Por: Mateus Schuler
Sem força. Apesar de um primeiro tempo promissor, o Náutico sucumbiu no segundo e voltou a perder na Série B do Campeonato Brasileiro ao ser derrotado pelo Bahia por 3 x 0. Nesta sexta-feira (29), em confronto da 21ª rodada na Arena Fonte Nova, o Timbu jogou mal mais uma vez, sofrendo gols de Ignácio, Davó e Everton.
Sem surpresas. Com as baixas do zagueiro Wellington, suspenso, e do meio-campista Franco, desfalque após sentir lesão muscular na posterior da coxa, o treinador Elano optou pela entrada de João Paulo — em vez de Carlão — e Geuvânio, respectivamente, mantendo a estrutura tática do time alvirrubro em relação à estreia frente ao Londrina.

COMO FOI
A partida começou bastante equilibrada, com os dois times buscando ter a bola, mas ambos não mostraram criatividade e controle do ritmo ofensivo no início. Ainda assim, a primeira boa oportunidade foi do Bahia, que aproveitou o fator casa como trunfo: Emerson Santos soltou pancada de fora da área e acertou a trave.
Mesmo cedendo espaços para constantes infiltrações, o Náutico variou com grande frequência o sistema tático ao não ter a posse, porém tendo as duas linhas de 4 já tradicionais. Alternando entre 4-4-2 — mais comum — e 4-1-4-1, conseguiu neutralizar a maior parte das jogadas tentadas, principalmente no nascedouro destas.

O susto fez os pernambucanos acordarem dentro das quatro linhas, contudo faltou poder criativo do meio para frente. Tentando se manter em segurança, o Timbu passou a trocar mais passes, todavia a transição era falha e poucas vezes chegou ao último terço. Num dos erros na ida ao ataque, Rodallega foi quem teve a chance ao disparar em velocidade e bater; Bruno Bispo desviou pela linha de fundo.
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Equilibrando mais as ações do confronto, o Timba se soltou um pouco e teve a tentativa de frustrar o torcedor tricolor por repetir justo na mesma moeda. O meia Jean Carlos recebeu na intermediária pela direita e, de esquerda, deu uma pancada, que parou somente em Mateus Claus; foi a única chance dos visitantes.

Na volta do segundo tempo, o treinador Elano optou por não realizar mexidas nos 11 iniciais, inalterando também a postura proposta. Para tentar dar maior fluidez às jogadas ofensivas, Jean Carlos passou a centralizar e criar mais no ataque, explorando ainda a amplitude dos extremos, formando assim um 4-2-3-1.
Apesar disso, a bola parada virou alternativa para suprir a baixa criatividade, mesmo tendo mais intensidade que na etapa inicial. Souza cobrou escanteio fechado e obrigou Mateus Claus a fazer boa defesa, evitando o primeiro gol. Na tentativa de aumentar a ofensividade, o comandante alvirrubro realizou as primeiras duas substituições: Jobson e Victor Ferraz deixaram o jogo para Luís Phelipe e Ralph.

Se quando atacou não mostrou qualidade, defensivamente ficou inseguro e o Esquadrão aproveitou a fragilidade. Após falta mal cobrada na área, a bola sobrou para Ignácio, que explorou desatenção da marcação e tocou para o gol. Logo em seguida, Davó explorou erro de Ralph na saída de bola, disparou livre, driblou Lucas Perri e completou com a barra aberta.
Para fechar os espaços, o Timba passou a formar um 5-4-1, com Luís Phelipe dando suporte à primeira linha defensiva e um quadrado no meio-campo. A postura, porém, não foi suficiente para evitar as investidas do Tricolor de Aço, que conseguiu confirmar o triunfo nos minutos finais: Vitor Jacaré deu bom passe para Everton, que apareceu em liberdade e mandou na saída de Perri.

Créditos da foto principal: Felipe Oliveira/EC Bahia