Por: Mateus Schuler
Naufragando. Cada vez mais isolado na lanterna, o Náutico sofreu nova derrota na Série B do Campeonato Brasileiro. Nesta sexta-feira (26), na Arena Independência, o algoz do Timbu foi o Cruzeiro, que goleou por 4 x 0 com gols de Edu, Eduardo Brock, Lincoln e Jajá; jogo válido pela 26ª rodada.
Surpresas. A primeira das novidades foi o sistema tático, com a volta de uma linha de 4 na defesa, já que Bruno Bispo se desligou do clube e Maurício fez a dupla de zaga ao lado de João Paulo. No meio-campo, Victor Ferraz perdeu a titularidade para Thomaz, enquanto Júlio Vitor entrou na extrema esquerda; Jean Carlos fechou a trinca do 4-2-3-1 que municiou Kieza.

COMO FOI
Como esperado, o jogo começou sendo de ataque contra defesa, o que fez o Náutico ficar mais retraído. Apostando numa postura mais reativa, buscou se fechar ao máximo em seu próprio campo para impedir o Cruzeiro de chegar perigosamente, o que aconteceu em situações de bola rolando, apesar das constantes investidas não gerarem finalizações.
Formando um 4-4-2 que variou bastante o posicionamento dos blocos entre médios e médio/baixos, na tentativa de criar em contra-ataques, o Timbu foi alvo do primeiro susto. Após escanteio na pequena área, Luvannor finalizou e Bruno espalmou; a bola seguiu viva e Oliveira encheu o pé estufando a rede, mas a arbitragem impugnou por impedimento de Eduardo Brock na origem do lance.

Não demorou muito e um novo grande momento dos cruzeirenses assustou os pernambucanos. Bidu fez boa jogada pela esquerda e encontrou Edu livre entrando na pequena área; o camisa 99 chutou forte e acertou o travessão. Em seguida, não deu jeito. Zé Ivaldo levantou com perfeição e o centroavante cabeceou como no manual para abrir vantagem.
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Mesmo em desvantagem e sofrendo pressão, o Timba não se acomodou no duelo e tentou mostrar que estava vivo. Performando seu próprio 4-2-3-1 de base e apoiado pelos laterais, conseguiu criar uma única boa oportunidade durante a etapa inicial: depois de boa troca de passes, Jean Carlos passou para Thomaz dominar e arrematar rente à trave esquerda. Nos acréscimos, Souza ainda cobrou falta de longe, a bola quicou e Rafael Cabral cortou para escanteio.

Na volta do segundo tempo, Dado Cavalcanti optou por não realizar mexidas nas peças, porém pediu mais tranquilidade à equipe ao trabalhar a posse de bola. Inicialmente, a postura do início da primeira etapa foi mantida, fazendo os mineiros povoarem mais do meio em diante. Assim, o treinador promoveu as duas primeiras substituições, tentando atacar com maior volume: saíram Thomaz e Júlio Vitor, dando vaga a Victor Ferraz e Everton, respectivamente.
Dessa maneira, a equipe da Rosa e Silva passou a fechar os espaços para os ímpetos dos anfitriões num 4-5-1, tendo o meio-campo cheio para controlar o ritmo. E foi fazendo uma marcação mais alta que o empate quase saiu. Em desarme já no campo de ataque, Kieza serviu Souza que, na entrada da área, limpou para a esquerda e chutou; Brock desviou pela linha de fundo.

Se as investidas pareciam impedidas em lances trabalhados, a bola parada virou um castigo para o Timbu. Wesley Gasolina levantou escanteio no meio da pequena área, a defesa não afastou e Zé Ivaldo encostou para Eduardo Brock completar, testando para tirar do alcance de Bruno. Duro golpe ao time pernambucano.
E o que estava complicado, piorou com a expulsão de João Paulo por deixar o braço em Luvannor. Pouco depois, a arbitragem marcou pênalti a favor dos anfitriões quando Geovane Jesus tentou cruzar e foi assinalada – erradamente – mão de João Lucas; Lincoln bateu seguro e fez o terceiro. As últimas investidas saíram num 4-3-2, que tiveram as ligações diretas como alternativa, ocasionando ainda no quarto tento: Daniel Júnior aproveitou a saída errada e abriu na direita para Jajá, que dominou e acertou belo chute para fechar o caixão.

Créditos da foto principal: Gustavo Aleixo/Cruzeiro