Náutico na Série B: como joga taticamente o Tombense

Por: Mateus Schuler

Tombar ou não tombar, eis a questão. Sem margem de erro, o Náutico recebe o Tombense precisando desesperadamente voltar a vencer e manter chances matemáticas de permanência na Série B do Campeonato Brasileiro. Partida do Timbu com o Gavião-Carcará será nesta terça-feira (4), nos Aflitos, às 21h30.

Separamos tudo sobre o adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Valente de Tombos.

O TIME

Os mineiros chegam para enfrentar o Timba com apenas uma mudança da vitória sobre o Novorizontino, conquistada na última rodada, dentro de casa. O time de Bruno Pivetti terá o desfalque do zagueiro Joseph, que sofreu uma fratura na testa após levar chute de um adversário, tendo Marcondes como o substituto no 4-2-3-1; David e Diego Ferreira disputam pela lateral direita.

Provável escalação dos alvirrubros frente aos pernambucanos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Sem muita força. Com 30 gols marcados e o sexto pior ataque, o Tombense é um dos times que mostra mais força dentro de seus domínios, já que longe é pouco produtivo. Do total de vezes que balançou as redes nesta Segundona, nove foram como visitante, sendo o quarto menos produtivo e marcando em sete de 16 jogos.

Meio-campistas e pontas fazem bola chegar ao centroavante (Imagem: SporTV/Premiere)

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Para dar mais fluidez às jogadas, que tanto podem vir por dentro, como pelos lados, Bruno Pivetti pode formar o 4-3-3, deixando os dois volantes e o meia armador mais próximos. A alternativa é manter seu próprio 4-2-3-1 de base e ter a sustentação vinda dos laterais, povoando mais o campo adversário e ir com maior volume.

Laterais aparecem no ataque e ajudam na criação (Imagem: SporTV/Premiere)

“Pivetti não joga com volantes fixos, tanto que os denomina de meio-campistas, já que todos aparecem como opção para a criação e finalização. Dessa maneira, as jogadas criadas são variadas, podendo ter a exploração da chegada dos laterais ou por dentro”

Bruno Ribeiro, repórter do ge.com

COMO DEFENDE

Se ofensivamente os números não são bons, defensivamente vão na mesma toada. Foram 34 gols sofridos até o momento, que faz o Gavião-Carcará ser a quarta pior defesa da competição, principalmente quando é visitante, pois teve sua meta vazada por 25 vezes: 73,5% do total. A principal justificativa é a instabilidade do setor, que teve problemas constantes de lesão, seja no miolo de zaga ou cabeça de área.

Compactação defensiva em duas linhas de 4 (Imagem: SporTV/Premiere)

O mais comum dos mineiros, ao ficarem sem a bola, é formarem duas linhas de 4 num 4-4-2 com flertes ao 4-1-4-1, tentando ficar bastante compactado no seu campo. Outra opção, caso queiram fechar mais espaços para evitar a infiltração adversária, é se postar no 5-4-1 de blocos médios, o que favorece geração de contra-ataques pelos lados.

Cadeado fechado para neutralizar poder de criação (Imagem: SporTV/Premiere)

“Os jogadores da beirada do campo são peças essenciais na recomposição, pois ajudam os laterais a fazerem a marcação pelos lados. Guilherme Rend e Zé Ricardo ficam por dentro, já que são os mais marcadores dos três meio-campistas. Fora de casa, o time faz pressão menor, além do time ter postura diferente”

Bruno Ribeiro, repórter do ge.com

PARA FICAR DE OLHO

David (LD) – Lá e cá. Criado na base do Náutico, o lateral-direito é uma das peças de destaque do time de Tombos, seja em fase ofensiva ou defensiva. Vice-líder da equipe em interceptações, com 44 no total, tem ainda 49 cortes e 29 desarmes; atacando, acumula duas assistências e criou duas grandes chances.

Zé Ricardo (MC) – Combatente. Uma das principais revelações da Série B, o meio-campista do Gavião-Carcará não deixa a desejar na marcação. Foram 66 desarmes e 45 interceptações, liderando o time em ambos os quesitos na competição. Além disso, já marcou dois gols e deu passe para outros dois, o que mostra sua força também no ataque.

Ciel (ATA) – Artilheiro. Aos 40 anos, o atacante pernambucano figura como um dos destaques alvirrubros. Artilheiro dos mineiros nesta Segundona, com nove gols, figura ainda como o atleta que mais finalizou pelo time no torneio, pois tentou por 47 oportunidades. Apesar da idade avançada, demonstra ter ritmo de jogo, se movimentando frequentemente na pequena área e sendo opção de passe.

Créditos da foto principal: Victor Souza/Tombense FC

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