Por: Mateus Schuler
Palavras cruzadas. Na estreia de Lisca, o Sport cruza o caminho do Vasco para pôr água no chope da festa adversária e se reaproximar do G-4 na Série B do Campeonato Brasileiro. Confronto diante do Cruzmaltino será realizado neste domingo (3) no Maracanã, às 16h, válido pela 16ª rodada.
Separamos tudo sobre o adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais dos alvinegros.
O TIME
Depois de perder a invencibilidade, a última de todas as divisões nacionais, a equipe carioca tem uma modificação já certa e outra por opção do treinador Maurício Souza, ambas na defesa. O zagueiro Anderson Conceição recebeu o cartão vermelho na derrota frente ao Novorizontino e terá Danilo Boza como substituto, enquanto Weverton pode ceder lugar para Gabriel Dias no 4-2-3-1.

COMO ATACA
Com modelo de jogo semelhante ao de Zé Ricardo, o time tem Nenê como o responsável por conduzir a maior parte das jogadas ofensivas, sendo quase uma “Nenedependência”. Dos 16 gols marcados pelo Vasco até o momento, o meia-atacante participou diretamente de nove, totalizando assim marca de 56,2%.

Apesar do 4-2-3-1 de base, tendência é a formação do 4-3-3 na construção no ataque, com os laterais auxiliando para dar mais opções de passe, pois o jogo apoiado é a principal característica. Outra alternativa, quando tenta ter mais a posse e quando precisa do resultado, o Cruzmaltino se posta num 4-2-4, tendo amplitude dos extremos.
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“A equipe é extremamente dependente de jogadas individuais, geralmente dos pés de Andrey, Figueiredo e, principalmente, Nenê. Do ponto de vista coletivo, a organização é muito pobre, deixando muito a desejar. Faltam mais movimentações bem coordenadas, jogo associativo, tabelas e triangulações”
Henrique Monteiro, analista no Scout Vasco
COMO DEFENDE
Donos da terceira melhor defesa, os alvinegros estão no G-4 pela postura ao ficar sem bola. Não por acaso, é a quinta equipe que menos cedeu chutes na direção de sua meta, sendo 60 de 183, equivalentes a cerca de 28%. A mexida no comando técnico resultou em apenas dois gols nos dois jogos disputados, ambos frente ao Novorizontino.

“A pior partida nesta Série B foi exatamente a última. O time perdeu o ponto mais forte, justamente a coesão na marcação. Portanto, o torcedor espera que Maurício Souza retorne com a formação ‘tradicional’, já que a solidez defensiva se sobressai ao ataque”
Henrique Monteiro, analista no Scout Vasco
O desenho mais frequente do Vasco, ao ficar sem a posse, é o 4-1-4-1 com os blocos médio/altos, tentando recuperar a posse rapidamente e pressionar os adversários já próximo ao meio-campo. Quando desce mais as linhas, forma um 4-5-1, deixando uma compactação maior para neutralizar tanto troca de passes, como infiltrações entrelinhas

PARA FICAR DE OLHO
Thiago Rodrigues (GOL) – Paredão. Titular em 14 dos jogos do Vasco na Série B, Thiago é um dos principais responsáveis pela solidez defensiva. Sem sofrer gols em nove jogos, o arqueiro só perde para Rafael, do Cruzeiro, no quesito, o que reforça a importância no sistema defensivo. Contratado após atuação de destaque no CSA, em 2021, o goleiro já fez 47 defesas, sendo 21 dentro da área.
Yuri (VOL) – Combativo. Líder da competição em desarmes ao lado de Neto Moura, também do Cruzeiro, o cabeça de área do Cruzmaltino vem sendo o principal jogador com essa característica nos últimos anos da Segundona. Divide ainda o topo de interceptações da equipe junto a Edimar e Anderson Conceição, todos tendo 21 no total.
Nenê (MEI) – O faz-tudo. Prestes a completar 41 anos, Nenê é a referência dos alvinegros na competição, já que tem responsabilidade de criar e, por vezes, concluir as jogadas. Não por acaso, já deu 16 finalizações, marcando quatro gols, dando ainda cinco assistências, sendo o maior garçom do campeonato até agora; já criou também três grandes chances e tem 42 passes decisivos.
Créditos da foto principal: Daniel Ramalho/CRVG