Por: Mateus Schuler
Melhor defesa versus segundo melhor ataque. Em duelo na parte de cima da tabela, Sport e Novorizontino fazem confronto direto pelo G-4 na Série B do Campeonato Brasileiro. Embate entre Leão e Tigre acontece nesta terça-feira (17) no Jorjão, às 21h30, na abertura da oitava rodada da Segundona.
Separamos tudo sobre o adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Tigre.
O TIME
Além de Bruno Silva e Bruno Costa, que já estavam fora, o técnico Allan Aal não terá mais uma peça diante dos leoninos. Trata-se do volante Jhony Douglas, que está suspenso após receber o terceiro amarelo na partida contra a Ponte Preta; Léo Baiano deve ganhar a vaga. Na referência, Ronaldo é cotado para iniciar entre os 11, pois marcou o gol da vitória sobre a Macaca e os companheiros de posição não estão em boa fase, mantendo ainda a base do 4-2-3-1 aurinegro.

COMO ATACA
Eficiência. Dono do segundo melhor ataque da Segundona, com oito gols ao lado do Sampaio Corrêa e atrás apenas do Bahia, o Novorizontino vem se mostrando bastante letal ao finalizar. Apesar de ser o quinto time que menos chuta, tem balançado as redes a cada três arremates, o melhor aproveitamento da competição.

Por dificilmente apostarem na ligação direta, os comandados de Allan Aal buscam sair jogando ainda no campo defensivo, formando uma saída em 4+2 para dar sustentação à transição. Do meio para frente, o desenho varia pouco, pois performam geralmente no 4-2-3-1 de base, com a possibilidade ainda de um 4-3-3, dando mais fluidez pelo meio.
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“Quando quer ser mais incisivo, Allan Aal usa Lucas Tocantins ou Hélio Borges no mesmo setor, dois atacantes rápidos. No meio, Jhonny Douglas e Bochecha são volantes de construção, bom passe e chute de longa distância, mas se projetam muito pouco e quase não pisam na área”
Felipe Modesto, repórter na TV Tem
COMO DEFENDE
Defensivamente, porém, os números não merecem tantos elogios. Mesmo sem figurar entre os que mais sofrem finalizações, a defesa aurinegra foi vazada por sete vezes nesta Série B em cinco dos sete jogos disputados até o momento; únicas partidas que mostrou solidez foram contra o Vila Nova, na estreia, e diante da Ponte Preta, na última rodada.

Assim como nos trabalhos mais recentes, o técnico Allan Aal não tem feito muitas inovações, tendo as duas linhas de 4 como principal característica. Por jogar mais reativamente, o Tigre forma — frequentemente — um 4-4-2 de blocos médios, induzindo o adversário ao erro; outra opção é ficar no 4-1-4-1, aproximando as peças e dando compactação ora pelo meio, ora na beirada.
“Ligger e Filemon se firmaram na zaga, assim como Romário na lateral esquerda. Na lateral direita, os Felipe, Albuquerque e Rodrigues, têm brigado por um espaço. Ainda assim, o Tigre é um time que consegue baixar as linhas para sair em transição e dificilmente faz pressão alta, no máximo em bloco médio”
Felipe Modesto, repórter na TV Tem

PARA FICAR DE OLHO
Ligger (ZAG) – Com histórico de acesso e título na Série B, o defensor é um dos pilares – senão o pilar – do setor. A experiência não apenas na competição, mas também no futebol nacional, vem sendo um dos seus trunfos; não por acaso, tem média de duas interceptações, líder da equipe no quesito.
Diego Torres (MEI) – Destaque do CRB nas últimas temporadas, o meia é o responsável por pensar as jogadas. Apesar de ainda não ter caído nas graças do torcedor, colaborou dando uma assistência, buscando retornar ao status de homem de bola parada; seus chutes de média distância também são opção no ataque.
Ronaldo (CA) – Ex-jogador rubro-negro, o centroavante não deixou saudades na Ilha do Retiro. Desde então, vem sendo essencial aos times, balançando as redes ou fazendo o papel de pivô. Contratado pelo Tigre para a Série B, fez gol já no último jogo, marcado por ser sua estreia pela equipe.
Créditos da foto principal: Pedro Zacchi/Novorizontino