Por: Felipe Holanda
Roedor versus ave. Na zona de degola, o Náutico enfrenta o Brusque para quebrar a crista do Marreco e respirar na tabela da Série B do Campeonato Brasileiro. Confronto direto na luta contra o Z-4 está marcado para este sábado (2) às 19h, no Augusto Bauer, em Brusque, pela 10ª rodada.
Separamos tudo sobre o próximo adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho e muito mais do Quadricolor.
O TIME
Diante do Timba, o time treinado por Luan Carlos tem três mudanças da derrota para o Vasco. Pará é a única ausência, já que recebeu o terceiro amarelo e cumpre suspensão automática; na zaga, Bruno Aguiar foi sacado para a entrada de Jeferson Bahia. No meio-campo, Diego Jardel volta a ser opção na trinca atrás do centroavante Todinho.

COMO ATACA
Inerte. Marcando seis gols na Segundona, o Brusque amarga o quarto pior ataque da competição, ao lado de Guarani, CSA e do próprio Náutico. Construindo a maioria de suas jogadas por fora, a principal estratégia é explorar um 4-3-3 que tem o apoio constante dos laterais, com os homens de frente tentando surpreender a marcação adversária.

“Time não tem um jogador de referência desde a saída de Edu, além da contusão de Fernandinho. Tem tido insistência com Todinho e Alex Sandro, mas eles não são 9 de ofício, mostrando a falta de produtividade no setor”
Jerry de Oliveira, repórter na rádio CM Esportes de Brusque
Outra opção para o Quadricolor é valorizar a posse lá de trás, utilizando uma saída 4+2 com a dupla de volantes se unindo à primeira linha na construção. Assim, costuma ter bons números nas transições, mas esta é uma das poucas armas ofensivas da equipe de Luan Carlos.

COMO DEFENDE
Poucos encaixes. Sofrendo dez gols no certame, o Brusque é dono da terceira defesa mais vazada, junto a Sampaio Corrêa e Vila Nova, com o sistema defensivo sendo o grande calo para o técnico do Marreco, que geralmente explora duas linhas de 4, no 4-4-2. A alternativa é se guarnecer em blocos médios, marcando por zona.

“Terceira pior defesa da Série B, a equipe utilizou cinco duplas de zaga diferentes em dez rodadas. A instabilidade do setor tem gerado as constantes mudanças, assim como a campanha irregular da equipe”
Jerry de Oliveira, repórter na rádio CM Esportes de Brusque
Nada impede que o Marreco mantenha as duas linhas de 4 e mude o esquema de se defender, no entanto. Quando ameaçado, já utilizou o 4-1-4-1 com frequência, tendo o volante Rodolfo Potiguar (ex-Salgueiro e Náutico) nas entrelinhas para segurar as infiltrações adversárias. Um copo mais vazio do que cheio.

PARA FICAR DE OLHO
Wallace (ZAG) – Carta marcada para Roberto Fernandes. Com experiência comprovada, Wallace tem currículo de respeito, defendendo grandes clubes como Flamengo e Grêmio, dentre outros. É destaque do Brusque na defesa, acumula média de cinco bolas interceptadas por jogo, sendo um dos alicerces defensivos do Marreco.
Diego Jardel (MEIA) – Aquele que pode desconcertar o esquema tático. Habilidoso e afoito no terço final do campo, o atacante é o artilheiro do time na Segundona, com dois gols marcados. Tem também média de 23,3 passes certos a cada 90 minutos, com 82% de aproveitamento no geral, mas pisa mais na área do que cria.
Alex Ruan (PD/ATA) – Profundidade. Alex Ruan consegue levar perigo graças à sua velocidade pelos lados do campo, sendo o líder do time em chances criadas na Série B, duas no total. O atleta também soma uma assistência e é um dos mais acionados do Quadricolor no ataque.
Créditos da foto principal: Jefferson Alves/Brusque