Por: Felipe Holanda
Sem tremer. O Sport não sentiu a pressão da torcida e empatou frente ao Vasco, somando ponto importante para manter vivo o sonho do acesso na Série B do Campeonato Brasileiro. Igualdade em 0 x 0 neste domingo (3), num Maracanã quase lotado, deixa a equipe leonina a quatro pontos do G-4 da Segundona.
Em sua estreia, Lisca promoveu algumas novidades na escalação, a começar sacando Bruno Matias e lançando William Oliveira entre os titulares, enquanto Fabinho e Blas completaram trinca de volantes. No ataque, Kayke foi mantido para dialogar mais com Juba, dando corpo ao 4-4-2 rubro-negro; Giovanni voltou de suspensão para fazer a criação.

COMO FOI
Outra faceta. O Sport iniciou demonstrando variações no estilo de jogo, com Ewerthon e Fabinho fazendo dobradinha pela direita. Primeiro, se postou num 4-4-2 losango, tendo o prata da casa na primeira linha, já Kayke também fez recomposição no setor. Tal fluidez serviu para confundir o Vasco e deixar o jogo equilibrado, à medida em que os espaços começaram a surgir.

Valorizando a posse, na sequência, Fabinho voltou à primeira linha para formar uma saída 3+4, enquanto Kayke deu suporte para o jogo apoiado por dentro. Quem assustou, porém, foi o Cruzmaltino, quando Gabriel Pec fez boa jogada da direita e cruzou rasteiro; Sabino apareceu, cortando providencialmente. O Leão poderia ter respondido com Fabinho, mas Quintero frustrou as pretensões de ataque.
Lisca deu manutenção às duas linhas de 4 também sem a bola. Empurrados pela torcida no Maracanã, os alvinegros tentaram dominar o meio de campo, enquanto os pernambucanos se compactaram num 4-4-2, tendo apenas Kayke e Juba um pouco mais adiantados. Deu resultado. Tanto que, pouco mais tarde, o rubro-negro finalizou duas vezes com perigo: uma na marcação e outra, do camisa 46, para boa defesa de Thiago Rodrigues.

Em resposta, os anfitriões chegaram com Pec, contudo o arremate do vascaíno saiu fraco pela linha de fundo. Kayke forçou o ritmo e precisou ser substituído por lesão, dando lugar a Búfalo na referência ofensiva. A chance mais clara do primeiro tempo veio quando Palacios cobrou escanteio e Danilo Boza só parou no travessão de Maílson; Sander ainda conseguiu finalizar já nos acréscimos, errando o alvo.
Curtindo o conteúdo? Apoie nosso projeto clicando aqui ou via pix. Chave: pernambutatico@gmail.com
“Gastronomia” rubro-negra. O Sport começou a segunda etapa tentando cozinhar o jogo e irritar os vascaínos na esperança de um contragolpe fulminante para se aproximar da meta carioca. Neste cenário, explorou uma saída 4+2 tendo William Oliveira e Blas no círculo central, tentando segurar a posse o maior tempo possível.

O ímpeto cruzmaltino ia aumentado com o passar no tempo. Lucas Figueiredo arriscou de muito longe e quase pegou Maílson desprevenido debaixo das traves; seria um golaço. Do outro lado, a equipe da Praça da Bandeira não conseguia responder, aumentando cada vez mais a pressão das arquibancadas.
Vendo o ímpeto adversário, Lisca resolveu mexer por “atacado”, emplacando três mudanças. Saíram Blas, William Oliveira e Juba, para as entradas de Bruno Matias, Thiago Lopes e Ray Vanegas, respectivamente. Apesar das mudanças, seguiu explorando duas linhas de 4, mas agora variando ao 4-5-1. Pouco mais tarde, Lisca ainda acionou Alanzinho na vaga de Giovanni.

Solidez leonina. Além de segurar as investidas rivais, chegou com perigo ao ataque. Numa dessas oportunidades, Ray Vanegas bateu colocado, mas a marcação desviou o arremate, que saiu a escanteio próximo da trave esquerda. Na cobrança, não conseguiu repetir finalização. No fim, ficou com um empate, somando um ponto e tirando dois de um concorrente direto.
Créditos da foto principal: Daniel Ramalho/CRVG