiro Jean, que fez mais uma boa partida no campeonato, salvou as finalizações dos visitantes.

E quando tudo pareceu encaminhar para um empate ao fim do primeiro tempo, mais uma vez o VAR entrou em ação, dessa vez assinalando um pênalti de Pedro Costa em cima de Pedro Vitor. O próprio atacante do Náutico foi para a cobrança e abriu o placar, colocando o time em vantagem.
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A segunda etapa começou parecida com a primeira. Mesmo em desvantagem numérica e na frente do placar, o Timbu seguiu atacando mais, sem conseguir dar espaços ao Retrô, que atacou por meio de contragolpes quando recuperou a posse.
Indo para cima, o time performou um 4-2-3 que podia variar ao 4-3-2, se utilizando de uma transição rápida, além de contar com o apoio de Júnior Tavares pela ala esquerda. Após várias mudanças de ambos os lados, a partida teve uma queda no número de finalizações durante os primeiros momentos da segunda etapa, porém o Retrô quase abriu o placar em chute de Gelson, obrigando Lucas Perri a realizar uma defesa difícil.

Leandro Carvalho e Charles tiveram boas chances, mas não conseguiram finalizar a gol, focando as chances em chutes de longa distância. As jogadas mais bem trabalhadas vieram por parte do Náutico, que conseguiu invadir a área algumas vezes, entretanto sem sucesso.
Tentando se aproveitar da vantagem numérica, a Fênix buscou avançar, principalmente, pelo lado direito com avanços de Pedro Costa. Assim, o Náutico se fechava em um 4-4-1, tendo Leandro Carvalho e Robinho retornando para marcar. Os dois lados ainda tiveram mais algumas oportunidades, contudo não conseguiram balançar as redes, deixando a decisão para disputa por pênaltis.

O lateral Hereda foi quem iniciou a primeira série de penalidades. O jogador bateu no alto e a bola chegou a tocar no travessão, mas entrou. Em seguida, Charles foi para a cobrança e Lucas Perri defendeu, mantendo o Náutico em vantagem. A segunda começou com Richard Franco, que cobrou no meio do gol, vencendo Jean; pelo lado da Fênix, Pedro Costa fez batida ruim e mais uma vez Lucas Perri defendeu, dessa vez pulando no canto para salvar.
Com grande vantagem, Camutanga abriu a terceira série, porém o capitão do Timba mandou por cima do gol; Augusto Potiguar marcou logo depois o primeiro pênalti correto dos azulinos. Ewandro foi para a quarta cobrança e teve muita calma para deslocar Jean. Pressionado, Guilherme Paraíba também acertou e deixou Júnior Tavares para a cobrança decisiva; o lateral alvirrubro também bateu mostrando muita categoria e garantiu o bicampeonato à equipe da Rosa e Silva.
Créditos da foto principal: Tiago Caldas/CNC
Náutico impecável , parabéns guerreiros, em especial Roberto Fernandes.
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