Por: Felipe Holanda
No apito. Em atuação que poderia ser heroica, o Náutico foi castigado no fim com um pênalti mal marcado e ficou no empate diante do Tombense, se mantendo no Z-4 da Série B do Campeonato Brasileiro. Amarildo fez o gol Alvirrubro ainda na etapa inicial, enquanto Ciel descontou para os donos da casa no último lance.
Manutenção. Mesmo sem Carlão, suspenso, Roberto Fernandes manteve o sistema da última rodada, o empate em 1 x 1 com o Sport, colocando o Timba com três zagueiros. Tendo Jean Carlos e Richard Franco revezando a posição, o esqueleto tático foi um 3-5-2, geralmente levando vantagem numérica no meio de campo sobre o Gavião-Carcará.

COMO FOI
O Náutico mostrou certa evolução nos minutos iniciais. Construindo bem as jogadas numa saída 3+2, conseguiu prender o Tombense em seu campo de defesa e sair rápido nos contragolpes. Num deles, Jean Carlos tentou finalização de fora da área, mas o arremate saiu à esquerda da meta de Felipe Garcia.

A tônica da partida seguiu a mesma. O Timbu controlou a bola, ganhando o meio de campo em seu 3-5-2 com flertes frequentes ao 3-6-1. Após troca de passes, Pedro Victor rolou para Amarildo próximo à pequena área; chute, no entanto, foi bloqueada pela defesa do Gavião-Carcará, em mais um indício de crescimento alvirrubro.
Se os donos da casa tentaram se soltar ao ataque, os visitantes se fecharam com uma linha inicial de 5, deixando claro o 5-4-1, tendo somente Amarildo mais isolado; 3-5-2 também foi mantido. A primeira oportunidade da equipe mineira só veio quando Keké ganhou na velocidade de Wellington, entretanto arrematou à esquerda do gol de Lucas Perri. Só um susto.

Imposição. O Timba continuou levando superioridade por dentro, formando um 3-5-2 de muitas movimentações, principalmente entre Jean Carlos e Franco. O paraguaio, inclusive, chegando com frequência ao ataque. Numa dessas investidas, aproveitou lançamento na área de João Paulo e cabeceou firme, só parando na linda defesa do goleiro adversário; arbitragem, contudo, impugnou o lance por impedimento.
De tanto pressionar, veio o gol para coroar a boa atuação do Náutico nos primeiros 45 minutos. Bola levantada na área por Jean, João Paulo testou firme e Amarildo aproveitou o rebote para completar ao fundo das redes, abrindo a contagem em Muriaé. Antes do apito final, Ciel ainda empatou; o árbitro marcou falta, anulando a jogada.

Sem mudanças na etapa final, os alvirrubros voltaram no mesmo ritmo para assegurar os três pontos em Minas Gerais. A estratégia defensiva ainda surtiu efeito, fazendo o Tombense recorrer quase sempre a lances de bola parada, principalmente em escanteios; situação se agravou quando Perri tocou duas vezes em cobrança de falta e foi expulso após consulta no VAR.
Forçado a mexer, Roberto Fernandes acionou o jovem goleiro Renan na vaga de Amarildo, deixando apenas Jean mais isolado no ataque. A pressão dos anfitriões só fez aumentar e Keké até carimbou a trave esquerda, porém não conseguiu alterar o placar; Timbu se fechou no 5-3-1 para conter os ímpetos do Gavião-Carcará.

Sem volume ofensivo. Apesar de marcar bem, faltou organização no ataque para os comandados de Roberto, que tentaram parar o jogo sempre que era possível e surgia uma chance. Dessa forma, frearam o gás que os anfitriões tentaram colocar em campo para poder conquistar, no mínimo, o empate nos seus domínios.
Quando o relógio já ultrapassava os 40 minutos, Roberto promoveu mais três substituições: entraram Robinho, Niltinho e Diego nas vagas de Victor Ferraz, Jean Carlos e João Paulo, respectivamente. No fim, o árbitro marcou pênalti que só ele viu. Ciel, esbanjando muita categoria, deu números finais ao placar, selando o empate.
Créditos da foto principal: Victor Souza/Tombense