Por: Gabryele Martins
Passageiro da agonia. O Náutico enfrenta o Vila Nova, em confronto de desesperados, para evitar o calvário de itinerário. Partida do Timbu contra o Tigre será realizada nesta sexta-feira (19) nos Aflitos, às 21h30, válida pela 25ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
Separamos tudo sobre o adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Colorado.
O TIME
O Vila enfrenta o Timba sem muitos desfalques depois do empate sem gols contra o Londrina. Apenas o atacante Pablo Dyego, que vinha na titularidade, é baixa após rescindir com o clube e ir ao Avaí. Saindo do DM, Marlone já está na reta final de transição física por um problema muscular e Renan Bressan, também recuperado, e pode ser opção. Últimos reforços, o zagueiro Jordan, e os atacantes Dentinho e Hugo Cabral também ficam à disposição.

COMO ATACA
Dono do pior ataque da Série B, o Tigre fez apenas 14 gols em 24 rodadas até o momento. Lanterna da competição, com os mesmos 21 pontos do Timba, o Colorado precisa resolver os problemas ofensivos para subir na classificação e conseguir sair da zona de rebaixamento. Ao estruturar o ataque, costuma usar um 4-3-3 tendo três atacantes adiantados, sendo mais centralizado e os outros caem pelas pontas.

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Com a perda de uma peça importante do ataque titular, a tendência é que Allan Aal mude o esquema tático-base para o 4-4-2, abrindo mão de jogar com três jogadores adiantados para povoar o meio e investindo no setor de criação. Tal postura pode ser mais efetiva e resultar em um maior número de jogadas, já que o habitual 4-3-3 não estava dando certo, buscando fazer a transição numa saída 4+2.

“O Vila tem o pior ataque da Série B, então o ataque é custoso, mas o Neto Pessoa chegou recentemente, já fazendo dois gols em cinco jogos. É um número interessante e, se ele conseguir marcar contra o Náutico, terá a média de um gol a cada dois jogos”
Paulo Massad, repórter da Band News Goiânia
COMO DEFENDE
Além da problemática do ataque não efetivo, o Tigre tem as fragilidades de sua defesa que, apesar de já ter ficado sete rodadas sem ser vazada, acaba falhando em momentos cruciais; quando erra, sofre um número considerável de gols. Na Segundona, o time contabiliza média de quase um por partida, já que ao todo foram 22 em 24 jogos, tendo influência direta na classificação.

Para estruturar a defensiva, a equipe comandada por Allan Aal se apoia num 4-4-2, onde duas linhas de 4 se postam impedindo a penetração adversária e dois atacantes fazem a marcação mais alta, podendo começar o contra-ataque. Outra opção utilizada pelo técnico é o 4-5-1, com o meio de campo bastante povoado fechando os espaços, tendo apenas um atacante para a pressão na saída de bola.

“Um ponto forte do Vila é a jogada aérea, tanto defensiva, para afastar os perigos, quanto para fazer gols, com Rafael Donato. O zagueiro é quem mais ajuda lá atrás, mas costuma fazer os gols dele de cabeça também, sendo a principal arma do time alvirrubro”
Paulo Massad, repórter da Band News Goiânia
PARA FICAR DE OLHO
Tony (GOL) – Paredão. O goleiro de 29 anos chegou ao Vila ainda no início da temporada e pegou titularidade com a Segundona em andamento. Fazendo 17 jogos da competição nacional, o arqueiro de 1,92m já realizou 40 defesas, o que representa média de 2,35, sendo sete dessas consideradas difíceis. Além disso, já ficou sete jogos sem sofrer nenhum gol.
Rafael Donato (ZAG) – Segurança. Vindo do Brasiliense em 2020, o zagueiro de 33 anos é o nome da zaga do Tigre e tem confiança da torcida alvirrubra. Com seus 1,93m, costuma ganhar todas pelo alto, além de se posicionar bem para interceptações. O capitão da equipe goiana já fez um gol nessa edição da Série B.
Arthur Rezende (MEI) – Criador. O meia de 28 anos é o artilheiro do Vila nesta Série B, com quatro gols em 21 jogos. Especialista na criação de jogadas, deu 35 passes decisivos, tendo dois resultando em assistências. Relevante para o time, tem como ponto falho a indisciplina, recebendo nove cartões amarelos ao longo da competição e ficando suspenso três vezes.
Créditos da foto principal: Roberto Corrêa/Vila Nova