Por: Felipe Holanda
Timbu coroado. O Náutico fez “barba, cabelo e bigode” ao vencer o Retrô e se sagrar campeão Pernambucano nas três principais categorias: profissional, feminino e Sub-20 de 2021, além do bi na atual temporada. Enfezado, o Alvirrubro outra vez superou a Fênix – nas penalidades – por 5 x 3 no Arruda, nesta quarta-feira (4), após empate em 1 x 1 no tempo normal.
Na escalação inicial, o técnico Gabriel Lisboa contou com nomes já conhecidos da torcida alvirrubra, casos do atacante Júlio, do lateral-esquerdo Luan e do meia Felipe Cabeleira. A tática base mais utilizada pelo comandante foi o 4-3-3 de transições rápidas.

COMO FOI
Alta voltagem. O Náutico começou dominando a posse de bola, utilizando uma saída 4+1 para encontrar espaços na marcação retroense. E logo na primeira chance clara, veio o gol. Após troca de passes envolvente, Felipe Cabeleira serviu Cauê, que se livrou sem dificuldades da marcação para bater na saída do goleiro Lucas Menino, abrindo a contagem a favor dos visitantes.

O Retrô tentou responder na bola parada, mas a cobrança de falta parou na barreira. Na sequência, Júlio fez o pivô e serviu John Kennedy, que por muito pouco não foi às redes. Atuando num 4-3-3 com variações ao 4-2-4, o Timbu sufocou a Fênix, faltando apenas capricho nas finalizações; arqueiro azulino, por sua vez, fez três boas intervenções.

Nas poucas investidas da equipe de Camaragibe, o Alvirrubro se fechou tendo duas linhas de 4, geralmente no 4-4-2. A grande oportunidade veio quando Alencar achou belo passe em transição e Braga saiu cara à cara com Bruno, porém o camisa 1 fez boa defesa para evitar a igualdade no Arruda, pelo menos até o fim do primeiro tempo.
Mantendo o bom diálogo entre Júlio e Felipe Cabeleira, ora um mais adiantado, ora outro, o Náutico voltou forte à etapa final. Em contrapartida, o Retrô pareceu mais disposto a mudar o rumo da partida, fazendo o Timba se fechar no 4-1-4-1 em fase defensiva.

A pressão da Fênix só aumentou e foi atenuada com a saída de Felipe Cabeleira para a entrada de Pedro. Sorte que, do outro lado, Bruno dava conta do recado debaixo das traves. Até que num cochilo da marcação azulina, Júlio quase ampliou, sendo travado na hora do arremate por Elves, que se lesionou no lance.
De tanto pressionarem, os retroenses chegaram ao empate. Após bom lançamento em profundidade, Braga dominou com categoria e se desvencilhou dos marcadores antes de finalizar no canto direito de Bruno, deixando tudo igual. Após o gol, Gabriel Lisboa promoveu três mudanças: entraram Kauã Maranhão, Bernardo Hahn e Fernando Neto, substituindo Luís Felipe, Bruno Luiz e Luan, respectivamente.
Curtindo o conteúdo? Apoie o Pernambutático clicando aqui
Chances lá, chances cá. Depois daí, o jogo ficou aberto, e o Alvirrubro tentou se impor no terço final, agora com sangue renovado. Mas o equilíbrio se manteve até o fim, mesmo depois dos sete minutos de acréscimo dados pela arbitragem. Restou a disputa de pênaltis para definir o campeão da categoria.
AS PENALIDADES
A disputa começou bastante equilibrada. Na primeira série de cobranças, Café quase foi parado por Lucas Menino, mas abriu contagem; Alencar igualou em seguida. Depois, Kauã Maranhão e Braga mostraram eficiência e voltaram a deixar tudo igual nos pênaltis.
A partir da terceira, as emoções foram ficando à flor da pele, pois John Kennedy marcou pelo Náutico esbanjando categoria e Hebert desperdiçou em favor do Retrô, com defesaça de Bruno. Diego Guerra ainda deu uma esperança à Fênix, convertendo sua batida, porém Fernando Neto e Júlio – na última – não falharam, dando o título ao Timbu.
Créditos da foto principal: Tiago Caldas/CNC