Por: Mateus Schuler
Clássico é clássico. Apesar de ter distanciado da briga pelo acesso na Série B do Campeonato Brasileiro, o Sport mede forças com o Bahia para manter a rivalidade em dia. Partida nordestina entre Leão e Esquadrão será realizada nesta segunda-feira (12) na Ilha do Retiro, às 20h, válida pela abertura da 30ª rodada.
Separamos tudo sobre o adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Tricolor de Aço.
O TIME
Para o duelo regional contra os pernambucanos, o técnico Enderson Moreira sinaliza duas mudanças, mesmo sem ter novos desfalques. Na lateral direita, André e Marcinho disputam o espaço, já que ambos iniciaram os últimos dois jogos e não empolgaram. Já pela esquerda, Rezende substituiu Luiz Henrique — ainda que o titular voltasse de suspensão — e Copete ganhou o espaço de Danielzinho, mas tiveram a atuação abaixo do aquém e podem ser sacados justo pelos respectivos, repetindo os demais da base inicial ante o Criciúma.

COMO ATACA
Avassalador, mas não muito. Segundo melhor ataque da Série B com 33 gols, ao lado do Sampaio Corrêa, o Bahia não tem correspondido quando joga de visitante. Desses, balançaram as redes por apenas nove vezes, equivalente a 27,3%. O bom desempenho geral é reflexo da constante presença ao ataque, pois é o terceiro time que mais finaliza, seja certo (135) ou no total (413).

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Muito do poderio tricolor se deve à intensidade dada por Enderson Moreira. O Esquadrão apresenta poucas variações, porém valorizando a distribuição de cada uma das peças. O mais comum é a repetição do próprio 4-3-3 inicial, o que conta ainda com a presença dos laterais no campo adversário. Se quiser ser mais cauteloso, pode formar um 4-2-3-1, deixando os meio-campistas no papel da armação abrindo pelas beiradas.

“A filosofia de Enderson é bastante semelhante à de Guto, mas Jacaré vem fazendo uma função diferente. O time, porém, tem usado bastante as jogadas pelos lados do campo, priorizando o direito, já que a força era pela esquerda com Matheus Bahia e Marcinho ou André tentam apoiar na construção”
Lucas Cézar, repórter no Canal do LC
COMO DEFENDE
Se o Tricolor de Aço ocupa uma das posições no G-4, o mérito é também dos defensores. Dos 29 jogos até o momento, a equipe sofreu 18 gols, o que a faz ser a terceira defesa menos vazada da competição, ficando atrás apenas de Cruzeiro (16) e Grêmio (17); ambos também estão no grupo de acesso à elite. O time também é o terceiro de menor número das finalizações certas contra sua meta (104), dando média de 3,6 por partida.

Os números positivos são consequência de uma marcação forte, ainda que fora de casa tenham sido 11 tentos sofridos. A postura mais frequente é um 4-5-1, que busca deixar o meio-campo recheado de atletas para impedir que o adversário consiga trocar passes, possibilitando a formação das duas linhas de 4 com forte compactação.

“Os jogadores da ponta costumam recompor com muita força e, assim, ajudam na marcação. A ausência de Luiz Otávio fez o time cair muito nesse quesito, mesmo que os espaços sigam sendo fechados para poder impedir a criação adversária”
Lucas Cézar, repórter no Canal do LC
PARA FICAR DE OLHO
Ignácio (ZAG) – Sustentação. Um dos responsáveis pelos números positivos, o zagueiro não lidera a equipe em nenhum quesito defensivo, mas tem bom desempenho. Assim, consegue dar solidez ao setor, já que totaliza 90 cortes, 36 interceptações e 41 desarmes, figurando como um dos melhores no time em cada critério.
Mugni (MC) – Garçom. Velho conhecido da Praça da Bandeira, por atuar em 2020, o meio-campista caiu como uma luva e vem sendo peça importante. Quando Danielzinho não está em campo, é o argentino quem dita o ritmo de ataque, pois é o vice-líder do Esquadrão em passes decisivos (30) e lidera as assistências, servindo os companheiros por quatro vezes; já marcou três gols e deu 14 finalizações.
Davó (ATA) – Goleador. Emprestado pelo Corinthians para disputa da Série B, o atacante tem correspondido às expectativas geradas. É o sexto jogador de mais finalizações (60) na competição nacional, que resultaram em oito gols até o momento; números o fazem o quinto artilheiro da Segundona, dividindo a marca junto a Edu, Raniel e Ciel.
Créditos da foto principal: Felipe Oliveira/EC Bahia