Sport na Série B: como joga taticamente o Brusque

Por: Mateus Schuler

“Bruscando” metas. Ainda brigando por acesso na Série B do Campeonato Brasileiro, o Sport faz confronto de opostos diante do Brusque. Em duelo no Augusto Bauer, pela 33ª rodada, o Leão tenta permanecer próximo ao G-4 e tem pela frente o Marreco, que está na disputa contra o rebaixamento, às 19h desta terça-feira (4).

Separamos tudo sobre o adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Quadricolor.

O TIME

Para enfrentar os pernambucanos, o técnico Gilson Kleina ainda não tem seu time titular definido antecipadamente. Certo é que não poderá contar com a presença do volante Luiz Antônio, suspenso pelo terceiro amarelo, enquanto o centroavante Crislan volta de suspensão no lugar de Mascote. Indefinição é no meio-campo, pois Trindade foi acionado no decorrer da derrota frente ao Criciúma e Felipe Manoel pode ganhar a vaga de Diego Jardel, dando maior segurança ao setor.

Provável formação inicial dos catarinenses (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Inoperante. Pior ataque da Série B com 19 gols, tendo média inferior a um por jogo, o Brusque tem a maior parte — foram 12 — desses quando joga em seus domínios. Ainda assim, é o terceiro time que mais chuta certo em direção às metas adversárias, sendo 149 finalizações no alvo; é o quinto no número total de aproveitamento, acumulando 35,22%.

Construção do Bruscão ainda no campo de defesa (Imagem: Premiere)

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Quando têm a posse, os catarinenses formam uma saída 4+2, buscando dar sustentação à transição e usar os laterais para apoiar do meio em diante. E é assim que as jogadas se alternam durante a criação, já que tanto podem ser pelos lados, como por dentro; Marreco varia entre 4-3-3 — mais comum — e 4-2-3-1, dando amplitude pelos extremos.

Cabeças de área ajudam na armação (Imagem: Premiere)

“É um time que mudou muito a postura desde a chegada de Kleina, porém sem conseguir corresponder. Atualmente, joga com um meia mais armador (Diego Jardel) e três atacantes, sendo um deles na referência. Nem Mascote, nem Crislan tem marcado gols”

Rodrigo Santos, repórter na TV Brusque

COMO DEFENDE

Nem lá, nem cá. Mesmo ocupando uma das posições do Z-4, o Quadricolor sofreu 31 gols, resultantes em média inferior a um por partida, dividindo sua marca de defesa menos vazada junto ao CSA dentre os integrantes da zona da degola. O desempenho é positivo considerando o aproveitamento contra sua meta, já que os 125 chutes certos dos adversários equivalem a 33,33% do total.

Meio-campo povoado e blocos médio/altos para controlar troca de passes (Imagem: Premiere)

Atuando como mandantes, os catarinenses buscam evitar os adversários de trocarem passes quando estão sob a posse, formando assim um 4-5-1, mas tendo pouca compactação e gerando contra-ataques. Ao ficar sem a bola, o Marreco pode se postar em duas linhas de 4, geralmente num 4-4-2, fazendo a dupla mais adiantada ficar responsável pelo primeiro combate.

Postura da equipe de Gilson Kleina em fase defensiva (Imagem: Premiere)

“Além da primeira linha de 4, Rodolfo Potiguar é quem ajuda a dar sustentação. Por ele variar entre cabeça de área e líbero, o setor até consegue ficar bem povoado, mas a equipe mostra sua fragilidade na compactação, pois deixam espaços pelas costas das laterais e entrelinhas”

Rodrigo Santos, repórter na TV Brusque

PARA FICAR DE OLHO

Wallace (ZAG) – Experiente. Ainda que a defesa do Brusque não demonstre o máximo de segurança, o jogador de 34 anos tem ajudado diretamente para o setor ter certa estabilidade. Forte nos combates pelo chão e na bola aérea, tendo 72% e 66% de desarmes certos nos respectivos quesitos, se destaca ao atacar, já marcou dois gols, sendo arma importante em cruzamentos.

Rodolfo Potiguar (VOL) – Cão de guarda. Acumulando passagens no futebol pernambucano, foi no Marreco que conseguiu consolidar o seu nome a nível nacional. Nesta Segundona, é o quinto com mais desarmes (84), figura entre os dez melhores em interceptações (52) e ainda contribui ofensivamente, já que marcou uma vez e criou quatro grandes chances.

Diego Jardel (MEI) – Goleador. Apesar do papel de armador em campo, vem sendo o responsável por balançar as redes pelos catarinenses. Em 13 duelos disputados, fez três gols, sendo dois de pênalti, além de dar uma assistência. É de seus pés que a maior parte das jogadas são criadas, pois é quem faz a transição do meio para frente.

Créditos da foto principal: Lara Vantzen/Brusque FC

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