Náutico na Série B: como joga taticamente o Cruzeiro

Por: Gabryele Martins

Em busca de um milagre. Lanterna, o Náutico viaja para enfrentar o líder Cruzeiro, que continua invicto como mandante na temporada e no histórico do confronto. Jogo entre Timbu e Raposa será nesta sexta-feira (26) às 21h30, válido pela 26ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro na Arena Independência.

Separamos tudo sobre o adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais dos Celestes.

O TIME

Os mineiros recebem o Timba com uma baixa dentro de campo, pois o meia Chay cumpre suspensão após o terceiro cartão amarelo. Já fora das quatro linhas, o técnico Paulo Pezzolano também está ausente pela expulsão contra o Grêmio, desfalcando a comissão técnica. De oito reforços na última janela, apenas o lateral-esquerdo Marquinhos Cipriano ainda não estreou e poderá ser acionado no decorrer. O lateral-direito Wesley Gasolina começa entre os 11, mantendo o habitual sistema de três zagueiros.

Provável escalação inicial dos cruzeirenses (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Líder isolado da Série B e dono do melhor ataque da competição, o Cabuloso soma 32 gols em 25 rodadas e também é o segundo time que mais finalizou certo no campeonato, com 119 finalizações e uma média de 4,76 por partida, atrás apenas do Guarani. Isso reflete na efetividade do sistema ofensivo, que tem a artilharia bem distribuída: Luvannor e Edu empatados na liderança, ao marcarem cinco vezes, e Rafa Silva na vice-liderança, fazendo quatro tentos.

Início de construção ofensiva dos mineiros (Imagem: SporTV/Premiere)

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Com uma média de posse de 58% na Segundona, a Raposa gosta de propor jogo e jogar usando a bola nos pés. O time cria as jogadas no setor ofensivo a partir do próprio campo, tendo três zagueiros alinhados, um meio-campo povoado e a trinca ofensiva, sendo um mais centralizado e dois atletas pelas pontas. A saída se dá em 3+2, tendo os volantes apoiando os defensores por dentro e dando liberdade aos laterais de virarem alas.

Celestes formando a própria tática-base ao atacar (Imagem: Premiere)

“O ataque está bem entrosado, embora tenham jogado pouco tempo juntos. A artilharia está bem distribuída, tanto que Edu é um dos artilheiros e está no banco de reservas, vivendo jejum de gols”

Sulimar Silva, repórter da Rádio Inconfidência

COMO DEFENDE

Sofrendo apenas 14 gols, com média 0,56 por jogo, o Cruzeiro tem a segunda melhor defesa do campeonato, empatado com o Bahia e perdendo apenas para o Grêmio. A fase defensiva geralmente é num 3-5-2, tendo os zagueiros mais próximos da área, o meio-campo cheio e apoiado pelos laterais e três jogadores mais adiantados para situações de contra-ataque.

Laterais jogam mais próximos aos jogadores de ataque mesmo defendendo (Imagem: Premiere)

Eficaz no sistema defensivo, o time celeste já saiu de campo sem ser vazado em 13 oportunidades, o que representa mais da metade dos jogos. Quando ficam sem a bola, os mineiros investem numa marcação alta e forte para a pressão na saída do adversário, forçando erro e gerando contragolpes. Com isso, os mineiros formam um 5-3-2, com as duas primeiras linhas adiantadas e a última mais recuada.

Marcação cruzeirense em blocos médios/altos (Imagem: SporTV/Premiere)

“A defesa, em certos momentos, passa por dificuldades com jogadores adversários mais velozes, mas o sistema defensivo se recompõe tendo auxílio de volantes e laterais. A marcação é forte desde o campo adversário e o Cruzeiro é um time que não se acomoda no placar favorável e luta até o fim em caso de estar perdendo”

Sulimar Silva, repórter da Rádio Inconfidência

PARA FICAR DE OLHO

Rafael Cabral(GOL) – Paredão. O experiente goleiro de 32 anos é uma parte essencial da sólida defesa do Cruzeiro, que chegou a ficar 13 rodadas sem sofrer gols. Nesta Série B, o arqueiro de 1,86m acumula 49 defesas, sendo 11 delas consideradas difíceis, em 25 jogos disputados até agora, ajudando o sistema defensivo a ser seguro.

Neto Moura (VOL/MC) – Construtor. Velho conhecido dos pernambucanos, já que é formado na base do Sport, o atleta de 26 anos é peça-chave no setor de criação e transição da Raposa. Dono de um bom passe longo, o volante é combativo e leva vantagem no duelo individual. Nesta Segundona, seu passe preciso já gerou 36 chutes a gol, somando ainda três assistências.

Daniel Júnior (MEI/PE) – Promissor. O jovem de 20 anos é versátil, podendo atuar como meia ou ponta esquerda, variando de acordo com a postura no setor ofensivo. Nos 16 jogos em que atuou, mostrou boa movimentação pelo lado esquerdo do campo e deu dois passes para gol. Na atual temporada, o meia já soma quatro tentos, sendo dois deles na competição nacional.

Créditos da foto principal: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

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